3.2.09

O comunitarismo e a cultura comunitária da aldeia de Aivados (em Castro Verde, Alentejo)


A aldeia de Aivados, com 150 habitantes, situada a 13 quilómetros da sede do concelho, Castro Verde, é única no Baixo Alentejo: é uma aldeia comunitária, desde o século XVI, possuindo, além de um “governo”, com o seu próprio regulamento interno, 400 hectares, um rebanho comunitário, vários prédios urbanos e alfaias agrícolas.

Quem é natural ou reside há mais de um ano na pequena comunidade dos Aivados não precisa de se preocupar em arranjar dinheiro para comprar um terreno para construir casa própria: por “lei”, em efectividade desde, pelo menos, 1562, tem direito a esse terreno gratuitamente, só o pagando, à comunidade, se entretanto decidir vender a casa. Mais: como cidadão de pleno direito da comunidade, tem também direito a uma parcela de terreno nos “ferrageais” junto à aldeia, onde poderá fazer uma horta, criar galinhas ou outros animais, desde que não criem problemas ambientais aos restantes habitantes. Mais, ainda: na véspera de Natal, para reforçar a ceia e poder comprar mais uma ou outra peça de roupa para suportar o Inverno, receberá uma verba em dinheiro, uma percentagem dos lucros obtidos pela comunidade na exploração dos terrenos mais desviados da aldeia, a que chamam as “folhas”.

Aivados é uma aldeia única no Baixo Alentejo. No entanto, a sua história, que remonta ao século XVI, é pouco conhecida, inclusive a nível regional, talvez por só existirem publicados e pouco divulgados dois trabalhos, com profundidade, sobre a aldeia: um jornalístico, publicado no “Diário do Alentejo”, em Setembro de 1982; outro na área da antropologia, um trabalho de mestrado, realizado em 1997.

Não se sabe ao certo em que ano e quem doou aos moradores os 400 hectares que cercam a aldeia de Aivados. Terrenos que, ao longo da história, têm sido cobiçados por muitas entidades públicas e privadas e sido alvo de várias tentativas de usurpação. No entanto, através de processos judiciais, um dos quais demorou 93 anos a ser resolvido, os moradores sempre conseguiram preservar o seu património

O “governo” dos Aivados

Diz a tradição oral que os Aivados sempre foram “governados” por uma comissão, eleita por todo o povo, composta por vários cidadãos. É de 31 de Janeiro de 1934 a acta, escrita, mais antiga que fala no assunto, referindo que essa comissão era constituída por um presidente, um secretário, um tesoureiro e três vogais. Essa comissão – que, refira-se, sempre funcionou, mesmo no tempo do fascismo – tinha plenos poderes para resolver todos os problemas da comunidade. Sem capacidade jurídica que transcendesse as “fronteiras” do território, a comissão foi, em termos práticos, o executivo que levava à prática as deliberações tomadas em assembleia geral pelo povo da aldeia. Entre essas deliberações, contaram-se, por exemplo, a dado momento da história, “atribuir ao forasteiro o estatuto de cidadão, ao serem-lhe concedidos todos os direitos e deveres que usufruiam os naturais”.Por motivos legais, em 1989, foi necessário criar uma entidade com “corpo jurídico” que acabaria por substituir a “comissão”. Essa entidade, a Associação do Povo de Aivados, que em termos práticos substituiu a “comissão”, possui uma direcção, um conselho fiscal e uma assembleia geral. O presidente da direcção, António Ventura, explica-nos que, “embora a Associação possua estatutos, para nós, o que tem mais importância é o nosso regulamento interno, que dantes era apenas oral e que agora, aos poucos, começa a ser redigido”. No entanto, por força da tradição, os moradores continuam a tratar os responsáveis da associação por “comissão”.

E é esta “associação/comissão” que continua a governar, a gerir os interesses da comunidade, sendo periodicamente todos os assuntos discutidos em assembleia geral de moradores. Hoje, por motivos legais e burocráticos, colocam-se novas tarefas aos responsáveis da aldeia, tanto mais que, nos últimos anos, graças a uma boa gestão, o património da comunidade tem crescido, existem constantes entradas e saídas de dinheiro, há contas bancárias, enfim, é preciso uma contabilidade organizada, muito diferente daquela que existia há algumas décadas.Por exemplo, presentemente, os terrenos conhecidos como “folhas”, que até há poucos anos eram explorados individualmente pelos moradores interessados, passaram a ser explorados directamente pela Associação do Povo de Aivados, que possui vários tractores e alfaias agrícolas. Os pastos desses terrenos já não são vendidos a terceiros (agricultores vizinhos) mas sim aproveitados para o rebanho colectivo, que possui mais de 500 cabeças de ovinos. Ou seja, a Associação, como pessoa colectiva, passou a funcionar como uma empresa agrícola. E não só.E não só porque, além das vertentes agrícola e pecuária, a Associação tem a seu cargo outras tarefas, tal como, por exemplo, renovar um contrato de arrendamento com uma empresa que explora uma pedreira dentro dos terrenos comunitários. Para António Ventura, “tão ou mais importante do que a verba envolvida no aluguer desse terreno – verba que dá um certo desafogo financeiro à comunidade – existem outras questões à margem também importantes, como a empresa criar postos de trabalho aos moradores da aldeia ou, por outro lado, respeitar as questões ambientais”.
A acção dos “governantes” da aldeia também se faz sentir nos contactos com o poder local (Junta de Freguesia e Câmara Municipal), em obras de beneficiação de espaços públicos e mesmo na aquisição de prédios urbanos ou construção de algumas obras, como seja a casa mortuária.Uma das próximas metas da Associação do Povo de Aivados é realizar obras de beneficiação num prédio comunitário e transformá-lo em sede e arquivo, “um arquivo seguro – no dizer de António Ventura – onde possa ser guardada toda a documentação relacionada com a história da aldeia, nomeadamente os manuscritos, hoje à minha guarda, na minha casa, que naturalmente não oferece condições de segurança, porque, além da humidade normal de uma casa, que estraga documentos, é sempre possível um fogo, um assalto ou outra anomalia qualquer”.

