12.2.08

Weisman e cara vermelha, de George Tabori, estreia dia 13 nas Caldas da Rainha



Weisman e cara vermelha
de George Tabori

ESTREIA A 13 DE MARÇO DE 2008

É um recontro no deserto americano. O primeiro contendor, um judeu perdido com a sua filha deficiente; o segundo, um índio montado na sua mula em busca das eternas pradarias.
Do confronto entre ambos nascerá uma luta existencial para determinar qual dos dois povos mais sofreu… Uma fábula lúdica sob a forma de um western burlesco.
O humor de Tabori, ainda impregnado da sua Hungria natal, evoca, de modo mais visceral, o de Woody Allen.

Tradução: Carlos Borges
Direcção de ensaios: Isabel Lopes
Encenação: Fernando Mora Ramos
Interpretação: Bárbara Andrez, Carlos Borges, Fernando Mora Ramos e José Carlos Faria

Teatro da Rainha

Trav. do Acipreste, 20, 3º dto
2500 Caldas da Rainha
Portugal





Historial do Teatro da Rainha

O Teatro da Rainha, criado pelo cenógrafo José Carlos Faria, então membro da Casa da Cultura das Caldas da Rainha e pelo encenador Fernando Mora Ramos, ligado à companhia do CCE (Centro Cultural de Évora), surgiu em 1985, nas Caldas da Rainha, a convite da Casa da Cultura, então sedeada no espaço do antigo casino, defronte ao Hospital Termal.
A companhia estruturou-se nessa altura a partir de dois esteios de referência: por um lado a Casa da Cultura vinha desenvolvendo um trabalho teatral com enquadramento profissional, orientado por José Peixoto, professor do Conservatório Nacional; por outro, ao aceitar o convite da Casa da Cultura para criar um núcleo teatral profissional, estava-se em condições de fazer o balanço da primeira fase da descentralização teatral, a que tinha arrancado com a fundação do Centro Cultural de Évora. Para além destas fortes matrizes, condicionantes concretas do aparecimento da Rainha, há que referir a estadia de Fernando Mora Ramos em Itália, como bolseiro da Fundação Gulbenkian, no Piccolo Teatro de Milão, acompanhando o trabalho de Giorgio Strehler, momento de aprendizagem intensamente criativo que naturalmente se veio a reflectir nas opções e caminho da Rainha.
Nessa época o projecto teatral do Teatro da Rainha assumia um conjunto de rupturas, principalmente no domínio especificamente teatral e artístico. A prática de reportório, criticando a opção acrítica pelos clássicos em geral, quaisquer clássicos desde que a marca clássico fosse ostentada, assim como a rejeição de padrões de acção absolutamente obcecados pela quantificação e pela deificação do instrumento relatório (de repente era mais importante o relatório para a tutela do que a criação teatral em si, numa deriva burocrática e administrativa inconsequente), aliadas a um labor prático teatral, de trabalho criativo de ensaios, apostado no rigor e nas possibilidades ilimitadas duma poética da ficção realista, marcaram desde logo a diferença no panorama teatral português da década de 80.
Durante cinco anos desenvolveu pois a sua acção no espaço do Antigo Casino das Caldas, transformado em Casa da Cultura pelo 25 de Abril, espaço onde tinha sido construído um teatro de Câmara que dava directamente para o parque de Caldas da Rainha, cujas condições eram quase ideais, na época, para o labor de uma jovem companhia.
Realizou assim dezassete espectáculos, tendo percorrido o país em digressões constantes, característica marcante que assumiu desde que iniciou o seu projecto.
Juntaram-se entretanto ao projecto, ainda na fase de arranque, o encenador José Peixoto, a actriz Teresa Gonçalves e os actores José Eduardo e Victor Santos, integrando este último, ainda hoje, o elenco da companhia. Pelo lado da Casa da Cultura também o técnico António Plácido passou a trabalhar com a Rainha.
Pouco tempo depois seria a vez das actrizes Isabel Muñoz Cardoso, Isabel Leitão, assim como, mais tarde, a actriz Isabel Lopes, também tradutora e dramaturgista, ainda hoje elemento do núcleo duro do Teatro da Rainha, que integra também a responsável de produção e gestão, Ana Pereira, à época jovem estagiária da companhia.
Integraram ainda os quadros de trabalho da Rainha, o encenador Valentim Lemos – que encenou a farsa medieval “Amorosos”, de autor anónimo - , a mestra de costura Amélia Varejão e no elenco, Pedro Hestnes Ferreira, Rui Jacques, Ana Madureira, José Mora Ramos, Rosário Gonzaga, Vítor Zambujo, Waldemar de Sousa, entre outros.
Os espectáculos que o Teatro da Rainha realizou, foram objecto de um Prémio da Crítica, atribuído pela Associação Portuguesa de Críticos, “pelo conjunto da obra” e de diversas nomeações em diferentes categorias aos Prémios Garrett promovidos pela então Secretaria de Estado da Cultura .
Em 1988 passa a companhia regularmente subsidiada pelo Estado.
Durante os cinco anos referidos fez peças de Gil Vicente, Ângelo Beolco, Anrique da Mota, Marivaux, Goldoni, autores clássicos, mas também de Heiner Müller, Sean O’Casey, Christoph Hein, Beckett e Sarrazac, contemporâneos.
A política de reportório da companhia assentava numa forte relação com as características do elenco, as peças não eram portanto escolhidas em função das suas qualidades temáticas abstractas e indiscutíveis, assim como a companhia não assumia nenhuma vocação fabril industrial realizando espectáculos em série, sem recuo artístico e para cumprir um qualquer plano quinquenal.
Uma segunda característica do labor da Rainha assentava no enorme cuidado e amor com que as criações eram inventadas, trabalho esse resultado de práticas colectivas que superavam também o dirigismo vigente, na tradição francesa do “patron”.
Com os textos dos autores referidos e a convite das respectivas instituições, apresentou espectáculos no ACARTE, Fundação Calouste Gulbenkian (AQ, de Chistoph Hein), no Instituto Franco-Português (“O herdeiro Aldeão”, de Marivaux), no Teatro da Comuna (“O Falatório”, de Ruzante/Beolco), no auditório do BESCL em Lisboa (“O Fim do princípio”, de O’Casey), no Teatro Garcia de Resende, no Auditório Nacional Carlos Alberto (“Filoctetes” de Heiner Müller, etc.
De referir que em 1989 o Teatro da Rainha realiza em digressão pelo país cerca de 100 representações, no âmbito do Projecto de itinerância da SEC. Percorre então, para além do interior dos concelhos do Oeste, de igual modo Trás-os-Montes, Beira Interior, Algarve e Alentejo, e bem asim cidades como o Porto, Braga, Évora, Covilhã, Guarda, Viseu, Santarém, Coimbra, Faro, Beja, Setúbal e Almada, entre outras. Realiza também, a convite da Junta da Extremadura de Espanha e da Secretaria de Estado da Cultura, uma digressão pela raia espanhola, tendo assegurado a representação teatral portuguesa em Cáceres, no âmbito da Exposição Ibérica de Arte Contemporânea.
Em 1990, o Teatro da Rainha em confluência com o Centro Cultural de Évora, cria o CENDREV (Centro Dramático de Évora), fazendo parte da sua Direcção durante doze anos (até 2002, José Carlos Faria e Ana Pereira mantêm-se na direcção do CENDREV). Fernando Mora Ramos, que entretanto deixara o CRAE de Évora, criado por iniciativa governamental, e primeiro Centro Regional das Artes do Espectáculo, a fim de dirigir o DRAMAT/Centro de Dramaturgias Contemporâneas, no TNSJ, a convite de Ricardo Pais -1999), é substituído na direcção do CRAE por José Carlos Faria.
No âmbito da associação CENDREV, a equipa do Teatro da Rainha em Évora (Fernando Mora Ramos, José Carlos Faria, Isabel Lopes e Ana Pereira) relança a Escola de Formação Teatral (actores e “règisseurs”) – a qual funcionara exemplarmente, para trás no tempo (a partir de 1976), sob a Direcção de Luís Varela e com a colaboração de Christine Zurbach – e que passa a integrar o grupo de trabalho transnacional FIRCTE – Formação Inicial e Reconhecimento de Competências dos Técnicos do Espectáculo, coordenado pelo Institut del Teatro de Barcelona, congregando o CFPTS – Centre de Formation Professionel des Techniciens du Spectacle (Paris), TNS – Thêàtre NatIonal de Strasbourg, Scala de Milão, Conservatório de Madrid e Central School of Speach and Drama (Londres), cria a Revista Adágio, define, coordena e supervisa as linhas de força para a recuperação e reabilitação do Teatro Garcia de Resende, um dos melhores e mais significativos teatros “à italiana” da Europa bem como o programa para o novo edifício teatral (não construído), projectado pelos Arqºs Fernando Távora e Bernardo Távora, para as traseiras do TGR e realiza um intenso trabalho de criação e digressão modificando o panorama da estrutura. É o Teatro da Rainha, que entretanto era das companhias mais apoiadas pelo Estado, que investe em Évora esse seu estatuto de estrutura regularmente apoiada e os fundos respectivos.
Fernando Mora Ramos é então responsabilizado pelo espectáculo de estreia desta nova aposta, “A Ilusão Cómica”, de Corneille, justamente com cenografia de José Carlos Faria.
No CENDREV, a equipa da Rainha realizou um conjunto de espectáculos muito significativo, de que importa realçar para além de “A Ilusão cómica”, “Clérigos e almocreves”, de Gil Vicente, “O Homem, a besta e a virtude”, de Pirandello, “As manias da vilegiatura”, de Goldoni, “Um, nenhum e o homem da flor na boca”, de Pirandello e “Eu Feuerbach”, de Tankred Dorst, espectáculo que realizou uma digressão a Maputo e que tinha Mário Barradas como actor protagonista. Relevante, neste contexto, foi ainda o repto lançado por Fernando Mora Ramos a Jean-Pierre Sarrazac, de encenar “O lavrador da Boémia”, de Johannes von Saaz (com Fernando Mora Ramos e Gil Nave, cenografia de João Vieira, tradução de Isabel Lopes), espectáculo que realizou uma digressão nacional e se apresentou no TNSJ e no Teatro da Trindade.
Mantendo a sua autonomia jurídica, o Teatro da Rainha monta entretanto, a convite da Culturgest, “Esta Noite Improvisa-se”, de Pirandello, espectáculo integrado na Lisboa 1994, Capital da Cultura, assim como, no ano seguinte, realiza em Maputo, Moçambique, “De Volta da Guerra”, sobre texto de Ângelo Beolco, a convite da Cena Lusófona e em co-produção com o grupo de teatro moçambicano “Casa Velha”, montagem que realizaria uma digressão nacional em Portugal.
O espectáculo “De volta da guerra”, apresentado logo após o fim da guerra civil moçambicana, foi o primeiro frente a frente da população de Maputo com esta temática tão violenta e deprimente. Extraordinário foi verificar que, tal como no futebol, o açambarcamento dos bilhetes para o espectáculo e a sua venda no mercado negro traduziu o impacto produzido no público - o auditório de ar livre da Casa Velha, esteve sempre mais do que lotado.
Relançando a companhia autonomamente em 2002, o Teatro da Rainha volta à cena em Coimbra, numa parceria com o Museu Nacional da Ciência e da Técnica, regressando em Novembro de 2003 às Caldas da Rainha, a convite da autarquia, instalando-se no antigo edifício do pólo da UAL (Universidade Autónoma de Lisboa) de Caldas da Rainha.
Em 2004 o Teatro da Rainha assinala os 500 anos da primeira representação do “Auto de S. Martinho” de Gil Vicente no exacto local da sua criação original (Igreja de Nossa Senhora do Pópulo em Caldas, um dos raríssimos locais , senão o único, que acolheram a estreia de espectáculos Vicentinos onde as condições arquitectónicas do espaço não se alteraram ao longo dos séculos) e no qual, durante os três dias de apresentação, se reuniram mais de 800 pessoas.
Entretanto estabelece relações profícuas com alguns novos parceiros: O TNSJ (Teatro Nacional de S. João), a convite do qual estreou “Ella”, no Porto, as Câmaras de Caldas da Rainha (sede), Óbidos, Torres Vedras (com quem desenvolve um projecto formativo), a Odivelcultur (com quem coproduziu “Estação Inexistente” e “O coronel pássaro”, de Hristho Boytchev) e Tavira (cidade onde estreou “O Anel mágico).
Nestes últimos 5 anos a companhia montou 14 espectáculos, que mantém em reportório.
O Coronel Pássaro, de Hristho Boytchev, coproduzido pelo Centro Cultural de Belém/ Teatro da Malaposta/ Al-masrah, companhia algarvia, e estreado no pequeno auditório do CCB, é a sua mais recente produção.


