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Hoje e neste fim de semana o Ecotopia Biketour estará no Tua!
Em Mirandela no dia 7 decorrerá pelas 16h. junto à estação de caminho-de-ferro uma conferência de imprensa, a realizar em colaboração com o Movimento Cívico pela Linha do Tua (MCLT) e o grupo partirá depois para Brunheda, Caldas de Carlão, Franzilhal e Amieiro, onde pernoitará e serão apresentados alguns filmes sobre actividades já desenvolvidas e sobre a Ecotopia.
No domingo também pode juntar-se ao grupo e ao MCLT no passeio de dia 8, do Amieiro ao Tua em bicicleta!
Apareçam.
O Ecotopia Biketour é um projecto para tod@s @s interessad@s em ecologia, ambientalismo, cultura, natureza, vida comunitária faça-você-mesmo "diy" , e na arte de viajar sem motores - exactamente o oposto das viagens pacote até à praia.
Movimentando todas as nossas coisas com a energia muscular, nós vamos criar uma comunidade móvil ecológica construindo ligações fortes entres os participantes vindos de diversos cenários e organizações como também entre eles e os nossos anfitriões.
No Verão de 2007 vamos pedalar em Espanha e Portugal.
Vamos começar em Barcelona dia 1 de Junho, e chegaremos ao Ecotopia em Aljezur, Portugal no princípio de Agosto e depois talvez pedalemos um pouco mais, continuando para Africa ou voltando para norte...
Visitaremos locais interessantes pelo nosso trajecto: alternativos, ecológicos, projectos artistícos e comunidades, monumentos naturais e pessoas que os preservam ou resistem à sua destruição. Queremos ficar por alguns dias para haver tempo de trocar conhecimentos com os residentes e preparar algumas acções.
Se tem contactos ou ideias pela zona do nosso trajecto, por onde viajar ou quem visitar, não hesite em contactar-nos!
O biketour do ecotopia é uma eco-comunidade móvel activista a caminho do ou desde o Ecotopia. Cerca de 10 a 50 ciclistas de origens diferentes - nacionalidade, idade, idioma, experiência - pedalam juntos para o Ecotopia, fazendo acções durante o caminho e encontrando-se com pessoas e associações que se preocupam com as questões ambientais.
Carregam todo o seu equipamento para acampar e cozinhar nas suas bicicletas e atrelados.
É uma excursão muito espontânea e diversificada, constantemente mudando de lugares para dormir, composição do grupo e qualidade da comida, mas com algumas coisas comuns como: tomadas de decisão baseadas no consenso, todas as tarefas divididas entre os participantes, um lugar diferente onde dormir em cada noite e pequeno almoço, almoço e jantar por uma taxa da participação calculado em ecos e colectado no sigmund, o nosso chapéu mágico.
1:) lugares de dormida
O lugar básico de dormida de BT inclui algum espaço para tendas. Porque nada mais é na realidade necessário, a experiência ensinou-nos que podemos organizar os nossos lugares de dormida ao longo da excursão, durante o próprio dia. Isto pode ser agradável - reforçando o sentimento de grupo quando as pessoas trabalham juntas para encontrar um sítio onde dormir.
As características básicas que não devem faltar em qualquer lugar organizado de dormida são água potável, um lugar para cozinhar com fogo e madeira acessível (ponto a reavaliar).
São apreciados também pelos participantes os chuveiros quentes/sauna, um lago/lugar para nadar, casas-de-banho, um tecto, um quarto para pequeno-almoço, uma cozinha equipada para grupos grandes, alguns contactos e partilha com a população local, uma acção, acesso Internet, informação sobre os arredores - lojas de bicicleta, mercados (tradicionais), onde encontrar produtos dos agricultores locais, algumas armadilhas para turistas ;)…
Um outro tipo de lugar para dormir são escolas e salões desportivos, que têm algumas das condições necessárias para receber o BT. Certifiquem-se contudo que existe sítio para cozinhar!
Nós tentamos não pagar pelos lugares para dormir ou então que se obtenham grandes reduções, dado que somos muitas vezes um "ecotopoor" com participantes da Europa Oriental. 2 euro/pessoa/noite parece um preço razoável. Excepto quando decidimos apoiar o projecto onde estamos hospedados - nesse caso gostamos de pagar mais ~ se tivermos recursos para tal.
2:) alimentação
Os alimentos são sempre que possível comprados em mercados locais ou em agricultores perto de onde passamos, o mais "eco" e biológico possível, e cozinhamos numa fogueira, se não tivermos acesso a uma cozinha grande. Nada é necessário organizar para a alimentação, a não ser quando um grupo local pedir de antemão doações para a refeição (preparadas por eles)…
3:) registo
As pessoas chegam e partem do biketour. Somente alguns deles se registam, e somente alguns registados de facto vêm. Os planos mudam… é difícil prever um número aproximado confiável - 10 a 50 pessoas em simultâneo é uma boa aproximação.