“Tudo é de todos, nada é de ninguém”

Entre as várias lições que se podem retirar desta aldeia comunitária, além de que a união e a persistência demonstradas pelo povo durante várias séculos foram compensadas, é uma nova doutrina (consubstanciada na prática) na área da economia política. Ou seja, à margem de todas as doutrinas económicas, o povo de Aivados conseguiu, durante séculos, explorar e utilizar um solo e outros bens materiais colectivos em regime de propriedade individual. Para tal, usaram o princípio “Tudo é de todos, nada é de ninguém”.
Vejamos como é que o sistema funciona há quase cinco séculos – com pequenas variantes de adaptação ao longo dos tempos, como sucede presentemente, por a agricultura já não dar rendimento suficiente:


O território comunitário, com 400 hectares, foi desde sempre divido em dois círculos concêntricos, à volta da aldeia, para efeitos de exploração agro-pecuária. O círculo interior, junto à aldeia, tem o nome de “ferrageais”; o exterior, de “folhas”. Todo o casal (ou pessoa individual, no caso de solteiros ou viúvos) tem o direito de usufruir de uma porção desse círculo, dividido em tantas parcelas quanto os interessados. Por sorteio ou adrego (“adregue”, como se diz incorrectamente na aldeia), cada casal recebe uma porção de terreno que pode explorar (geralmente pequenas hortas, com alguns animais) enquanto reside na aldeia.


O círculo exterior, ou “folha”, é dividido em tantas partes quantas as requeridas, por alturas do Natal, pelos moradores. De três em três anos – ou seja, ao fim de um ciclo de exploração: alqueive, cevada, trigo –, havia um novo sorteio, o que vinha permitir, através de um processo de rotatividade, que todos explorassem os melhores e os piores terrenos. Os moradores que, por qualquer motivo (terem outra actividade profissional, por exemplo), não estavam interessados numa parcela nas “folhas” e abdicassem a sua parte a favor da comunidade, recebiam, por alturas do Natal, uma compensação monetária (que variava de ano para ano, em função dos lucros), que outrora tinha o nome de “esmola”. Presentemente, devido à crise na agricultura e por existirem cada vez mais outras alternativas profissionais, por decisão de todos, em assembleia geral, as “folhas” passaram a ser exploradas pela Associação do Povo de Aivados, recebendo os moradores, perto do Natal, uma quantia em dinheiro em função dos lucros obtidos na exploração dos terrenos – nas vertentes agrícola, pecuária (o rebanho comunitário possui mais de 500 cabeças de ovinos) e aluguer de uma parcela para exploração de uma pedreira por parte de uma empresa.Durante muitos anos, as pastagens das “folhas” foram vendidas a agricultores vizinhos, servindo essa verba para pagar contribuições e efectuar pequenas obras, como arranjar um poço ou efectuar obras de beneficiação de ruas.Embora não existam muitos registos das actividades agrícolas e pecuárias,sabe-se, por exemplo, que em 1936, as “folhas” foram divididas por 127 moradores. Em 1945, a escola primária local atingiu o seu máximo em alunos, 45, entre jovens da aldeia e dos montes circundantes.A partir dos anos Sessenta, muitos aivadenses começaram a deixar a aldeia e a procurar melhores condições de vida na zona metropolitana de Lisboa, sobretudo na zona do Barreiro. Isto porque a agricultura que se praticava era de subsistência, por processos artesanais, insuficiente, pois, para manter as famílias, algumas das quais com muitos membros.


Todavia, um dado deve ser sublinhado: enquanto os moradores de outras aldeias, sem terrenos, estavam sujeitos aos caprichos (leia-se: exploração) dos agrários da região, os aivadenses tinham onde “cair mortos”, já que possuíam terreno para construir a sua própria casa, terrenos (“folhas”) para fazer sequeiro e terreno (“ferrageais”) para ter a sua horta (com favas, ervilhas, couves, animais de capoeira, porcos...), podendo ainda vender a sua mão de obra a agrários da região.