Listagem de todas as criações da Rainha:
1985
“O falatório do ruzante de volta de guerra” de Angelo Beolco
“Farsa do hortelão” de Anrique de Mota
“Tantas maneiras de enganos” de Gil Vicente
“ A Q - A hora do lobo” de Christoph Hein
“O fim do princípio” de Sean O’Casey
1986
“O herdeiro da aldeia” de Marivaux
“Quem tem farelos” de Gil Vicente
“Filoctetes” de Heiner Müller
1987
“Os rústicos” de Carlo Goldoni
“Krapp – A última gravação” de Samuel Beckett
1988
“Menino-rei” de Jean-Pierre Sarrazac
“Físicos/Índia” de Gil Vicente
1989
“Os amorosos” – Farsas anónimas medievais
“Barry, ensaio no T zero” de Fernando Mora Ramos
“Arlequim polido pelo amor” de Marivaux
1994
“Esta noite improvisa-se” de Pirandello
1995
“De volta da guerra” de Ângelo Beolco
2002
“A última bobine” de Samuel Beckett
“Burlesco” de Karl Valentim / De Fillipo
2003
“Max Gerrick – nem uma coisa nem outra” de Manfred Karge
“Fradas?” de Gil Vicente
2004
“O fim do princípio” de Sean O’Casey
“Verão de S. Martinho” de Gil Vicente / Anrique da Mota
“Danos colaterais do amor e da guerra” de Bertolt Brecht e Kurt Weil
2005
“Dança da morte” de August Strindberg
“Desconcerto gin-fónico” de Mário Henrique Leiria
“Ella” de Herbert Achternbusch
“Médico à força” de Moliére
2006
“Estação inexistente” de Pirandello e Rocco D’Onghia
“ O anel mágico” de Carlo Goldoni
2007
“ O coronel pássaro” de Hristo Boytchev

1ªs Jornadas hispano-portuguesas «Memória e Resistência» ( 16 e 17 de Fev. em Beja)


Via http://naoapaguemamemoria2.blogspot.com/


Durante séculos, Espanha e Portugal viveram ignorando-se em cada lado da fronteira. Os interesses dos poderosos dividiram artificialmente os dois povos irmãos que compartilham uma cultura e sentimentos comuns.

Contudo, as ditaduras que os dois países sofreram provocaram uma corrente de solidariedade entre eles. Espanhóis e portugueses ajudaram-se mutuamente na luta contra as tiranias fascistas de Franco e Salazar e não foram poucos os opositores dos respectivos regimes que encontraram refúgio no outro lado da fronteira. Foi o caso de João Gonçalves Carrasco, da aldeia alentejana de Santana de Cambas que, apesar da sua extrema pobreza, socorreu muitos espanhóis que fugiam da repressão franquista. Ou o de Juan Rosa, de El Almendro, em Huelva, que acolheu refugiados portugueses que lutavam contra o regime salazarista.

Para honrar a memória destes homens e de todos os que sofreram nas duas ditaduras, o Foro por la Memoria de Huelva e a Cooperativa Cultural Alentejana organizam estas as 1ªs Jornadas Hispano-portuguesas "Memória e Resistência".

Programa

Sábado, dia 16 de Fevereiro de 2008

10h00 – Abertura: Fernanda Moral (Federación Foros Por La Memoria), Francisco Santos (Presidente da Câmara Municipal de Beja), Félix Ramos (Pres. Foros Por La Memoria), Álvaro Nobre (Presidente da Cooperativa Cultural Alentejana)

10h30m – Os Fascismos em Portugal e Espanha e Sua Herança: Miguel Urbano Rodrigues (escritor)

12h00 – O Norte de África no Início da Guerra Civil em Espanha: Francisco Sánchez Montoya (Premio Nacional Manuel Azaña de Investigación Historica)

15h30m – Apresentação da Exposição "A II República, Esperança de um Povo": Santiago Vega (Presidente Foro Por La Memoria de Segóvia)

16h30m – Projecção do Documentário "Os Cinco de Celorio", sobre exumação em valas comuns

17h30m – Debate: A Memória Histórica em Espanha e Portugal e a Luta Contra a Impunidade dos Crimes Franquistas: Miguel Muga (Presidente do Foro Por La Memoria Madrid), José Baguinho (Cooperativa Cultural Alentejana), Carlos Federico Castellanos (Foro Por La Memoria Andalucía), João Honrado (publicista)

23h00 – Bar Cais na Planície (Parque da Cidade de Beja) – Espectáculo Músicas de Abril, com Filipe Narciso (entrada livre)

Domingo, dia 17 de Fevereiro de 2008

10h30m – A Repressão dos Vencedores. Os Batalhões de Trabalhadores (1939-1945): José Manuel Algarbani (licenciado em História Contemporânea, professor da Universidade de Cádiz)

12h00 – Participação de Portugueses na Guerra Civil de Espanha: João Varela Gomes (coronel reformado)

13h30m – Em Baleizão: Homenagem às Mulheres e Homens Assassinados pela Defesa da II República Espanhola e da Liberdade em Portugal

Após o almoço (hora a combinar) - Em Santana de Cambas: Homenagem às Mulheres e Homens Assassinados pela Defesa da II República Espanhola e da Liberdade em Portugal

No próximo dia 16 há uma festa promovida pelo CALP (Círculo Anarquista Libertário do Porto)

de Cadência_ Festa Benefit para o Círculo Anarquis...

