5.3.09

Café zapatista na Casa Viva ( dia 6 de Março às 22h. com café de Chiapas e filme sobre os índios tzeltales)


http://casa-viva.blogspot.com/

Praça Marquês de Pombal, 167 . Porto

Não ao apagamento da memória das últimas vítimas da PIDE

O inadmissível aconteceu:
retiraram a placa afixada no edifício da antiga PIDE (polícia política da ditadura fascista de Salazar e Caetano) que recordava as últimas vítimas daquela polícia
Texto de Jorge Martins (*),


Primeiro, transformou-se a sede da PIDE/DGS em condomínio de luxo, em pleno coração do Chiado, obliterando a história do edifício quanto ao negro passado da polícia política da ditadura Salazar-Marcelista. Agora, tudo se prepara para que a placa evocativa das últimas vítimas da PIDE, assassinadas no dia 25 de Abril de 1974, desapareça para sempre da fachada do edifício.

Em Outubro do ano passado ainda se podia ver a marca deixada pela placa, como a foto comprova. Hoje já se pode antever que destino espera a placa: o caixote do lixo da história. Se é que já não está no caixote do lixo de um qualquer empreendedor de condomínios de luxo. Quem lá passar agora não encontrará rasto da placa naquelas paredes imaculadas.

Com a fachada limpa dos sinais dos tempos, designadamente dos crimes da PIDE e do regime que sustentou, podem muito bem dormir tranquilos os novos inquilinos da rua António Maria Cardoso. Os outros, os milhares que por lá passaram e sofreram os horrores da tortura, sentir-se-ão de novo seviciados, com a conivência dos novos dirigentes do regime democrático, edificado pelo sacrifício e abnegação de muitos antifascistas, que estão incrédulos e ofendidos com o que se está a passar. Não foi para isto, seguramente, que lutaram muitos democratas. É este o sinal que deixamos às novas gerações? Não basta dedicar umas miseráveis 11 linhas à PIDE nos programas de História? Vamos todos discutir as mulheres de Salazar e esquecer os seus crimes? Vamos apagar as parcas memórias que nos restam?

Sem dúvida que o Estado não demonstra a mínima vontade política para preservar a memória dos crimes da ditadura e da resistência antifascista. Depois da transformação da sede da PIDE em condomínio de luxo, da projectada construção de uma pousada na fortaleza de Peniche e, mais recentemente, da anunciada construção de um hotel de charme no Tribunal Boa Hora, não restam dúvidas de que, para além das palmadinhas nas costas, dos sorrisos de circunstância, das palavras inconsequentes e de resoluções vazias de vontade política de dar passos no sentido do seu cumprimento, não há o mínimo sinal de que o farão. Bem pelo contrário, os sinais são preocupantes. Como se sabe, a Câmara Municipal de Lisboa sancionou o projecto do condomínio na António Maria Cardoso e agora o actual presidente confirmou o pior em relação à Boa Hora, ao afirmar que «não se vive de memórias, vive-se de presente e de futuro». Os sinais do ministério da Cultura não são mais optimistas, face às notícias que alegam a possibilidade da entrega aos privados a exploração do nosso património histórico. Ficámos a saber com quem podemos contar: com a determinação dos que não desistem de denunciar este estado das coisas do Estado.

É imperioso exigir que o promotor imobiliário do Paço do Duque respeite a memória daqueles que lhe permitem hoje enriquecer sobre os escombros da sede da PIDE. Para além de ter apagado, no site oficial, da história do edifício esse facto incontornável, prepara-se agora para deixar cair no esquecimento a placa evocativa das últimas vítimas da PIDE, que dizia:



(*) Biografia de Jorge Martins

O 8 de Março, dia internacional da mulher, é dedicado este ano à mulher imigrante: igualdade, cidadania e direitos para tod@s

Várias entidades, da área do feminismo e do associativismo imigrante, chamam à realização de uma jornada de acção –reinvindicativa e de confraternização- para o próximo 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, a decorrer na Alameda Afonso Henriques, em Lisboa, a partir das 12h.

Pretendemos que a reivindicação deste 8 de Março, dia de luta pelos direitos das mulheres, seja focada este ano especialmente nas imigrantes.

