Um blogue sobre os movimentos sociais, a ecologia, a contra-cultura, os livros, com uma perspectiva crítica sobre todas as formas de poder (económico, político, etc)
-aos que têm um emprego, mas que sabem que ninguém está seguro durante as crises e as recessões económicas
- aos reformados, cujas pensões são continuamente reduzidas
- às mulheres que pagam mais uma vez duplamente a rapina dos machos dominantes
- aos desempregados que verão os seus magros direitos a serem ainda mais reduzidos
- aos funcionários públicos menosprezados e insultados
- aos imigrantes sem papéis que serão os bodes expiatórios de sempre
- aos aforradores que perderam as suas economias, ou vêem as suas poupanças a diminuir à velocidade das crises financeiras
-aos precários e todos as pessoas desprovidas de direitos que nada têm a perder nesta sociedade que os lança para a sombra e o esquecimento
- às crianças que, inocentes, não deixam de sofrer com toda esta exploração
- aos mais velhos que, por experiência própria, sabem muito bem que nada têm a ganhar senão lutando pelos seus direitos
- aos camponeses e agricultores familiares que são esmagados pelas multinacionais de distribuição
- ao individualista que se julga a salvo, mas que não deixará de sofrer com a crise do sistema
- aos nossos vizinhos que não compreendem a economia mas que, espantados, vêem como os ricos são apoiados para continuarem a especular com o dinheiro que não é o seu, e a explorar o trabalho dos outros
- aos jovens que não encontrarão o emprego nos próximos meses ou anos
- aos sindicalistas que não compreendem que não se pode lutar pelos direitos dos trabalhadores sem globalizar as lutas, questionando o sistema económico de que dependem
- aos ecologistas que vêem, mais uma vez adiadas, as lutas contra o aquecimento climático e contra a crise ecológica
- aos activistas anti-globalização que previram o colapso financeiro, mas que não foram ouvidos
- aos activistas dos direitos fundamentais dos cidadãos que pedem ajudas de milhões de dólares para salvar da fome os países do Sul, mas que observam como milhões de dólares são entregues aos banqueiros para eles salvarem os seus bancos
- aos homens e as mulheres que não desistem de mudar o mundo
- aos desiludidos que subestimam as suas próprias forças
- aos que exibem a sua cólera face às injustiças sociais nas conversas e nos discursos e que não sabem convertê-la em força motriz de transformação social
A todos vós, que não estarão na Cimeira do G20 em Washington, nem serão aí representados, a todos os que não pertencem ao estreito círculo dos poderosos
A vós, e a todos os seres humanos de igual dignidade, que representam um G maior, o Género Humano, com bem mais dimensão que o G20, e
Porque: - não é possível converter os pirómanos em bombeiros - eles não foram eleitos pela Humanidade, - eles própros foram os responsáveis que conduziram ao colapso financeiro - não desejamos salvar esse mesmo sistema, mas sim mudar para um outro, completamente diferente,
Por tudo isso é que a Cimeira deles não é a Nossa
Apelamos, assim, para que todos se manifestem neste dia 15 de Novembro
Para exigir que os povos sejam escutados, e tomem o seu futuro em mãos.
Milhares de estudantes do Ensino Básico e Secundário manifestaram-se ontem ( 14 de Nov.) em vários pontos do país contra o regime de faltas, em protestos convocados por SMS
Os protestos começaram logo de manhã, com escolas fechadas a cadeado e alunos na rua nas principais cidades do país, em alguns casos em frente aos estabelecimentos de ensino, noutros junto de câmaras municipais, governos civis ou do Ministério da Educação.
Os protestos terão sido convocados nos últimos dias através de uma mensagem por telemóvel (SMS) onde pode ler-se: "Está na hora, está na hora, da ministra ir embora. Pessoal, bora nos juntar e fechar as escolas de todo o País. Greve nacional no dia 14 (temos 2 dias para organizar a maior greve de sempre) até que o regime de faltas seja alterado. Já começou no Norte e agora vamos fazer com que se arraste por Portugal... Passa a mensagem. Todos juntos vamos conseguir".