CALP • Círculo Anarquista Libertário do Porto - 2008

http://anarlibe.pegada.net/

Todos unidos contra o despejo do Grémio Lisbonense e a violência gratuita da PSP sobre cidadãos pacíficos


Hoje, dia 12 de Fevereiro, às 22h, na Associação 25 deAbril (Rua da misericórdia, em frente às traseiras do teatro Trindade), está marcado um encontro de sócios e amigos do Grémio com animação musical e algumas declarações de apoio

TODOS CONTRA O DESPEJO!!

No dia 13, 4ª feira, há uma concentrção pacifica junto ao Arco do Bandeira (Rossio), a partir das 17h, hora de início da reunião que decidirá o futuro do Grémio!!

A PRESENÇA DE TODOS É FUNDAMENTAL!


CONTAMOS CONVOSCO!!!!!!

----------------------------------------------------------------------

Depois da carga policial, António Mota foi o único cidadão que foi detido na sexta-feira. Ele diz ter sido agredido na esquadra da PSP. Entretanto, divulga-se a seguir as suas entrevistas

A entrevista do Tó (detido na manif contra o depejo do Grémio, espancado dentro da esquadra da polícia) à TvNET:

A entrevista à Rádio Clube Português:
http://radioclube.clix.pt/noticias/body.aspx?id=5100

-------------------------------------------------------------------


Sobre o Grémio Lisbonense, podem ainda ser consultados as seguintes fontes:



---------------------------------------------------------


Foi lançado um novo abaixo assinado, para todos aqueles que o quiserem imprimir e recolher assinaturas.
Este abaixo assinado é para ser entregue na reunião da próxima 4ª feira. Existe uma caixa de correio do Grémio Lisbonense na Crew Hassan (bem hajam pessoal!!), que fica na Rua das Portas de Sto Antão, 159 1º (rua do coliseu).
Entreguem as assinaturas até 3ª feira às 00h, hora de encerramento da cooperativa
.

O Abaixo-assinado:

Os abaixo-assinados vêm apresentar perante V. Ex.ª Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa a petição com os fundamentos seguintes:



1. O Grémio Lisbonense é uma associação histórica de Lisboa, um local por onde passaram figuras e momentos marcantes da nossa cultura.
2. O Grémio é património de todos e uma instituição de utilidade pública.
3. O Grémio é actualmente um espaço vivo que contribui decisivamente para a vitalidade da baixa pombalina, que não pode ser esvaziada e desertificada.
4. O Grémio é um edifício de reconhecido valor histórico, arquitectónico e cultural.
Neste sentido os abaixo-assinados apelam a V.ª Ex.ª que desenvolva todos os esforços no sentido da preservação do espaço, garantindo a sua abertura à cidade e permitindo a continuidade das actividades culturais, recreativas e de apoio social desenvolvidas actualmente pelo Grémio Lisbonense.

(não se esqueçam que têm que constar neste abaixo assinado o nome, o nº do BI ou Passaporte e a assinatura conforme o respectivo documento)

A todos um MUITO OBRIGADO
Viva o Grémio!

10.2.08

Café-filosófico sobre a liberdade no Institut Franco-Português ( dia 12 de Fev. às 21h.)

Lugar: Institut Franco-Portugais
Morada: Avenida Luís Bívar, 91 / 1050-143 Lisboa
Tel: (+351) 21 311 14 00


Debate em francês e português animado por
Jean-Yves Mercury
Dominique Mortiaux
Nuno Nabais

O próximo Café Philo, tem como tema A Liberdade e vai realizar-se na terça-feira dia 12 de Fevereiro, à partir das 21h00, com a habitual condução de Jean-Yves Mercury, Dominique Mortiaux e Nuno Nabais. A entrada é livre. O debate promete e faz-se em duas línguas: francês e português.

“Duma questão como esta temos tudo a recear já que, desde que a filosofia existe, numerosos pensadores tentaram responder a esta interrogação que incessantemente nos colocamos:
Somos livres ou é apenas uma ilusão?

É ao confrontarmo-nos com a simplicidade desta questão que podemos medir o alcance e as dificuldades de uma qualquer resposta. É verdade que queremos ser livres e agrada-nos pensar que o somos, por duas razões:

nós não somos animais subjugados aos seus instintos,

nós também não somos escravos submetidos aos seus donos e, assim, transformados em objectos.

No entanto, será isto suficiente para pensarmos que somos livres? O que será esta liberdade que o homem reivindica como diferença em relação aos outros seres vivos? Será porque temos uma consciência e que tentamos reflectir e pensar, que somos incontestavelmente livres? Será então a liberdade, esse poder da consciência e do pensamento para escolher, arbitrar, e assim se autodeterminar sem suportar o peso irreversível de certos determinismos?

O que ganhamos em pensar que a liberdade existe e que ela é uma condição fundamental da nossa humanidade? Será, como o sugere J.J. Rousseau, um incondicionado? “Renunciar à sua liberdade é renunciar à sua qualidade de homem. (...) Não há nenhuma compensação possível para quem renuncie a tudo.” Do Contrato Social, I-4. Assim, renunciar ou perder a nossa liberdade seria ruinoso visto que a nossa humanidade não poderia sobreviver a isso. Então, mais vale pensar que somos livres se essa liberdade nos confere dignidade, isto é, a impossibilidade de sermos reduzidos a uma coisa, um objecto, um meio...

Alguns podem dizer que se trata de um princípio “louvável” mas demasiado teórico e pouco aplicável. O que seria de uma liberdade que fosse apenas um princípio e que não pudesse ser vivida, transformar-se e ser acto? Porque, não será a nossa liberdade o que se vive no quotidiano no meio dos obstáculos, dos constrangimentos e das obrigações que se nos deparam? Eu só sou o que faço e as minhas acções são a expressão do meu empenho e da minha liberdade em movimento e em situação. No entanto, será que não faz sentido recear a restrição ou a perca da nossa liberdade sob a influência da alienação cujas formas são múltiplas e se renovam? Ao fim e ao cabo, a liberdade não será um fardo que pesa sobre os nossos ombros? Será que não preferimos a segurança? Em resumo, perguntas e mais perguntas sobre as quais iremos debater na terça-feira dia 12.”

"Porto Interior" - concerto de Rão Kyao e Yanan na FEUP (15 de Fev às 21h30). Entrada livre


"Porto Interior" - concerto de Rão Kyao e Yanan na FEUP ( Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto)

15 de Fevereiro, 21h30, no Auditório

O Auditório da FEUP recebe no próximo dia 15 de Fevereiro (sexta-feira), às 21h30, "Porto Interior", um concerto com Rão Kyao (flautas de pã) e Yanan (Pi'pa e Guzheng).

Este concerto, organizado em colaboração com o Comissariado Cultural da FEUP, integra o ciclo "Noites do Mundo", uma iniciativa do projecto de integração social "Porto, Bairro a Bairro" desenvolvido pela Câmara Municipal do Porto. Ao longo dos últimos três anos, e apostando numa programação variada e de qualidade, o projecto tem vindo a afirmar-se de forma crescente, tendo já cativado e fidelizado um público diverso, constituído pela generalidade da população portuense.
A entrada é livre.



www.fe.up.pt/si/noticias_geral.ver_noticia?P_NR=7617

Hoje, Domingo, reunião para fazer face a novas demolições de casas no «bairro do Fim do Mundo» em Cascais

DIREITO À HABITAÇÃO = Habitação para todos

Organizar a luta no bairro do Fim do Mundo em Cascais

As próximas demolições estão-se a aproximar e precisamos de traçar, conjuntamente com os moradores, novos planos de luta.
Actualmente todo o bairro está sem água e luz, uma forma que o governo encontrou de forçar uma expulsão lenta dos moradores pelo cansaço de viver em situação tão degradantes.
Contamos com o apoio de todos.

Domingo 10 de Fevereiro

Reunião no bairro às 15H
– São João do Estoril -

ou encontro no Cais do Sodré às 14H.


Vídeo sobre as demolições realizadas no dia 22 de Janeiro

Na terça (22 de Janeiro) a câmara de Cascais, ajudada pela policia de choque, demoliu 12 casas.
Estão previstas mais demolições em Fevereiro.



Série de conferências( a partir do dia 12 de Fev.) subordinadas ao tema: O que é a biopolítica?

CONFERÊNCIAS NA CULTURGEST, em Lisboa
TERÇAS-FEIRAS
12, 19 E 26 DE FEVEREIRO,
4 E 11 DE MARÇO DE 2008

18h30 • Pequeno Auditório
Entrada Gratuita ´

A matéria política com que hoje estamos confrontados é eminentemente bio¬política. A guerra contra o terrorismo, as medidas de segurança e as legislações que controlam o movimento dos cidadãos no interior dos Estados, a fuga em massa das populações do terceiro mundo, as políticas demográficas e de saúde, as discussões sobre o aborto e a eutanásia: a importância que ganharam todas estas questões nos debates públicos e nos cálculos de toda a governação mostra que a politização da vida, a implicação mútua do “bios” e do político, se tornou um facto maior do nosso tempo.