No evento irá ser construída conjuntamente uma manta, símbolo da luta pela igualdade de direitos entre mulheres e homens e por um mundo mais justo, sem violência, solidário e livre.
Tod@s aquelas/es que partilhem estes princípios poderão levar o símbolo da sua associação ou entidade para ser costurado à manta ou poderão escrever lá lemas e apelos, em tecido que também irá fazer parte da confecção.
Na iniciativa, que desejamos abrangente, toda bandeira, símbolo ou palavra de ordem, desde que concordante com os valores da igualdade e da justiça – entre mulheres e homens e entre os povos e nacionalidades diferentes – será bem-vinda, venha de entidades colectivas ou de pessoas individuais.
Queremos que a peça artístico-reivindicativa reflicta a grande diversidade de actoras e de actores envolvid@s neste amplo movimento.

No evento, de carácter reivindicativo mas também lúdico e de convívio, haverá um pique-nique, animação musical e performances.
Convidamos tod@s @s cidadãs/ãos e as organizações da sociedade civil a comparecerem e participarem no encontro, podendo levar também comes e bebes, para partilhar, e os seus próprios instrumentos musicais (ou outras ideias!) para colaborar na animação. Poderão ser instaladas bancas com material das associações (devendo, as que assim o desejarem, levar as mesas e cadeiras necessárias para o efeito).

Há quase um século -desde 1911- que os movimentos sociais, em particular o movimento feminista, vêm celebrando o 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher, jornada de acção em prol dos nossos direitos. Em 1975, a ONU reconheceu esta data “para comemorar a luta histórica por melhorar a vida da mulher”.
O direito ao voto, a mobilização contra as guerras, a luta pela conquista de direitos laborais, a legalização do aborto … foram algumas das importantes batalhas travadas pelas mulheres, muitas vezes com a colaboração entre o feminismo e outros movimentos sociais. As convergências continuam e são muito necessárias no actual momento. Achamos particularmente urgente reforçar a imbricação entre movimentos sociais, nomeadamente, entre os movimentos imigrante, feminista e sindical.

As mulheres imigrantes devem ser objecto de especial atenção nas nossas reivindicações, contando com o protagonismo das próprias nesta luta. Os dados mostram que as mulheres sofrem comummente mais abusos laborais do que os seus companheiros varões. As trabalhadoras imigrantes, nomeadamente quando lhes é negada a possibilidade de regularizarem a sua situação documental, sofrem também mais violações de direitos do que as nacionais. Uma parte muito significativa delas trabalha em sectores como o serviço doméstico e o cuidado de pessoas dependentes, actividades de grande relevância para toda a sociedade, embora pouco reconhecidas e onde são frequentes as situações de abusos laborais e de isolamento social.

São muitas as conquistas, mas também são ainda muitas as vitórias que estão por atingir para acabarmos com a desigualdade e a discriminação em função do género ou da nacionalidade. A violência doméstica, a feminização da pobreza, o reduzido número de mulheres em postos decisores, os entraves colocados à regularização d@s estrangeir@s -que alimentam a exploração laboral e a exclusão social- os grandes retrocessos civilizacionais verificados na Europa, em matéria de direitos humanos d@s imigrantes (Directiva do Retorno, Pacto Sarkozy)… são algumas das questões que estão no centro das nossas preocupações.

Assim, vimos pela presente convidar a vossa associação a participar nesta iniciativa, unindo-se às entidades organizadoras. Contamos com a vossa presença e colaboração. Somos precis@s muit@s para o sucesso desta acção. Tod@s somos imprescindíveis nesta luta, necessária e urgente, em prol da igualdade, da cidadania e dos direitos humanos para tod@s, sem exclusão: mulheres ou homens, nacionais ou estrangeir@s.

Entidades promotoras (até a data): Associação Caboverdeana de Lisboa, Casa do Brasil de Lisboa, Ela por Ela – Editora Feminista, GAFFE – Grupo A Formiga Fora da Estrada, Marcha Mundial das Mulheres, Não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais, Solidariedade Imigrante, SOS Racismo, UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta

Semana internacional contra o apartheid israelita vai ser assinalada em Lisboa com uma sessão na faculdade de ciências (dia 6 de Março às 15h.)

Está a decorrer a partir do dia 1 de Março a semana internacional contra o apartheid israelita. A iniciativa partiu em 2005 da Universidade de Toronto, no Canadá, e rapidamente se converteu numa campanha internacional.

Em 2009, com a recordação do massacre de Gaza ainda fresca, começa bem, com o cancelamento dos intercâmbios de estudantes entre a Universidade de São Paulo e a Universidade de Tel Aviv. O secretário do PT brasileiro para as relações exteriores, Valter Pomar, justificou o cancelamento afirmando que “seria adequado aplicar ao governo israelita o mesmo tratamento que o governo de apartheid da África do Sul recebeu”.
Por outro lado, as universidades canadianas de Ottawa e de Carleton vão ter de justificar-se por terem proibido, na semana passada, um poster representando uma criança palestiniana diante dum bombardeiro israelita. A semana anti-apartheid começa aí com a crítica de estudantes que vêem na proibição “uma violação da liberdade de expressão de estudantes que falam sobre direitos humanos”.

Semana internacional contra o apartheid israelita
Sessão na 6ª feira, 6 de Março, 15 horas,
na sala 6.4.30, Edifício C6, 4º andar
na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa,

Com a participação de
John McDermott, professor universitário canadiano

Projecção do filme
Wadi Fukin, a aldeia cercada (17 min), de Chris den Hond

Organização do COMITÉ DE SOLIDARIEDADE COM A PALESTINA e núcleo da Fac. de Ciências

http://palestinavence.blogs.sapo.pt/23089.html


http://apartheidweek.org/


Documentário de 2009 de apresentação da Semana sobre o Apartheid israelita


Documentário de 2008 de apresentação da Semana sobre o Apartheid israelita

1º aniversário da Associação Renovar a Mouraria é comemorado com diversas iniciativas ao longo do mês de Março

A Associação Renovar a Mouraria comemora 1 ano de existência no dia 19 de Março. Para o efeito foi organizado um interessante Programa:

Dia 1 de Março:
16:00 - Inauguração da Exposição de fotografia e poesia popular A Mouraria dos Anos 40, de Fernando Baguinho
Até 31 de Março

18:00 - Tertúlia de Fado Mouraria com o trio de João Penedo: contrabaixo, Marco André: voz e guitarra, Ricardo Rocha: guitarra portuguesa, e muitos fadistas convidados…

Local: Forno do Alfarrabista, Beco dos Cavaleiros, 7-13 (Ao lado da Rua dos Cavaleiros)



Dia 7 de Março:

17:00 – Conferência Falando de Fado, com Adalberto Alves

Seguido de excerto do espectáculo "Papoila de Odiana", Dançar a Poesia de Almutâmide,
com Elsa Shams, Eduardo M. Raposo, Tiago Bensetil, Nuno Faria


Local: Galeria Colorida, Rua Costa do Castelo, 63 (Entrada pela Esc. Marquês Ponte de Lima 1-A)


Dia 10 de Março:
18:30 - Percurso pelos Azulejos do Metro do Martim Moniz, com Gabriela Carvalho


Dia 11 de Março:
19:30 – Exibição do Filme A Severa, de Leitão de Barros (Organização conjunta com a Cinemateca Portuguesa)
Cinemateca Portuguesa, Rua Barata Salgueiro, 39


Dia 14 de Março:
16:00 – Ronda das Tascas: as mais típicas tascas da Mouraria serão revisitadas neste passeio que será acompanhado por músicos da Associação Gaita-de-Foles, fadistas e muitos convidados…



Dia 21 de Março:
22:30 – Há Tertúlia na Mouraria, com música, poesia e muitas conversas soltas sobre a Mouraria
Local: Bar Anos 60, Largo do Terreirinho, 21


Dia 24 de Março:
18:30 - Visita ao Colégio de Santo Antão-o-Novo, com Gabriela Carvalho


Dia 28 de Março:
15:00 – O Centro Mário Dionísio abre as portas para mostrar o seu futuro espaço

Casa da Achada, Rua da Achada, 11-B

16:00 – Projecção de um documentário sobre Mário Dionísio
Projecção de quadros e leituras de poemas de Mário Dionísio
Espectáculo musical com Diana e Pedro

Largo da Achada


Dia 29 de Março:
11:00 – Atelier para crianças com leitura de contos e desenhos
Casa da Achada, Rua da Achada, 11 - B

Jantar caboverdeano promovido pelo Solim (Solidariedade Imigrante) no Sábado(7 de Março, às 20h. em Lisboa)


Apareçam para curtir o som do funana do Arlindo e da sua banda, e a cachupa da Milena!