1.6.09

Arte dissidente ou como a arte pode lutar contra a repressão (seminário em Coimbra, no CES, a 2 de Junho)


Seminário
Art in the Struggle against Repressive Regimes

Jacqueline Adams (CES)

2 de Junho de 2009, 17:00, Sala de Seminários do CES

No âmbito do Núcleo de Estudos para a Paz


Apresentação

Many oppressed groups use art as a weapon of struggle against repressive regimes. What are the effects of this strategy? Art may help inform members of the public abroad about human rights violations; it may raise economic, diplomatic, and moral support for cells of resistance; and it can help rebuild civil society. At the same time, commercial forces may limit its power.


Nota biográfica

Jacqueline Adams is a graduate of Cambridge University and the University of Essex. Her research examines dissident art, and the experiences and forms of resistance that shantytown women employ against repressive regimes, with particular attention to Pinochet's Chile. Her publications have explored the evolution of anti-dictatorship art, the paradoxical reactions of human rights activists to prodemocracy movement success, andreciprocity during ethnographic fieldwork. She worked as an assistant professor in Hong Kong, teaching research methods, theory, social movements, and gender, often with a focus on China and Asia. Most recently, as a scholar-in-residence at the University of California at Berkeley, she completed a book manuscript that explores the question of how dissident art forms emerge and are produced and distributed where freedom of speech is absent, and the contributions of such art to resistance. An article based on this work recently won an award from the Pacific Sociological Association. She is currently working on a book for Routledge, on the varied and gendered ways shantytown women experienced and resisted the Pinochet dictatorship, while serving as associate editor for The Journal of Contemporary Ethnography.

Ciclo de documentários sobre a América Latina no bar-livraria Gato Vadio: 1ª sessão (4/6 às 22h.) com o filme Memória del Saqueo de Fernando Solanas




Ciclo de documentários sobre a América Latina

Se se cala a América Latina, cala-se a vida!

Livraria-bar Gato Vadio, Rua do Rosário 281, no Porto

Entrada Livre
Às quintas-feiras, pelas 22h
(todos os documentários estão legendados em português)



1ª Sessão - Memoria del Saqueo, de Fernando Solanas, na Quinta-feira, 4 de Junho, 22h

Memoria del Saqueo, Fernando Solanas (Argentina, 2004)

Como é possível que um país tão rico possa cair numa situação de pobreza e fome de tamanha magnitude?

O que aconteceu com as promessas da modernidade, o trabalho e o bem-estar pregado pelos políticos, empresários, economistas iluminados e os meios de comunicação social?

Como se pode entender a alienação dos abundantes bens públicos para reembolsar a dívida, se a dívida negligenciada foi multiplicada várias vezes comprometendo as gerações futuras?

Depois da queda da ditadura militar em 1983, sucessivos governos de democracia simulada lançaram uma série de reformas preconizadas com o suposto intuito de tornar a Argentina na economia mais próspera e liberal, o internacionalmente aclamado "El Milagro Argentino".

Menos de 20 anos depois, os argentinos literalmente perderam quase tudo!

Em nome da globalização e do comércio livre, a Mafiocracia (termo inventado por Solanas) dos governos de Menem e De la Rúa no conluio com o FMI, o Banco Mundial e os seus países constituintes, prosperaram as receitas económicas dos organismos internacionais e da máfia política argentina criando uma dívida astronómica e o esvaziamento social e financeiro o país.

As maiores empresas nacionais foram vendidas às corporações estrangeiras a preço sub-desvalorizado, sendo o produto das privatizações desviado para os bolsos de funcionários corruptos. Os novos donos implementarem preços elevados por serviços reduzidos. Sucessivas revisões da legislação laboral cortaram quase todos os direitos laborais conquistados pelos trabalhadores. Num país tradicionalmente grande exportador de alimentos, a desnutrição torna-se generalizada. Milhões de pessoas ficam desempregadas e afundam-se na pobreza vendo as suas poupanças desaparecerem num colapso bancário final.

Memoria del Saqueo trata-se de um documentário filmado com uma dinâmica livre, criativa e atraente, que tenta contextualizar e compor um novo quadro dos abalos sociais que o povo argentino sofreu, desde a ditadura de Videla até à rebelião popular de 19 e 20 de Dezembro de 2001, que terminou com o governo da Aliança.

Duração: 118 min

Caminhar com a Gente pela Grande Rota 1 ( de 5 a 7 de Junho) com os activistas da associação Terra Viva



5- 7 de JUNHO "CAMINHAR C'A GENTE" pela "GRANDE ROTA 1"


TRILHA DE MONTANHA c/ 2 NOITES (SAÍDA NOCTURNA na SEXTA)ATRAVÉS DA ANTIGA “GRANDE ROTA 1” dos anos 80

Beloi -Serra do Castiçal – Aguiar de Sousa – S.ra do Salto–Alvre – S.ta Comba–Banjas – S.ta Iria–Melres (ou RIO MAU)

COM MARCHA NOCTURNA, WORKSHOPS MOVEIS de RECONHECIM. de PLANTAS SILVESTRES MEDICINAIS E COMESTÍVEIS e TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA + 2 NOITES DE CAMPO em “abrigo de bivaque” (sexta p/sábado e sábado p/domingo), BANHO EM RIBEIRO NÃO POLUÍDO.

INSCRIÇÕES:

TERRA VIVA!AES–R.Caldeireiros,213 -PORTO(à CORDOARIA)

http://terraviva.weblog.com.pt/

Taxa particip. (inclui transportes, tendas/equipamento e parte de alimentação):-6 € associados -9 € não associados

+INFORMAÇÕES: 967694816 /223324001

ENCONTRO e SAÍDA: sexta, 5 Junho, 22:00 h. Pr.Liberdade –Porto (junto à estátua)CHEGADA AO PORTO: CERCA DAS 19.30 de DOMINGO, 7 Jun.

Organ.: TERRA VIVA!/Terra Vivente-Assoc.de Ecologia Social / REGRALL-Rede de Grupos de Ar Livre Locais (ECO ESCO/UTISMO LIVRE), Progr."CAMINHAR C'AGENTE"Apoio: IPJ-Instituto Português da Juventude/Programa PAJ

Nota:

Este trajecto foi criado c/ apoio de escolas, do antigo FAOJ e de várias outras entidades sensibilizadas para as questões ambientais, no início dos anos 80. Nessa altura, nem havia tantos eucaliptos, nem tantas aventesmas de betão, nem tanto património cultural destruído, nem a poluição infectava os rios como agora... Um dos locais, há cerca de 20 anos paradisíaco , onde iremos passar, a Senhora do Salto, era local de repouso e de belos banhos no rio Sousa, perto das ruínas dos seus moínhos... Agora, este local, para além dos imponentes rochedos, está cada vez mais invadido por "lata automóvel rolante" e nem pensar em tomar banho no Sousa! A poluição, arrastada de montante (esgótos urbanos, sobretudo) e retida no local por uma "mini-hídrica", construída no inicio dos anos 90, desencoraja ( e ainda bem!)os mais despreocupados com as questões de saúde e poluição... Felizmente, cerca de quilómetro e meio mais à frente temos a ribeira de Santa Comba, perto de Alvre, de águas límpidas e com peixinhos...É lá que pararemos no último "bivaque" antes de escender à Santa Iria -que desceremos depois já à vista do Douro...NÃO DEIXEM DE VIR! CONTACTEM!

Apresentação-debate em Aveiro do livro «Pensar como uma Montanha» de Aldo Leopold (na Biblioteca de Aveiro, a 4 de Junho às 21h.)


O Núcleo de Aveiro da Quercus e as Edições Sempre-em-Pé convidam aparticipar na apresentação-debate do livro PENSAR COMO UMA MONTANHA,de Aldo Leopold, o clássico da natureza mais debatido em todo o mundoe cuja edição portuguesa está finalmente disponível ao fim de mais de50 anos sobre a edição original. O livro tem uma introdução deViriato Soromenho-Marques, antigo presidente da Quercus e Professor Catedrático da Universidade de Lisboa.

O debate decorrerá na Biblioteca Municipal de Aveiro, na quinta-feira4 de Junho, às 21:00. A entrada é livre.

O livro será apresentado em diálogo entre Paulo Domingues, presidentedo Núcleo de Aveiro da Quercus, e José Carlos Costa Marques, editor eresponsável pela tradução.





PELA PRIMEIRA VEZ EM PORTUGUÊS, UM DOS MAIS DEBATIDOS CLÁSSICOS DA ECOLOGIA E DA NATUREZA

Seis décadas passaram (1949-2008) sem que tivesse sido traduzida para português uma das obras mais importantes de sempre no domínio da ecologia e da natureza.

Com centenas de milhares de exemplares em várias línguas divulgados universalmente, A Sand County Almanac, de Aldo Leopold, é hoje um dos clássicos da natureza e da ecologia mais debatido em todo o mundo.


Edições Sempre-em-Pé
contacto@sempreempe.pt
www.sempreempe.pt


Comentários sobre o livro:

Podemos dizer com segurança que este livro será lido décadas a fio, e provavelmente durante séculos.
William Vogt


Aldo Leopold ergue-se hoje bem alto, tal um pinheiro gigante, visível dos mais remotos cantos da terra e pistas de cimento da civilização.
Wisconsin State Journal, 1965


O livro é uma revelação dos sentimentos íntimos de um homem que sente plenamente as maravilhas da natureza. Mais, ele celebra um sentido especialíssimo e muito raro da ética e da filosofia.
Fairfield Osborn


Que nos diz Leopold? Muito simplesmente (mas não de modo simplista), a necessidade de fazer uma revolução. E é essa a força primeira do Almanaque; há nestas páginas a experiência de um homem, toda a sua vida: durante esse meio século, Aldo Leopold viveu a passagem do mundo antigo à idade nuclear, experimentou todos os progressos e todos os fracassos da época moderna.
J. M. G. Le Clézio, prefácio à edição francesa


Aldo Leopold é um dos clássicos absolutos a que deu origem o pensamento ecologista. Este livro, em que encontraram alimento intelectual e espiritual várias gerações de ecologistas, deu origem à ética ecológica como disciplina filosófica de nítido perfil, e unifica com inimitável frescura as observações naturalistas de primeira mão e a reflexão de fundo sobre a relação entre o ser humano e a biosfera.
Da edição espanhola a cargo de Jorge Riechman





Sobre Aldo Leopold, autor do livro Pensar como uma Montanha


Aldo Leopold nasceu em 1887 em Burlington, no Iowa, Estados Unidos da América, sendo o mais velho de quatro filhos de Carl e Clara Leopold. Era neto de um imigrante alemão que se notabilizou como arquitecto paisagista, autor de vários parques em
Burlington.
Já em criança entusiasta do contacto com a natureza, no que foi estimulado pelo pai, Leopold inclinou-se desde cedo para os estudos florestais, tendo-se diplomado em 1909 na escola superior de ciências florestais de Yale. Nesse mesmo ano entrou para o Serviço Florestal dos Estados Unidos, criado apenas quatro anos antes.
Desde 1915, pelo menos, é notória a sua actividade de cidadania no domínio da conservação da natureza, ajudando a criar associações de protecção de espécies cinegéticas e editando o boletim Pine Code. Em 1928 abandona o Serviço Florestal e inicia actividade como consultor. Em 1933 passa a reger a cadeira de gestão de caça no departamento de economia agrícola da Universidade do Wisconsin. Torna-se, em 1935, um dos fundadores da Wilderness Society (Sociedade para a Natureza Selvagem).
Publica numerosos artigos e alguns livros, e concebe entretanto um projecto de livro que viria a tornar-se muito especial e por cuja publicação batalhou arduamente nos últimos anos de vida. Escreveu-o com base quer na sua profunda formação científica, quer na sua filosofia e actividade de conservacionista, quer ainda na experiência proporcionada pela herdade da família, adquirida em 1935 na região das areias de Baraboo, Wisconsin.
Os ensaios ecológicos reunidos nesse livro só viriam a ser publicados, com o título, hoje celebérrimo, A Sand County Almanac, já depois da sua morte, no outono de 1949. De facto, em 21 de Abril de 1948, Leopold sucumbira a um ataque cardíaco
quando ajudava a atacar um incêndio numa herdade vizinha à sua, junto ao rio Wisconsin.
Hoje a sua projecção é imensa. Na linha de John Muir, fundador do movimento conservacionista, Aldo Leopold é a figura inspiradora de um novo fôlego, inaugurando a fase moderna do movimento numa perspectiva claramente ecológica. Lendo-o e relendo-o, encontraremos sempre novos tesouros, nunca deslustrados.



Mais info:
http://www.aldoleopold.org/index.htm

http://www.eco-action.org/dt/thinking.html