Deve-se a Michel Foucault, no final de A Vontade de Saber, a formulação que define o modo como, a partir da época moderna, a vida natural do homem passou a ser objecto dos mecanismos do poder. As investigações de Foucault, neste domínio, ficaram por desenvolver. Mas foi a partir delas que se começou a pensar a crescente sobreposição dos dois âmbitos, fenómeno que tem uma afirmação absoluta nos totalitarismos do século xx, muito especialmente no nazismo, para o qual a política se torna intrinsecamente biológica e a vida tem imediatamente uma dimensão política.

O paradigma biopolítico dos Estados totalitários, na sua dimensão exacerbada, é um revelador daquilo que se tornou entretanto politicamente decisivo nas democracias parlamentares do nosso tempo: a vida biológica. Sem a referência à biopolítica, não podemos compreender o movimento de despolitização generalizada que tomou conta de projectos e instituições e reduziu o discurso político à discussão e gestão das contingências sociais e económicas. O factor biopolítico obrigou a repensar as categorias políticas tradicionais. AG


Programação: André Dias, António Guerreiro
Colaboração: Davide Scarso

12 DE FEVEREIRO
Uma introdução à biopolítica
por António Guerreiro
(Crítico literário do Expresso, publicou o livro de ensaios O Acento Agudo do Presente)

19 DE FEVEREIRO
O governo como problema
por José Luís Câmara Leme (Univ. Nova de Lisboa)
Alguns pensadores diagnosticaram recentemente uma crise de governamentalidade nas sociedades ocidentais que teria duas dimensões principais: da parte dos governantes consistiria na incapacidade de dar sentido às políticas promovidas; da parte dos governados, existiria uma descrença nas instituições e nos objectivos propostos pelos governos.

26 DE FEVEREIRO
A ocultação bioética
por António Fernando Cascais (Univ. Nova de Lisboa)
A bioética surge como alternativa à deontologia médica e à teologia moral, mas tende a ser reabsorvida por elas. Definida como o próprio processo de apropriação da vida biológica pela política na modernidade, a biopolítica constitui-se como um verdadeiro paradigma concentracionário. Nesta perspectiva, a regulação (bio)ética da biotecnociência não é impeditiva da inumanidade biopolítica.

4 DE MARÇO
Biotecnologia e novos mundos possíveis da vida
por Hermínio Martins (St. Antony’s College – Oxford, ICS)
As descobertas e invenções da biociência, biotecnologia, bioengenharia, convergindo com a nanotecnologia e as tecnologias da cognição, sugerem perspectivas de transformações radicais no mundo da vida. No da vida não-humana, um planeta geneticamente modificado, e mesmo redesenhado pela biologia sintética. No da vida humana, as transformações podem afectar os parâmetros fundamentais da sua condição.

11 DE MARÇO
Espaços de controlo
por Fernando Poeiras (ESAD Caldas da Rainha)
A expansão de tecnologias de vigilância e de segurança alterou o controlo social, introduzindo diferentes estratégias de biopoder. Como a distinção norma/desvio tende a ser substituída pela de normalidade/acidente e a coerção pela necessidade, o exercício do controlo social é reconfigurado.

CICLO DE CINEMA
Figuras da autópsia. A biopolítica no documentário contemporâneo
De 4 a 11 de Março de 2008
Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema

Grande Plenário de Professores e Educadores no dia 12 no Porto (Cinema Batalha, às 10h.30). Nota: as faltas são justificadas.Participa.

GRANDE PLENÁRIO DE PROFESSORES E EDUCADORES

12 DE FEVEREIRO DE 2008

10H30 no Cinema Batalha -- Porto

É TEMPO DE DIZER BASTA:

· A UM HORÁRIO DE TRABALHO SOBRECARREGADO

· A UMA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO BUROCRATIZADA

· A UM MODELO DE GESTÃO QUE DESQUALIFICA A PROFISSÃO DOCENTE

Para mostrar a nossa indignação

É IMPRESCINDÍVEL PARTICIPAR!

É NECESSÁRIO ESTARMOS INFORMADOS

Dinamiza na tua escola a participação dos professores neste plenário.

A justificação é feita ao abrigo da lei sindical.



JUSTIFICAÇÃO DE FALTAS -ESCLARECIMENTOS

1. Os professores e educadores necessitam de solicitar autorização para participar numa reunião sindical?

R.: Não! Nos termos do Decreto-Lei 84/99, de 19 de Março, compete à Direcção Sindical comunicar aos órgãos de gestão a realização da reunião, com a antecedência mínima de 24 horas. Os docentes podem, também, comunicar previamente a sua intenção de participar.

2. Podem ser impostas restrições à participação de docentes de uma mesma escola / jardim-de-infância?

R.: Não! Uma vez que não carece de autorização, a participação dos professores e educadores depende única e exclusivamente da sua vontade, contando, para todos os efeitos, como prestação efectiva de serviço docente.

3. Então os professores e educadores não têm de entregar nada no Conselho Executivo?

R.: Terão de entregar, mas apenas posteriormente, a justificação de falta que lhes é fornecida no final da respectiva reunião.

4. E terão os docentes de entregar, no Conselho Executivo, um plano de aula para poderem faltar?

R.: Não! Segundo o disposto no n.º 10, do Artigo 94º, do Estatuto da Carreira Docente,isso só acontecerá quando a falta depender de autorização, o que não é o caso dasfaltas dadas ao abrigo da Lei Sindical.

5. Quais os efeitos das faltas dadas ao abrigo da Lei Sindical?

R.: Estas faltas não têm quaisquer efeitos penalizadores para os docentes, seja em termos de carreira, seja em termos de avaliação de desempenho, etc. Assim, não há qualquer problema com a justificação das faltas dos professores, que continuam a beneficiar de um crédito de 15 horas, por ano lectivo, para actividade
sindical.

Conclusão:
Não há, pois, qualquer impedimento legal à sua participação neste Grande Plenário de rofessores e Educadores. No caso de lhe ser imposto qualquer obstáculo à participação no Plenário, contacte, de imediato, o SPN.
Portanto, participe! O que está em causa é o seu futuro profissional. É a sua vida!

NÃO PODE ALHEAR-SE DESSE FUTURO!
DÊ VOZ AO SEU PROTESTO,
À SUA REVOLTA E À SUA INDIGNAÇÃO!

8.2.08

Violência policial sobre cidadãos e associados do Grémio Lisbonense, incluindo um fotógrafo da agência Lusa!


Pelas últimas notícias que nos chegam a realização hoje do despejo de uma colectividade centenária da cidade de Lisboa, mais propriamente o Grémio Lisbonense, só foi possível com o recurso à violência bruta da PSP sobre os sócios e amigos do Grémio que rapidamente se solidarizaram com aquela agremiação que se tornou num importante centro de animação socio-cultural.

As bastonadas da força policial não pouparam um fotógrado da agência Lusa que ali se encontrava no exercício das suas funções.



Numa época em que tanto se fala de mediação e de mediadores, em que já existe legislação a promover a mediação extra-judicial, parece que no caso pendente a força bruta prevaleceu sobre o bom senso e os interesses públicos da cidade...


Solidariedade para com os agredidos


Relato dos acontecimentos retirado daqui:

De cabeça ainda a latejar de duas bastonadas da polícia, escrevo ainda sem acreditar muito na futilidade do que vi. Por volta das 18:00 reuni-me com mais alguns habituais do Grémio Lisbonense em frente ao prédio. Queríamos mostrar a nossa indignação pelo despejo da sociedade. Eramos 80 a 100 pessoas, que viam desde a cadeira do barbeiro até às paletes de garrafas de água a serem carregadas para fora do prédio. A informação que circulava era de que negociações ainda seriam feitas até quarta-feira, e “aí veremos”. Após uma curta reunião nas escadas do prédio (e devo dizer, a mais eficaz reunião em que alguma vez estive) todos concordaram em subir as escadas para o Grémio, para ocupar as instalações em forma de protesto. No topo das escadas, fomos recebidos por cinco polícias e respectivos bastões.