Segundo representantes estudantis, os alunos foram-se reunindo localmente para organizarem as manifestações, enviando novas mensagens a convocar os estudantes.
"Nós só queremos a Ministra a cair", "Todos contra a Milu", "Não às faltas", "Unidos contra as faltas" e "É tempo de Mudar! Este regime tem de acabar!" foram algumas frases expostas em cartazes espalhados um pouco por todo o país.
Os protestos dos estudantes contra o regime de faltas começaram já na terça-feira, quando alunos da Escola Secundária de Fafe atiraram ovos ao carro da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que se encontrava na localidade para presidir a uma cerimónia de entrega de diplomas.
Os alunos contestam o novo regime de faltas, que prevê a realização de uma prova de recuperação quando atingido um determinado número de ausências, independentemente do seu motivo, mas só depois de aplicadas medidas correctivas.
"Não podemos estar doentes e faltar porque a ministra não deixa", disse à Lusa um representante dos estudantes da escola básica Mário de Sá Carneiro, em Camarate, Fábio Fernandes.
Uma outra aluna presente na manifestação, Marizel Cotoberto, lamentava não poder faltar às aulas para ir ao médico ou a um funeral, "porque mais de seis faltas implicam dois exames
1.500 alunos concentrados em frente ao Ministério da Educação
Mais de 1.500 alunos do básico e secundário, segundo a PSP, concentraram-se ontem (dia 14 de Novembro) em frente a Ministério da Educação em Lisboa. Para o coordenador da plataforma estudantil «directores não!», Luís Baptista, esta manifestação foi «histórica», tendo em conta a fraca adesão verificada em protestos idênticos nos dois últimos anos. «Existe um grande descontentamento nas escolas e este é o resultado das várias acções que já se realizaram nos estabelecimentos de ensino desde o início do ano», afirmou o estudante.
Sobre o novo regime de gestão escolar - outro dos motivos do protesto - criticou a substituição dos conselhos executivos pela figura do director, por ver a sua influência reforçada e por este «poder até nem ser um professor da escola».
«Mais de 95 por cento dos estudantes que se estão a manifestar hoje não têm ligação partidária. Isso foi uma forma de condicionar o protesto e tentar que os estudantes não se mobilizassem hoje», afirmou, esperando uma adesão em todo o país de cerca de 10 mil alunos.
Em Almada, foram cerca de 1.200 os alunos de todas as escolas secundárias do concelho que protestaram hoje de manhã em frente à câmara municipal, segundo a PSP. No Barreiro e em Évora, os manifestantes rondaram os 500 alunos, segundo a polícia. No caso de Barreiro, no entanto, os estudantes avançaram com outros números: «Éramos cerca de 1.300 alunos que protestamos contra as aulas de substituição, o novo regime de faltas, os exames nacionais, o preço elevado dos manuais e também as condições humanas e materiais das escolas do nosso concelho», disse à Lusa Denise Carvalho, do Movimento dos Estudantes em Luta (Barreiro).
Os alunos foram percorrendo as ruas do Barreiro até chegarem à Câmara Municipal. Em Évora, a manifestação começou ao início de manhã nas diferentes escolas básicas e secundárias da cidade, seguindo depois os estudantes para uma concentração junto ao edifício da Direcção Regional de Educação do Alentejo (DREA), onde os representantes dos estudantes de várias escolas foram recebidos.
Em Vila Real, cerca de 250 alunos do ensino secundário concentraram-se esta manhã em frente ao Governo Civil, em protesto contra o regime de faltas criado pelo Estatuto do Aluno, o novo modelo de gestão escolar e a privatização dos bares nas escolas. Fábio Sigre, vice presidente da Associação de Estudantes da escola Morgado Mateus, referiu que os alunos querem um «regime democrático nas escolas», no qual possam ser ouvidos antes de serem tomadas as decisões que os afectam.
