22.1.05

2005 é o ano Einstein, físico e pacifista

Em 1905, Einstein anunciou sua Teoria da Relatividade, que mudou completamente o panorama da ciência moderna. Ele morreu nos Estados Unidos, em Abril de 1955, aos 76 anos.
Isso faz de 2005 um ano comemorativo do conhecido cientista.

Albert Einstein é conhecido por todos pelas suas revelações científicas que mudaram os conceitos sobre tempo e espaço..

2005, considerado o Ano de Einstein, é marcado por dois factos: a divulgação da Teoria da Relatividade, há 100 anos, e o ano de sua morte, 50 anos atrás.

Durante este ano irão ser realizados diversos tipos de eventos para homenagear o grande nome da ciência que é Einstein. Serão congressos, palestras, exposições e passeios pelos lugares que Einstein frequentou, principalmente na região de Berlim e Brandemburgo, onde ele viveu durante 18 anos.


A fórmula mais famosa de Einstein – E=mc² – tornou-se um verdadeiro ícone mundial.


A teoria que mudou o mundo

É raro um cientista desenvolver sozinho teorias que revolucionem de tal forma a concepção de natureza do homem. Mas esse foi o caso de Einstein, que elaborou cinco ensaios que poriam de pernas para o ar tudo o que a Física descobrira até então.
Tratou-se de uma revelação e de uma revolução sem precedentes.
Em 1921, ele recebeu o Prémio Nobel de Física, posicionando-se na lista dos grandes génios do século.

No dia 17 de Março de 1905, Einstein publicou uma teoria num dos mais conhecidos jornais especializados da Física, o Annalen der Physik. Trata-se de um texto sobre a irradiação e as características energéticas da luz. A teoria foi descrita por um amigo de Einstein como “muito revolucionária” e, de fato, este foi o primeiro passo para que a comunidade científica voltasse as suas atenções para o jovem cientista.
Einstein descreveu, neste primeiro ensaio, o efeito fotoeléctrico, que demonstra como a luz pode ser transformada em energia eléctrica.

Ainda no mesmo ano ele publica outros quatro textos, entre eles aquele no qual é apresentada a tal Teoria da Relatividade, com sua mais famosa fórmula: E=mc² (Energia é igual a massa multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz). Este foi o apogeu da sua carreira como cientista.

A mais conhecida fórmula científica propõe que matéria e energia podem ser transformadas uma na outra. Ele afirma ainda que uma pequena quantidade de massa pode ser transformada em grande quantidade de energia, a chamada equivalência entre massa e energia.

Isso permite-lhe explicar a combustão das estrelas, dando ao homem um conhecimento mais aprofundado sobre a matéria, assim como as enormes reservas de energia armazenadas no átomo. Isso esclarece também, de maneira geral, a capacidade e o funcionamento de uma bomba atómica.

Ele contava apenas 26 anos de idade quando desenvolveu a Teoria da Relatividade. Por esta façanha receberia o Prémio Nobel de Física, 16 anos mais tarde.


1919 é o ano em que Einstein tornou-se uma figura pública. O motivo foi a sua Teoria da Relatividade Geral (trata-se de uma parte da mesma Teoria da Relatividade, de 1905, porém apresentada somente em 1915), que foi confirmada através de observações astronómicas. Foi com este acontecimento espectacular, pouco depois do fim da Primeira Guerra Mundial, que Einstein se torna uma celebridade mundial.

O cientista aproveitou todo esse seu prestígio para empenhar-se social e politicamente. Ele apoiou a criação do Estado de Israel e o pacifismo, apoiando iniciativas e acções através de sua fama, na esperança de conquistar e ampliar direitos democráticos. Contudo, com a vitória do nazismo, Einstein e seu trabalho passam a ser difamados como trabalho judeu. Isso contribuiu fortemente para sua emigração para os Estados Unidos, no Outono de 1933, de onde anunciou que jamais regressaria à Alemanha.

A sua luta pela paz continuou.
Após a destruição das duas cidades japonesas no final da Segunda Guerra, Einstein acreditou na necessidade de os países assinarem um compromisso para fiscalizar e controlar a utilização de armas nucleares.
No início de Abril de 1955, ele enviou uma carta a Bertrand Russell, na qual se disse favorável ao manifesto proposto por Russell: solicitar que todas as nações renunciem aos armamentos nucleares.

Duas semanas depois, em 18 de abril de 1955, Albert Einstein morreu em consequência de um aneurisma, aos 76 anos, no hospital de Princeton.


As suas descobertas modificaram todo o panorama da Física de até então. Os seus estudos deram uma reviravolta no pensamento científico, ampliando horizontes e perspectivas, até mesmo em outras áreas do conhecimento. Através da elaboração de uma teoria revolucionária, novas conquistas tomaram forma. Sua maneira de pensar e agir e sua política pacifista poderiam ter contribuído significativamente para o desenvolvimento humano.

www.albert-einstein.org
www.einsteinjahr.de
www.alberteinstein.info - diários de viagem




Alexandra David-Neel

Livro que se encontra traduzido para português: Pela Vida, edição Antígona

(Tradução para português da sua breve biografia de Wikipedia)

Alexandra David-Néel (24/10/ 1868 -8/9/1969) foi uma notável mulher, de origem francesa, viajante intrépida que conseguiu chegar à cidade proibida de Lhasa, no Tibete. É também conhecida por ser espiritualista, budista e anarquista. Escreveu mais de 30 livros sobre filosofia, viagens e as religiões orientais. Exerceu uma considerável influêncis sobre os escritores beat norte-americanos como Jack Kerouac ( autor do conhecido livro «Pela Estrada Fora»), Allen Ginsberg ( poeta de «O Uivo» entre outras obras) e Alan Watts ( autor de «O Budismo Zen»)

O seu verdadeiro nome é Louise Eugenie Alexandrine Marie David e, desde sempre, revelou um grande desejo pela liberdade e espiritualidade. Em 1890-1891 trabalhou na Índia e só regressou por absoluta falta de dinheiro. Mais tarde, em Tunis encontrou o seu futuro marido, o engenheiro ferroviário Philippe Née. Em 1911 faz segunda viagem pela Índia a fim de aprofundar os seus estudos de Budismo, e é convidada para o mosteiro real de Sikkim. Encontra também o Dalai Lama por duas vezes em 1912, e interessa-se cada vez mais pelo budismo.

Entre 1914-1916 viveu numa cave do mosteiro de Sikkim, perto da fronteira com o Tibete, interessando-se pela espiritualidade oriental com a ajuda do monje tibetano Aphur Yongdon, que se tornou o seu companheiro de viagens inseparável. Atravessou em 1916 a fronteira tibetana até Panchen Lama, no Shigatse. Logo que as autoridades inglesas tomaram conhecimento desta incursão ( recorde-se que Sikkim era uma protectorado inglês na época), Alexandra teve de abandonar o país dirigindo-se para o Japão, uma vez que a Europa encontrava-se em plena I Grande Guerra. E foi no Japão que se cruzou com Ekai Kawaguchi, que lhe confessou ter visitado Lhasa, a cidade proibida, em 1901 disfarçado de médico chinês. Esta inconfidência levou Alexandra a resolver-se também a viajar até Lhasa atravessando a China desde a costa leste até às suas fronteiras com o Tibete, acabando por chegar a Lhasa disfarçada de peregrino, e onde se demorou cerca de dois meses.
Regressa a França onde se separa e se volta a conciliar com o seu marido até à morte deste em 1941. Passa e escrever livros.
Em 1937, Alexandra e Yongden voltam à China e ali se demoram durante todo o período da II Grande Guerra, só regressando à França em 1946. Tinha então 78 anos.
Alexandra David-Néel continuará a estudar e escrever até à sua morte aos 100 anos.

http://www.alexandra-david-neel.org/index_anim.htm



Bibliografia em francês:

1898 Pour la vie
1911 Le modernisme bouddhiste et le bouddhisme du Bouddha
1927 Voyage d'une Parisienne à Lhassa (1927, My Journey to Lhasa)
1929 Mystiques et Magiciens du Tibet (1929, Magic and Mystery in Tibet)
1930 Initiations Lamaïques (Initiations and Initiates in Tibet)
1931 La vie Surhumaine de Guésar de Ling le Héros Thibétain (The Superhuman Life of Gesar of Ling)
1933 Grand Tibet; Au pays des brigands-gentilshommes
1935 Le lama au cinq sagesses
1938 Magie d'amour et magic noire; Scènes du Tibet inconnu (Tibetan Tale of Love and Magic)
1939 Buddhism: Its Doctrines and Its Methods
1940 Sous des nuées d'orage; Recit de voyage
1949 Au coeur des Himalayas; Le Nepal
1951 Ashtavakra Gita; Discours sur le Vedanta Advaita
1951 Les Enseignements Secrets des Bouddhistes Tibétains (The Secret Oral Teachings in Tibetan Buddhist Sects)
1951 L'Inde hier, aujourd'hui, demain
1952 Textes tibétains inédits
1953 Le vieux Tibet face à la Chine nouvelle
1954 La puissance de néant, by Lama Yongden (The Power of Nothingness)
Grammaire de la langue tibetaine parlée
1958 Avadhuta Gita
1958 La connaissance transcendante
1961 Immortalite et reincarnation: Doctrines et pratiques en Chine, au Tibet, dans l'Inde
L'Inde où j'ai vecu; Avant et après l'independence
1964 Quarante siècles d'expansion chinoise
1970 En Chine: L'amour universe! et l'individualisme integral: les maitres Mo Tse et Yang Tchou
1972 Le sortilège du mystère; Faits étranges et gens bizarre rencontrés au long de mes routes d'orient et d'occident
1975 Vivre au Tibet; Cuisine, traditions et images
1975 Journal de voyage; Lettres à son Mari, 11 août 1904 - 27 decembre 1917. Vol. 1. Ed. Marie-Madeleine Peyronnet
1976 Journal de voyage; Lettres à son Mari, 14 janvier 1918 - 31 decembre 1940. Vol. 2. Ed. Marie-Madeleine Peyronnet
1979 Le Tibet d'Alexandra David-Neel
1986 La lampe de sagesse