Aparentemente, a defesa da ordem pública e a salvaguarda do bem estar dos cidadãos é algo que deve ser dado para o final do curso, e ao qual a maior parte dos graduandos de polícia faltam. As bastonadas deram origem a protestos, e o que até ao momento tinha sido uma acção ordeira tornou-se numa altercação com os agentes (nota: mas sempre pacífico, o único acto mais físico que presenciei, por parte dos manifestantes, foi uma rapariga que abraçou literalmente o braço de um polícia para evitar nova bastonada). Palavras de ordem, frase para aqui, frase para ali, tudo sem confronto físico. Até chegar nova remessa de agentes (cerca de 10, chegariam mais tarde a 20). Subiram a escada (com a permissividade dos manifestantes, que não os impediram), reuniram número no topo, e desataram à bastonada, como se pode observar no vídeo da TVNET. Uma acção nojenta. Muitas pessoas no fundo das escadas foram colhidas pelas pessoas que fugiam das bastonadas de cima. As agressões policiais foram absolutamente gratuitas, sem em algum momento se colocar em causa a integridade física dos agentes (como se pode ver pelas imagens, os manifestantes apelam à calma, recebem bastonadas em troca). Os agentes não deram qualquer pré-aviso. Para além disso, nem sequer foi tentado retirar-nos das escadas sem recurso a este tipo de força. A táctica policial não levou em qualquer conta a segurança dos manifestantes ou a índole do protesto.

Foi-nos recusada a identificação da maior parte dos agentes agressores (já os que de início se encontravam à porta). Violência gratuita e irresponsável sem nome. Fui agredido numa altura em que dei espaço para alguns colegas sairem pela porta, empurrado por agentes. Alguns dos manifestantes encontravam-se encurralados de braços sobre as cabeças, com bastonadas a choverem. Nenhum dos agentes parecia preocupado em retirá-los do local, a preocupação parecia ser enfardar o mais possível antes que eles saíssem. De braços esticados para libertar espaço, não pude proteger a cabeça de dois agentes que por trás dos colegas distribuiam um pouco de lei e ordem no átrio.

Vou dormir, espero que a pessoa detida esteja de boa saúde. Se não estiver, sei a quem agradecer,...

-----------------------------------------------------------------------

Outro relato retirado daqui :

O alarme soou a meio da tarde de sexta-feira (dia 8): «Estão a despejar o Grémio!».
Uma multidão de amigos do Grémio começou a concentrar-se junto à entrada. Pelas 19 horas seríamos pelo menos uma centena de pessoas que olhavam impotentes para os trabalhadores de uma companhia de mudanças que iam retirando os bens do Grémio para uma Carrinha.

Nos últimos meses, o Grémio Lisbonense, associação com mais de 150 anos, situada em pleno Rossio, tornou-se um espaço querido para tod@s @s que o passaram a frequentar. Muit@s se fizeram sóci@s e outr@s mais amig@s do Grémio, que se transformou num centro de dinamismo cultural e num ponto de encontro nesta cidade abandonada aos caprichos da especulação capitalista.

Há já alguns meses que a ameaça de despejo pendia sobre esta associação. Algumas obras realizadas sem a autorização do proprietário foram o pretexto para uma acção de despejo. O espaço amplo com varandas e janelas sobre o Rossio é cobiçado pelo senhorio para a instalação de um hotel.

Enquanto nos concentrávamos em frente ao Grémio, muit@s queriam fazer algo. Houve uma assembleia na escadaria da entrada do Grémio. Um representante do vereador Sá Fernandes disse que iriam realizar uma reunião na quarta-feira para chegar a um acordo com o proprietário. A assembleia desmobilizou. Mas não as pessoas. Discute-se o que fazer.

Há uma nova assembleia. Pouco depois das 19.30 decidimos avançar com um protesto pacífico subindo tod@s - dezenas de pessoas - para ocupar a escadaria do Grémio como forma de protesto. A guardar a porta do Grémio estavam cinco mercenários de azul. Reparámos que tinham retirado as suas identificações do peito. Mal chegámos junto dos polícias, um deles perguntou “que fazem aqui?”. Uma companheira respondeu simplesmente “Estamos aqui” e os polícias começaram a empurrar e a agredir à bastonada as pessoas que ocupavam a escada, fazendo-os cair sobre os que estavam mais em baixo na escada.

Alguns apelam à calma. As agressões param. Aparece um membro da direcção do Grémio a dizer que haverá uma reunião na quarta-feira com um representante do proprietário para chegar a uma acordo que salve o Grémio com uma actualização da renda.

Os presentes, que foram agredidos, não desmobilizam, pedem os nomes dos polícias que os agrediram. Estes não respondem. Grita-se: “ O Grémio é nosso!” e “Repressão policial, terrorismo oficial”. Chegam reforços policiais que tentam abrir caminho pelas escadas para chegar aos colegas que estão em cima. Sentamo-nos no chão, tentando impedir a sua passagem.

Mal os reforços se juntaram aos polícias que já permaneciam na entrada do grémio, começaram a varrer à bastonada a escadaria do Grémio. Os manifestantes foram recuando firmemente a golpes de bastão, sem hipótese de se defenderem, até serem expulsos da entrada do edifício. Formou-se de seguida um cordão policial em frente à entrada do Grémio.

Temos conhecimento de que um manifestante foi detido. Foi apanhado no meio da razia da polícia, detido e só levado para a carrinha após os manifestantes desmobilizarem, de forma que não podessemos ver.

Diversas pessoas tiveram de receber tratamento hospitalar.

Aguardamos os resultados da anunciada reunião de quarta-feira… Não desmobilizaremos da luta pelo Grémio, um espaço de tod@s para tod@s. O Grémio é nosso!



Solidariedade para com os agredidos

Mais uma vez e de cada vez, de forma mais vergonhosa - embora nunca envergonhada - a polícia carregou sobre sócios e amigos do Grémio Lisbonense, quando estes tentavam impedir que o edifício fosse fechado.
Noticias como as que recebemos de estações de televisão e previsivelmente, tentam legitimar este tipo de intervenção policial, caso da SIC e Diário do Noticias. Deixemos, portanto, de pensar que algo de verdadeiro pode daí advir e começar a criar meios autónomos de divulgação da barbárie estatal e capitalista.
Desde já se faz o apelo para que os feridos peçam relatórios de médicos, guardem radiografias, etc, para que, se necessário, existirem provas das agressões.

Força Companheir@s!






Depois disto tudo é caso para dizer:

A polícia protege-nos, mas quem nos protege da polícia ?

Lançamento do Movimento «Escola Pública Pela Igualdade e Democracia» e o seu Manifesto (dia 9, às 16h na Ass. 25 de Abril)

LANÇAMENTO DO MOVIMENTO "ESCOLA PÚBLICA PELA IGUALDADE E DEMOCRACIA"COM DEBATE

"ESCOLA: PARTICIPAÇÃO E DEMOCRACIA"
E QUE DIZER DO MODELO DE GESTÃO DAS ESCOLAS PROPOSTO PELO GOVERNO?

SÁBADO, DIA 9 DE FEVEREIRO, 16H, ASSOCIAÇÃO 25 DE ABRIL

(Rua da Misericórdia, nº95, Bairro Alto-Lisboa)

ORADORES CONFIRMADOS:

ANA BENAVENTE (Investigadora em Educação)
SÉRGIO NIZA (Movimento Escola Moderna)
LUIZA CORTESÃO (Professora Catedrática jubilada da Universidade do Porto, Presidente da direcção do Instituto Paulo Freire)


O manifesto "Escola Pública pela Igualdade e democracia" já está online nesta morada:

http://www.PetitionOnline.com/mudar123/petition.html




Manifesto

Escola Pública pela Igualdade e Democracia



A Escola Pública é uma conquista de que a esquerda só se pode orgulhar. Mas esta conquista está hoje esvaziada de quaisquer valores emancipadores. Atacada por todos os lados pela Direita e pela agenda neoliberal, a escola pública está em crise. Falhou na sua promessa de corrigir as assimetrias e diferenças sociais que atravessam o país: hoje, 75% dos filhos de pobres são pobres, a taxa de abandono escolar é de 39% (contra 15% da União Europeia), metade dos alunos reprova no ensino secundário e os últimos dados das comparações internacionais colocam a escola portuguesa na dianteira da reprodução das fronteiras sociais e culturais de partida.

A reprodução das desigualdades de origem e a exclusão escolar acompanham, sem variações, as rotas do insucesso: o interior do país, os concelhos mais pobres das áreas metropolitanas, os nichos guetizados dentro das cidades e subúrbios, as classes sociais mais desfavorecidas.

As políticas educativas das duas últimas décadas muito contribuíram para a desfiguração da escola pública. Reformas sobre reformas, e nas costas dos parceiros, uma trovoada de medidas legislativas, tantas vezes contraditórias, e orçamentos estrangulados foram marcas de uma constante: a debilidade das políticas públicas para a Educação, demonstrada pela persistência do insucesso e do abandono.

Sobre esta debilidade instalou-se o autoritarismo e mantêm-se o laxismo e a irresponsabilidade. Investido na ideologia da rentabilização e da gestão por resultados, que branqueia os verdadeiros problemas e encavalita a urgência dos números do sucesso nas costas dos professores, o PS oferece mais Governo e menos serviço público à educação. E na escola-empresa, que vai triunfando contra a escola-democrática, crescem novas burocracias feitas por decreto, centraliza-se o poder em figuras unipessoais, desenvolve-se a cultura da subordinação e do sacrifício acrítico.

