19.4.08

O projecto agricabaz na região de Coimbra, Montemor-O-Velho e Figueira da Foz



O AgriCabaz é uma rede de agricultores, artesãos, microempresários, empreendedores sociais e consumidores, cúmplices no apoio ao desenvolvimento das pequenas produções locais. O Projecto AgriCabaz pretende: proporcionar produtos de qualidade para que seja mais fácil a elaboração de refeições saudáveis; contribuir para o escoamento das pequenas produções de qualidade promovendo as economias locais; participar no movimento da economia solidária reforçando os compromissos com o social, o ambiente, a cultura e a justiça.

LOJA
AgriCabaz
R. Quinta das Fonsecas, Lt. 4 - Lj. 2
3080-480 Coimbra
Telefone: 23 940 54 46
E-mail:
agricabaz@gmail.com





Como pedir o seu AgriCabaz?

Pode pedir através de:

agricabaz@gmail.com
912434316 / 239405446

Qual o preço?

-Valor mínimo de entrega: 10 euros


-10 euros, aprox, é o valor do AgriCabaz da semana para 1 ou 2 pessoas

-Se optar por escolher os alimentos, outras quantidades ou variedades, o valor será a soma dos valores dos produtos

Como escolher os alimentos?

-Pode receber uma lista com os alimentos disponíveis no seu telemóvel ou no email
-Ou consultar a página do AgriCabazLoja


Como receber?

-Entregamos o AgriCabaz de quarta a sexta, das 14:30 ás 22h na zona de Coimbra, Figueira da Foz e Montemor o velho


-Indique-nos a hora a que deseja receber, com um intervalo de 60 min

Todos os alimentos têm o peso e valor indicados. IVA incluído.



Caso deseje receber regularmente informações sobre o AgriCabaz envie um e-mail para:
agricabaz@gmail.com

com o texto
"sim info AgriCabaz"

Manifestação antiautoritária contra a repressão policial ( 25 de Abril, Pr. da Figueira às 17h30)


Um ano depois do ataque policial em pleno Chiado no dia 25 de Abril de 2007, dois meses depois da carga policial no despejo do Grémio Lisbonense , perante os ataques continuados da polícia em Bairros Sociais e por todos os episódios de abuso e violência perpetrados pela repressão organizada do Estado, convocamos uma manifestação antiautoritária contra a repressão policial.

Manifestamo-nos neste dia porque passaram 34 anos desde que uma pseudo-revolução substituiu um governo fascista por um governo que continua a controlar, a matar e a reprimir e cujos antecessores rapidamente se preocuparam em controlar o "descontrolo" das populações no pós 25 de Abril.

A marcha dos tristes, que todos os anos comemora esta transição, não nos diz nada, pois não queremos celebrar o quotidiano policial nem a liberdade-de-centro-comercial.

O sistema capitalista, na sua vertente democrática, leva-nos a pensar que não sabemos gerir as nossas vidas e que a polícia é uma realidade à qual não podemos fugir. Como se não bastasse vivermos num estado policial, querem que sejamos nós próprios os polícias das outras pessoas, de nós próprios e dos nossos vizinhos. A polícia, que todos os dias reprime e violenta, não serve a ninguém se não àqueles que lucram com a miséria de todos os outros, àqueles que nos oferecem uma vida controlada, que destroem os ecossistemas, que impõem fronteiras entre regiões, que nos roubam no trabalho, que nos dizem como devemos ser e que nos querem convencer que somos indivíduos, quando a nossa individualidade não passa de uma ilusão no leque de possibilidades que a sociedade de consumo nos deixa ter.

Assim, esta como qualquer outra data, serve para contestar este e qualquer governo pois, inevitavelmente, todos nos querem impor uma vida debaixo de câmaras de vigilância, fronteiras e polícias várias. Todos estes métodos de controlo e repressão são tendencialmente universais e à medida que o tempo passa achamos serem cada vez mais normais e sabemos serem também mais presentes.


Todos conseguimos resolver os nossos conflictos, pensar pelas nossas próprias cabeças, imaginar como realmente queremos que sejam as nossas vidas.


Apelamos à participação de todos aqueles que condenam a violência policial e os métodos que o capitalismo e o estado têm para nos controlar.


Praça da Figueira, Lisboa, 17:30h, 25 de Abril de 2008.

Arraial do 25 de Abril ( no dia 24 entre as 18h e as 2h.)


O Arraial do 25 de Abril parte da iniciativa da Associação ABRIL, com a colaboração e participação de várias Associações, Movimentos e Grupos de carácter político, cívico e cultural e realiza-se na noite de 24 de Abril, no Largo do Carmo.

Pretende-se que este evento se torne num momento significativo da intervenção cívica e política dos cidadãos. Por isso, este Arraial, para além do seu carácter lúdico transmitido pela mostra das actividades desenvolvidas pelas diversas entidades, nomeadamente a nível de artesanato, música, dança e gastronomia, tem também um cunho pedagógico, manifestado através dos diversos painéis/ exposições alusivos às realidades não só do quotidiano do país mas também a factos históricos de profundo valor simbólico para o desenvolvimento e aprofundamento da democracia em Portugal e, até, no mundo.

