18.12.09

APELO - Contra o acordo da Epal com a Mekarot (empresa israelita que rouba água aos palestinianos)


APELO


Contra o acordo da Epal com a Mekorot!

Defendamos os direitos dos palestinianos à água!

Façamos respeitar a lei internacional!


A Mekorot, companhia nacional da água israelita, assinou um acordo comercial com a EPAL, companhia portuguesa que abastece 2,5 milhões de consumidores na Grande Lisboa. O acordo pretende proteger o sistema português municipal de água contra “ameaças terroristas”, baseando-se na alegada “competência” da Mekorot neste domínio.

O acordo português é, na realidade, uma tentativa velada para que a Mekorot tire proveito dos seus muitos anos de experiência enquanto agente da ilegal e imoral ocupação israelita da Palestina.

O acordo com Portugal é uma plataforma de lançamento para a empresa poder vender os seus serviços no resto da Europa, financiando o aparelho militar israelita com milhões de dólares. Esse dinheiro será inevitavelmente usado para consolidar a apropriação criminosa dos aquíferos palestinianos.

Um relatório da Amnistia Internacional publicado em Outubro passado acusa Israel de negar aos palestinianos o acesso à água. “Piscinas, relvados bem regados e grandes quintas irrigadas nos colonatos israelitas estão em flagrante contraste com as aldeias palestinianas, cujos habitantes lutam para conseguir satisfazer as suas necessidades domésticas em água”, diz o relatório. O consumo diário de água per capita em Israel é quatro vezes maior do que os 70 litros por pessoa consumidos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, um número muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

Israel desvia mais de 80% da água do Aquífero da Montanha. Este aquífero é a única reserva de água potável para os palestinianos, ao passo que Israel retira água de outras fontes, incluindo o Rio Jordão. Entre 180.000 e 200.000 palestinianos das comunidades rurais da Cisjordânia não têm acesso à água corrente. Cerca de 90 a 95% do fornecimento da água potável de Gaza foram contaminados por águas de esgotos e água do mar e estão agora impróprios para consumo.

O Comité de Solidariedade com a Palestina escreveu uma carta à EPAL, protestando contra o acordo. A empresa defendeu o acordo, negando a sua responsabilidade pelo destino dos palestinianos. Juntando o insulto à ofensa, a EPAL despediu uma funcionária que tinha contestado o acordo, o que é uma tentativa de limitar a liberdade de expressão no seio da empresa.

No entanto, à luz das directrizes da União Europeia para a atribuição de contratos públicos (2004/18/EC), a empresa encontra-se numa situação delicada e o acordo pode cair se for exercida pressão pública. Este apelo destina-se precisamente a dar início a essa pressão e a barrar o acesso da Mekorot aos mercados europeus desde o primeiro momento.

Exija que a EPAL anule o seu acordo com a Mekorot AGORA!

1 – Escreva uma carta à EPAL, à Ministra portuguesa do Ambiente (que tutela a EPAL) e aos meios de comunicação portugueses, denunciando este acordo vergonhoso e exigindo que a EPAL rompa com a Mekorot.




Envie-nos informações:
stopmekorotcampaign@gmail.com




Carta Modelo:
http://bit.ly/12zuWF




Conselho de Administação da EPAL:
jose.zenha@epal.pt , jose.zenha@epal.pt , jose.figueira@epal.pt , anita.ferreira@epal.pt , blopes@epal.pt , mario.maria@epal.pt , joaquim.sereno@epal.pt , luis.branco@epal.pt , conceicao.almeida@epal.pt , francisco.serranito@epal.pt , daniela.santos@epal.pt , carlos.saraiva@epal.pt , paulo.rodrigues@epal.pt , barnabe.pisco@epal.pt , maria.benoliel@epal.pt , nilopes@epal.pt , ldurao@epal.pt , mario.cruz@epal.pt , ana.pile@epal.pt , margarida.santos@epal.pt
gmaotdr@maotdr.gov.pt


Ministra do Ambiente: gmaotdr@maotdr.gov.pt

Leitura de poemas de Sebastião Alba (dia 20 de Dez. às 18h. na Livraria-bar Gato Vadio)


Aos poetas que morrem com muita, muita luz nos olhos.

«Um dos meus remorsos mais pungentes é ter contribuído, quando escrevi alguma poesia, para "enfeitar" de cultura as classes dominantes.»
Sebastião Alba




Não serão muitos os poetas que nos deixam sem palavras. O que dizer?

“Um poeta não se pega”, disse ele uma vez. Ou num poema, “Estar comigo/é o meu nativo/modo de estar”. Talvez desejasse desaparecer, deste mundo, desta vida. Frágil para nele viver, bravio para nele recusar acoitar-se. Nenhuma concessão. Desapareceu para estar vivo.

Na página 98 da Enciclopédia das Literaturas de Língua Portuguesa (Verbo, Lisboa/São Paulo, 1995), a entrada Alba (Sebastião) remete para Gonçalves (Carneiro). Na entrada Gonçalves (Carneiro), na pág. 852, diz-se: “Escritor português, desde muito novo radicado em Moçambique (Braga, 21.6.1941 – Moçambique, 20.1.1974). Frequentou o Instituto Liceal D. Gonçalo de Silveira, na Beira. (…) Obteve dois prémios da Câmara Municipal de Lourenço Marques: um, em 1965, com o conto “A lua do advogado”, e outro, em 1968, com uma poesia. Faleceu num acidente de viação. Em 1975, editou-se em Lourenço Marques “Contos e lendas”, uma colectânea de alguns dos melhores trabalhos do autor, única obra sua publicada”.

Será um equívoco? Ou, a única entrada da citada enciclopédia a fazer jus ao desejo do autor?

A 14 de Outubro de 2000, na noite dividida, foi atropelado na conhecida “rodovia” de Braga por um autocarro. Deixou um bilhete dirigido ao irmão: «Se um dia encontrarem o teu irmão Dinis, o espólio será fácil de verificar: dois sapatos, a roupa do corpo e alguns papéis que a polícia não entenderá».


Alba, continuas a assobiar?




Sebastião Alba

Leitura de poemas

Nuno Meireles e Júlio do Carmo Gomes

Domingo, dia 20 de Dezembro, 18h

Gato Vadio
Rua do rosário, 281 – Porto
telefone: 22 2026016