10.4.07

Manifestação Anti-Autoritária no 25 de Abril em Lisboa


Dia 25 de Abril, pelas 18 horas apelamos à participação activa num acto de resistência à farsa Nazionalista.

O local será na Praça da Figueira, depois da manifestação do 25 de Abril ter terminado.


Acreditamos que a impunidade e o à vontade com que os vários grupos “nazis” “fascistas” ou ditos “nacionalistas” agem tem de ser combatida aqui e agora, e sabemos que esse não é nem será nunca a tarefa de qualquer polícia ou instituição estatal, pelas suas afinidades e cumplicidades.

A nossa denúncia é popular, não judicial.Como tal, acreditamos que devemos exercer e expandir a autodefesa contra qualquer tipo de agressão por parte desses grupos que fazem o trabalho sujo que os capitalistas não querem fazer. Mas não nos esquecemos que quem financia tais grupos, quem os chama sempre que é preciso amedrontar os oprimidos, são os mesmos que controlam a economia, os estados e semearam a divisão, a desconfiança, a miséria e mantêm-nos presos no nosso medo, divididos nas nossas lutas, e “condenados” à derrota.

E é contra esses que dirigimos a nossa luta, ontem, hoje e enquanto existirem.Esta manifestação, que é proposta por grupos libertários e autónomos, é aberta à participação de todas as pessoas e ideias que, de uma forma não partidária, desejam expressar a sua revolta e determinação, numa manifestação popular e unitária.

Queremos deixar bem claro que somos e seremos capazes de nos organizar para agir e reagir sempre que necessário. Desejamos que a manifestação seja uma prova de força e determinação, chegando até ao seu final sem problemas nem distúrbios. Mas nunca renunciaremos ao nosso direito de autodefesa. Sabemos que ninguém é invencível, nenhum império, nenhum estado, nenhuma força de repressão, mas também sabemos que nada cai por si só.

Participemos todos na manifestação, activamente; os dias não estão para divisões, nem para apatia.


Dia 25 de Abril, unidos e organizados sem partidos nem estado.

Pensamento Alternativo

Retirado de:
http://www.mondialisations.org/php/public/art.php?id=12340&lan=PO


Como resposta ao processo e à ideologia da globalização, o chamado pensamento alternativo cresceu aceleradamente sob o impulso de diferentes organizações civis e como objeto particular de estudo. Pode-se imaginar um glossário experimental onde tal pensamento aparece ligado a uma gama de conceitos opostos:

pensamento progressista versus reacionário,
emergente vs. hegemônico,
aberto vs. autoritário,
libertário vs. dominante,
conscientizador vs. doutrinário,
utópico vs. distópico,
includente vs. excludente,
igualitário vs. discriminatório,
crítico vs. dogmático,
humanizador vs. alienador,
autônomo vs. oficial,
intercultural vs. monocultural,
pluriétnico vs. etnocêntrico,
ecumênico vs. chovinista,
popular vs. elitista,
nacional vs. colonial,
formativo vs. acumulativo,
solidário vs. narcisista,
comprometido vs. indiferente,
reformista vs. conservador,
revolucionário vs. tradicionalista,
aglomerador vs. reducionista,
contestatário vs. politicamente correto,
dissidente vs. totalitário,
principista vs. fragmentário,
autogestionário vs. verticalista,
ensaísta vs. tratadista,
resistente vs. intransigente,
universal vs. insular,
identitário vs. homogêneo,
de gênero vs. sexista,
pacifista vs. gladiatório,
plebiscitário vs. tecnocrático.


Esta tipologia atende às exigências multisectoriais e ao desafio de reescrever a nossa memória colectiva junto à necessidade de reactualizar os grandes projetos humanistas que buscavam o aperfeiçoamento geral.