Nenhum outro governo foi tão longe na amputação de direitos aos professores e na degradação das suas condições de trabalho, abrindo caminho à desvalorização social da escola pública e do papel dos profissionais de educação, que são o seu rosto . A resposta não se pode ficar pelo protesto. Ela exige o projecto, e há nas escolas experiências e práticas que são património e potencial deste projecto.


É urgente relançar a escola pública pela igualdade e pela democracia, contra a privatização e a degradação mercantil do ensino, contra os processos de exclusão e discriminação. Uma escola exigente na valorização do conhecimento, e promotora da autonomia pessoal contra a qualificação profissionalizante subordinada.


Somos pela escola pública laica e gratuita e que não desiste de uma forte cultura de motivação e realização, que não pactua com a angústia onde os poderes respiram. Uma escola que não desiste é aquela que combate a fatalidade: pelas equipas multidisciplinares e redes sociais, determinantes na prevenção e intervenção perante dificuldades de aprendizagem; pela valorização das aprendizagens não formais; pelas turmas mais pequenas e heterogéneas como espaço de democracia, potenciador de sucesso; pela discriminação positiva das escolas com mais problemas; pela real aproximação à cultura e à língua dos filhos de imigrantes.

Somos pela escola pública que assume @s alun@s como primeiro compromisso, lugar de democracia, dentro e fora da sala de aula, de aprendizagem intensa, apostada no debate para reflectir e participar no mundo de hoje.
Somos por políticas públicas fortes, capazes de criar as condições para que a escolaridade obrigatória seja, de facto, universal e gratuita e de assumir que o direito ao sucesso de todos e de todas é um direito fundador de democracia e é o desafio que se impõe à esquerda.

Porque queremos fazer parte da resposta emancipatória, empenhamo-nos na construção de um Movimento que promova a escola pública pela igualdade e pela democracia. Ao subscrever este Manifesto queremos dar corpo a uma corrente que mobilize a cooperação contra a competição, a inclusão contra a exclusão e o preconceito, que dê visibilidade a práticas e projectos apostados numa escola como espaço democrático, de cidadania, de conhecimento e de felicidade, porque uma outra escola pública é possível.


Primeiros subscritores:

Arsélio Martins (Professor de Matemática, Aveiro); Ana Maria Pessoa (Escola Superior de Educação de Setúbal); Sérgio Niza (Movimento Escola Moderna); Ana Filgueiras Soares (Vice Presidente da Associação Cidadãos do Mundo); José Luis Peixoto (Escritor); Beatriz Dias (Professora de Biologia, Lisboa); Boaventura Sousa Santos (Sociólogo); Cecília Honório (Professora de História, Lisboa); João Curvelo (Associação de Estudantes da Escola Secundária Raínha Dona Leonor, Lisboa); Almerinda Bento (UMAR, Professora de Inglês do ensino básico, Seixal); João Paraskeva (Universidade do Minho); Catarina Alves (Associação de Estudantes da Escola Secundária de Gondomar); António Avelãs (Presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa); Teresa Cunha (Escola Superior de Educação de Coimbra); José Manuel Pureza (Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, núcleo de estudos pela Paz); Helena Ralha simões (Escola Superior de Educação, Universidade do Algarve); Chullage (Músico, Associação Khapaz); Manuela Tavares (Professora do ensino secundário, Almada); António Sousa Ribeiro (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra); Maria José Vitorino (Professora bibliotecária, Lisboa); Jonas Lopes Vilar (Presidente da Interculturalidade – Associação de Professores); Maria Helena Caldeira Martins (Universidade de Coimbra); Fernando Cruz (Presidente da AGIR- Associação para a Investigação e Desenvolvimento Sócio-Cultural, Porto); Luísa Sola (Escola Superior de Educação de Setúbal); João Antunes (Psicólogo, dirigente do SOS Racismo, Porto); Maria José Araújo (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação do Porto); Paulo Peixoto (Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra); Heloísa Luz (Professora do ensino secundário, Pinhal Novo); Manuel Grilo (Sindicato dos Professores da Grande Lisboa); Deolinda Devesas (Professora do ensino secundário, Lagos); Fernando Rosas (Historiador); Marta Araújo (Universidade de Coimbra, doutorada em Sociologia da Educação pela Universidade de Londres); Joaquim Raminhos (Professor do ensino básico, Director Centro de Formação de Docentes do Concelho da Moita); Albertina Pena (Professora, Lisboa); Joaquim Sarmento (Movimento Escola Moderna); Berta Alves (Professora do ensino secundário, Lisboa); Rodrigo Rivera (Associação de Estudantes da Escola Secundária Jaime Cortesão, Coimbra); Paula Capelo (Professora, EB 2/3 D.João I, Baixa da Banheira); Manuel Portela (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, director do Teatro Académico Gil Vicente); Alda Matos (Escola Superior de Educação de Coimbra); João Teixeira Lopes (Sociólogo); Anabela da Silva Moura (Escola Superior de Educação Instituto Politécnico de Viana do Castelo); Luís Farinha (Professor, Director adjunto da Revista História)
Sincerely,
The Undersigned

«Voz do Operário» comemora 125 anos

A Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário faz 125 anos. O dia 13 de Fevereiro, dia oficial da sua constituição, marcará o arranque das comemorações que se vão prolongar durante um ano, com inúmeras iniciativas não só na sede de A Voz como em diferentes locais da... Na ocasião, vão ainda ser apresentadas as iniciativas a realizar durante este ano de 2008, na sede da «Voz do Operário» e em espaços culturais e sociais da cidade, como, por exemplo, a estreia de uma peça do «Novo Grupo/Teatro Aberto».

Vai ainda ser assinado um protocolo para a construção de um elevador na «Voz do Operário», uma aspiração há muito desejada.


Esta sociedade de instrução e beneficência, com uma história e património inigualáveis, tem, actualmente, uma população estudantil de 457 crianças e jovens, nas escolas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos, creches e jardins de infância, com uma valiosa acção social, cultural, desportiva e associativa.


No dia 16 de Fevereiro irá realizar-se um jantar de «amizade e solidariedade» com aquela instituição, uma vez que o Ministério da Educação suspendeu o contrato, com o «Voz do Operário», de apoio às crianças e jovens com mais dificuldades financeiras.


A Arquitectura de Oscar Niemeyer – conferência na faculdade de arquitectura do Porto (15 de Fev)



Oscar Niemeyer fez 100 anos a 15 de Dezembro


A FAUP associa-se à celebração do centenário, convidando a Arqª. Fernanda Barbara (São Paulo, Brasil) e o Arq. Manuel Graça Dias, para apresentar


"A Arquitectura de Oscar Niemeyer",

no dia 15 de Fevereiro, às 14.30

no Auditório Fernando Távora


• Simultaneamente será aberto um Concurso de Ensaios sobre a obra de Oscar Niemeyer para estudantes de Escolas de Arquitectura portuguesas e brasileiras.

Poesia quase anónima - a poesia na blogosfera portuguesa


Poesia Quase Anónima
a poesia na blogosfera portuguesa


Combinando ilustração e poesia, "Poesia Quase Anónima" é uma pequena antologia possível de novos autores dispersos pela blogosfera portuguesa.

*Selecção de textos: Mercado Negro
*Design e ilustrações: Menina Limãomeninalimão@gmail.com


Textos de:


*c-asa (carolina rodrigues) em A Casa Imaginada



*nocturnidade (cláudia ferreira) em Agulha

*marta em Do Avesso

*martinha. (marta poiares) em Entre Linhas

*r. (rute mota) em Esta Distância Que Nos Une

*eyes shut em Eyes Shut

*gato legível em Gato Legível

*saturnine (raquel costa) em Little Black Spot


*happy and bleeding em Morrer de Improviso



*hugo em Solvstäg

*o peixe que queria ser um tira linhas (rita alberto) em Tampadecaneta

*ana (ana filipa gonçalves) em Tarte de Rabanete

*clAud (cláudia caetano) em Tempo Dual

*lebre do arrozal (maria sousa) em There’s Only 1 Alice

*tratado de botânica (joana serrado) em Tratado de Botânica

*papel químico (sónia oliveira) em Triplicado


Patente na Maria vai com as outras de 1 de fevereiro até 1 de março de 2008.


de segunda a sábado: 12h00-20h00/22h30-24h00
domingos e feriados: 15h00-20h00



maria vai com as outras
loja de livros, tabacos, chás, artesanato, mobiliário, vinhos, outras cores, outros cheiros, outros sabores
R. do Almada, 443, Porto
tel.220167379s

Grande concentração no Bolhão (Sábado, dia 9 de Fev. às 10 h.) de apoio aos comerciantes e contra a demolição de um símbolo histórico do Porto

ESTE SÁBADO, 9 FEVEREIRO - A partir das 10h.


Mais pessoas e associações estão a aderir à onda de críticas ao projecto da Cãmara do Porto de demolir o interior do tradicional mercado do Bolhão e construir aí mais um centro comercial/shopping, desfigurando e destruindo um dos símbolos da cidade, com o seu ambiente típico das vendedeiras e dos produtos frescos vindos da região.
É todo um património histórico-cultural que querem arrasar.

