18.1.06

A insurreição operária do 18 de Janeiro contra a ditadura fascista de Salazar



O 18 de Janeiro de 1934 foi um dia histórico na história do movimento operário e da luta e resistência contra a Ditadura fascista de Salazar por ter sido nessa data que se registou um movimento grevista insurreccional operário e camponês contra a política salazarista de cerceamento das liberdades e direitos dos trabalhadores e das suas associações sindicais, e que visava igualmente o derrube daquele regime, movimento esse que teve impacte especial na Marinha Grande onde os operários vidreiros conseguir tomar a localidade, desafiando e resistindo às forças da repressão que foram lançadas contra os trabalhadores.

Todas as correntes do movimento operário participaram, destacando-se no entanto os militantes da CGT, a maior confederação sindical anarco-sindicalista durante o período da I República ( 1910-1926) e que ofereceu uma resistência persistente contra a fascistização dos sindicatos e da sociedade portuguesa, não obstante a repressão e a perseguição que se abateu sobre si e os seus dirigentes e militantes.
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Recorde-se que o movimento operário de 18 de Janeiro de 1934, foi uma acção desencadeada pelas organizações operárias contra a fascização dos sindicatos que a ditadura fascista de Salazar queria obrigatoriamente vincular ao sindicalismo fascista. Para isso havia sido elaborado o decreto 23.050 de Setembro de 1933, que obrigava à dissolução e encerramento dos Sindicatos Nacionais e à sua agregação compulsiva ao Corporativismo até ao dia 31 de Dezembro desse ano de 1933.
As Associações Sindicais de classe reagiram preparando uma greve geral. Secretamente, preparava-se também uma insurreição armada visando o derrube da ditadura, que viria a falhar, revestindo-se numa grave e pesada derrota para o operariado e suas organizações de classe.
Foi na Marinha Grande que o 18 de Janeiro de 1934 teve o seu expoente máximo, pelo cumprimento total das missões previamente atribuídas ao operariado local. Foi tomado o posta da Guarda Nacional Republicana, a estação dos Correios e a então ainda vila isolada por cortes das comunicações terrestres e telefónicas.
Embora efemeramente, os operários foram senhores absolutos da então ainda não cidade, tendo reaberto o seu sindicato.
Com a chegada de meios militares de Leiria, seriam derrotados, presos na Trafaria (margem esquerda do rio Tejo junto à sua foz) e, posteriormente,, deportados cerca de quarenta operários vidreiros, primeiro para Angra do Heroísmo (Açores) e alguns para o campo de concentração do Tarrafal, tristemente celebrizado por "campo da morte lenta" com processos trazidos da Alemanha fascista.
Desses deportados da Marinha Grande, três morreriam no degredo: António Guerra, Augusto Costa e Francisco da Cruz.
Nessa madrugada de 18 de Janeiro de 1934 deflagraram outros focos de rebelião contra o regime fascista, como o descarrilamento de um combóio em Santa Iria da Azóia (perto de Lisboa), rebentamento da central eléctrica de Coimbra e bombas em Silves (Algarve) e Barreiro (perto da Trafaria), em acções sem grande coordenação que provocaram centenas de prisões entre dirigentes associativos e sindicais.

Greve a 100% paralisa os portos portugueses( e europeus)


Os portos portugueses estiveram completamente paralisados nos dois últimos dias ( 16 e 17 de Janeiro) com uma adesão à greve de 100% dos respectivos estivadores. A greve de dois dias, que foi convocada a nível europeu para todos os portos europeus ( mais de 100 portos), destina-se a protestar contra a proposta da Comissão Europeia que prevê a liberalização do trabalho portuário, permitindo por exemplo que as tripulações dos navios possam fazer cargas e descargas. A adesão dos trabalhadores em todos os portos europeus foi também muito grande, e a paralisação foi seguida de forma generalizada por todoa a Europa, segundo informações veiculadas pela imprensa.

Vamos cantar as Janeiras

Natal dos simples

Letra e música: José Afonso
In: Cantares de Andarilho;

Vamos cantar as janeiras

Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras

Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas

Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte

Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra

Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza

Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura

11 milhões de americanos não sabem ler ou escrever

Mais de onze milhões de americanos não conseguem ler e escrever em inglês e cerca de trinta milhões só conseguem assinar documentos, revela uma estudo sobre alfabetização conduzido pelo governo americano. O estudo foi realizado pelo Centro Nacional de Estatísticas em Educação, que usou meios como jornais, horários de autocarro e formulários de impostos para efectuar o levantamento.O estudo considerou que sete milhões de adultos (3%) se situam no nível mais baixo da literacia básica, sendo que outras quatro milhões de pessoas (2%) não realizaram as provas porque não falavam inglês.