4:) rota
Preferimos estradas de asfalto tranquilas com um cenário bonito, ligeiramente a descer, fazendo 50 quilómetros por dia em média. E tomem isto a sério! Um dia com 30 quilómetros é muito agradável para "engonhar" e apreciar os lados de não pedalanço da vida. O ideal é fazer menos em dias de acções e nada nos dias de descanso, os quais devem existir 2 vezes por semana. Não é que o BT não possa fazer mais, pois estimular as pessoas a ultrapassar os seus limites às vezes é bom, mas um ritmo lento dá mais tempo para as coisas agradáveis do biketour, as pausas e os seminários e um retrato mais profundo dos lugares por onde se passa. Se não puder encontrar um lugar para dormir cobrindo esse furo de 90km entre aqueles 2 locais muito interessantes, o melhor é deixar em aberto para que o grupo encontre um. Se os participantes quiserem pedalar mais, são sempre bem-vindos fazendo-o por sua própria conta.
5:) consenso
Parte importante do BT é aprender e experimentar o processo de tomadas de decisão baseadas no consenso. Desde há anos que o fazemos, e pensamos que todas as decisões deveriam ser baseadas no consenso. Mas também se sabe que nenhum de nós aprendeu isto na escola e que existem determinadas qualidades humanas que se evidenciam mais nuns que noutros, em que teremos sempre alguns responsáveis pelas decisões e outros que se sentarão nos círculos sem participar. As barreiras culturais e de idioma, comportamento de grupo, comportamentos específicos consoante o sexo, pessoas altamente motivadas ou muito preguiçosas, e a estrutura constantemente em mudança do grupo serão resistências às nossas tentativas, mas pensamos que é importante treinar as nossas habilidades de comunicação e de tomada de decisão, sendo pacientes durante círculos longos pelas manhãs, testando novas estruturas e a experimentando tudo o que possa ser viver uma alternativa ao que os governos apresentam como democracia.
6:) participação local
Uma interacção entre os participantes do BT e a população local é sempre desejada. Bons locais de passagem são organizados pelos grupos locais que necessitam de ajuda com alguma campanha ou acção, ou querem promover os seus projectos. A possibilidade de nos apresentarmos é sempre apreciada, e festas/concertos/dança fazem sempre as pessoas felizes. Mas é preciso ter em conta que o BT tem uma dinâmica muito espontânea e imprevisível, sendo famoso pela sua habilidade em chegar atrasado. As pessoas locais serão muito bem vindas, em especial se se juntarem a nós por alguns dias, ou pelo menos ao nosso círculo ou a um café/bar. Para ter uma integração mais local durante a excursão é também importante ter uma divulgação nacional, para que haja participantes que falem a língua local durante a excursão.
7:) comunidade de organizadores
Nos anos recentes tem havido um coordenador internacional que deve ter uma visão geral do projecto. Este ano ninguém esteve disposto a fazer essa tarefa (por motivos vários), e assim ficou a cargo da RODA. Este é um corpo que se encontra de duas em duas semanas através do skype, um forum para trocar experiência e questões entre todas as partes activas.
Depois existem as equipas nacionais com o respectivo coordenador nacional, às vezes mais do que um em países grandes. Estes trabalham nas suas rotas e questões nacionais, mas também envolvendo-se nas questões internacionais comuns. E depois há alguns veteranos, que ajudam a organizar ou a quem se pode pelo menos pedir conselhos.
É muito interessante; há uma comunidade "biketour" internacional forte. É certo que não é assim tão visível através da Internet, pois trabalha mais com conhecimento pessoal. Algumas pessoas gostam mais de pedalar do que dactilografar. Mas nós temos 15 anos do história e muitas pessoas têm sido entusiásticas sobre o BT durante todo este tempo. É o começo a uma amizade agradável, e poderão viajar pelos BT-couches da Europa e mundo.
8:) dinheiro
Por vezes temos sorte com os financiamentos, mas geralmente andamos a contar os tostões. Pedimos entrada livre ou redução de preço em muitos sítios, porque somos um grupo internacional grande, muitas vezes com europeus de leste com fracos recursos e tentamos ter apenas o essencial e de forma barata ou grátis. Por outro lado existem projectos realmente agradáveis nos nossos trajectos e queremos que ganhem com a nossa estadia. Não apenas com o interesse mais elevado dos meios de comunicação, mas se possível deixando algum dinheiro. Mas ainda mais valiosos são a amizade e a inspiração trocados entre participantes e habitantes locais.
9:) conclusão
Há algo completamente mágico que acontece em volta do biketour, muita espontaneidade e algum caos, coisas que não funcionam, situações diferentes do esperado e muita improvisação. Mas estas ocasiões, esta parte não organizada em que as pessoas têm que lidar em grupo, será preenchida com minutos agradáveis e será o momento em que amizades crescem. Dê lugar à criatividade, o próprio BT implica muito tempo e energia dispendidos por dia, confie na habilidade do biketour de resolver as coisas por ele próprio:]
Vejam os 3 primeiros videos do Biketour de 2007
1º video
2º video
3º video