Será que vamos permitir esta barbaridade?

Aparece e traz mais um amigo

Temos de apoiar os comerciantes e o comércio tradicional

Grande concentração neste Sábado. Estamos todos com o NOSSO BOLHÃO.

Está a circular uma Petição que será entregue na Assembleia da República, por forma a "Impedir a demolição do Mercado do Bolhão".

Foi elaborada por vários cidadãos do Porto, que pretendem impedir que um dos maiores símbolos Arquitectónicos e Humanos da cidade, o Mercado do Bolhão, se perca, para dar lugar a mais um Shopping de mau gosto.


Encontra-se acessível para assinatura, nos seguintes locais:

- em todo as lojas e bancas dos Comerciantes do Mercado do Bolhão



Vejam o historial e os projectos que a empresa a quem vai ser entregue a destruição do Bolhão e digam se não são os tais caixotes urbanísticos que andam a plantar por aí fora, e a desfigurar o nosso património paisagístico e histórico:


The Shopping Centre (Guarda Mall)
DHL Express and Logistics
Aveiro Retail Park
Portimão Retail Park
EXPONOR XXI

7.2.08

Aquele que fala verdade ( entrevista-documentário com N. Chomsky)

Parte 1




Parte 2

Fim de semana ( 9 e 10 de Fevereiro) de contestação ao programa de desincentivo ao arrendamento jovem

O Movimento Porta 65 Fechada promove, nos dias 9 e 10 de Fevereiro, um Fim-de-Semana de Contestação ao programa de “desincentivo” ao arrendamento jovem.

Em Lisboa, no dia 9, Sábado, José Mário Branco participa numa tertúlia, a partir das 20h, na Crew Hassan ao pé do Coliseu.

No Porto, é a vez dos F.R.I.C.S., à mesma hora, na Casa Viva à Praça Marquês de Pombal. Entrada livre em todas as iniciativas.

O Movimento integrará ainda, no dia 9 em Faro, o Komboio dos Lokos, organizado pela Associação Recreativa e Cultural do Algarve.

Dia 10 às 16.30, manifestação em simultâneo no Rossio em Lisboa e na Praça da Batalha no Porto.

Seguem todos os detalhes por cidade:

:::::::::::::::::::: LISBOA ::::::::::::::::::::

DIA 9 —- // Crew-Hassan \\ 20h

Projecção de vídeo
Tertúlia - Representantes de Plataforma Artigo 65 (Helena Roseta), Movimento
Porta 65 Fechada (João Cleto), Associação dos Inquilinos Lisbonenses (Romão Lavadinho) e José Mário Branco
Música - José Mário Branco, Corsage e Baby Jane



DIA 10 —- MANI FESTA ACÇÃO

// Concentração \\ 16h30 Praça do Rossio
Representação da casa Porta 65 Jovem
Enterro da Porta 65 Jovem e música com os Farra Fanfarra
Rossio - Praça do Comércio


:::::::::::::::::::: PORTO ::::::::::::::::::::

DIA 9 —- // Casa-Viva \\ 21h

projecção de vídeo
Continuação da noite com dj


DIA 10 —- MANI FESTA ACÇÃO

// Concentração \\ 16h30 Praça da Batalha

Enterro da porta
Mimos e músicos
Batalha - Santa Catarina - Bolhão - Aliados.


Para mais informações, por favor, contactar:
João Cleto
964255386
porta65fechada@gmail.com



www.porta65.blogspot.com

Comunicado de Imprensa do Movimento Porta 65 Fechada

O Movimento Porta 65 Fechada congrega cidadãos de todo o país afectados ou preocupados com o novo programa de apoio ao arrendamento jovem - Porta 65 Jovem. Este movimento apartidário reclama a alteração profunda das condições de acesso a este apoio, agora apreensivamente restritivas e não inclusivas.

Um mês depois do fecho da primeira fase de candidaturas, não se vislumbra o sucesso anunciado pelos responsáveis do programa Porta 65 Jovem. Das 20.000 candidaturas esperadas pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), apenas foram submetidas 3561. Tudo por causa dos novos parâmetros de acesso ao Porta 65 Jovem, absurdamente desfasados da realidade. Acusamos assim, o rotundo falhanço deste programa que já devolveu centenas de jovens a “casa dos pais” e promete devolver ainda mais.

Como resposta, o movimento Porta 65 Fechada organiza em Lisboa e no Porto um Fim de Semana de Contestação.

O movimento Porta 65 Fechada está empenhado em denunciar as graves situações criadas pelo novo programa de apoio ao arrendamento jovem, que derivam da definição de critérios absolutamente desajustados da realidade, afastando os jovens que mais necessitariam deste apoio. Seguem também, em anexo, um cartaz do fim de semana de protesto, assim como os principais pontos de contestação do movimento Porta 65 Fechada.






Principais problemas do Porta 65 Jovem


O programa Porta 65 Jovem sintetiza o total desinteresse do governo pela população jovem do país e demonstra falta de coragem política em assumir esse alheamento. De facto, o Porta 65 Jovem é um programa de fachada que existe apenas para que se possa dizer que existe. Toda a sua lógica de construção foi pensada por forma a dificultar o acesso ao próprio programa.

Assim, os principais motivos que conduzem o programa ao fracasso são, em primeiro lugar, as condições absolutamente irrealistas que são exigidas aos jovens candidatos:

Rendas Máximas Admitidas – Utilizando o argumento do combate à especulação imobiliária, o Governo introduziu tectos máximos às rendas, sendo que apenas os arrendatários cujas rendas se encontram dentro destes limites poderão ser apoiados. Uma medida justa, não fossem os valores apontados serem tão baixos que é quase impossível encontrar casas a esse preço.
A título de exemplo, apresentamos os valores máximos estipulados pelo Porta 65 Jovem para apartamentos T0/T1 e T2/T3 em Lisboa, Porto e Castelo Branco.

Lisboa Porto Castelo Branco
T0 / T1 340 220 180
T2 / T3 550 360 300

Fazendo uma pesquisa a apartamentos dentro destes valores, verificamos imediatamente que a porta está muito bem fechada. Como foi noticiado em vários meios de comunicação social, o número de apartamento elegíveis nas diversas zonas do país contam-se pelos dedos da mão.
No entanto, muito mais “generosos” foram os resultados apresentados pelos próprio director do IHRU que, orgulhosamente e sem pudor, veio dizer a público que «ainda ontem, numa ronda por vários sites, verificámos que só na região de Lisboa havia mais de 40 apartamentos T2 compatíveis com as rendas máximas admitidas no programa» (Lusa - 21/1/2008). APENAS 40 apartamentos para uma região com MILHARES de jovens candidatos!


Taxa de esforço máximo 40% – Através deste parâmetro, o Governo alega que está apenas a procurar assegurar o apoio somente aos jovens que reunem as condições mínimas para se emanciparem. Deste modo, criou uma taxa percentual que impede os jovens a se candidatarem a casas demasiado caras para os seus rendimentos. Contudo, a taxa estipulada tem o valor irrisório de 40%. Isso obriga a que os jovens encontrem casas que não excedam 40% dos seus rendimentos.

Em termos práticos, um jovem que receba 500 euros mensais só se poderá candidatar a uma casa até 200 euros. E visto que apenas são contabilizados 70% dos rendimentos dos jovens veiculados a recibos verdes, nestes casos, a renda não poderá ser superior a 140 euros! Para um candidato poder aceder a uma casa de 300 euros, um valor já baixo na maioria dos casos, os jovens terão de contar com uma remuneração mínima de 750 euros mensais. Se estiverem a recibos verdes, o rendimento mínimo terá de ser de 1071 euros.


Desta forma, esta taxa obrigatória fecha a porta aos candidatos que auferem rendimentos baixos e médios, os jovens a quem este programa deveria justamente servir, os jovens do país real.

No entanto, estes não são os únicos problemas do Porta 65 Jovem. Ao examinarmos a portaria que regulamenta o programa, identificamos a existência de vários parâmetros que dificultam a implementação de uma política razoável, justa e eficaz. Chamamos então a atenção para os seguintes aspectos:

• Regime de transição entre os dois programas não permite aos jovens adaptar-se às novas regras;
• Orçamento anual do programa perverte os objectivos;
• Redução do valor percentual das comparticipações;
• Redução da duração do apoio;
• Redução do número de beneficiários;
• Metodologia de cálculo das rendas máximas desfasada da realidade, uma vez que uma das bases é a média das rendas praticadas em cada região, onde se incluem muitas rendas congeladas;
• Processo de candidatura exclusivamente on-line complexo e inflexível, que acentua dificuldades de acesso aos jovens com menores conhecimentos de informática, existindo mesmo casos em que os dados não podem ser introduzidos devido a falhas técnicas absolutamente alheias aos candidatos.