Esta Festa expressa ainda um apelo para que a chama dos ideais do 25 de Abril permaneça acesa no coração e na esperança de todos nós. Exprime também o desejo de que o cravo que animou a revolução e a canção da fraternidade entre “o povo que mais ordena”continuem vivos na memória e na concretização de uma sociedade mais justa e solidária, afirmada pelos decisores políticos e reivindicada pelas pessoas em geral.



No Arraial do Largo do Carmo (dia 24 de Abril, entre 18.00h as 02.00h) este ano estará patente a exposição itinerante “Direito a Habitar”.
Nesta exposição - na qual é relembrado o processo de políticas públicas de habitação dos últimos 40 anos, cujas várias tentativas de resolução do problema não conseguiram evitar que, em muitos bairros, se chegasse à situação precária em que se encontram hoje - reafirma-se, sobretudo, o Direito à Habitação para todos, como estipula o artigo 65º da Constituição da República e procura-se sensibilizar para o problema das carências habitacionais em Portugal.






ORGANIZAÇÕES PARTICIPANTES NO ARRAIAL
ABRIL – Associação Regional para a Democracia e Desenvolvimento
ACOSP – Associação da Comunidade de S. Tomé e Príncipe
AJA – Associação José Afonso
ALDRABA – Associação do Espaço e Património Popular
ACMJ – Associação Cultural Moinho da Juventude
AMS – Associação Moçambique Sempre
AUCV – Associação Unidos de Cabo Verde
CBL – Casa do Brasil de Lisboa
CMA-J – Colectivo de Solidariedade Múmia Abu Jamal
Edições Dinossauro
Edições Ela por Ela
ERN-A – Espaço Rui de Noronha
Associação Espírito Nativo
GAIA – Grupo de Acção e Intervenção Ambiental
GIRASSOL SOLIDÁRIOS
GZ.PT – Associação de Solidariedade com a Galiza
Jornal Popular “Mudar de Vida”
Livraria Letra Livre
PLATAFORMA ARTIGO 65 – Habitação para Tod@s
Rede ex aequo
RefugiActo – Conselho Português para os Refugiados
SEIS
SOLIM – Associação Solidariedade Imigrante
SOS Racismo
TMI – Tribunal Iraque

Rosario, dinamitera (poema de Miguel Hernández)


Poesia escrita por Miguel Hernández em 1937, inspirada na história e experiência de uma jovem miliciana Rosario Sánchez Mora, La Dinamitera, na frente de combate contra os militares fascistas que avançavam sobre Madrid para derrubar a República espanhola:



Rosario, dinamitera
Rosario, dinamitera,
sobre tu mano bonita
celaba la dinamita
sus atributos de fiera.

Nadie al mirarla creyera
que había en su corazón
una desesperación,
de cristales, de metralla
ansiosa de una batalla,
sedienta de una explosión.

Era tu mano derecha,
capaz de fundir leones,
la flor de las municiones
y el anhelo de la mecha.

Rosario, buena cosecha,
alta como un campanario
sembrabas al adversario
de dinamita furiosa
y era tu mano una rosa
enfurecida, Rosario.

Buitrago ha sido testigo
de la condición de rayo
de las hazañas que callo
y de la mano que digo.

¡Bien conoció el enemigo
la mano de esta doncella,
que hoy no es mano porque de ella,
que ni un solo dedo agita,
se prendó la dinamita
y la convirtió en estrella!

Rosario, dinamitera,
puedes ser varón y eres
la nata de las mujeres,
la espuma de la trinchera.

Digna como una bandera
de triunfos y resplandores,
dinamiteros pastores,
vedla agitando su aliento
y dad las bombas al viento
del alma de los traidores.








«Rosario dinamitera. Una mujer en el frente», é um livro de Carlos Fonseca onde se conta a história desta miliciana.
Ver o video com entrevista:






Rosario Sánchez Mora tenía 17 años cuando se alistó voluntaria para luchar contra las tropas fascistas que pretendían tomar Madrid en los primeros días de la Guerra Civil. Fue el poeta Miguel Hernández quien la inmortalizó en un poema como “Rosario dinamitera".

Madrid no tenía el aire festivo de otros fines de semana. Aquel sábado 18 de julio de 1936, la capital había abortado el levantamiento militar iniciado la víspera en el protectorado español de Marruecos, que se había extendido como el aceite por la Península. Miles de obreros habían asaltado el Cuartel de la Montaña, principal foco de los rebeldes, y se preparaban para defender la ciudad del autodenominado Ejército Nacional, que avanzaba desde el Norte para hacerse con los embalses del Lozoya.

Decenas de camionetas partieron la madrugada del día 19 rumbo a la sierra repletas de jóvenes que se habían ofrecido voluntarios para combatir, convencidos de que en cuestión de días estarían de vuelta en casa. Entre los que viajaban en uno de esos camiones, camino de Buitrago, estaba una muchacha de diecisiete años, Rosario Sánchez Mora. Se había alistado la tarde anterior, sin decir nada a su familia, en el centro cultural Aída Lafuente, que la Juventud Socialista Unificada (JSU) tenía en el número 10 de la calle de San Bernardino, a unas manzanas de su domicilio.

