11.12.08

Sessão de informação sobre a cidade verde de Auroville ( Índia) na Casa da Horta ( 11 de Dez. às 21h30)


Auroville, Tamil Nadu, na Índia
Cidade verde
Auroville (City of Dawn) é uma cidade experimental em Viluppuram distrito do estado de Tamil Nadu, na Índia, perto Puducherry ( Sul da índia) .
Tem sido descrita como uma metrópole New Age que tenta articular a vida ecológica com a vida espiritual

Sessão de informação sobre Auroville
11 de Dezembro - Quinta-feira- às 21h30

Apresentação de um documentário sobre esta cidade modelo, com 40 anos de existência, 2000 habitantes de 35 países diferentes.
Palestra de Perguntas e Respostas, com o tema: Viver em Comunidade.

Tiago Rouxinol e Ana Rute Costa acabam de chegar de lá e irão partilhar a sua experiência de mais de um ano a viver em Auroville, onde desenvolveram um novo modelo de Educação Integral-Criadores de Esperança.

Às 22h30m exibição do Documentário: Criadores de Esperança em acção-Thamarai Cultural and Social Center.

Às 23h - Concerto de músicas ao vivo com músicos convidados. Canções étnicas do Cd, “Shanti is Inside”, feito na Índia por Criadores de Esperança.


Auroville, também conhecida como "A Cidade do Amanhecer", é uma povoação internacional perto de Pondicherry, no sul da Índia, construída com o propósito de realizar a unidade humana na diversidade. Conta atualmente com cerca de 2 mil pessoas, um terço das quais indianas e as demais originárias de 35 países
Foi fundada dentro dos princípios da ioga integral, desenvolvida por Sri Aurobindo.


Local:
Casa da Horta, Associação Cultural
Rua de São Francisco, 12A
4050-548 Porto
Perto da Igreja de São Francisco e Mercado Ferreira Borges.
Email:
casadahorta@pegada.net
Tel: 222024123 / 965545519

Sessão com a poesia de Djuna Barnes na livraria-bar Gato Vadio (14 de Dez. às 18h.)


O crepúsculo do ilícito

Tu, de tetas escorridas,
Com toda a tua calma,
A tua roupa interior manchada de nódoas, os teus
Braços caídos.
E esses teus dedos saciados pendendo
Da palma das mãos.

Os teus joelhos um para cada lado
São como duas esferas pesadas;
As rodelas sobre os teus olhos parecem
Vagens de lágrimas;
Presas às tuas orelhas,
Duas enormes argolas de ouro, horríveis.

O teu cabelo sem vida, espalmado numa trança
À volta da cabeça.
Os teus lábios, alongados por palavras sábias
Mas nunca ditas.

E na vida que vives, já o esgar
Dos mortos.

Vêem-te sentada ao sol,
Adormecida;
Lembrando a suave graça que costumavas ter
E não conservaste,
Lamentam como em ti estão sepultados
Os altares da luxúria. (…)

Enquanto as outras definham na virtude,
Tu foste vida.

Ver-te-emos a olhar o sol
Por mais alguns anos,
Tendo sobre os olhos rodelas que parecem
Vagens de lágrimas;
E duas enormes argolas de ouro, horríveis,
Presas às orelhas.

Djuna Barnes, in O Livro das Mulheres Repulsivas, ed. &ETC, 2007, (tradução de Fernanda Borges)

Djuna Barnes (1892-1982) nasceu em 1892, em Cornwall-on-Hudson, Nova Iorque. Desde cedo, começou a publicar artigos de imprensa, com um cunho muito pessoal e totalmente alheios à chapa do convencional. Haveria de escrever para a Vanity Fair, a Charm e The New Yorker. Foi, aliás, na qualidade de jornalista, que – depois de ter passado por Nova Iorque – rumou a Paris, mesmo a tempo da tempestade modernista. Regressada à América, levaria uma vida de reclusão voluntária, no seu exíguo apartamento de Greenwich Village. Viria a morrer em 1982. Na sua obra avultam não só a poesia, mas também o teatro e a ficção, na qual merece destaque o romance Nightwood (que Eliot prefaciou), de 1936, publicado em Portugal pela Relógio d’Água com o título “O Bosque da Noite” .

Djuna Barnes
Sessão de poesia. Por Nuno Meireles e Júlio Gomes
Domingo, dia 14 de Dezembro, 18h
Gato Vadio, rua do rosário 281 Porto