Consequências do Porta 65 Jovem

A repercussão destas medidas e situações, agudizada pelo seu cruzamento, far-se-á sentir de imediato, com consequências danosas quer para os jovens, como para o compromisso supostamente assumido pelo Porta 65 Jovem:

• Diminuição da qualidade de vida e da possibilidade, consagrada na constituição, de ter uma habitação digna;
• Aumento da precariedade na já frágil situação dos jovens;
• Diminuição ainda mais acentuada da natalidade;
• Abandono e degradação dos centros urbanos;
• Fuga dos jovens e mão-de-obra especializada para o estrangeiro;
• Criação de condições propícias a transacções ilegais entre arrendatários e senhorios (valores de renda falsos), que resultam na perda de receita fiscal e no aumento da desigualdade de oportunidades.
• Agravamento das debilidades do mercado de arrendamento;
• Inexistência de programas alternativos para jovens em situação de precariedade laboral, que não poderão aceder a este programa, e que representam uma grande parte da força laboral jovem.


Se atentarmos ao programa Porta 65 Jovem de uma forma geral, consideramos que se encontram comprometidos os direitos inalienáveis dos cidadãos portugueses expressos nos artigos 65 (direito a uma habitação digna) e 70 alínea c) (criação de condições favoráveis aos jovens no acesso à habitação) da Constituição.


Actividades do movimento

O grupo está organizado em plataformas de trabalho, debate na internet, e em núcleos locais activos em Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro e Faro.

Através de fóruns, o movimento tem promovido a discussão, divulgação e expansão do grupo, tendo por vista a organização de várias formas de contestação, incluindo manifestações de rua.

Também graças ao empenho do movimento em incentivar os jovens a protestar e a descreverem os casos de injustiça e desrespeito decorrentes do Porta 65 Jovem ao Provedor de Justiça, foi já anunciado que será iniciado um processo que visa o esclarecimento dos fundamentos do programa. Da mesma forma, dado o volume e tom das críticas, foi anunciado que o director do Instituto da Habitação e Reabilitação e Urbana, organismo responsável pela execução do Porta 65 Jovem, será chamado ao Parlamento assim que saírem os resultados da primeira fase de candidaturas (que desde já fracassou ao nível do número de candidaturas aceites) a fim de justificar as medidas apresentadas e os resultados obtidos.

Os jovens estão unidos e não vão baixar os braços. Não aceitamos ser tratados com o desrespeito que tem sido demonstrado. Somos cidadãos de direito plenos e lutaremos por isso até às últimas consequências.

Concentração por um mundo sem fronteiras (9 de Fevereiro, 15h. na Pr. da Batalha, Porto)


Por Um Mundo Sem Fronteiras


Esta é uma acção contra as políticas hipócritas, securitárias e injustas de imigração. A Europa da união criminaliza e discrimina quem cruza as suas fronteiras em busca de uma vida melhor.

Os imigrantes, legais ou não, contribuem através do seu trabalho e do pagamento de impostos para a acumulação capitalista da riqueza da União Europeia, assim como para o rejuvenescimento populacional do espaço Schengen. Ao mesmo tempo que o Estado Português os reconhece nas suas obrigações, discrimina-os nos seus direitos. Aos ilegais é negado o acesso à habitação, educação, saúde e cidadania.

Porque não queremos viver num mundo dividido em redomas mais impenetráveis para uns do que para outros. Porque não são as pessoas que atravessam as fronteiras, mas sim estas que se atravessam nos caminhos das pessoas, negando assim uma qualidade inerente ao humano: o desejo de ir além, de procurar, de conhecer.

Ninguém é Ilegal


9 de Fevereiro, Praça da Batalha, 15H
Concentração de solidariedade com os 23 Marroquinos expulsos a 23 de Janeiro de 2008

Início de Dezembro de 2007:23 emigrantes marroquinos chegaram à costa portuguesa, depois da embarcação onde viajavam ficar à deriva. Estes imigrantes foram imediatamente detidos e encarcerados num Centro de Detenção no Porto.

23 de Janeiro de 2008: início da expulsão, sem que o estado português informe os respectivos advogados e acautele as condições que os esperariam de volta ao país de origem.

Durante o tempo de detenção, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) impediu, na prática, o contacto com o exterior e a visita de várias associações de defesa dos Direitos Humanos.

Pelo Direito à Mobilidade
Pela Cidadania plena, Inclusão, direitos e Liberdade
Por uma Lei de Imigração justa e de acção concreta.




A recente expulsão dos marroquinos detidos na unidade habitacional de santo António veio não só expor uma lei incompatível com os mais básicos direitos humanos, como também confirmar a natureza dos poderes governantes. Vivemos num Estado de excepção mais permanente para os mais pobres do que para os mais ricos em que leis, direitos, liberdades e garantias perdem o seu significado perante os interesses de Estado e da economia. Só assim se explicam as ilegalidades processuais cometidas neste processo, como a supressão informativa realizada às advogadas das pessoas expulsas, ou simples omissões jurídicas, como a recusa em aplicar a cláusula que adia a repatriação caso os detidos colaborem no desmantelamento de redes de tráfico de imigrantes.

Porém, apesar da sua brutalidade, este caso não constitui uma novidade. Em Portugal, há muito que se expulsam pessoas por não preencherem certos e determinados requisitos. Há muito que existem prisões para imigrantes obra do actual presidente da república Cavaco Silva, enquanto chefe de governo onde estes são detidos porque simplesmente estão onde não podem estar. Por nada mais. Há muito que se mantêm pessoas na clandestinidade, para que possam trabalhar sem contratos e sob salários de miséria. Há muito que se esqueceram as histórias dos avós e bisavós que entraram, permaneceram e trabalharam ilegalmente em França e outros países da Europa.

Os tempos são outros. O país é parte integrante da União Europeia (U.E) e, como tal, deve participar no seu processo de afirmação a nível mundial. Doa a quem doer. A organização da Cimeira UE-África, em que a tentativa de impor acordos de comércio livre se fez acompanhar pela negociação de parcerias na repressão à população imigrante; a participação no programa Frontex, um dispositivo de controlo fronteiriço, que inclui os barcos de guerra que patrulham o litoral, as vedações em Melila e Ceuta ou centros de detenção espalhados por toda a Europa; ou as rusgas realizadas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras os grandes centros urbanos ilustram o papel português na conspiração europeia contra os imigrantes.

Manifestamo-nos hoje contra qualquer lei de imigração que não garanta, sem quaisquer limitações, o direito a viver livremente neste país. Não só devido à existência de necessidades imperativas que obrigam as pessoas a partir e deixar as suas famílias a fuga às guerras, à pobreza e à destruição de recursos naturais, que alimentam as contas bancárias das grandes empresas transnacionais mas também porque não queremos viver num mundo dividido em redomas mais impenetráveis para uns do que para outros. Porque não são as pessoas que atravessam as fronteiras, mas sim estas que se atravessam nos caminhos das pessoas, negando assim uma qualidade inerente ao humano: o desejo de ir além, de procurar, de conhecer. Tudo isto é muito anterior à existência de fronteiras. Tudo isto continuará quando forem abolidas.

O teatro da palmilha dentada tem em cena o seu novo trabalho - Bucket

http://adentadadapalmilha.blogspot.com/

O Teatro da Palmilha Dentada tem em cena o seu novo trabalho de palco: “Bucket”. Este novo trabalho é o fruto de um trabalho de pesquisa em laboratório. O texto escrito teve por ponto de partida os improvisos realizados pelos actores.


De 11 de Janeiro a 17 de Fevereiro, de 2008

De Terça a Domingo às 21h46

Sala Estúdio Latino (Teatro Sá da Bandeira) no Porto

Informações e reservas, pelo número 91 5000 464.
Bilhetes a 7,49€ e 9,99€
O espectáculo para maiores de 16 anos


TEXTO E ENCENAÇÃO
RICARDO ALVES

MÚSICA ORIGINAL
RODRIGO SANTOS

INTERPRETAÇÃO
DANIEL PINTO
IVO BASTOS
RODRIGO SANTOS
DESENHO DE LUZ E FOTOGRAFIA DE CENA
PEDRO VIEIRA DE CARVALHO
APOIO AO MOVIMENTO
VERA SANTOS
ADEREÇOS
RICARDO ALVES
SANDRA NEVES

OPERAÇÃO TÉCNICA
RICARDO ALVES
HELENA FORTUNA

PRODUÇÃO TÉCNICA
ADELAIDE BARREIROS

“Um balde divide o mundo. Havendo um balde, há o que está dentro e o que está fora. De pernas para o ar é um banco. Com um pé dentro é um gag antigo. Empilhados, uma torre. Numa loja de cristais é um erro, na construção civil uma constante, se tiver um furo é inútil, se tiver muitos, dependurado num ramo de árvore, é um chuveiro. Há baldes que são dois, meio balde de detergente, meio balde de água limpa. Alguns têm tampa, outros têm rodas, quase todos têm asa. Transportam água, guardam o leite e um balde foi à lua e voltou cheio de pedras lunares. E se um dia nos faltarem?
Um balde é também um bom ponto de partida para as historias que se querem contar.”