Cerca de centena de meia de alunos do ensino secundário manifestaram-se também nas ruas de Coimbra, protestando reclamando também melhores condições nas escolas. Gritando palavras de ordem como «Governo escuta, estudantes estão em luta» ou «Estudantes não aguentam, o preço dos livros aumenta», os jovens concentraram-se a partir das 10:00 junto da Câmara de Coimbra e rumaram depois em direcção ao governo civil do distrito.
Entre as reivindicações expressas num documento lido à porta do Governo Civil de Civil estavam o fim dos exames nacionais, de forma a garantir «um acesso justo ao ensino superior», e a aplicação da educação sexual nas escolas.
Um porta-voz dos estudantes de Coimbra criticou também o processo de avaliação dos professores, considerando que implica que os docentes dediquem menos tempo aos alunos. Já no Porto, foram apenas cerca de cem os alunos que se concentraram junto à Câmara Municipal e desfilaram depois até Direcção Regional de Educação do Norte para entregar uma carta reivindicativa.
Para os organizadores da manifestação, "a adesão até é boa" tendo em conta, por exemplo, a «ameaça» que o novo regime de faltas representa. «Provoca uma pressão muito grande. São alunos que têm entre 14/15 anos e sentem medo de faltar», frisou Vítor Paiva, da Secundária Gonçalves Zarco, em Maosinhos.
Nicole Santos, aluna do 11/o ano, denunciou também as dificuldades sentidas por quem ficou responsável por distribuir junto às escolas os panfletos que davam a conhecer as razões do dia de luta que hoje se vive a nível nacional. «Em diversas escolas fomos impedidos por funcionários e professores de distribuir os panfletos. Compreendemos que eles apenas cumprem ordens, mas estas atitudes geram um clima de intimidação», disse a aluna.
Em Castelo Branco, os portões da Escola Secundária Nuno Álvares foram fechados a cadeado pelos alunos. A PSP esteve no local desde o inicio da manhã, tentou por várias vezes apelar à abertura dos portões, mas os apelos não foram ouvidos, e depois de tentativas feitas também por professores e mesmo por alguns alunos, os agentes pediram reforços e acabaram por forçar a abertura dos portões.
Uma acção contestada por alunos, professores e pais, que se foram juntando à concentração. «Isto é uma vergonha, os miúdos estão no seu direito, e não estavam a fazer mal a ninguém» disse à Lusa uma professora que se mostrava «chocada» com a intervenção policial.
Na Guarda, os alunos da escola secundária da Sé associaram-se ao Dia Nacional de Luta do Ensino Básico e Secundário com uma greve às aulas. «A maior parte dos alunos fez greve», disse à Lusa Joana Gomes, presidente da Associação de Estudantes daquela escola, que possui cerca de 800 alunos. «Não fizemos manifestação, fizemos greve às aulas e entregámos uma abaixo-assinado no Governo Civil da Guarda», referiu a dirigente estudantil.
Na Marinha Grande, cerca de 80 alunos das escolas secundárias Calazans Duarte e Pinhal do Rei concentraram-se à frente dos Paços do Concelho, pelas 09:00, onde permaneceram cerca de uma hora. Já na Nazaré, mais de uma centena de estudantes do Externato D. Fuas Roupinho manifestaram-se em frente da escola, entoando frases como «A luta continua» e «Estudantes estão na rua».
Nas Caldas da Rainha, cerca de cem estudantes das secundárias Raul Proença e Bordalo Pinheiro marcharam até à Câmara Municipal.
Cerca de 200 alunos de algumas escolas do Funchal promoveram hoje uma paragem nas aulas e concentrações nas portas dos estabelecimentos de ensino em solidariedade com a luta nacional estudantil.