Abílio Pereira de Carvalho tira duas conclusões interessantes do “modos vivendi” da pequena comunidade: “A primeira, é o apego à defesa e preservação de um solo colectivo, do qual cada um pode usufruir parte sem dela se tornar dono perpétuo; a segunda, o apego à produção individual, que põe nas mãos de cada um o fruto do seu trabalho e a liberdade de o consumir de acordo com a visão que tem da economia, em termos de gastos e poupança”.

Uma aldeia pouco conhecida

Exceptuando o artigo de Abílio Pereira de Carvalho, com alguma profundidade de análise
histórica, este caso único (aldeia comunitária) no Baixo Alentejo não tem merecido grande atenção, nomeadamente por parte da antropologia cultural e da investigação jornalística. É mesmo um caso um tanto desconhecido a nível nacional e mesmo regional. Algumas notícias (referências) publicadas pela comunicação local, regional e nacional foram insuficientes para chamar a atenção do grande público para a existência da aldeia comunitária de Aivados.


Na área da antropologia, existe, felizmente, um trabalho de mestrado, efectuado em 1997, por Maria Inês Pinto Fonseca
. Esta ex-aluna da Faculdade de Ciências Social e Humanas permaneceu, durante oito meses, na aldeia, tendo efectuado um trabalho com muita profundidade, inclusive conseguiu recuperar algumas tradições entretanto perdidas pelos aivenses.


A sua dissertação de mestrado em antropologia, com o título “ O dia em que deixaram de comer de boca fechada – Memórias de um conflito social – Formas de resistência em meio rural”, é um trabalho que deve ser consultado por quem desejar aprofundar este tema. Existe um exemplar do trabalho na Associação do Povo de Aivados.
A “República” dos Aivados

A 22 e 29 de Setembro de 1982, o “Diário do Alentejo” publicou um extenso artigo, dividido em duas partes, assinado por Abílio Pereira de Carvalho, com o título “A República dos Aivados – Aspectos da Vida Comunitária numa Aldeia Alentejana desde o Séc. XVI”, que divulgava, por um lado, todo o processo de “conquista” do território a favor do povo dos Aivados, e, por
outro, descrevia como se processava a utilização e a exploração comunitária do território e como era “governado”.

A primeira parte do artigo baseava-se sobretudo em cópias dactilografas dos manuscritos existentes há vários séculos, hoje encadernados e na posse do presidente da Associação do Povo de Aivados, António Ventura. O artigo revelava, em pormenor, o conflito jurídico existente, entre o povo de Aivados e a Câmara Municipal de Castro Verde, no mínimo, desde 1562, até 1655 – ou seja, durante 93 anos –, ano em que D. João IV deu o seu veredicto final e acabou com a questão, dando razão ao povo de Aivados.

Dizemos que o caso teve início, no mínimo, em 1562, uma vez que os manuscritos existentes referem essa data, mas não revelam dados mais para trás, nomeadamente como, por quem e em que ano é que os terrenos (400 hectares) foram doados ao povo de Aivados. Um trabalho de investigação que a Associação do Povo de Aivados gostaria que alguém, com capacidade,
fizesse. Mas o caso não ficaria sanado por aqui, já que, no século XIX, um agrário com terrenos contíguos aos comunitários deslocou, ilegalmente, os marcos que delimitavam a sua herdade, tendo usurpado 118 hectares ao povo de Aivados, parcela essa que chegou a estar registada na conservatória predial em nome da família Falcão. Apesar da contestação, durante mais de um século, só depois de 25 de Abril de 1974 é que os aivadenses voltaram à carga e tentaram recuperar esses terrenos. O processo judicial teve início em 1975 e arrastar-se-ia durante 16 anos. Defendido pelo advogado Celso Pinto de Almeida, o povo de Aivados acabaria por ganhar mais esta batalha jurídica, em 1991, travada inicialmente no Tribunal de Ourique, depois na Relação de Évora e por fim no Supremo Tribunal de Lisboa.

Voltemos aos manuscritos, ou melhor, ao artigo de Abílio Pereira de Carvalho. O articulista começava por referir que “não foi sem dificuldades que os antepassados dos actuais moradores legaram aos seus vindouros o espaço com as fronteiras que estes hoje possuem e usufruem”. Diz a seguir:

“A luta travada na ‘conquista’ desse espaço teve como contendores, por um lado, os habitantes, ao tempo, dessa pequena povoação e, por outro, os oficiais da Câmara da vila de Castro Verde: os primeiros, porque se consideravam os legítimos herdeiros dos ‘rossios’ que circundavam a aldeia e os segundos, representantes do poder local, porque pensavam que os terrenos tinham o estatuto de ‘baldios’ e não de ‘rossios’, resolveram aforá-los e pô-los a render para oconcelho”.


