31.3.07

Marcha de palhaços a favor da guerra infinita (no dia 1 de Abril no Largo de Camões, 16 h).


A REDE G8 organiza, este domingo, uma manifestação de palhaç@s que irão ironicamente marchar a favor da política de guerra infinita da Administração Bush!

Música, jogos, palavras de ordem, e acções de protesto contra a globalização do capital que nos esmaga a tod@s , vão fazer desta tarde de domingo uma tarde muito diferente!!!
Teremos material de máscaras, pinturas, cabeleiras, etc, mas também poderás trazer de casa!

O Clown Army vai desfilar!

Vem integrar esta divertida armada!


No dia 20 de Março assinalou-se o início da ocupação do Iraque.Aquilo que seria o fim das armas de destruição massiva transformou-se num grande massacre, traduzido numa política de guerra infinita.

Para além das já tradicionais concentrações anti-guerra, a REDE G8 propõe uma outra forma de contestação e crítica a esta grande mentira que os senhores do mundo, com Bush ao comando, nos pregaram, já lá vão 4 anos.


Queremos resistir com criatividade, animação e. . . ironia!



Este domingo, dia 1 de Abril, junta-te ao bando de palhaç@s que marcharão “a favor” da globalização do capital e da política de guerra americana!


Mascara-te em casa, ou connosco!


@s palhaç@s marchantes vão partir do Largo de Camões, ás 16h00, até chegar á Praça do Comércio, onde nos concentramos e “acordamos para a realidade”.



APARECE E VEM MARCHAR! ! !


A marcha irá partir do Largo de Camões, ás 16h00, até chegar à Praça do Comércio.

http://geoito2007.blogspot.com/

É preciso promover o gosto da leitura junto das crianças (não esquecer o dia 2 de Abril)


O Dia Internacional do Livro Infantil comemora-se a 2 de Abril, data do nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen. Para assinalar este dia, o IBBY (International Board on Books for Young People) divulga anualmente uma mensagem de incentivo à leitura dirigida às crianças de todo o mundo. Este ano, coube à escritora Margaret Mahy, da Nova Zelândia, a elaboração da mensagem.




Mensagem para o 2 de Abril de 2007, Dia Internacional do Livro Infantil


Nunca me hei-de esquecer de como aprendi a ler. Quando era menina, as palavras escapuliam-se diante dos meus olhos como pequenos escaravelhos negros cheios de pressa. Mas eu era mais inteligente do que elas. Aprendi a reconhecê-las apesar de tentarem escapar-me velozmente. Até que, por fim, consegui abrir os livros e entender o que lá estava escrito. Sozinha, tornei-me capaz de ler contos, histórias engraçadas e poemas.
No entanto tive surpresas. A leitura deu-me poder sobre os contos e de alguma forma também deu aos contos umcerto poder sobre mim. Nunca lhes pude escapar. Isso faz parte do mistério da leitura.
Uma pessoa abre um livro, acolhe e compreende as palavras e, se a história for boa, ela explode dentro de nós.
Aqueles escaravelhos que correm em linha recta de um lado para o outro da página em branco convertem-se primeiro em palavras e, logo a seguir, em imagens e acontecimentos mágicos. Ainda que certas histórias pareçam nada ter que ver com a vida real, ainda que nos conduzam a surpresas de toda a espécie e se distendam em múltiplas possibilidades,para um lado e para o outro, como pastilhas elásticas, no final as histórias que são boas devolvem-nos a nós mesmos.
São feitas de palavras, e todos os seres humanos sonham ter aventuras com as palavras.
Quase todos começamos como ouvintes. Ainda bebés, as nossas mães e os nossos pais brincam connosco, dizem-nos rimas, tocam-nos as mãos («Pico pico maçarico quem te deu tamanho bico…») ou põem-nos a bater palmas(«Palminhas, palminhas…»). Os jogos com palavras são ditos em voz alta e, quando somos crianças, escutamo-los e rimos com eles. Logo a seguir aprendemos a ler os caracteres impressos na página branca e, mesmo quando lemos em
silêncio, há uma certa voz que está presente. A quem pertence esta voz? Pode ser a tua própria voz, a voz do leitor. Masé mais do que isso. É a voz da história que vem do interior do próprio leitor.
É claro que há hoje muitas maneiras de contar uma história. Os filmes e a televisão têm histórias para contar,embora não usem a linguagem da maneira como o fazem os livros. Os escritores que trabalham em guiões de televisãoou de cinema são obrigados a utilizar poucas palavras. «Deixem as imagens contar a história», dizem os especialistas.
Muitas vezes vemos televisão na companhia de outras pessoas, mas quando lemos quase sempre estamos sós.
Vivemos numa época em que o mundo está cheio de livros. Mergulhar nos livros à procura de alguma coisa, lendo-os e relendo-os, faz parte da viagem de cada leitor. A aventura do leitor consiste em descobrir, nessa selva de caracteresimpressos, uma história tão vibrante que o transforme como que por magia. Uma história tão apaixonante e misteriosa
que mude a sua vida. Creio que cada leitor vive para esse momento em que de súbito o mundo de todos os dias se alteraum pouco, abre espaço a uma nova piada, a uma ideia nova, àquela nova possibilidade que é dada a uma determinadaverdade de se exprimir pelo poder das palavras. «Sim, isto é mesmo verdade!», exclama aquela voz dentro de nós.
«Estou a reconhecer-te!» A leitura é verdadeiramente apaixonante, não acham?