No Algarve, algumas dezenas de alunos da Escola Secundária de Loulé concentraram-se esta manhã numa «pequena manifestação» nas ruas da cidade sem provocar condicionamentos de trânsito ou qualquer outro incidente, disse à Lusa fonte da GNR local.
Video da Greve do dia 15 de Outubro de 2008 na cidade de Ponta Delgada, por parte dos Alunos por causa do novo regime de faltas
Um grupo de estudantes de Fafe atirou ovos ao automóvel que transportava Maria de Lurdes Rodrigues. A ministra da Educação tencionava entregar 250 diplomas no quadro do Programa Novas Oportunidades.
DIA NACIONAL DE LUTA - 5 de Novembro
Os alunos do Secundário cumpriram quarta-feira, dia 5 de Novembro, um Dia Nacional de Luta, uma jornada que, em Castelo Branco, na Escola Secundária de Nuno Álvares ficou marcada por uma carga forçada e abusiva da PSP, ficando alunos e pais agredidos e a responsabilidade atribuída à AE.
Ás 7:00 os portões já estavam encerrados, e a partir das 7:30 os alunos começaram a concentrar-se e a organizar-se em frente à escola. “Daqui ninguém nos tira!”, foi a palavra de ordem dos estudantes que se recusavam a largar o portão e o gradeamento. Teimavam em gritar estoicamente, o hino nacional e até mesmo a mítica canção portuguesa Grândola Vila Morena, invocando a democracia, o direito à greve e à manifestação. A PSP interveio com o apoio de alguns professores porém a força da luta era inabalável e a PSP mandou chamar reforços e através de um desencarcerador dos bombeiros forçou os alunos a abrirem uma passagem para os portões. Maria João Augusto, presidente da Associação de Estudantes da ESNA, explicou, sobre os motivos da greve, que “os alunos estão cada vez mais descontentes com as decisões tomadas pelo Ministério da Educação sobretudo com o novo estatuto do aluno, onde, mesmo doentes, os alunos levam falta injustificada”. “Fechar os portões foi a única forma de nos fazermos ouvir”, adianta. No meio da confusão, apesar do esforço do Conselho Executivo em tentar demover os alunos, estes ganharam força e não se demovem perante a tentativa anti-democrática de muitos. Também alguns pais marcaram presença no local, defendendo a luta dos filhos e o direito dos filhos se manifestarem porque, pelos vistos, os alunos por se manifestarem e exercerem o direito à greve são vistos como “crianças infantis”. A par da resistência dos alunos, a carga policial fez-se notar em grande força ficando alunos e pais queixosos de ferimentos por parte de agressões intoleráveis da PSP, foram inclusive mostradas marcas dessa carga no pescoço outras nos braços de pais e alunos. Mas houve também quem, mesmo não estando na linha da frente, nem no centro dos acontecimentos, se queixasse de estar a ser agredido pela polícia. Como se isso não bastasse são os alunos, mais concretamente a Associação de Estudantes, que agora vão ter de responder por esta situação. A Associação de Estudantes vai ser responsabilizada pelos acontecimentos contudo a PSP não foi responsabilizado nem inquirida sobre o sucedido. E apesar de esta ter sido questionada pela TVI no sentido de apurar os acontecimentos foi referido que não tinham disponível em tempo útil para prestar quaisquer esclarecimentos sobre este incidente. Todas as escolas têm de ter dois portões mais que não seja para uma saída de emergência.
Portanto fica por responder: Porque é que não foi aberto o outro portão? Porque é que a PSP agrediu alunos e pais? Porque é que a AE vai ser responsabilizada e à PSP nem um inquérito? Porque é que está tudo calado passado esta total repressão por baixo do nariz de todos? Dizer não à repressão é defender o direito à manifestação e à cidadania, é refutar a imposição e a ditadura escolar, é lutar pela escola pública, democrática e de qualidade onde os alunos sejam realmente ouvidos. Polícias a bater em crianças! Foi assim que acabou a manif. do Dia Nacional da Luta dos Estudantes na ESNA, em Castelo Branco.