Curiosamente, as armas utilizadas na contenda foram as penas de pato e o campo de batalha as instâncias judiciais, não desarmaram uns e outros e a “guerra” durou cerca de um século, com vitória para os aivadenses. Com humor, Abílio Pereira de Carvalho refere que, “saído de Castro Verde, da instância judicial base (devida a recursos), o processo, caminhando a passo de mula, atravessou os coutos, os baldios, os morgados, as capelas, as comendas, descansou à sombra dos chaparrais, ziguezagueou por entre estevas e searas, e assistiu, algures, às lutas pela independência de Portugal contra o jugo castelhano, já que é D. João IV que lhe põe ponto final em 1655”.

(este texto foi publicado há alguns anos atrás no Indymedia - Portugal)

Já saiu o Alambique 2 ( revista editada pelo Centro cultural Gonçalves Correia, em Aljustrel)


editorial
Alambique, s.m. [do ár. ‘anbiq] –
1. Aparelho próprio para realizar destilações –
2. Fig. Aquilo que serve para apurar ou aprimorar

Passou muito mais tempo do que contávamos a sair com um segundo Alambique. Preferíamos de outro modo, mas talvez valha a pena entender a ausência em causa. Isto porque ainda que o tenhamos dito desde o inicio, o resultado que tem nas mãos, resulta de algo entendido como um Projecto em torno do que apelidámos de Centro de Cultura Anarquista (CCA) Gonçalves Correia. Julgamos porém que nos fizemos ultrapassar por esta designação, ou melhor pelos anseios que a mesma expunha. Ainda que cientes de lidarmos com algo meramente em construção, acabamos por resultar em pouco mais do que uma aglomeração, propulsionada pela existência de actividades programadas num determinado espaço, e não exactamente numa afinidade. Não pretendemos menorizar o que foi sendo feito, e muito menos a presença de um local em Aljustrel (e sobretudo o que este proporciona), mas na verdade por muito mais que tod@s o desejássemos, este espaço nunca se concretizou ele mesmo, e por si, num Centro de Cultura Anarquista. Daí que nos pese por vezes ver semelhante ênfase (essencialmente visto de fora e não de dentro), esquecendo aquilo que esteve sempre na base: um projecto. E como em tantas e outras repetidas situações erradamente pondo o espaço à frente do projecto. Não é nenhum drama, ver que as coisas acabam não sendo aquilo que tanto se fala (ou se espera), pelo que não esperem encontrarem-nos sempre no mesmo sítio do costume. Como Gonçalves Correia gostamos de vaguear…

Porque se ainda aqui estamos, é porque algo, uma dinâmica, mais importante subsiste. Um punhado de indivíduos que se encontra naquilo que outros chamaram de “projectualidade individual anarquista” na qual “para agirmos sobre a vida, ao invés de ela ser algo que nos acontece, precisamos de saber o que desejamos e como tentar alcançá-lo, precisamos de saber quem nos impede de o fazer e quem são os nossos potenciais cúmplices nesta aventura colectiva pela liberdade individual”. Cada um de nós age e toma a iniciativa no desenvolvimento do seu projecto, em possibilidades que se multiplicam quando nos cruzamos.

E apesar, ou por vias, da simplicidade desta equação, que tant@s já evidenciaram no eterno conflito do Individuo e do Estado, é hoje mais do que nunca desconcertante para a autoridade a palavra anarquistas. Entre este Alambique e o anterior, nunca a evidência nos foi tão directamente apresentada quando fomos convidados pela GNR de Aljustrel a “explicar” o que íamos fazer no Festival CCA Gonçalves Correia que aconteceu em Julho passado, sugerindo-se também eles incrédulos com um alerta lá de cima de alguns “leitores” atentos da blogesfera libertária. As inquietações destes democratas eram afinal as mesmas de sempre (há quem ainda pense que cabiam ao passado): do que íamos f-a-l-a-r …não eram os concertos, eram os debates e os workshops que os preocupavam. Atentos às palavras, e receosos, receosos como sempre. Alimentando o medo, como o combustível das nossas vidas.

E do que falámos? Exactamente aquilo que agora podes ler neste número. Nem pôr nem tirar. Leiam. Apenas uma matéria veio de novo, com tamanha força, que jamais deixará as coisas na mesma: Grécia. O mesmo mundo mediterrânico, acossado pelo progresso: destruindo olivais seculares, hipotecando a paisagem ao turista, e tal como nesta outra ponta da Europa, dominado pela repressão e pelo capitalismo. E a luta anti autoritária que aí nunca deixou de existir, de um dia para o outro, estava incontrolável.