Margaret Mahy


MARGARET MAHY nasceu em Whakatane, Nova Zelândia, em 1936. Bibliotecária, decidiu dedicar-se a tempo inteiro à escrita, em1980. Escreveu obras dirigidas a diferentes idades, cultivando géneros que vão do álbum para crianças pequenas ao romance juvenil, passando pela poesia e pelo texto dramático. É uma das mais premiadas escritoras da Nova Zelândia, tendo sido distinguida, em2006, com o Prémio Hans Christian Andersen do International Board on Books for Young People (IBBY), o mais importante galardão mundial atribuído a um autor de literatura para crianças e jovens. Marcada pela riqueza poética da linguagem, a escrita de
Mahy tem logrado exprimir, por vezes de modo metafórico mas sempre com extraordinária autenticidade, a experiência da infância e da adolescência. Encontra-se traduzida em numerosos idiomas, incluindo o português (O Rapaz dos Hipopótamos, Livros Horizonte).
Outros títulos que publicou: Catálogo do Universo, Lembrança, Um Leão no Prado, O Homem cuja Mãe Era Pirata.


A Mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil é uma iniciativa do IBBY (International Board on Books for Young People),difundida em Portugal pela APPLIJ (Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil) – Secção Portuguesa doIBBY.





BIBLIOTECA MUNICIPAL DE ESPINHO

Projecto O MEU BRINQUEDO É UM LIVRO



No âmbito do Dia Internacional do Livro Infantil, a Câmara Municipal de Espinho continua a oferecer um Kit com o "Guia para os Pais", o Livro "O SONHO DA MARIANA" e a "Almofada", como incentivo e apoio à criação de hábitos de leitura na população e, em especial, nas famílias. Nesta fase serão contempladas cerca de 107 crianças nascidas no concelho de Espinho. Serão assim, 107 novos leitores da BIBLIOTECA MUNICIPAL DE ESPINHO.

Para tal vai realizar-se uma cerimónia de entrega do referido Kit na sede das Juntas de Freguesia do Concelho.


Aproveitem para comemorar o DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL oferecendo UM LIVRO A UMA CRIANÇA


Consultar:



A Escola face à barbárie consumista

Texto de Philippe Meirieu, publicado no Le Monde de 22 de Março

«a questão escolar não pode ser pensada independentemente da própria organização da nossa sociedade»

«ousar interrogar se a educação na democracia e o todo-poderoso mercado são coisas compatíveis.»

Em França os debates sobre a educação são frequentemente reduzidos à escola. A história ajuda a compreender o facto: nenhum outro país se construiu na base e sobre o seu sistema escolar mais do que o nosso. E se não restauramos a esperança numa instituição que está hoje em larga medida reduzida a uma estação de triagem, devemos de qualquer forma encarar de frente o descontentamento dos jovens e a depressão que atinge os professores. Mesmo quando o fatalismo triunfa e o desencorajamento entre os professores alastra, precisamente naqueles que encarnam o futuro. Há muito, com efeito, para nos inquietarmos…

Não estamos tranquilos, de maneira alguma. Os sintomas estão aí e não param de se manifestar: inquietações sobre a descida do nível de exigências, interrogações sobre a autoridade, polémicas sobre as responsabilidades recíprocas dos professores e dos pais, estupefacção perante os actos de violência que escapam a qualquer entendimento. Mas a verdade é que a questão escolar não pode ser pensada independentemente da própria organização da nossa sociedade e mais concretamente do estatuto que a sociedade confere à infância.


Defrontamo-nos com um fenómeno completamente inédito: o capricho, ( «caprice»), que não era senão uma etapa do desenvolvimento individual da criança, tornou-se o princípio organizador do nosso desenvolvimento colectivo. Sabíamos que a criança atravessava sempre por uma fase marcada pelo «posso, quero, e mando» e que se julgava poder mandar no mundo. Quer se designasse por narcisismo inicial ou por egocentrismo infantil o certo é que o fenómeno estava lá: a criança, apanhada pelos seus desejos, que ainda não sabe nomear, nem inscrever na relação que mantém com outrem, é tentada a levá-los à prática. O educador terá que o acompanhar, ensiná-lo a não reagir de imediato pela violência ou por uma fuga para diante, de forma a ganhar tempo para o interpelar, antecipando-se para o levar a reflectir e a metabolizar as suas pulsões, enfim, a construir a sua vontade. No fundo, trata-se de uma questão de pedagogia.


Não se sai da infância sozinho: há necessidade de se inscrever nas configurações sociais que dão sentido à espera e que permitem entrever nas inevitáveis frustrações as promessas de satisfações futuras. Questão nunca resolvida: a infância molda-nos na maturidade e a tentação é grande, em qualquer idade da vida, para abolir a alteridade e instalarmo-nos no trono da tirania.


Hoje a máquina social, toda ela, em vez de fornecer pontos de apoio à criança para se afastar da infantilidade, repercute até ao infinito o princípio que ela deveria justamente saber afastar-se: «As tuas pulsões são ordens». É assim que a pulsão de comprar se torna o motor do nosso desenvolvimento económico. A publicidade curto-circuita qualquer reflexão e exalta constantemente a passagem à acção imediata. A televisão move-se mais depressa que os telespectadores para ao agarrar mais ao ecrã e impedi-los de passar a outro canal. Os telemóveis reduzem as relações humanas à gestão da injunção imediata. Parece que tudo tende a murmurar ao ouvido do adolescente: « Agora, de imediato, a qualquer preço».


Não é de espantar que nestas condições a tarefa da educação se tornou mais espinhosa: os pais conhecem bem a quantidade de energia necessária a despender para contrariar as modas, as marcas, os estereótipos impostos pelas «rádios jovens» e que são replicados pelos restantes media. Os professores constatam no quotidiano quanto é difícil construir espaços de trabalho efectivo, que permita a concentração, a formação e a afirmação de si próprio e o empenhamento numa dada tarefa. Eles vêem os seus alunos a chegar às salas de aula com um telecomando ligado ao cérebro, todo um high-tech que dinamita literalmente os rituais escolares que eles tentam construir. A preocupação principal dos professores – e que os angustia – passou a ser o que poderá baixar a tensão para poder favorecer a atenção. E o mal-estar é visível: menos no nível que baixa do que na tensão que sobe.


Face a esta deriva da infantilidade, o pensamento mágico faz figura de salvador: restaurar a autoridade, mudar os métodos de leitura e aprender as quatro operações desde os primeiros anos são apresentados como os meios capazes de salvar a escola e a república! Triunfo da prescrição tecnocrática quando o que era preciso era criar obstinadamente as situações pedagógicas em que a criança e o jovem pudessem descobrir, na acção, que o prazer do instante é mortífero e que não há desejo possível senão na construção da temporalidade.


Perante esta modernidade que produz os meios da barbárie, o pensamento totalitário avança insidiosamente. Alimenta-se do medo e desenvolve-se sempre segundo a mesma lógica: identificar, o mais cedo possível, os desvios individuais, circunscrevê-los, isolá-los, medicalizar as «perturbações», classificar e criar tipologias de forma a separar os indivíduos para os sujeitar a uma lógica de serviço controlado por gabinetes privados. Trata-se assim de fazer triunfar uma normalização soft, plebiscitada pelo individualismo liberal, quando o que era preciso era misturar os destinos, pôr a circular a palavra, permitindo os sujeitos dedicarem-se a projectos improváveis, criar ocasiões e implicá-los na produção do colectivo.


Como a crise da escola não suscita os questionamentos fundamentais acaba-se sempre por se adoptar medidas técnicas limitadas. Trata-se, acima de tudo, da crise da educação que importa tratar colocando as questões que durante muito tempo ficaram escondidas: vamos continuar a considerar a criança como um mandante de compras, torná-los cativos da publicidade? Não será necessário levar mais a sério os media – em especial, o audiovisual – fazendo ver que a sua liberdade de expressão exerce-se numa democracia em simultâneo com o dever de educação? Não será preciso repensar a gestão de tempo da infância, aligeirando, pelo menos, parcialmente, a pressão avaliativa? Não será altura de relançar a educação popular para fazer face ao frenesim consumista em matéria de lazer e cultura? Não será indispensável apoiar a parentalidade, e tornar isso uma prioridade política, deixando de ver os pais em dificuldades como pouco menos que delinquentes ou doentes mentais?


Certamente que a escola terá um lugar nestes dispositivos: interrogando-se sobre a maneira de lutar contra as coagulações dos alunos que têm «aulas…, estruturando grupos de trabalho exigentes em que cada um tenha um lugar e não seja tentado a ocupar todo o espaço…, e articulando uma pedagogia da descoberta, que dá sentido aos saberes, com uma pedagogia do rigo qure permita a sua apropriação, desenvolvendo uma verdadeira educação artística, física e desportiva que ajuda cada qual a passar da gesticulação ao gesto…, vectorizando o tempo escolar por uma «pedagogia de obra-prima» de forma a que cada um possa inscrever-se num projecto e deixe de exigir tudo, de imediato, e a qualquer momento.


Todos os níveis da escola e todas as disciplinas escolares podem e devem implicar-se nesta empresa. Tal como todos os actores sociais. Imaginando e aplicando projectos educativos capazes de ser um contrapeso ao capricho globalizado. Mas ousando interrogar também, se a educação na democracia e o todo-poderoso mercado são coisas compatíveis. E quais as alternativas que podemos inventar para sair do impasse.

Comprar direitos de emitir CO2 para aliviar a sua consciência!!!?

No capitalismo até a boa-consciência ambiental se pode comprar ( e vender) !!!

Nota: Reproduzimos abaixo parcialmente um artigo da jornalista Mónica Bello publicado no jornal Vida Económica. Queremos, no entanto, frisar que o documentário («Uma verdade inconveniente») da personagem citada no texto é a todos os títulos louvável e que deve ser utilizado como ferramenta pedagógica para alertar todas as consciências relativamente ao aquecimento global provocado pela nossa civilização tecno-industrial.



A última moda nos EUA entre o comum dos mortais - e entre alguns não tão comuns como isso - é a compra de créditos “pessoais” de CO2 de modo a compensar as emissões dos automóveis privados, do aquecimento da casa ou das viagens aéreas de negócios ou férias. Al Gore, o campeão ambiental global dos nossos tempos, por exemplo, pode hoje dizer que é “neutral” em termos de emissões de dióxido de carbono para a atmosfera. A sua casa de Nashville parece que gasta dez vezes mais energia do que a média das moradias da região, mas o antigo vice-presidente de Clinton tem vindo a comprar créditos de CO2 junto de empresas que investem na luta contra o aquecimento global, anulando deste modo, diz ele, os malefícios das emissões de dióxido de carbono da família Gore.


Como quase tudo na América, aderir a esta nova tendência é simples e está acessível aos cidadãos de todo o mundo via internet. Basta clicar
www.terrapass.com, por exemplo, para começar a aliviar a consciência, enquanto continua a guiar um automóvel de grande cilindrada e muitos g/km de CO2 acima das novas quotas impostas pela União Europeia, por exemplo. Um simulador faz as contas às emissões de CO2 do carro, da casa e das viagens e ainda se podem vender os telemóveis antigos esquecidos na gaveta para abater no preço final desta espécie de “passe natural”.

Ideia de um professor ambientalista da Universidade da Pensilvânia, Karl Ulrich, que fundou a instituição em 2004 com 41 estudantes, TerraPass investe depois os fundos angariados em projectos destinados a reduzir as emissões globais de CO2. Entre os vários parceiros desta ideia brilhante está, por exemplo, a Ford Motor, que promove juntos dos clientes a compra de créditos de carbono. Nem sequer é caro. Por exemplo: Manuel Pinho, ministro da Economia, pagaria no máximo qualquer coisa como 60 euros por ano para livrar a consciência de CO2 e transformar-se num condutor “carbono-neutral” ao volante do seu Jaguar S 3.0.

Consultar:

Diagonal: um jornal com um ponto de vista diferente

http://www.diagonalperiodico.net/

A 31 de Março completam-se dois anos do jornal Diagonal, de língua castelhana, e que tem mantido uma periodicidade regular com uma nova edição em cada quinzena. Um objectivo difícil que tem sido ganho, mas que precisa sempre do nosso apoio, tanto mais que se trata de uma publicação que faz uma abordagem diferente da grande imprensa.



Nesse dia estão programadas várias actividades:


12:30h “Límites y perspectivas de la comunicación”Mesa redonda com a participacção de Indymedia Madrid, Diagonal, Gustavo Roig de Nodo 50, Rafa Cuesta de la Unión de Rádios, e Javier Bernabé, Director del Instituto de Periodismo Preventivo y Análisis Internacional, J.M. Martìn Medem, periodista de TVE



17:00h “El Diagonal que queremos”Encontro entre assinantes, colaboradores, grupos de apoyo e o colectivo editorial, para facer um balanço destos dois anos. Partilhar críticas e ilusões para garantir um ponto de vista diferente
Estes dois encontros realizam-se Embajadores 35, espacio social. Metro Lavapiés o Embajadores.




00:00 h. Festa na Sala Caracol con DJ Demagogia, celebramos ofinal do aniversario. Entrada 3 euros. C/ Bernardino Obregón 18. Metro Embajadores