Rosario llevaba un año viviendo en casa de unos vecinos de Villarejo de Salvanés, que se la habían traído con ellos a Madrid para que cuidara de sus hijos. Andrés Sánchez, su padre, no quería que se marchara del pueblo, pero al final accedió con la condición de que aprendiera corte y confección. Él hubiese preferido que estudiara para comadrona o maestra, pero sin dinero para pagar los estudios, un oficio era lo más que podía ofrecerle. Andrés había enviudado años antes, al morir la madre de Rosario se había vuelto a casar y tenía otros cinco hijos de su segundo matrimonio, de modo que no le pareció mal que su hija mayor se marchara a la capital para labrarse un futuro.

Cuando llegaron a su destino, Rosario y sus compañeros fueron encuadrados en una de las unidades de choque que se batían con el enemigo en primera línea de fuego, a las órdenes de un muchacho de veintiséis años, robusto, de mediana estatura y barba cerrada: Valentín González, al que todos apodaban El Campesino. Con un mosquetón de siete kilos de peso y sin otras nociones de armas que las que recibió en la trinchera, Rosario comenzó a pelear como un miliciano más en una línea del frente que se prolongaba a través de kilómetros. Disparaba contra un enemigo que sabía a escasa distancia, pero al que raramente veía. En la Peña del Alemán, una posición avanzada que los fascistas habían señalado como objetivo prioritario, vio morir a muchos de los muchachos que viajaron con ella desde Madrid.

Tras dos semanas de enfrentamientos, en las que lograron contener a los rebeldes, la guerra en la sierra dejó de ser una batalla abierta para convertirse en una batalla de posiciones. Rosario fue destinada entonces a la sección de dinamiteros, que estaba al mando del capitán Emilio González González, un minero barrenista de Sama de Langreo (Asturias) especialista en el manejo de los fulminantes y la dinamita. El grupo tenía su base en una casa abandonada entre Buitrago y Gascones, a unos cinco kilómetros de la línea de fuego, donde disponían de un pequeño polvorín en el que almacenaban los explosivos y se confeccionaban unas rudimentarias bombas. Los artefactos en cuestión eran botes de leche condensada que se reciclaban hasta convertirse en granadas de mano. El proceso era simple: se llenaba la lata con clavos, tornillos y cristales, y sobre ellos se vertía la dinamita. Después se cerraba el bote con su propia tapa y se ataba con una cuerda y trapos para que no se derramase el contenido. La tarea más peligrosa era colocar el fulminante y la mecha para que aquello estallara, de lo que se encargaba personalmente el capitán González.

La mañana del 15 de septiembre, Rosario y sus compañeros aprendían a efectuar una descarga con cartuchos de dinamita, mucho más fáciles de manejar que las bombas lata. Eran diez milicianos, y Rosario estaba situada la última a la izquierda. Cuando prendió su mecha, la oyó silbar. La noche anterior había llovido y estaba húmeda. Se quemaba por dentro, pero no por fuera, y no sintió el calor de la llama en la uña de su dedo pulgar, que indicaba el momento de lanzarla. El cartucho estalló en su mano derecha, que quedó destrozada por encima de la muñeca. Herida de gravedad, la operaron en el hospital de sangre de la Cruz Roja en La Cabrera, donde consiguieron salvarle la vida.

Llevaba varios días convaleciente en el hospital cuando el filósofo y catedrático de la Universidad Central de Madrid José Ortega y Gasset acudió a visitarla al conocer la historia de una muchacha muy joven que había perdido una mano en el frente. Iba camino de Valencia y aprovechó el viaje para informar de lo ocurrido a los padres de Rosario, que esa misma noche se desplazaron al hospital. “Miren ustedes, lo siento mucho, siento muchísimo que mi hija mayor haya perdido una mano, pero les aseguro que si mis otros cinco hijos perdieran la suya por la misma causa, estaría orgulloso de ellos. No tienen de qué preocuparse", les dijo Andrés, su padre, a los médicos que les recibieron con la intención de tranquilizarles. Ferviente republicano y presidente de Izquierda Republicana (IR) en Villarejo, el valor de su hija le llenaba de orgullo.

Rosario fue trasladada al hospital de la Cruz Roja en la calle de la Reina Victoria, y de allí a otro instalado en la Facultad de Filosofía y Letras para que concluyera su recuperación. Para entonces, 4 de noviembre, los fascistas se encontraban a cinco kilómetros de la capital. La caída de Madrid parecía inminente, y con ella el fin de la guerra. Así lo creía hasta el propio Gobierno de Largo Caballero, que abandonó la capital rumbo a Valencia. Dos días más tarde, Rosario y todos sus compañeros de convalecencia fueron evacuados del hospital ante la proximidad del enemigo, que estaba a punto de lanzar su mayor ofensiva por la Ciudad Universitaria. Aún débil, fue ingresada en el hospital de San José y Santa Adela, en la calle de Eloy Gonzalo, que abandonó fechas después con la intención de volver a las trincheras, aunque fuera con una sola mano.

La unidad de choque de El Campesino se había convertido en la 10ª Brigada Mixta, con más de tres mil hombres, y su comandancia estaba en el convento de las clarisas de Alcalá de Henares. Rosario fue recibida como una heroína y destinada al Comité de Agitación y Propaganda.
La estancia en Alcalá fue corta, apenas unas semanas, porque El Campesino trasladó su Estado Mayor a Ciudad Lineal, primero, y a un chalé en el número 11 de la calle de O’Donnell de Madrid, después, y Rosario se fue con él como encargada de la centralita del edificio. Antonio Aparicio, el joven poeta sevillano al que había conocido en Alcalá, se convirtió en uno de los habituales del lugar y pronto entablaron amistad. Un día vino acompañado de otro poeta y amigo al que, por sus palabras, rendía veneración. Éste no era otro que Miguel Hernández, que había escrito un poema a aquella joven de cuyas hazañas en el frente tanto le hablaba su compañero. Se lo presentó y le dio a leer los versos:

“Rosario, dinamitera, / sobre tu mano bonita / celaba la dinamita / sus atributos de fiera. / Nadie al mirarla creyera / que había en su corazón / una desesperación / de cristales, de metralla / ansiosa de una batalla, / sedienta de una explosión. / Era tu mano derecha, / capaz de fundir leones, / la flor de las municiones / y el anhelo de la mecha (…) / ¡Bien conoció el enemigo / la mano de esta doncella, / que hoy no es mano porque de ella, / que ni un solo dedo agita, / se prendó la dinamita / y la convirtió en estrella! (…)".

La amistad con Antonio se amplió también a Miguel, y con el tiempo a Vicente Aleixandre, compañero inseparable de los dos anteriores, ante los que oficiaba de maestro desde sus 38 años y su experiencia de escritor.

Los días discurrían tranquilos en el chalé de la calle de O’Donnell, aunque las noticias que llegaban del frente eran cada vez más preocupantes. Los bombardeos se iniciaban al amanecer –“el lechero", los llamaban los madrileños– y los cañones batían la Gran Vía, bautizada como avenida de los Obuses o del Quince y Medio por el calibre de los proyectiles que impactaban en ella. Una mañana irrumpió en las oficinas un joven al que Rosario no había visto nunca. Era alto y apuesto, el pelo o¬ndulado y los ojos claros. Un latigazo le recorrió el corazón. Desde entonces esperaba con impaciencia sus visitas, que comenzaron a hacerse cada vez más frecuentes. Del cruce de miradas pasaron a los saludos y a animadas charlas. Se llamaba Francisco Burcet Lucini, tenía veinte años y era sargento de la Sección de Muleros de la Brigada. Comenzó a cortejarla y semanas después, azorado y nervioso, le pidió relaciones. Rosario aceptó. Su recién estrenado noviazgo se limitaba a encuentros fugaces y a algún breve paseo por el Retiro. Nunca fueron juntos al cine, ni ella le dejó que la cogiera de la mano, y mucho menos que le diera un beso.

Había transcurrido un año de guerra cuando se le presentó la ocasión de volver al frente. La 10ª Brigada Mixta de El Campesino se había convertido en la 46 División, con más de doce mil hombres a sus órdenes, que en el verano de 1937 intervino en una ofensiva hacia Brunete para intentar atrapar en una bolsa a las fuerzas nacionales que sitiaban Madrid desde el suroeste. El ataque fue de tal magnitud que el pueblo claudicó en apenas unas horas, aunque las pequeñas guarniciones de Quijorna y Villanueva del Pardillo resistieron la acometida. Rosario fue elegida para convertirse en cartera del frente, encargada de ser el nexo de unión con el Estado Mayor en la capital y de llevar la correspondencia de los soldados.

Las cartas para el frente se recibían en una dependencia situada en el número 18 del paseo del Prado. Un grupo de muchachas las ordenaban por brigadas, batallones y compañías, y las introducían en sacas debidamente identificadas. A las ocho de la mañana, Rosario y sus compañeros acudían puntuales a recoger la correspondencia, y sin demora se dirigían dando un rodeo para evitar las zonas más próximas a las posiciones enemigas, aunque en más de una ocasión fueron tiroteados al introducirse por error en territorio controlado por los nacionales. Hasta que el 25 de julio, festividad de Santiago Apóstol, los nacionales recuperaron de nuevo Brunete.

Rosario regresó a Alcalá con las tropas de El Campesino y aprovechó la ocasión para casarse con Paco, que llevaba meses insistiendo en ello. El enlace por lo civil se celebró el 12 de septiembre, acompañados de familiares y amigos. Alquilaron una modesta vivienda en la localidad, donde vivieron su pasión durante unas semanas intensas. Rosario se quedó embarazada, pero su felicidad duró poco. El 21 de enero de 1938, Paco partió rumbo a Teruel con los hombres de la 46 División para relevar a los de la 11, que habían participado en la toma de la ciudad, la primera capital de provincia que las tropas republicanas conseguían conquistar desde el inicio de la guerra. Como antes en Brunete, los republicanos cedieron poco después Teruel y las tropas de El Campesino regresaron a la capital agotadas y maltrechas. Estuvieron dos semanas juntos, hasta que la unidad fue enviada al frente de Aragón para contener otra ofensiva fascista en la zona.

Durante meses, su único contacto fueron las cartas que se escribían. Largas misivas en las que competían por expresar sus sentimientos. Angustiada por semanas de espera sin nada que hacer, limitándose a ver pasar los días desde su estado de gravidez, Rosario comenzó a trabajar en la oficina que Dolores Ibárruri, La Pasionaria, había organizado en el número 5 de la calle de Zurbano para reclutar mujeres que cubrieran los puestos de trabajo que los hombres dejaban libres cuando marchaban al frente. Estuvo hasta el 22 de julio, cuando dio a luz a una niña en el hospital de Santa Cristina, en la calle de O’Donnell, a la que puso de nombre Elena.

Las tropas de El Campesino participaban por entonces en la ofensiva republicana del Ebro. La batalla más decisiva de la guerra concluyó cuatro meses más tarde, el 15 de noviembre, cuando las tropas de Franco dieron por reconquistadas las posiciones que habían perdido durante el verano, partieron en dos la zona republicana y decidieron avanzar hacia Barcelona. Fue entonces cuando las cartas de Paco dejaron de llegar, y Rosario no supo si había muerto, había logrado escapar a Francia o era uno de los miles de prisioneros que hicieron los nacionales en su avance. El 26 de enero de 1939, las tropas de Franco entraban en Cataluña, y tres meses más tarde lo hacían en Madrid. La guerra había terminado.

Rosario dejó a su hija con su madre e intentó escapar por Alicante con su padre, donde fueron capturados con otros 15.000 republicanos que esperaban exiliarse a bordo de barcos de la Sociedad de Naciones que nunca llegaron a puerto. Fueron conducidos al campo de los Almendros, donde fusilaron a Andrés. Rosario fue liberada y trasladada semanas después a Madrid, donde fue detenida de nuevo por vecinos falangistas de su pueblo, que la encarcelaron en la prisión de Villarejo y después en la de Getafe mientras se incoaba el procedimiento sumarísimo de urgencia 34.378. La petición fiscal de muerte fue conmutada por 30 años de reclusión por un delito de adhesión a la rebelión. Ella, que había defendido la legalidad republicana, era acusada de haberse levantado contra quienes la violentaron.

Su primer destino como penada fue la prisión de Ventas, convertida en un enorme almacén humano en el que se hacinaban más de cuatro mil mujeres, pese a que su capacidad era de cuatrocientas. En ella permaneció por espacio de dos meses y medio, hasta su traslado a la prisión de Durango, un convento de monjas en el que hasta no hacía mucho tiempo tomaban sus votos las novicias. Comenzaba un periplo carcelario que habría de llevarla a las cárceles de Orúe y, finalmente, a la de Saturrarán, donde el 28 de marzo de 1942, tras sufrir tres años de encierro y todo tipo de calamidades, fue puesta en libertad gracias a los beneficios penitenciarios que el nuevo régimen se veía obligado a decretar periódicamente para aliviar sus prisiones. El mismo día en que ella pisaba de nuevo la calle moría en la prisión reformatorio de Alicante su querido poeta Miguel Hernández, víctima de una larga enfermedad agravada por el penoso tránsito por numerosas prisiones. “¿Qué hice para que pusieran / a mi vida tanta cárcel?", dejó escrito el poeta oriolano.

Desterrada a doscientos kilómetros de Villarejo, Rosario marchó a Samprón, una pequeña aldea del Bierzo leonés, en el que vivía una compañera de prisión que había recuperado la libertad antes que ella. Durante dos meses, la guerra se convirtió en un recuerdo lejano, hasta que el instinto por recuperar a su hija le hizo regresar a Madrid pese a la prohibición de hacerlo. En la capital buscó la ayuda de otra compañera, Rufina Núñez, que la acogió en su domicilio.

Las semanas siguientes descubrió que su hija Elena estaba al cargo de su suegra. Acababa de cumplir cuatro años y era una niña espigada y flaca que rompió a llorar cuando aquella desconocida que decía que era su madre la abrazó con toda la fuerza de que fue capaz. La vida pareció recuperar el sentido, y por Rufina mandó también recado a su madre, que no tardó en viajar a Madrid para reencontrarse con ella. Tan sólo faltaba Paco, de quien su suegra le aseguró que no sabía nada desde el final de la guerra. Tuvo que ser su cuñado José Luis quien le desvelara que su marido vivía en Oviedo, se había vuelto a casar y tenía dos hijos. El régimen de Franco había anulado los matrimonios civiles de la República y ella era, a efectos legales, una madre soltera.

Viajó a Asturias en su busca, pero tampoco lo encontró. Los padres de Socorro, su nueva mujer, le dijeron que hacía nueve días que se había mudado con su familia a Barcelona en busca de trabajo. Pensó que todo había terminado. Rehízo su vida con un hermano del marido de Rufina, con quien tuvo otra hija, se separaron al cabo de dos años y ella comenzó a vender tabaco americano de contrabando en la plaza de Cibeles. Hasta allí fue a su encuentro Paco. Cuando se encontraron habían transcurrido quince años desde su despedida en el ya lejano marzo de 1938, cuando él marchó a Teruel con las tropas de El Campesino. Demasiado tiempo para que todo volviera a ser igual.

“La mía ha sido una vida dura y valiente, porque si no le hubiera echado agallas no sé qué habría sido de mí", dice Rosario setenta años después de aquella mañana de julio de 1936 que marchó al frente. Hoy, a sus 86 años cumplidos, es una mujer rebelde y de una memoria prodigiosa, que se afana en conservar sus recuerdos escribiéndolos en enormes cuadernos de anillas. “Mi lucha", dice, “mereció la pena".
retirado daqui

Comunicado da Plataforma Transgénicos Fora em defesa da soberania alimentar


A crise alimentar que está instalada é consequência das políticas agrícolas que diminuíram drasticamente o número de agricultores e fizeram crer à opinião pública que vivíamos num mundo de abundância e de excedentes agrícolas.

Mas as coisas não são assim. No nosso país, em particular, estamos altamente dependentes de importações alimentares, que já ultrapassam os 80% do consumo.

As subidas de preços verificam-se por todo o mundo e as manifestações de rua, do México a Marrocos, do Brasil ao Bangladesh, já conduziram a mortes e prisões. Segundo a FAO, o organismo das Nações Unidas para a alimentação e agricultura, o custo das principais matérias primas agrícolas subiu, a nível mundial, perto de 40% apenas em 2007.

O trigo atingiu o valor mais alto em 28 anos, e o arroz, milho, soja e óleos duplicaram (nalguns casos triplicaram) em dois anos o seu preço ao consumidor. Os resultados, catastróficos, fazem sentir-se sobretudo nas regiões menos desenvolvidas: segundo o Banco Mundial a crise instalou-se em 37 países pobres, num total de 100 milhões de habitantes. As Nações Unidas estimam ainda que, face às presentes tendências, até 2025 mais 600 milhões de pessoas estarão a passar fome para além dos 800 milhões que já a sofrem cronicamente neste momento.

Este drama global não é uma supresa nem resulta de coincidências – constitui, isso sim, o culminar de um conjunto de opções políticas agrícolas (e, mais recentemente, energéticas) que os principais blocos económicos, incluindo a União Europeia (UE), têm vindo a implementar ao longo das últimas décadas. No entanto, em vez de reconhecer as causas e procurar novas estratégias, a agro-indústria portuguesa, em particular a dos alimentos compostos para animais, reclama mais do mesmo: apoios do estado e acesso irrestrito a transgénicos não autorizados na UE.

No entanto, tal como o mais recente estudo da agricultura global pôde constatar, os transgénicos não são de todo a solução para o presente nem para o futuro próximo, nem contribuem para o que realmente interessa a qualquer sociedade: eliminar a fome e a pobreza, melhorar as condições de vida da população rural e promover um desenvolvimento sustentável, justo, social e ambientalmente equilibrado. Nesta avaliação de 2500 páginas (o IAASTD, que envolve dezenas de países e organizações), realizada por mais de 400 cientistas e especialistas ao longo de quatro anos e trazida este mês a público, as soluções para as almejadas soberania e segurança alimentares passam sobretudo pela valorização das actividades tradicionais, pela salvaguarda dos recursos naturais e protecção da produção local, e pela canalização da produção agrícola para o consumo alimentar directo, em vez de ser desviada para outros fins

Mudanças, precisam-se

Assim, de acordo com o princípio da precaução, e assumindo um ponto de vista assente na coerência, a política europeia e nacional em matéria de agricultura e alimentação deve ser urgentemente corrigida:

– a importação de carne proveniente de animais alimentados com transgénicos não autorizados para consumo na UE deve ser proibida;

– a aprovação de novos transgénicos deve ser sujeita a uma avaliação de impacto na agricultura tradicional e familiar;

– a meta de incorporação de 10% de biocombustíveis (provenientes de produção agrícola) nos transportes até 2020 deve ser abandonada;

– os apoios à agricultura devem ser dirigidos para o apoio às actividades de diversificação e policultura, maximização da soberania alimentar, redução do consumo de agroquímicos, criação de postos de trabalho e sustentação das comunidades em espaço rural.

Acordo de Blair House dificulta busca de soluções

No que concerne à política agrícola há que referir que o acordo de Blair House, que veio limitar o cultivo europeu de matérias-primas importantes para a alimentação animal, como a soja, tem necessariamente que ser revisto pois dificulta a resolução dos actuais problemas. Acreditamos que, deste ponto de vista, a pressão e apoio por parte da indústria de produção animal para que novas medidas permitam aumentar o cultivo na Europa das variedades tradicionais para estes fins não só seria benéfico como bem-vindo pelos consumidores portugueses.

Portugal deve competir na qualidade e diversidade

Todas as pequenas regiões têm necessariamente que optar por competir na qualidade e na diversidade e nunca no preço ou na quantidade. Infelizmente, em Portugal, constatamos que frequentemente, e em nome da competitividade, se envereda por estratégias das quais tendem a resultar elevados impactos não só ambientais, mas também sociais e económicos. Estas estratégias comprometem o desenvolvimento sustentável e o respeito pelas gerações futuras.

Estamos convictos de que Portugal está num ponto de viragem em que a opção por novas estratégias, ecológicas e competitivas, ainda é possível!

O mercado nacional e internacional procura produtos animais livres de transgénicos

Uma estratégia de marketing que permite a diferenciação da agropecuária de qualidade é a rotulagem de produtos de origem animal (carne, leite, ovos) como livres de transgénicos ou sem OGM, ou seja, em que foram excluídas as rações transgénicas. Como a actual lei não impõe a rotulagem destes produtos quando provenientes de animais que tenham sido alimentados com OGM, os consumidores actualmente não podem optar por uma cadeia alimentar 100% natural. Quem será a primeira empresa a satisfazer o mercado português?

Não existe ainda evidência científica de que os transgénicos sejam seguros

Não se pode dissociar a questão do cultivo de transgénicos dos seus potenciais riscos, nomeadamente dos riscos para a saúde humana e animal. Apesar das referências científicas de testes toxicológicos ser muito limitado, são já vários os estudos que têm detectado mútliplos problemas na saúde dos animais sujeitos a experimentação. Parece-nos pois sensato promover actualmente um maior investimento na investigação e uma menor aposta no consumo.

Note-se que a EFSA, Autoridade Europeia de Segurança Alimentar, não desenvolve actualmente quaisquer estudos independentes, baseando as suas avaliações de inocuidade dos transgénicos nos dados apresentados pelas próprias multinacionais que os comercializam. Enquanto a investigação em torno dos potenciais riscos não for totalmente independente dos interesses económicos, a alimentação portuguesa e europeia estará sujeita a novas e desagradáveis surpresas.


Para mais informações
Alexandra Azevedo (Plataforma Transgénicos Fora): 936 464 658 ou 917 463 902
João Vieira (Associação de Agricultores do Distrito de Lisboa): 912 262 841

A Plataforma Transgénicos Fora é uma estrutura integrada por doze entidades não governamentais da área do ambiente e agricultura e apoiada por dezenas de outras.


Para mais informações contactar
info@stopogm.net

Mais de 10 mil cidadãos portugueses reiteraram já por escrito a sua oposição aos transgénicos.

Encontro mundial de luta anti-OGM: Conferência Internacional sobre o futuro da Agricultura e da Alimentação em Bona, Alemanha, de 12 a 16 de Maio


O grande encontro mundial para a luta anti-OGM vai ter lugar este ano de 2008 em Bona, na Alemanha, entre 12 e 16 de Maio.



Este momento, para além de proporcionar uma oportunidade única de colaboração, aprendizagem e entreajuda à escala internacional, será sobretudo uma celebração da diversidade natural e cultural da vida, da alimentação e da agricultura.



Ao mesmo tempo, também em Bona, estarão a decorrer as negociações das Nações Unidas sobre a Convenção da Biodiversidade

Para ver detalhes sobre o programa e inscrever-se deve ir a
http://www.planet-diversity.org/


Se tenciona participar neste encontro, escreva-nos!





Segunda-feira, 12 de maio
Manifestação e Festival da Diversidade


Às 10 da manhã reunião no Parque Rheinaue com faixas, bandeiras, música de todas as delegações de países de todo o mundo. De lá parte-se em marcha até ao centro de convenções para apresentar nossas reivindicações:

􀂃 Que parem de usar alimentos para biocombustível;

􀂃 Pelo direito humano à alimentação adequada, diversificada e saudável;

􀂃 Pelo livre intercâmbio de sementes e conhecimento e contra a biopirataria e patentes
sobre seres vivos;


􀂃 Por uma agricultura diversificada, natural, livre de monoculturas e que apoie a pequena
produção, familiar, camponesa e tradicional;


􀂃 Pela diversidade biológica e cultural, regional, justa e livre de transgênicos.


Retornando ao Parque Rheinaue, haverá uma apresentação de iniciativas através de imagens, sons e saberes da Alemanha e de todo o mundo.
Haverá grande variedade de comidas, bebidas, músicas, informação e entretenimento – para um público de todas as idades.


De 13 a 15 de maio
O Congresso

De terça a quinta-feira serão realizadas 6 sessões plenárias com tradução simultânea para espanhol, inglês, francês e alemão, 30 oficias e 20 apresentações de iniciativas, organizações, idéias e projetos de todo o mundo.


Consulte a página da conferência para a programação completa e para inscrever-se:
http://www.planet-diversity.org/



Informações: info@planet-diversity.org


“Não podemos resolver os problemas que criamos com o mesmo pensamento que os criaram” (Albert Einstein)


Um Congresso das esperanças locais e sonhos globais


Ao lado das mudanças climáticas, a perda de biodiversidade natural e cultivada representa o maior desafio ecológico da história da humanidade. A dimensão da perda de espécies é comparável à do fim da era dos dinossauros. Cerca de 75% das variedades das plantas cultivadas nossos antepassados usavam há cem anos desapareceram.
Contra este cenário, representantes de 190 governos se reunirão em Bona, Alemanha, em Maio de 2008 para negociar meios de proteger a biodiversidade no quadro da Convenção da Diversidade Biológica da ONU (CDB) e de seu Protocolo de Cartagena de Biossegurança.
Com o início das negociações, o Congresso Planeta Diversidade reunirá agricultores, militantes sociais, ONGs e representantes de governos locais e regionais de todo o mundo para discutir alternativas práticas ao modelo vigente de agricultura.
No centro do debate estará o actual modelo de produção e consumo de alimentos.
As actuais políticas de promoção do crescimento a qualquer custo destroem o sustento de milhões de pequenos agricultores anualmente, seja no Norte ou no Sul. Com eles comunidades inteiras desaparecem, junto com seus conhecimentos e culturas.
A agricultura familiar continua sendo o caminho mais eficiente para a produção de alimentos em termos de pessoas alimentadas por área cultivada.
Há alternativas à destruição dos recursos naturais promovida pelo sistema das monoculturas industriais? Sim, milhares de alternativas.

O Planet Diversity será o local de encontro, debates e intercâmbios em busca de estratégias comuns.


Temas do Planet Diversity:


o paradigma da diversidade

soberania alimentar e êxitos da agricultura familiar e camponesa

auto-determinação local e regional

um mundo livre de transgênicos

a diversidade e mudança climática

patentes sobre seres vivos

agricultura urbana

inovação agroecológica

direitos do agricultor e do indígena

diversidade de sistemas de conhecimento


À procura dos estudantes portugueses que foram presos em 1960 por terem brindado à liberdade! (acerca da origem da Amnistia Internacional)

Em 1960 , um advogado britânico , Peter Benenson , leu num jornal , enquanto ia para o trabalho , que dois estudantes portugueses tinham sido presos . Uma ocorrência bastante comum , mas quando Benenson continuou a ler , mal conseguiu acreditar no que os seus olhos viam : os estudantes tinham sido presos e condenados a sete anos de prisão . Porquê ? Por terem brindado à liberdade , num restaurante .

Esta história tocou bem fundo o advogado que já estava consciente das injustiças que ocorriam no mundo inteiro . Pensou organizar uma campanha que teria a duração de apenas um ano . Dar-lhe –ia o nome de “Apelo para a Amnistia 1961” e seria a favor de todos os prisioneiros que estavam na prisão devido às suas convicções religiosas , opinões políticas , sexo e raça ( prisioneiros de consciência ) . Queria ajudar os que estavam presos sem um julgamento justo e aqueles que enfrentavam a pena de morte . Num ano era possível fazer muita coisa .

Peter Benenson encontrou o seu amigo Eric Baker e , juntos , discutiram a ideia com entusiasmo . Assim , no domingo , 28 de Maio de 1961 , Benenson publicou um artigo no jornal The Observer , que se destinava a pôr em acção todo o movimento . Chamava-se “ Os prisioneiros esquecidos “ e , no mesmo dia , foi publicado um artigo similar no jornal francês Le monde . O “Apelo para a Amnistia 1961” estava lançado .
Num curto espaço de tempo recebeu milhares de respostas . Assim nasceu uma Organização Mundial , independente e imparcial que se preocupa apenas com a defesa e promoção dos Direitos Humanos .
Como símbolo da luta da Amnistia , para manter a luz da esperança a brilhar num mundo de injustiça , Peter Benenson escolheu uma vela a arder rodeada de arame farpado e adoptou uma celebre frase de Voltaire que diz “ Mesmo que não concorde com o que dizes lutarei para que o possas dizer “ .
Passados mais de 40 anos a Amnistia Internacional é a maior organização voluntária que trabalha em prol dos Direitos Humanos .

Para ler o histórico artigo publicado no jornal Obsever que esteve na origem da Amnistia Internacional: clicar aqui



À procura dos estudantes portugueses de 1960 que foram presos por terem brindado à liberdade!

O grupo local de La Coruña vai fazer 20 anos e está a organizar um evento de celebração. Para isso teve a ideia de convidar os estudantes que brindaram à liberdade num restaurante de Lisboa e foram condenados a 7 anos de prisão.
Recorde-se que este acto do governo português sensibilizou um advogado em Inglaterra que deu início a um movimento de solidariedade mundial pela libertação desses estudantes. Esta acção foi o mote que daria início à Amnistia Internacional.

Se alguém tiver alguma informação a respeito destas pessoas, por favor contacte o grupo local 6 do Porto.

Veja o vídeo desta história



http://aiporto.blogspot.com/


COMO CONTACTAR A AI PORTO

Para qualquer informação relativa à AI PORTO, contacta:
Virgínia Silva ou Raquel Barbosa através de:
amnistia-internacional-porto@googlegroups.com

ou 967800269/912447428