Já houve quem dissesse: “não há qualquer dúvida de que uma nova fasquia foi colocada no que se pode esperar nos países Ocidentais durante a vindoura era de depressão económica e de declínio ambiental. Os governos europeus irão sem dúvida reforçar as suas políticas de vigilância e repressão em antecipação às crescentes agitações civis. Mas isso pode não ser suficiente para manter as populações subjugadas à medida que crise atrás de crise ponha em causa a existente combinação do poder e dos privilégios.”
Alentejo, Janeiro 2009


http://goncalvescorreia.blogspot.com/

10ª Conferência internacional da Sociedade de Estudos sobre a Utopia ( utopian studies society) realiza-se na Fac. de Letras do Porto em Julho de 2009


10th International Conference of the Utopian Studies Society - University of Porto, Portugal, 1 - 4 July 2009 - “Far other Worlds, and other Seas”

The Utopian Studies Society / Europe is an academic organization dedicated to the study of utopianism in its various forms and aspects, from literature, philosophy and history to the social sciences, political theory and the arts. As such, the Society gathers scholars originally engaged in a wide range of fields and disciplines. The Society will hold its 10th annual conference in Porto, Portugal, 1-4 July 2009. The conference is hosted by the University of Porto.

Taking as its motto a line from a poem by Andrew Marvell which describes the mind as transcending what it already is or knows to devise utopian otherness – “Far other Worlds, and other Seas” – the conference aims at covering the whole field of Utopian Studies.
CALL FOR PAPERS

The Organizing Committee welcomes paper proposals dealing with all aspects of utopian thought, writing and practices – e.g. literary utopias, utopian ideas or ideals, intentional communities, utopianism in the arts, the theory of utopia, etc.

The deadline for proposals is 15 February 2009. Participants will be notified of acceptance no later than 28 February. When notice is given of the acceptance of papers, participants will receive information on methods of payment, travel and accommodation.

Inquiries and proposals should be sent to the following e-mail:
utopia@letras.up.pt.


The conference fee is 185 Euros and includes two lunches, two dinners, the conference dinner and coffee-breaks. It may also include other social activities.

Conference Organizing Committee:
Fátima Vieira, Chair
Jorge Bastos da Silva, Conference Secretary
Marinela Freitas
Sofia de Melo Araújo
Márcia Lemos

Conference Scientific Committee:
Fátima Vieira
Iolanda Freitas Ramos
Isabel Donas Botto
Jorge Bastos da Silva
José Eduardo Reis
Maria Aline Ferreira
Marinela Freitas

http://www.utopianstudieseurope.org/

Confirmed keynote speakers:

Professor Gregory Claeys(Royal Holloway, University of London)
Gregory Claeys is Professor of History of Political Thought at Royal Holloway, University of London. He received his PhD from the University of Cambridge. His main research interests are the history of radicalism and socialism in 19th century Britain, Utopianism 1700-2001, Social Darwinism and Eugenics, and British intellectual history from 1750 to the present. His publications include: Utopias of the British Enlightenment (1994); Modern British Utopias c. 1700-1850 (1997); (co-editor, with Lyman Tower Sargent) The Utopia Reader (1999); Restoration and Augustan British Utopias (2000); Late Victorian Utopias(2008).

Professor Jacinto Rodrigues(University of Porto)
Jacinto Rodrigues is a multifaceted man. An exile during the Portuguese fascist regime, he chose France as his main host country. He taught at the University of Picardie, in Amiens, and at the School of Architecture, in Rennes. In the meantime, he graduated in Sociology and took a Master’s degree in Urban Planning. When he returned to Portugal, he was invited to teach at the Academy of Fine Arts. He is now a Professor at the Faculty of Architecture of the University of Porto and he holds a PhD in Art History. He recently published The Solar Conspiracy of Father Himalaya (A Conspiração Solar do Padre Himalaya), a book on the life and work of a visionary Portuguese scientist.

Professor Krishan Kumar(University of Virginia)
Krishan Kumar is Professor of Sociology and Chair of the Department of Sociology at the University of Virginia. He holds degrees from the London School of Economics and the University of Kent. Among many other activities, he is member of the Editorial Board of the Journal of Classical Sociology and the European Journal of Social Theory, and also member of the International Editorial Board of the Critical Review of International Social and Political Philosophy. He has authored a long list of books, essays and reviews and he has accumulated many awards and distinctions. His publications include: Utopia and Anti-Utopia in Modern Times (1987); Utopianism (1991); Utopias and the Millennium (1993); The Sage Handbook of Nations and Nationalism (2006).

What is the Utopian Studies Society?

The Utopian Studies Society is an interdisciplinary society that aims to co-ordinate and encourage the diverse work currently taking place on the subject of utopianism.
Our members include people researching literature, philosophy, sociology, history, architecture, politics and anthropology.
The Society was established in 1988 by a group of British scholars, following an international conference on utopianism at New Lanark. It was re-launched, following the "Millennium of Utopias" conference at the University of East Anglia in June 1999.

4º semestre (em 2009) do Seminário dos estudos de resistência crítica na Universidade de Goteborg ( critical resistance studies)



Since September 2007 the Resistance Studies Network is having seminars which brings up various aspects of “resistance studies”. The Seminar is the main meeting point for researchers, students and activists interested in critical resistance studies. All seminars are open for interested participants.

In an attempt to remedy the lack of academic study in the field of resistance to power and its social transformation the School of Global Studies at Göteborg University has launched this Resistance Studies Network.

With the help of networking, collaborative conferences, research and publication projects and thematic educational events, this network hopes to deepen the cooperation between researchers interested in understanding practices of resistance, and its connections to power and social change.

To get an understanding of the state of “resistance studies”, existing research questions, suggested activities and plans in the network as well as suggested relevant literature, see
the Resistance Studies Network Missionstatement.
We therefore invite interested researchers to participate in the Research Network on Power, Resistance & Social Change.

The network is open for all interested in a scientific approach to resistance studies. You don’t have to have a job at the university to join. Since the network is not accepting uncritical propaganda of any sort it facilitate all participants interested in a critical and self-reflective discussion and study of all forms of resistance.

We currently have a working group in Gothenburg which meets regularly and a steering group of five people based at School of Global Studies. An international advisory board is on the way being formed. We are looking for more active participants in the network and hope that new working groups might form in other parts of the world, supporting each other in the research of resistance (activity is already started in the UK and we will see what comes next…).

If you have any questions, feel free to contact us at: resistance@globalstudies.gu.se

Stina Hansson, Mathias Klang, Christopher Kullenberg, Mona Lilja & Stellan Vinhagen (the steering group of RSN).

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The program for the first part of 2009 is now public

After the seminar there is a post-seminar gathering at restaurant Gyllene Prag from 17:00 and onwards. We eat, drink and continue the discussions from the seminar in a more informal way. You are welcome to attend even if you wasn’t at the seminar!

Before the seminar we have a working group meeting of the network (14:00-15:00) in the same room. Anyone who wants to contribute to the development of the network is welcome.
Then we discuss research projects, articles, development of the website, conferences, etc. Since the network is not having any funding for administration all activities depends on the voluntary contribution of members of the network. Come with your ideas and discuss with others how to develop the network!

Schedule for the first semester 2009

Resistance Studies Seminar,
Gothenburg University
Jan-June 20094th Semester of RSN Seminar,

29 Jan Camilla Orjuela , PhD and Researcher in Peace and Development research, School of Global Studies, Gothenburg University.
On Identities of resistance: A note about street gangs, globalised violent conflict and Sri Lanka’s war zones in London and Toronto (Mail to Camilla for paper: camilla.orjuela@globalstudies.gu.se ) (In English) Room 403.

12 Feb Balder Lingegård and Rikard Fröberg from the Pirate Party. On file-sharing, copyright and resistance. (In English) Room 403.

26 Feb Anton Törnberg och Patrik Palm. Om motstånd och rörelser i Latinamerika (OBS: 13-15 föreläsning, 15-17 seminarium) (In Swedish) Rum 403.

12 March Niklas Hansson, PhD. “Network Politics and the Gothenburg Social Forum-process“. A seminar about local social forum-organization within the World Social Forum-process. The session will take as its starting point an ethnological study [Ph.D dissertation] based on fieldwork in Gothenburg, Sweden, between 2003 and 2005. The study’s main theoretical influence is Manuel DeLanda’s neo-materialist Assemblage Theory, but draws from a range of theoretical sources (social movement theory, actor network theory, information theory, systems theory, globalization theory). (In English) Note: Room 303.

26 March Linnea Svensk baserat på sitt examensarbete i psykologi; Om Freud och motstånd i behandlingssituationer av patienter (OBS: 13-15 föreläsning, 15-17 seminarium) (In Swedish) Rum 403.

9 April Leif Eriksson, Senior Lecturer in Peace and Development research, School of Global Studies, Gothenburg University. Reflections on economy, everyday, norms and resistance. (In English) Room 403.

23 April Katrin Uba, Anti-privatisation struggles in India (13-15 motståndskursen, 15-17 motståndsseminariet). (In English) Room 403.

7 May Suzanne Hammad, PhD Candidate, School of Sociology, Social Policy and Social Work, Queens University- Belfast, Northern Ireland. On Palestinian ”emplaced” resistance in the village Bilin, West Bank. (In English) Room 403.

28 May Erik Andersson, Senior Lecturer in Peace and Development research, School of Global Studies, Gothenburg University. On Economy and resistance (discoursive strategies against neoliberal hegemony). (In English) Room 403. (Note that the date is not the normal one due to a holiday).

4 June Vera Häggblom, former student School of Global Studies. On ETA and the Basque Resistance. (In English) Room 403.

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OLD PROGRAMMES (Sept 2007 -)


Schedule for the second semester 2008

Sep 11 2008 Peace Researcher Jörgen Johansen; Seminar on 9-11 and terrorism. “Osama Bin Laden should be thanked for the awakening!” The resistance is growing globally as a result of 9-11 and the ”War on Terror”. Which possible roads are probable, likely, wise and/or catastrophic? (see http://www.transnational.org/SAJT/tff/people/j_johansen.html) ROOM 303.

Sep 25 Visual Artist and former prof of Fine Arts Cecilia Parsberg; Seminar on Art, Culture and Resistance. About how art or our aesthetic expressions can be used as resistance, with examples from Sweden, Palestine and other places in the world. Film: “A Heart from Jenin”. Before the seminar, please read the paper (downloadable here), see previous projects at http://this.is/parsberg/) and view the film “A Heart from Jenin” at the Museum of World Culture, exhibition “Take Action!” (then other films by Parsberg is possible to show at the seminar if all have seen the film before!). See also the film poster, one visual art photo from the Wall in Palestine and a (Swedish) description of the film. ROOM 419.

Oct 9 Seminar with Movies on Resistance (Stellan Vinthagen). One or several shorter movies on resistance relevant themes will be shown and discussed. If you have suggestions, contact Stellan; stellan. vinthagen @ resistancestudies. org (type without spaces in the address). ROOM 325.

Oct 23 Riff-Raff Co-Editor Per Ström; Seminarium om klasskamp och det “ansiktslösa motståndet” (Seminar is in Swedish, and about hidden work-place resistance). Per inleder diskussionen utifrån sin specialskrivna artikel för seminariet; ”Den politiska ekonomins väktare och desertörer: kapital, vänstern och det ansiktslösa motståndet.” Statistiken visar att fackligt motstånd och arbetarplatskamp minskat på senare decennier men stämmer det med verkligheten? Kan det vara så att kampen ändrat form under kapitalismens förändring och nya villkor? (Per is part of the editing team of http://www.riff-raff.se/). ROOM 325.

Nov 6 Dr Karl Palmås and Resistance Magazine Editor Christopher Kullenberg; Seminar on Surveillance, Power and Resistance. In late-modern societies in the West, as well as dictatorships, like Burma or China, surveillance is increasing and is developed into new forms. That changes the power structure, but also the articulation and expressions of resistance. Palmås and Kullenberg talks from their ongoing “Panspec-project”. (See http://panspectrocism.org, http://rsmag.org/ and http://www.isk-gbg.org/99our68/). ROOM 325.

Nov 20 Assistant Prof. Bengt Brülde; Seminar on the Ethical Obligation to Resist. In some situations resistance is arguably an ethical obligation. Before the seminar, read the the blog entry by Bengt Brülde on this seminar posted by Stellan Vinthagen on 13 Nov). (See http://maya.phil.gu.se/bengt/). ROOM 325.

Dec 4 PhD-Student Gunilla Priebe; Seminar on Resistance within the Science Discourse. Priebe talks about “Who is the expert? Re-defining scientific quality standards as a source of resistance towards colonially ascribed identities”. The theme is drawn from ongoing research (PhD project, dissertation June 2009). The seminar text is downloadable here. ROOM 325.

Dec 18 Post-Doc Fellow Patricia Lorenzoni; Stories of resistance – race, ethnicity and the right to land in Brazil. The seminar discusses histories of resistance and the right to land from the cases of indigenous minorities and maroon communities in Brazil. Although these two groups in many cases may be hard to distinguish from one another on the field, different legislations apply. While maroon rights are based on the constructing of genealogies of resistance, indigenous rights are tied to notions of ethnic authenticity. Lorenzoni will present ongoing research on the relation between (sometimes self)ascribed identities, the law and the precarious legitimacy of the State. (See http://hum.gu.se/institutioner/idehistoria-och-vetenskapsteori/personal/andra/patricia). ROOM 407.


Schedule for the first semester 2008


31/1 Everyday Resistance (Safaa Daoud). Building on Scott Daoud discusses Everyday Resistance. The paper you find here.

14/2 Digitalt motstånd (Mathias Klang)

28/2 Discussion on the attempt to conceptualize “Resistance” by Hollander (2004). (The seminar on ”Negotiating Histories of Resistance and the Right to Land – the Case of Maroon Decsendants in Brazil” (Gunilla Priebe & Patricia Lorenzoni) is cancelled ).

13/3 Presentation and discussion of the first Resistance Studies Magazine (follow the link above “Magazine” and download the first issue). (Christopher Kullenberg).

27/3 Varumärkesmotstånd (Ekonomi och motstånd) (Hans Sinclair). Seminariet som denna gång sker på svenska handlar om Hans avhandlingsämne: hur grupper och rörelser idag på olika sätt attackerar företagens varumärken (”logo”) och därmed utövar ett ekonomiskt och kulturellt/ideologiskt motstånd mot den hypermoderna informationskapitalismen. Ett underlag kan laddas ned här.

10/4 Women and Resistance (Edmé Dominguez). Assitant Professor Edmé Dominguez gives a preliminary final report from her research of women workers in Mexico and their resistance to “global capital at the local level”. The paper can be downloaded here.

24/4 The Ethical Obligation to Resist (Bengt Brülde) CANCELLED!! (That means there is no meeting at 14, no seminar at 15 and no post-seminar at 17!)

8/5 Power Theory (Lennart Bergfeldt). Short introduction can be downloaded here. OH-copies will be handed out on the seminar.

22/5 Juridiskt motstånd (Mikael Baaz). Om hur juridik kan vara både ett uttryck för makt och för motstånd. Texten kan laddas ned här (pdf-version). Seminariet sker på svenska.

5/6 Motståndskonferens (Världskulturmuseet, 10.00-17.00).

First semester 2007

13/9 ”Motståndsnätverkets Missionstatement” (Mona Lilja +Stellan Vinthagen)
Nätverket initierades med ett s k Missionstatement som kan laddas ned i rubriken ovan och som utgör underlag för seminariet tillsammans med den uppdaterade och teorietiskt utvecklade versionen som presenteras som konferenspapper på Europeiska sociologkonferensen i Glasgow den 3-6 september:
Vinthagen & Lilja (2007) “The State of Resistance Studies”. Frågor som förslagsvis kan diskuteras är dels definitionen av motstånd (även om nästa tillfälle helt vigts till det delikata problemet…), beskrivningen av existerande ”motståndsstudier” inom olika teoretiska fält, dels kopplingen motstånd och makt, dels kopplingen motstånd och social förändring, dels forskningsfrågorna och de föreslagna aktiviteterna för nätverket. Eller något annat…. Känn dig välkommen! Ingen föranmälan behövs.
Inför varje seminarium skickas ett mail ut med mer information. Här är dock de tider som kommer att gälla under hösten. Vårens schema kommer i god tid under hösten.

27/9 Vad är motstånd? (Defining ”Resistance”) (ML + SV) Room 303, Annedalsseminariet. The text by Stellan Vinthagen and Mona Lilja on “Resistance” in Anderson, Gary L. & Kathryn G. Herr (2007) Encyklopedia of Activism and Social Justice, Sage: California, p. 1215-1217, will be discussed. But the discussion will not only be on the text but mainly on the difficult task of defining “resistance” (and its different forms/expressions/aspects…).

11/10 “Critical Resistance” (Text by David Hoy), Room 129, Annedalsseminariet. This seminar is a continuation of the last two in the sense that we try to make one more attempt to understand what “resistance” is before moving into the texts which deals with forms/aspects of resistance. The text is the Introduction to the acclaimed book “Critical Resistance: From Poststructuralism to Post-Critique” by “A leading authority of Continental philosophy” David Couzens Hoy, professor in Philosophy at University of California, Santa Cruz. We have also included (for those of you who wants more to read…) two reviews of the book (Review 1, Review 2). Mona Lilja will lead the seminar. (Mathias Klang could not make it to this seminar and will present his text during next semester in 2008).

25/10 “Abstract Hacktivism and Resistance” (Dr Karl Palmås), Room 204, Annedalsseminariet. Dr Karl Palmås from the Department of Economics (Handels) at Gothenburg University, will present a very interesting reflection on contemporary resistance, built on his (and Otto von Busch) book “Abstract hacktivism” (download book here). The seminar will focus on how “hacktivism” can be understood as a form of reconstruction, reuse and manipulation of computors/machines/systems, and as such a kind of (re)constructive resistance (More info on the book you will find in the blog-entry by Stellan Vinthagen, dated 19th of Oct). Welcome!

8/11 ”Resistance in the digital age” (Swedish text can be downloaded here) ( Christopher Kullenberg), Room 325, Annedalsseminariet. This seminar will focus on the question concerning the conditions for resistance in the digital era of information technologies and surveillance. The seminar will discuss the shift from disciplinary societies to societies of control, and explore the relationships between power and resistance.

22/11 Nonviolent Revolutions ( Jörgen Johansen), Room 325, Annedalsseminariet. During recent years, mainly from the 1980s, we have seen a growing and impressive trend of “nonviolent revolutions”, revolutions in which non-armed popular movements make authoritarian regimes fall through major demonstrations, strikes, occupations and wide non-cooperation. Jörgen Johansen has studied this phenomenon in detail, published widely on the subject and visited as well as cooperated with several of these revolutionary organizers. The paper for the seminar mainly focus on describing the cases which, from the Iranian revolution 1979 up to the present struggle in e.g. Burma, makes up the empirical foundation for the much needed “theory of nonviolent revolutions”. During the seminar Johansen will give some of the elements of such a theory, a theory which doesn’t exist yet.

6/12 ”Understanding Resistance” About definitions, typologies and a “genealogy” of resistance” & The History of Nonviolent action (SV), Room 325, Annedalsseminariet. The seminar text is written by Stellan Vinthagen and deals with definitions of resistance, different typologies, a genealogy of resistance and illustrate that kind of historical analysis by a look on nonviolent action, and is possible to download here Understanding Resistance

20/12 “The ethics of resistance” ( Bengt Brülde), Room 325, Annedalsseminariet. Ass. Prof. Bengt Brülde discusses the possibilities and difficulties of making an ethical justification of resistance. The paper for the seminar introduces the discussion.


Para consultar e saber mais: