15.3.07

Milho transgénico é tóxico e causa danos à saúde

Plataforma Transgénicos Fora
www.stopogm.net

Apresentada prova científica definitiva:
MILHO TRANSGÉNICO EM CIRCULAÇÃO CAUSA DANO À SAÚDE

Foi apresentada pela primeira vez prova científica irrefutável do impacto na saúde de milho transgénico. Trata-se da variedade MON 863(1), produzida pela Monsanto (a maior multinacional de sementes transgénicas do mundo) e que foi objecto de estudo toxicológico pela própria empresa.
Num artigo(2) publicado ontem numa revista científica prestigiada são apresentados os resultados, dramáticos, da análise detalhada desse estudo: há alterações de crescimento e grave prejuízo para a função hepática e renal (fígado e rim) dos animais de laboratório que consumiram tal milho(3).
Ainda mais grave é o facto de que o milho MON 863 está actualmente em circulação na União Europeia(4), e que o estudo original da Monsanto (com mais de mil páginas) foi divulgado antes da aprovação europeia ter sido atribuída. Mas a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (AESA) não fez uma avaliação detalhada do trabalho, assumindo que as conclusões apresentadas pela empresa (de que o milho era inócuo) eram coerentes com os dados obtidos.
Face aos resultados agora publicados o governo português, através da autoridade competente sediada no Ministério do Ambiente, tem obrigatoriamente de assumir as suas responsabilidades na área da protecção da saúde pública e tomar as seguintes medidas:
- proibir desde já a circulação de milho MON 863 em todo o território nacional, mesmo aquele que já esteja processado, embalado ou pronto a vender;
- notificar a Comissão Europeia para que estas medidas de emergência sejam tomadas a nível de toda a União Europeia;- solicitar com carácter de urgência a reavaliação imediata das restantes variedades de transgénicos já autorizadas para a União Europeia.
Gualter Baptista, da Plataforma Transgénicos Fora do Prato, lembra: "Isto é o golpe final na credibilidade do sistema europeu de autorizações. Se uma empresa pode dizer que está tudo bem com o seu transgénico e ninguém na AESA se dá ao trabalho de ir verificar, que outras variedades já aprovadas não terão idênticos impactos na saúde ou no ambiente? Agora todos os transgénicos têm de ser considerados culpados até haver provas independentes de que são realmente inocentes."


(1) O milho MON 863 produz um insecticida nos seus tecidos (o Cry3Bb1 modificado) que mata insectos coleópteros. Nos Estados Unidos este milho transgénico está classificado como planta pesticida visto que todas as suas células são tóxicas para os insectos - um hectare deste milho contém cerca de um quilo de substâncias venenosas.

(2) O artigo intitula-se "New analysis of a rat feeding study with a genetically modified corn reveals signs of hepatorenal toxicity", é da autoria dos cientistas franceses Séralini, Cellier e Vendemois e está publicado na revista científica americana Archives of Environmental Contamination and Toxicology. O professor Séralini, da universidade francesa de Caen, pertence ao comité de biossegurança do governo francês.

3) A análise dos dados da Monsanto apresentada neste estudo revela um aumento de até 40% dos triglicerídeos do sangue em ratos fêmea e uma redução de até 30% do fósforo e sódio na urina de ratos macho. Também se detectaram alterações no peso dos animais: os machos cresceram menos que os animais de controle, e as fêmeas cresceram mais. Estes valores são estatisticamente significativos e estão directamente relacionados com o consumo do milho transgénico. O estudo durou apenas 90 dias - não existem dados sobre efeitos de longo prazo - e não permite saber porque é que o facto de o milho ser transgénico induziu estes danos nos animais de laboratório.

(4) O milho MON 863 foi aprovado (para toda a União Europeia) a 8 de Agosto de 2005 e ao abrigo da Directiva 2001/18 para importação e utilização em rações, e a 13 de Janeiro de 2006 e ao abrigo do Regulamento 1829/2003 para alimentação humana.



Para mais informações:Gualter Baptista (91 909 0807) ou Margarida Silva (91 730 1025)

A Plataforma Transgénicos Fora é uma estrutura integrada por onze entidades não-governamentais da área do ambiente e agricultura (ARP, Aliança para a Defesa do Mundo Rural Português; ATTAC, Associação para a Taxação das Transacções Financeiras para a Ajuda ao Cidadão; CNA, Confederação Nacional da Agricultura; Colher para Semear, Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais; FAPAS, Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens; GAIA, Grupo de Acção e Intervenção Ambiental; GEOTA, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente; LPN, Liga para a Protecção da Natureza; MPI, Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente; QUERCUS, Associação Nacional de Conservação da Natureza; e SALVA, Associação de Produtores em Agricultura Biológica do Sul) e apoiada por dezenas de outras.

Mais de 10 mil cidadãos portugueses reiteraram já por escrito a sua oposição aos transgénicos.


Consultar entretanto a fonte e o debate que tem gerado à volta do assunto:
http://science.slashdot.org/science/07/03/15/1426236.shtml


Reproduzimos a notícia publicada hoje no jornal Público também sobre o assunto

Milho transgénico aprovado na Europa para humanos é tóxico

Um tipo de milho geneticamente modificado em circulação na Europa pode ser nocivo à saúde, revela um estudo aceite para publicação na revista científica americana Archives of Environmental Contamination and Toxicology.
Na experiência, os ratinhos alimentados durante três meses com a variedade MON 863 produzida pela Monsanto - empresa multinacional de sementes transgénicas - apresentaram alterações no crescimento e problemas funcionais nos rins e no fígado.
"Esta é a primeira vez que uma investigação independente, publicada numa revista científica prestigiada, provou que há sinais de toxicidade num organismo geneticamente manipulado autorizado para consumo humano", afirmou o porta-voz da organização ambientalista Greenpeace, Arnoud Apoteker, em declarações à Reuters.
"Todos os especialistas concordam em que esta variedade transgénica é tão segura como o milho tradicional", afirmou Yann Fuichet, director de relações públicas da Monsanto França, à estação televisiva TF1. Recusando-se a comentar as acusações dos ambientalistas, o responsável recordou ainda que a comercialização do produto foi autorizada não só na União Europeia, mas também em outros dez países.
A Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) aprovou o milho MON 863 para rações animais em 2005 e, no ano passado, para consumo humano. Quer isto dizer que este cereal capaz de repelir os insectos tem livre circulação no espaço comunitário, podendo estar presente em rações para gado, papas de bebé ou bolos que utilizem xarope de milho.
A cientista portuguesa Margarida Silva, da Plataforma Transgénicos Fora, considera grave que a EFSA "não tenha estudado a sério" o estudo original da Monsanto - um documento com mais de mil páginas que, segundo a especialista em biotecnologia, assegurava que o milho MON 863 era "inócuo". A EFSA considerou que as conclusões do relatório da multinacional eram coerentes.

Outros mundos técnicos/ Nossos mundos modernos


O Departamento de Sociologia do ISCTE / Instituto Superior de Ciênciasdo Trabalho e da Empresa, no âmbito do seu Programa de Doutoramento em Sociologia, alberga o I Ciclo Temático de Conferências Livres «Outros Mundos Técnicos Nossos Mundos Modernos»


(para mais informações conferir o blogue http://outrosmundostecnicos.blogspot.com)


Dedicado aos estudos sociais da técnica, o grupo de doutorandos do ISCTE «outros mundos técnicos» constituído por Alexandre Pólvora, InêsPereira, Pedro Abrantes e Susana Nascimento, organiza o presente ciclo com vista a uma discussão sobre outras lógicas de acção e reflexão perante os modelos técnicos que dominam os nossos mundos modernos.


O ciclo terá lugar no Auditório 6 – Afonso de Barros, Edifício Ala Autónoma – ISCTE, sempre às 18:00, com a seguinte série de quatroconferências:


15 Março, "Outras Energias", por Alain Gras - http://cetcopra.univ-paris1.fr/ (Université Paris1-Panthéon-Sorbonne);


19 Abril, "Outras Pedagogias", por Rafael Feito - www.ucm.es/info/soc3/RafaelFeito-2005.html (Universidad Complutense de Madrid);


3 Maio, "Outras Informáticas", por Adrian Mackenzie - www.lancs.ac.uk/staff/mackenza/(Institute forCultural Research, Lancaster University);


10 Maio, "Outros Habitats", por David J. Hess - www.davidjhess.org/ (Science and TechnologyStudies Department, Rensselaer Polytechnic Institute);



A primeira das conferências, por Alain Gras, com o título "Origem e devir da sociedade termo-industrial: uma perspectiva crítica sobre a socio-antropologia das energias e das técnicas" debruçou-se sobre temas como as fragilidades dos macro-sistemas energéticos que dominam a modernidade, os impasses das actuais apostas e propostas do progresso através da potência tecnológica, e ainda as possíveis escolhas de outras energias e técnicas para uma alteração de presentes efuturos cenários térmicos.


Uma Semana do Tamanho do Mundo



O mundo começa aqui, na nossa vida, na nossa experiência de vida. Propomos descobrir um mundo mais vasto, Propomos mudar este mundo com um projecto que criou outros projectos, que envolveu dezenas de pessoas com uma grande capacidade de interrogar, duvidar, criticar e criar outras realidades.


Esta experiência de vontade iluminou outras perspectivas, outroscontextos, outras verdades, outras propostas e outras hipóteses quequeremos partilhar contigo.



Programação Lisboa – Exposição “A Partilha do Indivisível”
Fotografia
Fórum Lisboa (comemorações dos 50 anos)
Inauguração no dia 14 de Março às 18H
De 14 a 18 de Março de 2007, das 10H às 18H

Exposição
Instalação de Sara Lisboa
Fórum Lisboa (comemorações dos 50 anos)
Inauguração no dia 14 de Março às 18H
De 15 a 18 de Março de 2007, das 10H às 18H

Debate / Workshop “Educação para o Desenvolvimento: Estudo de Casos Especiais”
Fórum Lisboa (comemorações dos 50 anos)
16 de Março, das 16H00 às 17H30

Debate público acerca de projectos, acções e estudos desenvolvidos no âmbito da acção de formação do projecto “Metas 2015: Responsabilidade Social”. Debate e reflexão acerca da capacidade empreendedora, inovadora e criativa da sociedade civil.

Seminário público “Cooperação para o Desenvolvimento, no quadro dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio”
Fórum Lisboa (comemorações dos 50 anos)
16 de Março, das 18H00 às 19H30

Seminário público para a partilha, debate e reflexão em volta das questões mais prementes e contemporâneas do desenvolvimento humano, social e ambiental a nível mundial.

Atelier Animação do Livro de da Leitura
Fórum Lisboa (comemorações dos 50 anos)
17 de Março, das 10H30 às 12H

Com o objectivo de realçar a importância do livro na Educação para o Desenvolvimento, incentivar o relacionamento com os livros, apreciar a qualidade literária e estética de alguns livros infantis, despertando o gosto pela fruição do livro, conhecer as muitas abordagens do livro e da leitura, criar a história como quem "cria um mundo", estimular as representações infantis. (Para crianças dos 6 aos 10 anos de idade).


Programação Guimarães – Exposição “A Partilha do Indivisível”
Fotografia
Museu de Arte Primitiva Moderna (Largo da Oliveira)
De 22 de Março a 5 de Abril, das 9H às 12H30 e das 14H às 17H30

Exposição
Instalação de Sara Lisboa
Museu de Arte Primitiva Moderna (Largo da Oliveira)
De 22 de Março a 5 de Abril, das 9H às 12H30 e das 14H às 17H30

Atelier Animação do Livro de da Leitura
Biblioteca Municipal Raul Brandão
23 de Março, das 10H30 às 12H

Com o objectivo de realçar a importância do livro na Educação para o Desenvolvimento, incentivar o relacionamento com os livros, apreciar a qualidade literária e estética de alguns livros infantis, despertando o gosto pela fruição do livro, conhecer as muitas abordagens do livro e da leitura, criar a história como quem "cria um mundo", estimular as representações infantis. (Para crianças dos 6 aos 10 anos de idade).

Fórum “Educação para o Desenvolvimento”
Biblioteca Municipal Raul Brandão
23 de Março, das 16H00 às 18H00

Debate público acerca de projectos, acções e estudos desenvolvidos no âmbito da acção de formação do projecto “Metas 2015: Responsabilidade Social”. Debate e reflexão acerca da capacidade empreendedora, inovadora e criativa da sociedade civil.

Informações e contactos
Princesa Peixoto e Alda Moreira
Gabinete de Cooperação Técnica e Formação
União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, UCCLA URBÁFRICA
Rua de São Bento, 640
1250 – 222 Lisboa
T. 21 384 56 22 / 00
F. 21 385 25 96
ppeixoto@uccla.pt alda.moreira@uccla.pt


Debate sobre o Fórum Social Mundial em Nairobi (17 de Maio em Lisboa)

Dia 17 de Março, pelas 21,00h,
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na Livraria Ler Devagar,
sita na Rua daRosa, 145, em Lisboa (Metro: Baixa-Chiado)
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Debate com Boaventura Sousa Santos no rescaldo da VII edição do Fórum Social Mundial em Nairóbi: desafios de presente, perspectivas para o futuro.
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Uma iniciativa de:
Associação Roda Inteira;
CIDAC - Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral;
Cooperativa Mó de Vida;
GAIA - Grupo de Acção e Intervenção Ambiental.
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Apareçam.

Moradores do Alto da Damaia contra demolições iminentes

Cerca de 30 moradores do bairro da Estrada Militar do Alto da Damaia concentraram-se ontem no interior da Câmara da Amadora em protesto contra as demolições neste bairro "sem alternativas" de habitação.
"Exigimos que o presidente cumpra o dever de dialogar com os munícipes, mas já nos disseram que não nos iriam receber nem marcar uma reunião", disse Rita Silva, da Associação Solidariedade Imigrante.
Os moradores afirmam que a câmara irá demolir cerca de 80 casas a partir de segunda-feira. Segundo a Associação Solidariedade Imigrante, "centenas de moradores" correm o risco de ir "para a rua".
A demolição do bairro da Estrada Militar do Alto da Damaia foi iniciada no final do mês passado, prevendo-se que nos seus terrenos seja construída uma via que irá ligar a Amadora ao IC19

Publicidade subliminar, que é legal nos Estados Unidos, deixa a sua marca no cérebro humano


Pela primeira vez, foi possível obter provas concretas de que as imagens subliminares, praticamente invisíveis porque desfilam tão depressa que nem chegamos a ter consciência delas, podem ser registadas pelo cérebro humano.
Em experiências de ressonância magnética funcional, que permite mapear a actividade cerebral em tempo real, Bahador Bahrami, do University College London, e a sua equipa, que publicam os seus resultados na Current Biology, mostraram que o córtex visual primário - a parte do cérebro que recebe as imagens recolhidas pela retina - respondia a estas imagens apesar de os participantes declararem não as ter visto. Contudo, concluem ainda estes cientistas, é preciso um certo nível de atenção para que o cérebro registe as imagens subliminares: se estivermos ao mesmo tempo a fazer algo que requer muita atenção, não deixarão rasto algum nos nossos neurónios.
"Estes resultados sugerem o tipo de impacto que a publicidade subliminar poderá ter, mas não nos dizem se ela poderá incitar-nos a comprar um dado produto", diz Bahrami num comunicado. "Penso que é provável que a publicidade subliminar afecte as nossas decisões, mas, por enquanto, isto é apenas uma especulação".
Este tipo de publicidade, proibido em países como Portugal ou o Reino Unido, ainda é legal nos Estados Unidos.
Fonte: jornal Público (15 de Março de 2007)

Revolta operária em Santa Maria da Feira

1300 trabalhadores à beira do desemprego

Está por um fio a jornada de trabalho na empresa luso-alemã Rohde. Na unidade de Santa Maria da Feira, serão dispensados cerca de 1300 trabalhadores, e isso gerou uma situação de revolta que culminou ontem num plenário de trabalhadores.

“Em que é que esta greve me pode ajudar? Será que os alemães não se vão aproveitar das nossas suspensões de contrato?” São estas as questões que mais inquietam os cerca de 1300 trabalhadores da multinacional Rohde, em Santa Maria da Feira. Depois de anteontem terem sido confrontados com a “péssima” notícia de que a casa mãe, na Alemanha, entrou em processo de insolvência – dependente da banca alemã, ao qual a empresa contraiu um empréstimo para resolver toda esta situação –, os trabalhadores reuniram-se em plenário, ontem à tarde, para debaterem “o futuro”. Sem a presença da administração, com a qual se reuniram “no dia anterior mas da qual não saiu nenhuma medida de concreto”, os trabalhadores juntaram-se, às 15h30, no pátio comum da fábrica e reivindicaram os seus direitos. “Temos que tomar uma atitude. Há trabalhadores que querem deixar os seus postos de trabalho imediatamente, mas temos que trabalhar e mostrar que temos direitos”, anunciava uma das trabalhadoras, numa altura em que têm o salário do mês de Fevereiro em atraso. “Não entendemos que só paguem à Alemanha e nos deixem de mãos vazias, sem nada”, diziam. Um dado preocupante que se junta a uma nova data: 15 de Março (hoje), data limite dada pela comissão de trabalhadores para o pagamento do mês em atraso.

Manisfestação até Câmara local

“Caso não nos paguem, suspendemos os contratos e levaremos avante a greve da próxima sexta feira. Não baixamos os braços”, disse Fernanda Moreira. A coordenadora do Sindicato dos Operários da Indústria de Calçado, Malas e Afins dos Distritos de Aveiro e Coimbra é a cara do movimento que convocou este plenário e acrescenta que este será “um bom motivo para nos manifestarmos até à Câmara Municipal da Feira, onde seremos recebidos, por elementos da edilidade, às 11h15” de amanhã. E se essa reunião não der uma resposta coerente? “Aí, a partir de segunda feira, juntamo-nos à nossa colega Manuela e reduzimos a produção. Marcamos presença e aqui ficamos a mostrar o nosso descontentamento”, ressalva.O encerramento de outra unidade da mesma empresa ainda está presente em muitos deles. A 30 de Abril de 2006, a unidade de Pinhel encerrou as portas e deixou no desemprego 372 trabalhadores. Segundo fonte oficial, “a indústria não terá aguentado a concorrência de países com menores custos de produção, como a China, Indonésia e Índia.”

Novo plenário marcado

“Trabalho aqui há 27 anos e a minha mulher há 28. Agora vamos os dois para o desemprego.” Américo Campos não esconde a mágoa. “Vou aderir à greve de sexta feira e mostrar a esses “senhores ricos” que somos mais úteis do que simplesmente para pagar impostos. Não somos terra que eles possam pisar”.
Os trabalhadores e o sindicato do sector já acordaram novo plenário para a próxima segunda feira. Mas, para já, fica uma certeza: os salários não serão pagos hoje, conforme noticiado, “pois, caso contrário, já nos teriam dito alguma coisa e até agora nada”, refere uma das trabalhadoras à saída de um dos últimos dias de trabalho.


Fonte: jornal O Primeiro de Janeiro