Estudantes saíram à rua
Greve/Manifestação contra Estatuto do Aluno - 5 de Novembro 2008 NA ESCOLA SECUNDÁRIA DE SEVER DO VOUGA (AVEIRO)!
Vários alunos de todas as escolas de Évora juntos numa manifestação, simpática, contra o novo estatudo do aluno..
Manifestação dos alunos da escola secundaria do Entroncamento.
Manif estudantes secundário em Setúbal
Manifestaçao Alunos 5/11/2008 - Seia
greve dos alunos ESCOLA SECUNDÁRIA DE PAREDES 05.11.2008
João Martins Pereira foi uma figura destacada na luta contra a restauração capitalista nos anos que se seguiram ao golpe militar reaccionário de Eanes e Cia do 25 de Novembro de 1975 que travou o processo revolucionário português. Engenheiro de formação, destacou-se, no entanto, como autor de ensaios que reflectiam sobre a economia portuguesa e os dilemas e problemáticas relacionadas com a actuação das forças de esquerda. Ajudou a criar inclusivamente a Gazeta da Semana, um jornal independente que pretendia contrariar o restauracionismo capitalista nos anos de 1976 e seguintes, e constituir uma voz livre contra a contra-revolução levada a cabo pela social-democracia de Soares, Barreto, e outros corifeus do capital nacional e estrangeiro.
Colaborador do jornal Combate, foi um dos convidados da Convenção fundadora do Bloco de Esquerda, em que fez uma das intervenções de fundo.
Autor de diversos livros, como "Pensar Portugal Hoje” (antes do 25 de Abril de 1974), “Indústria, ideologia e quotidiano” , “No reino dos falsos avestruzes (um olhar sobre a política)”, editado em 1983, “À esquerda do possível” (1993), com João Paulo Cotrim e Francisco Louçã, “O socialismo, a transição e o caso português”, e “Para a História da indústria em Portugal” (2005). João Martins Pereira foi profundamente marcado pelo pensamento de Sartre, e as suas teses libertárias de uma liberdade em construção, tendo-se destacado por sempre preservar a sua independência e autonomia face às organizações partidárias e ao poder ( foi secretário de estado do 4º governo provisório de Vasco Gonçalves em 1975, defendeu as nacionalizações, mas demitiu-se por discordância com a falta de determinação imprimida ao processo revolucionário). O seu marxismo heterodoxo impediu-o de análises redutoras e simplistas da realidade social, constituindo uma preciosa fonte para a reflexão e análise da sociedade portuguesa.
João Martins Pereira deixou-nos uma obra e um pensamento que não podemos ( nem devemos) ignorar para construir aqui e agora um projecto social emancipador
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Para conhecer a biografia de João Martins Pereira consultar o artigo de José Vítor Milheiros publicado hoje no jornal Público: aqui
Miguel Esteves Cardoso (o «méquinho», para os adversários), anglófilo por formação, e ícone dos jovens da reaccionária geração cavaquista da passada década de 1980, quando o capitalismo neo-liberal e o consumismo de hipermercado invadiu Portugal, eliminando os vestígios dos anos de luta política, e anestesiando todo um país com os subprodutos e os gadgets do consumismo mais desenfreado do american way of life, confessa agora, em entrevista à revista Visão, que virou à esquerda.
Vamos ver se os seus antigos admiradores, muitos deles, hoje bem integrados na vida, seguindo à risca o que MEC lhes pregava, vamos ver se esses mesmos pacóvios não seguirão também o seu ex-herói de pacotilha, e abrem os olhos para ver em que é que Portugal se transformou, por efeito da recuperação capitalista de Cavaco e companhia… à custa dos ingénuos de sempre.
As palavras de MEC:
"Virei à esquerda, na vida. Na política, muito! Estou ao lado dos pobres e dos fracos. A direita política não toma conta deles. Percebi que é um conjunto de queques e betos, vivendo uma existência paralela. Posso ser conservador, defendendo o pobre, o trabalhador. A esquerda aliás, é conservadora: não gosta que se estraguem as coisas, defende os pequenos produtores, o que é português, isso tudo. Esta crise deu para notar que a direita está cada vez mais cristalizada na defesa do patrão e do capitalismo. Esses cabrões estão a jogar com abstracções totais, mas que afectam as nossas vidas." Miguel Esteves Cardoso, in «Comer, beber, esquerda… volver!» entrevista de Miguel Carvalho, Visão.
As primeiras páginas do recente livro «Em Portugal não se come mal», de MEC,
Livro. «El Estado frente a la anarquia. Los grandes procesos contra el anarquismo español (1883-1982)», de Alberto García-Teresa e de José Luis Gutiérrez Molina Editorial : Síntesis Precio : 24 euros, 400 páginas, 2008
História da repressão contra os libertários: os grandes processos judiciais do Estado espanhol contra os lutadores por uma sociedade nova que não esteja baseada no vício do lucro e no egoísmo interesseiro
A resposta do poder, face àqueles que se lhe opõem e lutam pela eliminação dos seus privilégios e do sistema de opressão, sempre tem sido o uso da força e da violência: a prisão, o assessinato legal e ilegal, a criminalização e, não menos frequente, a amnésia.
Num livro acabado de ser editado em castelhano fala-se dos principais processos judiciais do Estado espanhol contra as organizações e os militantes anarquistas em Espanha, desde a Mano Negra, Montjuic e Casas Viejas, até ao caso Scala, e o sistemático recurso às montagens policiais, às manipulações de provas, à crueldade das punições e perseguições da máquina do Estado, que aparentemente se assume com um estatuto de imparcialidade e de «boa pessoa» colectiva, mas na realidade é um poderoso e violento meio de opressão social ao serviço das classes dominantes.
Muito bem documentado, o livro relata a repressão contra os anarquistas durante a ditadura de Primo da Rivera e a longa e sangranta ditadura franquista. O aspecto mais saliente da obra seja o seu cuidado de descrever o contexto de cada caso, explicitando as condições históricas em que se verificou. Se é verdade que estamos a falar de uma macabra história que atingiu o movimento operário, não é menos verdade que o livro constitui um documento de enorme valor sobre as lutas e as derrotas que fazem o presente das ideais e do movimento libertário.
Índice
Introducción. El anarquismo en España
PRIMERA PARTE. La aparición de los anarquistas
“La Mano Negra” (1883) y “el asalto”de Jerez de la Frontera (1892) “La Mano Negra” (1883) El “asalto” de Jerez de la Frontera (1892)
La bomba del Corpus de Barcelona y el proceso de Montjuich (1896) El antecedente del Liceo El atentado a la procesión del Corpus barcelonés de 1896 Los supuestos “auténticos” autores El juicio El recurso Las ejecuciones Las campañas de prensa Las represalias El nacimiento de Federico Urales y de La Revista Blanca La revisión La leyenda negra ¿Quién fue el autor?
SEGUNDA PARTE. La inevitable presencia ácrata
La Semana Trágica de Barcelona y el fusilamiento de Ferrer (1909) El nuevo siglo Los protagonistas en acción: Antonio Maura y Francisco Ferrer Antimilitarismo y anticlericalismo en la España de principios de siglo La insurrección El caso Ferrer La representación La sentencia El testamento de Ferrer La ejecución Ferrer mártir
Contra la dictadura de Primo de Rivera: Vera de Bidasoa (1924), las extradiciones de Jover, Durruti y Ascaso (1926) y Puente de Vallecas (1927) La desintegración de la Restauración La dictadura de Primo de Rivera y el fin de la monarquía Los sucesos de Vera de Bidasoa (noviembre de 1924) Las extradiciones de Jover, Durruti y Ascaso El complot del Puente de Vallecas
TERCERA PARTE. Libertarios, republicanos, socialistas y comunistas
La Segunda República y los anarquistas: “Las bombas de Sevilla” (1932) y Casas Viejas (1933) Los sucesos de mayo de 1932 en Sevilla Casas Viejas, la aldea del crimen
Guerra y Revolución: los procesos de Joaquín Ascaso (1937) y Eduardo Barriobero (1938) La Revolución española. Joaquín Ascaso, el primer presidente aragonés La justicia revolucionaria. El abogado Barriobero
CUARTA PARTE. De la dictadura a la democracia
Los consejos de guerra contra los comités nacionales clandestinos de la CNT, 1945-1953 De la revolución al desastre y la reorganización Hasta el último aliento (1947-1949) Los años de auge (1945-1947) Las caídas de los comités Un plomizo silencio
Las ejecuciones de Delgado y Granado (1963) La España franquista se incorpora al mundo occidental Defensa Interior Franco debe morir Granado llega a Madrid El tercer grupo Primer acto: las bombas contra Franco se convierten en bombas contra el franquismo Segundo acto: la justicia al revés Tercer acto: los culpables son culpables Los asesinatos legales No todo termina con la muerte
El caso Scala de Barcelona (1978) De nuevo La reaparición de la CNT Los primeros “problemas” y el Pacto de la Moncloa El atentado contra la sala de fiestas Scala “El Grillo” Un extraño juicio El recurso y la sentencia del Supremo El juicio de Gambín Las consecuencias
Oficinas de S. Martinho - 15 Nov- Jardim da Sereia em Coimbra
Este sábado, o jardim da sereia é o ponto de encontro dos instrumentos da nossa tradição, os músicos, o baile, a alegria e o ar livre.
Não se esqueçam, as actividades tem inscrição.
A noite é dedicada ao baile de improviso no Centro Cultural D. Dinis.
Programa:
10:00 Cavaquinho Gaita Galega Pedro Damasceno Ricardo Coelho Diabo a Sete Pé na Terra, Bailebúrdia, Lumen
11:30 Gaita Transmontana Sanfona * Adufes * Ricardo Santos Fernando Meireles Adufeiras de Paúl Velha Gaiteira, Cibo Mosari Realejo, Man&Bellas Adufeiras de Paúl
13:00 Almoço 14:00 Café
15:00 Fraita Flauta Tamborileiro Bandolim Caixas Diogo Leal Amadeu Magalhães David G. e João P. No Mazurka Band Quadrilha, Realejo Roncos e Curiscos
16:30 Cangalhos (Ver nota abaixo) Concertina Bitocas Artur Fernandes D'orfeu, 4porTango Danças Ocultas, 4porTango
18:00 Danças Europeias Gi Rodobalho
20:00 Jantar Projecção de filmes
22:00 Baile - Jam Session DJ Folk
Todas as actividades de participação livre.
*a confirmar
Para o workshop "Cangalhos", apelamos a que.... levem os vosso instrumentos, que podem ser:
Cordofone coisas compridas: Tábuas, vassouras, paus, costas de cadeiras, tampos caixas: tambem podem ser aros de bicicleta caixas de ressonancia: Caixas, latas, tuperwares etc cordas: Vários tipos grossuras de fios e cordões, os de nylon são os melhores
ilhas de música - percussão e cordofone base: tábuas ou pedaços de madeira, com tamanho entre 1 a dois palmos (formas livres) apoios: pregos molas: elásticos coisas finas e compridas (até um dedo de comprido) - fosforos grandes e pequenos
Ferramentas Serrote de ferro (bom para fazer pequenos golpes na madeira), Martelo, Lixa
Seminário Internacional Pós-Estruturalismo, Subjectividade e Marxismo
com Alberto Toscano (Goldsmith College – Universidade de Londres), Matteo Mandarini (Leicester University), Nuno Nabais (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa).
No âmbito da comemoração dos 30 anos do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, a proposta deste colóquio internacional é promover uma reflexão sobre os direitos humanos e a justiça global. O principal enfoque desta reflexão são os desafios que se colocam ao paradigma liberal e ocidental dos direitos humanos e da justiça global, a partir das lutas colectivas pela igualdade e pelo reconhecimento da diferença, em escalas local, nacional e internacional. A relação Norte-Sul é também um eixo norteador do colóquio, priorizando-se o debate sobre o tema proposto nos contextos europeu, latino-americano, caribenho e africano.
10:00 – 10:45 Palestra Inaugural Direitos humanos ante os desafios da desigualdade social e da diversidade cultural Boaventura de Sousa Santos, Centro de Estudos Sociais
10:45 – 11:00 Coffee-break
11:00 – 12:30 Sessão I Direito à sustentabilidade dos modos de vida e ética: as relações Norte-Sul Moderadora: Catarina Frade, CES
Conferencistas: Issa Shivji, University of Dar es Salaam
Nelson Maldonado Torres, University of California, Berkeley
Comentador: Clemens Zobel, CES
12:30 – 14:00 Almoço
14:00 – 15:30 Sessão II Os "novos" direitos fundamentais à cidade e à saúde
Moderador: Giovanni Allegretti, CES
Conferencistas: Edesio Fernandes, University College London
António Arnaut, Advogado
Comentador: João Arriscado Nunes, CES
15:30 – 15:45 Coffee-break
15:45 – 17:15 Sessão III Direito ao trabalho com direitos
Moderadora: Virgínia Ferreira, CES
Conferencistas: Alain Supiot, Université de Nantes
Nicola Piper, University of Wales Swansea
Comentador: António Casimiro Ferreira, CES
17:15 – 17:30 Coffee-break
17:30 – 19:00 Sessão IV Direitos humanos e novos paradigmas de segurança/violência (inter)nacional
Moderadora: Conceição Gomes, CES
Conferencistas: Wladimir Brito, Universidade do Minho, Portugal
José Manuel Pureza, CES
Comentadora: Maria Raquel Freire, CES
28 DE NOVEMBRO, 2008 SEXTA-FEIRA
9:30 – 11:00 Sessão V Violências contra as mulheres e direitos humanos
Moderadora: Madalena Duarte, CES
Conferencistas: Kamala Kempadoo, York University
Maria José Magalhães, Universidade do Porto
Comentadora: Cecília Santos, CES
11:00 – 11:15 Coffee Break
11:15 – 12:45 Sessão VI Direitos das crianças: desafios aos direitos humanos
Moderadora: Catarina Trincão, CES
Conferencistas: Manuel Jacinto Sarmento, Universidade do Minho
Teresa Piconto Novales, Universidade de Zaragoza
Comentador: João Pedroso, CES
12:45 – 14:15 Almoço
14:15 – 15:45 Sessão VII Racismo, discriminação direito à diversidade cultural
Moderadora: Paula Meneses, CES
Conferencistas: David Theo Goldberg, University of California, Irvine
Shirley Tate, University of Leeds
Comentadora: Marta Araújo, CES
15:45 – 16:00 Coffee Break
16:00 – 17:30 Sessão VIII Pluralismo jurídico direitos humanos: diálogos entre diferentes concepções de justiça
Moderadora: Cecilia Santos, CES
Conferencistas: José Geraldo de Sousa Júnior, Universidade de Brasília
Mathias Thaler, CES
Comentadora: Leonete Botelho, Jornal Público
17:30 – 17:45 Coffee Break
17:45 – 18:30 Sessão de Encerramento
Boaventura de Sousa Santos, Director do Centro de Estudos Sociais
Jorge Lacão, Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros