24.7.13

Charlie Chaplin: «Em política, eu sou anarquista»


«Em política, eu sou anarquista.
Odeio governos, normas e grilhetas.
Não aceito animais enjaulados.
As pessoas devem ser livres»
Charlie Chaplin
 
 
 
 
Uma criança explica o que é um anarquista e porque é que governo e violência são a mesma coisa


O seguinte excerto é retirado do filme Um Rei em Nova Iorque, realizado em 1957 por Charlie Chaplin, e que constitui um sátira corrosiva ao sistema político norte-americano, bem assim como aos valores e à moral dominante nos Estados Unidos da América. A criança protagonista é o próprio filho de Charlie Chaplin.






Na Senda de Fernão Mendes Pinto, novo livro de Joaquim Magalhães de Castro


A novel editora Parsifal acaba de lançar mais um livro de viagens, «Na Senda de Fernão Mendes Pinto», de Joaquim Magalhães de Castro.
 
Joaquim Magalhães de Castro nasceu nas Caldas de São Jorge, em Santa Maria da Feira. Escritor, jornalista independente, fotógrafo e investigador da História da Expansão Portuguesa, é autor dos livros Mar das Especiarias, Viagem ao Tecto do Mundo – O Tibete Desconhecido e No Mundo das Maravilhas, integrados no Plano Nacional de Leitura, de Oriente Distante e dos álbuns fotográficos Os Bayingyis do Vale do Mu – Luso-descendentes na Birmânia, A Maravilha do Outro – No Rasto de Fernão Mendes Pinto e Sagres – Nossa Barca.
 
É também autor dos documentários televisivos Bayingyi, a Outra Face da Birmânia, Himalaias – Viagem dos Jesuítas Portugueses e De um Lado para o Outro – Diários da Mongólia. Colabora ainda na imprensa de Portugal e de Macau, onde habitualmente reside. Actualmente é presidente da CATAIO – Associação Cultural para o Desenvolvimento e Cooperação de Macau.
 
 
A Propósito do anti-nacionalismo de Fernão Mendes Pinto
O anti-nacionalismo de Fernão Mendes Pinto Fernão Mendes Pinto é muito provavelmente o maior aventureiro português. Alguém já lhe chamou o Marco Pólo lusitano. Pirata, soldado, mendigo, escravo, comerciante, partidário dos jesuítas cristãos, mas acima de tudo crente de um Deus superior às religiões, Fernão Mendes Pinto foi para a Índia em 1537 viajando depois por toda a Ásia, tendo sido preso várias vezes, não lhe faltando sequer a experiência de ter sido vendido como escravo.
 
Uma vez regressado a Portugal, decidiu escrever a Peregrinação, um livro onde relatou as suas aventuras e a diversidade das culturas dos povos distantes, mostrando como, apesar de tudo, os homens em qualquer parte do mundo são iguais, o que constitui um autêntico manifesto contra os nacionalismos populistas, para o que contribui em certa medida o criticismo de Fernão Mendes Pinto em relação aos feitos e aos comportamentos dos portugueses naquelas terras distantes.
 
Por isso mesmo é que o seu livro se tornou um livro de referência na época, editado e comentado noutros países, mas muito pouco valorizado em Portugal, onde Fernão Mendes Pinto foi mal recebido, chegando ao ponto de ser conhecido depreciativamente por Fernão Mentes !
 
Reflexo de tudo isso é o subtítulo da Peregrinação onde se mistura, por um lado, o multiculturalismo cosmopolita do viajante, e por outro, as referências particularistas aos Jesuítas:
 
«Peregrinaçam de Fernam Mendez Pinto em que da conta de muytas e muyto estranhas cousas que vio & ouvio no reyno da China, no da Tartaria, no de Sornau, que vulgarmente se chama de Sião, no de Calaminhan, no do Pegù, no de Martauão, & em outros muytos reynos & senhorios das partes Orientais, de que nestas nossas do Occidente ha muyto pouca ou nenhua noticia. E também da conta de muytos casos particulares que acontecerão assi a elle como a outras muytas pessoas. E no fim della trata brevemente de alguas cousas, & da morte do Santo Padre Francisco Xavier, unica luz & resplandor daquellas partes do Oriente, & reitor nellas universal da Companhia de Iesus.»

Os desempregados são o exército industrial de reserva do capitalismo

 
O capitalismo tem necessidade de gerar desemprego
 
 
 
«O desemprego em massa constitui o exército industrial de reserva, quanto maior ele é, melhor para o capitalista que poderá assim afirmar ao proletário no caso deste fazer greve, que pode contratar outra pessoa a um custo menor fazendo o mesmo trabalho. Daí que o exército industrial de reserva seja tão importante para o capitalismo»
Karl Marx
 
Exército industrial de reserva é um conceito desenvolvido por Karl Marx na sua crítica da economia política, e refere-se ao desemprego estrutural das economias capitalistas.
 
O exército de reserva corresponde à força de trabalho que excede as necessidades da produção.
 
Para o bom funcionamento do sistema de produção capitalista e garantir o processo de acumulação, é necessário que parte da população ativa esteja permanentemente desempregada. Esse contingente de desempregados atua, segundo a teoria marxista, como um inibidor das reivindicações dos trabalhadores e contribui para o abaixamento dos salários.
 
Segundo Karl Marx, na busca de inovações tecnológicas que lhes propiciem uma vantagem temporária sobre os seus concorrentes, os capitalistas tendem a elevar a composição orgânica do capital , substituindo gradativamente a força de trabalho (que é parte do capital variável ) por máquinas (que são parte do capital constante ), o que resultaria num aumento do desemprego e do exército de reserva.
 
O conceito de exército industrial de reserva lança por terra a crença liberal na liberdade de trabalho, bem como o ideal do pleno emprego.
 
Marx divide este exército de reserva industrial em três tipos: latente; flutuante; e intermitente.
 
A parte latente do exército de reserva industrial é gerada pela mecanização agrícola, que produz um excedente de população rural constantemente em condições de ser absorvido pelo proletariado urbano ou manufatureiro, e na espreita de circunstâncias propícias para esta transformação.
No Século XIX e princípios do XX, o camponês europeu formou uma reserva de trabalho latente para a indústria americana, e os negros do sul e outros grupos rurais minoritários desempenharam o mesmo papel durante os últimos cinquenta anos.
 
A reserva flutuante está composta por trabalhadores, atraídos às vezes pela indústria moderna e rejeitados por outras, especialmente jovens e pessoas mais idosas nos tempos de Marx, mas agora em grande parte imigrantes recém chegados da cidade e antigos imigrantes marginalizados que, de outro modo, subsistem graças aos seguros sociais.
 
A reserva de trabalho intermitente é uma parte do exército de mão-de-obra ativa, que tem um emprego completamente irregular. Tem salários mínimos, e as condições de vida desse grupo estão abaixo do padrão do resto da classe operária.
 
 Nos tempos de Marx, a força de trabalho intermitente era utilizada principalmente em indústrias domésticas pequenas e irregulares, se bem que se utilizasse também como reserva potencial de mão-de-obra barata nas indústrias regulares. Hoje é utilizado na "economia periférica" ou no "mercado de trabalho secundário", onde os trabalhadores têm uma produtividade baixa, salários abaixo do padrão e empregos instáveis. Uma vez mais, os grupos de minorias culturais e raciais constituem parte importante da reserva de trabalho intermitente.
 
 Daí a conclusão que a desigualdade não é um mal temporário nem a pobreza um fenómeno resolúvel nas sociedades de capitalismo avançado; pelo contrário, a desigualdade e a pobreza são vitais para o funcionamento normal das economias capitalistas.

Anedota sobre banqueiro

 
 
 
Certo dia um dos mais importantes banqueiros do país  estacionou o seu Mercedes topo de gama, novinho em folha,  em frente da sede do seu Banco, disposto a exibir, a todos quantos o vissem, o seu poder económico.

Logo que abriu a porta para sair, um camião passou a toda velocidade e arrancou completamente a porta do flamejante Mercedes!

O banqueiro ligou imediatamente para a polícia, e dentro de minutos chegou o carro-patrulha.

Antes que o polícia tivesse oportunidade de fazer alguma pergunta, o banqueiro começou a gritar histericamente que o Mercedes tinha sido comprado no dia anterior e alguém tinha de pagar pelos estragos que o seu carro sofrera.

Quando finalmente se acalmou, o Polícia abanou a cabeça, incrédulo, e disse:

- Eu não posso acreditar quão parvo o senhor é.

- Como pode dizer tal coisa? -  retorquiu o banqueiro espantado com as palavras do agente e à beira da apoplexia
 
O  polícia respondeu:

- O  senhor ainda não se  apercebeu que perdeu o seu braço esquerdo? Deve ter sido arrancado, provavelmente quando o camião bateu em si. Está tão preocupado com os seus bens materiais, que não reparou no mais importante.

O banqueiro, horrorizado, dá conta então que lhe falta o braço e solta um grito de sofrimento:
- Merda, perdi o o meu Rolex !!!