2.6.07

A ordem criminal do mundo ( documentário-vídeo)

Documentário de 43 m. realizado em 2006 pela TVE2 e que conta com uma entrevista a Jean Ziegler e ao escritor Eduardo galeano.

O mundo em 10 minutos - por Eduardo Galeano

Em apenas 10 minutos o escritor uruguaio Eduardo Galeano dá-nos uma pungente visão do nosso mundo.





Eduardo Hughes Galeano (Montevideu, 3 de setembro de 1940) é um jornalisa e escritor uruguaio.
As suas obras já foram traduzidas em diversas línguas. Costuma escrever os seus livros no formato de pequenas histórias, desde assuntos políticos relevantes até assuntos simples, como o quotidiano e o futebol.
Uma das suas obras de maior relevância política e importância é "As Veias Abertas da América Latina", livro em que relata a exploração sofrida pelas nações latino-americanas, desde a formação dos impérios hispânico e português, passando pelo neo-colonialismo inglês e norte-americano, pelos diktats impostos pela economia internacional, até os dias de hoje.

Obras:
As Veias Abertas da América Latina é a sua obra publicada mais conhecida: é um tratado de acusação da exploração da América Latina por poderes estrangeiros a partir do século XV.
Memória do Fogo é um relato da história da América dividido em três temas/livros.
Galeano é comparado a John Dos Passos e Gabriel García Márquez.
• Los días siguientes (1963)
• China (1964)
• Guatemala (1967)
• Reportagens (1967)
• Los fantasmas del día del léon y otros relatos (1967)
• Su majestad el fútbol (1968)
• As veias abertas de América Latina (1971)
• Siete imágenes de Bolivia (1971)
• Violencía y enajenación (1971)
• Crónicas latinoamericanas (1972)
• Vagamundo (1973)
• La cancion de nosotros (1975)
• Conversaciones con Raimón (1977)
• Días y noches de amor y de guerra (1978)
• La piedra arde (1980)
• Voces de nuestro tiempo (1981)
• Memória do fogo (1982-1986)
• Aventuras de los jóvenes dioses (1984)
• Ventana sobre Sandino (1985)
• Contraseña (1985)
• El descubrimiento de América que todavía no fue y otros escritos (1986)
• El tigre azul y otros artículos (1988)
• Entrevistas y artículos (1962-1987) (1988)
• O Livro dos Abraços (1989)
• Nós Dizemos Não (1989)
• América Latina para entenderte mejor (1990)
• Palabras: antología personal (1990)
• An Uncertain Grace com Fred Ritchin, fotos de Sebastião Salgado (1990)
• Ser como ellos y otros artículos (1992)
• Amares (1993)
• Las palabas andantes (1993)
• úselo y tírelo (1994)
• O futebol de sol a sombra (1995)
• Bocas del Tiempo (2004)
• O Teatro do Bem e do Mal (2002)

Duelo entre Só-Cartos e Filho-da-Putin



Mais um naco de prosa deliciosa, com afiada ironia, a que me rendo completamente, e que fui buscar ao
blogue O mundo perfeito , a propósito da recente visita do Sr. José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal à Rússia, e ao seu matinal jogging em plena Praça Vermelha:


Só-Cartos - Eu cá faço sempre jogging em viagens oficiais!
Filho-da-Putin - Eu, em viagens oficiais, corro a meia-maratona, de preferência por zonas com curvas acentuadas e percursos sinuosos.

Só-Cartos - Pisei o solo da baía de Luanda. Paisagem maravilhosa!
Filho-da-Putin - Pisei o solo à volta da Casa Branca até Bush se sentir agoniado.

S-C - Pisei Copacabana. O Brasil parou para me ver.
F-d-P - Pisei Londres até Blair acusar vertigens.

S-C - Pisei o Parque de Beihai, em Pequim, com 10 graus negativos, e iam-me caindo os tim-tins.
F-d-P - Pisei Bona até o presidente alemão me gritar "ok, rendo-me, grande Filho-da-Putin".

S-C - Não se escandalize por ainda não ter tido tempo para descalçar os ténis, mas é que acabei agorinha mesmo de pisar a monumental Praça Vermelha.
F-d-P - Não há problema, eu piso frequentemente todo o povo russo sem que deles ouça um único lamento.

S-C - Ah, que aborrecimento para si, realmente! Eu também piso todos os dias os portugueses, mas, no meu caso, felizmente, eles aplaudem-me de pé e pedem bis.

A Mandrágora em representação a partir de 1 de Junho em Cascais

Em "A MandrágoraA", peça em representação hoje e nos próximos dias em Cascais, podemos ouvir um actor:

- não vos preocupeis. no princípio foi o televisor e só depois os "slogans", a barbbie, o sexo normalizado, os pais vencidos e os mestres corruptos insónia e os microships injectados que nos obrigam a recitar marcas de shampoo, vomitar palavras como cães eloquentes...



Texto do encenador e elemento coordenador do colectivo que leva ao palco esta peça:

Para Nicolau Maquiavel (1469-1527), um dos mais penetrantes e lúcidos pensadores políticos da humanidade, o mundo é o que é: - nele convivem maridos estúpidos como Nícias e mulheres virtuosas como Lucrécia, frades devassos como Timóteo, parasitas como Sóstrata e, por que não, jovens honestos como Calímaco.

Personagens centrais de A Mandrágora, eles não compõem apenas um retrato fiel e irónico da sociedade florentina do século XVI. Configuram, acima de tudo, a forma que Maquiavel escolheu para satirizar a corrupção da Itália de sua época e, principalmente, a corrupção da Santa Madre Igreja.

Nesta comédia ele ataca os vícios e a imundice em que seus contemporâneos estavam mergulhados e, da mesma forma como em O Príncipe, escreve uma obra que se mantém tão actual hoje, como há quinhentos anos.

Para mim (Cascais 1947), esta outra A Mandrágora é uma aventura que transporta imagens da obra de Maquiavel para um projecto estético que tem (também ele) por nome Mandrágora.
São as imagens que me interessam, não o discurso dramático. O discurso desta acção vale o que vale.

Não é uma obra teatral, tão pouco um poema. É uma "COISA" construída por um "fazedor de coisas" - muito bem acompanhado, aliás, por uma equipa com quem tenho tido o prazer de fazer esta e as outras "coisas" (leia-se projectos anteriores): - a Rita, a Patrícia, o Bruno, o Marco, o Miguel, o Ricardo e agora os que chegaram de novo; a Vera, o outro Bruno (mais jovem) e o Gonçalo. Mais uma acção, portanto, que passa ao lado do que se convencionou chamar teatro. É muito divertido. Dá muito prazer construir estes objectos que vos apresentamos sempre que nos é possível.

Manuel de Almeida e Sousa



Um espectáculo do Mandrágora (centro de cultura e pesquisa de arte de Cascais)
com base em

"A Mandrágora"
de Nicolau Machiavel.
no Parque Palmela
(Auditório Municipal Fernando Lopes Graça - em Cascais)


espectáculos em Junho: 1, 2, 6, 8 e 9 às 21.45 horas; dias 3 e 10 às 17 horas

Com: bruno vilão, bruno corte real, gonçalo matos, marco ferro, ricardo mestre, rita penim, sara ferreira
som ao vivo: igor sousa
coordenação técnica: miguel matias
guarda roupa: colectivo mandrágora
encenação e texto: manuel almeida e sousa


Mais um projecto desta associação cultural com raiz em Cascais


MandrágorA - 28 anos de acção cultural

Mandrágora - da planta ao projecto cultural

Não há, talvez, planta envolta por tanta crença e objecto de tantos rituais como mandrágora. Possivelmente pela semelhança da sua raiz à forma humana (o seu nome, em grego, significa raíz humana) a ela se atribuí poderes humanos e sobrehumanos.
Aos dourados frutos da mandrágora chamavam maçãs do amor de Afrodite - um dos epítetos aplicados à deusa era Mandragoritis - a da mandrágora.
O habitat natural desta planta é a zona do Mediterrâneo, onde não é raro encontrá-la durante os meses de maio e abril. Cresce em lugares secos e banhados pelo sol - à beira dos caminhos e em velhas ruinas.
A mandrágora, rica em alcalóides (mandragorina, hiosciamina e escopolamina) pertenece à família das solenáceas e é uma das ervas mais famosas quer na Antiguidade quer na Idade Média - não será estranho, portanto, que seja conhecida como a rainha das ervas mágicas.
A Biblia já se refere a ela no Cantar dos Cantares - é a maçã do amor:

...e ali te darei os meus amores.
Já sinto o aroma das mandrágoras...
(Cantar dos Cantares 7, 13-14)

Os frutos, de cor dourada e aroma parecido ao do tomate (outra solenácea) produzem um efeito muito parecido com o espírito de Afrodite: um desejo tão embriagante quão irresistível.
O odor das folhas é semelhante ao do tabaco. Quando os frutos amadurecem, as folhas secam, e o que resta da planta é a raíz, carnosa e com cerca de um metro de longitude, que continua viva e voltará a produzir folhas e frutos no ano seguinte.
Na Antiguidade, macerava-se em vinho e era muito apreciada para elaborar os filtros de amor. Em Chipre, a ilha de Afrodite, a mandrágora é conhecida desde a noite dos tempos e recomendada como remédio para a esterilidade feminina.

Na Europa pré industrial, arrancava-se esta planta durante o solstício de verão, antes da saída do sol e no último quarto da lua. A planta prosperava por baixo dos patíbulos e não era fácil colhe-la. Para que se mantivesse tranquila havia que verter em cima urina ou sangue. Os que se atreviam a colhe-la tapavam os ouvidos para não ficarem surdos e para se protegerem da loucura causada pelos gritos mortais que a planta emitia ao ver-se ferida.
Estas histórias contavam os próprios recolectores com o objectivo de manter o alto preço que pediam pelas raízes: em 1690 uma raiz chegava a custar o soldo anual de um artesão de tipo médio.
O seu uso na magia amorosa continua até hoje. Mas era também utilizada para propiciar decisões judiciais favoráveis...
As bonecas de raiz de mandrágora tinham a suposta propriedade de tornar invisível o seu proprietário e revelar tesouros ocultos, ainda que estes só causassem desgraças... acreditava-se que o dono da boneca acabaria no mesmo patíbulo debaixo do qual se tinha colhido a planta.
Por conter mandragorina, hiosciamina e outros alcalóides alucinantes, a mandrágora foi um poderoso ingrediente utilizado nos unguentos que as bruxas aplicavam no corpo para poderem voar.
Como medicamento era usada para o tratamento de artrite, úlceras, queimaduras e, também, para provocar a menstruação e para facilitar os partos. Para além disso também se prescrevia como antídoto para as mordeduras de serpente e, o mais interessante; administrava-se como indutor dos sonhos.
Os frutos podem-se comer a partir de Maio, quando amadurecem e, apesar da crença comum não são venenosos. A raiz seca macera-se em vinho (numa proporção de uns 23 gramas por cada 700 mililitros, ainda que a dose varie segundo a pessoa que a prepara). Em quantidades maiores pode provocar alucinações.

http://br.geocities.com/mandragorarte/menu.html

Os países do G8 devem 40 biliões de dólares anuais aos países pobres por terem provocado o aquecimento global

Um relatório da organização internacional Oxfam mostra como os países do G8 (as sete economias mais industrializadas e a Rússia) deveriam desembolsar anualmente pelo menos 40 biliões de dólares como forma de indemnizar os países pobres, e ajudá-los a adaptarem-se ao aquecimento global, uma vez que as economias industrializadas são as principais responsáveis por aquele fenómeno que a todos atinge.

A cifra, que a entidade disse ser uma estimativa por baixo, baseia-se num cálculo de quanto as comunidades nos países em desenvolvimento necessitarão para adaptar suas vidas às alterações climáticas.
"As comunidades terão de construir sua resistência adoptando tecnologias apropriadas e diversificando o modo de vida para lidar com as alterações climáticas.
"Os ministros terão de aprender a planear e propor orçamentos diante da incerteza do clima. Novas e velhas infraestruturas nacionais, como hospitais, reservatórios e estradas devem ser produzidas considerando as novas condições do clima."
A entidade disse que serão necessários pelo menos 50 biliões de dólares para realizar essas adaptações, e que os países do G8 deveriam pagar 80% desse volume.
Para a Oxfam, as maiores contribuições devem vir dos Estados Unidos e da União Europeia.
"Os países do G8 têm duas obrigações durante os preparativos para a reunião na Alemanha: parar de causar danos (ao clima) cortando suas emissões (de carbono) para manter o aquecimento global abaixo de 2º C, e começar a ajudar os países pobres a lidarem (com a mudança climática), pagando a sua parte dos 50 biliões de dólares por ano em fundos de adaptação."


O texto, divulgado uma semana antes da reunião do G8 na Alemanha, estima a parte desse montante que cada país deve assumir para financiar a adaptação.
A Oxfam classificou os países baseando-se nas responsabilidades de cada um pelas emissões de carbono a partir de 1992 (quando, na prática, todos os governos do mundo se comprometeram a lutar contra a mudança climática).
A ONG considerou ainda a capacidade de pagamento de cada país, baseada na posição que cada qual ocupa no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU.
Segundo o ranking da Oxfam, os Estados Unidos devem arcar com a maior parte dos 50 biliões de dólares necessários, o que representa 43,7% do total da dívida.
A União Europeia deveria responder por 31,6%.
Outros países com contas a prestar seriam a Alemanha (7,1%), Grã-Bretanha (5,3%) e Itália (4,6%), sustenta o relatório.
O Japão, segundo a Oxfam, teria que contribuir com 12,9% dos 50 biliões anuais.
O Canadá teria que dar 4,3% e a Austrália, 2,9%.
"Os países do G8 têm duas obrigações durante os preparativos para a reunião na Alemanha: parar de causar danos (ao clima) cortando suas emissões (de carbono) para manter o aquecimento global abaixo de 2º C, e começar a ajudar os países pobres a lidarem (com a mudança climática), pagando a sua parte dos 50 biliões de dólares por ano em fundos de adaptação."


Fonte: ler aqui

WWF diz que central termoeléctrica de Sines é uma das mais poluentes da Europa

A central termoeléctrica de Sines, da EDP, foi no ano passado a 13ª mais poluente da Europa, subindo dois lugares no ranking das 30 centrais europeias mais poluidoras, da organização ambientalista internacional WWF.

Duas centrais gregas, seis alemãs, uma polaca e uma espanhola estão entre as dez mais poluentes da Europa, segundo o "Dirty Thirty", ranking da World Wildlife Fund (WWF) hoje divulgado, que contabiliza as emissões do dióxido de carbono.

Na anterior classificação da WWF, relativa a 2005, Portugal aparecia em 15º lugar, com a central de Sines a produzir 1050 gramas de dióxido de carbono por quilowatt/hora produzida.

Este valor mantém-se no actual relatório, mas ainda assim a central de Sines teve um pior desempenho, por ter subido dois lugares.

Em emissões absolutas, a central portuguesa produziu 8,7 milhões de toneladas de CO2 (dióxido de carbono) em 2006, um dos valores mais baixos da tabela.

Existem duas centrais termoeléctricas no país alimentadas a carvão, Sines e Pego (Abrantes), mais duas alimentadas a fuelóleo, no Barreiro e no Carregado, e outras duas a gás natural, na Tapada do Outeiro e no Carregado.

A WWF baseou-se em dados de 2006 do registo Europeu de Emissões Poluentes e analisou as emissões absolutas de dióxido de carbono das centrais eléctricas dos países da União Europeia em milhões de toneladas de CO2 por ano.

Posteriormente, classificou as 30 centrais que mais emitem de acordo com o nível de eficiência, medido em gramas de CO2 por quilowatt/hora.

Fonte: jornal Público

Protesto contra o encerramento da Universidade Independente

Esta saborosa prosa foi retirada do:
http://turmadopenadinho.blogspot.com/


Não se percebe a razão do encerramento da Universidade Independente!

É que, como se demonstrou, está muito mais à frente que qualquer outra universidade pelas qualidades que lhe atribuímos.

Vejamos:

- Está aberta nas férias do Verão; - Trabalhadora

- Passa diplomas aos Domingos; - Laica

- Aceita candidatos sem documentação comprovativa das habilitações, confiando na boa fé dos candidatos (princípio humanista); - Crédula

- Maximiza a potencialidade científica dos seus docentes, ao colocá-los a reger 4 cadeiras (ao mesmo tempo que o regente é assessor no mesmo Governo onde um dos alunos é Secretário de Estado) - Imparcial ;

- Permite que uma mesma pessoa, num só ano, faça duas licenciaturas; - Economicista

- Convida os seus antigos alunos, que nunca o conheceram, a ir dar aulas para lá; - Versátil
- Estabelece planos de curso pessoais "ad-hoc", sem os documentar, para poupar nos custos do papel e impressão; - Amiga do Ambiente

- Possibilita a apresentação de teses finais sem que as mesmas fiquem guardadas no arquivo a ocupar espaço e recursos; - Volátil

- Forma alunos que, no futuro, ascendem a primeiros-ministros. - Visionária

Como justificar o encerramento de uma universidade assim, cujo mal é, pelos vistos, confiar nas pessoas, poupar nos custos e maximizar os recursos?

Juntemo-nos e lutemos contra o encerramento da UNI.

V curso de pedagogia libertária



Na primeira semana de Setembro vai realizar-se o V curso de pedagogia libertária na Escola Livre Paideia. Todos os interessados poderão obter informações adicionais e inscrever-se no curso por via do seguinte endereço electrónico:
A escola paideia localiza-se perto da cidade de Mérida, na província da Extremadura espanhola.