Um enfoque pode distinguir nitidamente o alternativo como aquilo que tende a afastar-se de propostas alienantes sem supor, a rigor, uma saída ou construção propositiva. Noutro registro, dá-se um sentido mais amplo às modalidades alternativas, para designar tanto as atitudes contestatárias como as postulações reformistas e os enquadramentos que postulam a mudança de estruturas. Por exemplo, diante de um assunto crucial como o da propriedade privada, foram adotadas várias posições:
a) uma opção problematizadora a respeito da sua validade universal e como direito imprescritível;
b) uma postura restritiva, de validá-la enquanto se estabelecem limites para a acumulação material;
c) uma condenação absoluta, por considerá-la uma manifestação do despojo comunitário;
d) uma perspectiva tendendo à sua socialização.

Um denominador comum entre utopismo e alternatividade englobaria aquelas linhas intelectuais que impugnam o establishment, aspiram a modificar profundamente a realidade e a guiar a conduta até uma ordem mais eqüitativa. Apesar da amplitude da visão do pensamento alternativo, não entrarian formalmente dentro da nossa classificação algumas manifestações da pós-modernidade ou da New Age que recaem na frivolidade e no afã possessivo ou em desvios esotéricos. Contudo, integram às vezes no nosso campo outras orientações concomitantes, como as da educação, da economia, das terapias ou das tecnologias alternativas, enquanto que o alternativo também implica a capacidade de imaginar o maior número de soluções para um determinado problema.

Um grande número de organizações civis empunha actualmente o emblema do pensamento alternativo: desde universidades que organizam seminários em torno desse tema, ou que o incorporam como temática acadêmica, até aos movimentos sociais como o dos ambientalistas e o de direitos humanos, ou diversas correntes políticas radicalizadas. Distintos empreendimentos são montados, por sua vez, expressamente a partir da idéia de elaborar ou de respaldar propostas divergentes do paradigma consumista depredador.

Assim, o Prêmio Nobel Alternativo é concedido pela Fundação para o Correcto Modo de Vida, criada em 1980 pelo germano-sueco Jakob von Uexkull, que quiz honrar as tarefas em prol da Humanidade, outorgando-lhes esse importante prêmio, no Parlamento Sueco, antes da entrega do Nobel, a lutadores sociais e anti-armamentistas, a defensores da biodiversidade, a comunidades indígenas, a partidários de uma agricultura orgânica que permita aceder gratuitamente à alimentação, a propiciadores de leite materno e contra a sua comercialização artificial etc. Um dos premiados com o PNA mais destacáveis foi o jurista paraguaio Martín Almada, que em dezembro de 1992 descobriu os Arquivos do Terror, duas toneladas de documentos sobre a Operação Condor, que deu origem aos serviços repressivos das ditaduras militares do Cone Sul.

Com uma reunião constitutiva em Montreal, em dezembro de 2002, foi criado o Fórum Mundial das Alternativas, com sede provisória em Dakar; em seu manifesto inicial pode-se ler que o destino da Humanidade está em jogo e que está na hora de reverter o curso da História, colocando os avanços científicos, técnicos e econômicos a serviço das grandes maiorias; que também já está na hora de derrubar o muro entre o Norte e o Sul, de encarar a crise de civilização, de repudiar o poder do dinheiro, de transformar o cinismo em dignidade e a dignidade em poder, de reconstruir e democratizar o Estado, de ser verdadeiros cidadãos, de fortalecer os valores coletivos, de despertar a esperança dos povos; que já está na hora da convergência das lutas, dos saberes, das resistências, dos espíritos, dos corações, de que um pensamento criador e universal se abra diante de nós; até concluir pelo último, que a hora da ação já começou e que já chegou o momento de constituir um fórum dos fóruns dispersos no mundo inteiro.

Outra entidade, o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre as Mundializações (GERM), colaborou com a nobre e extensa causa do enfrentamento das políticas e interesses recobertos pela ideologia deshumanizadora da globalização financeira: o neoliberalismo, ou seja, o discurso mais firmemente estruturado e consolidado em meio à crise das concepções totalizadoras. Pode-se citar dois exemplos da ação do GERM. Por um lado, o lançamento de um dicionário que contribui para questionar a globalização dos mercados, a macdonaldização da cultura e o pensamento monocórdico, sem deixar de encorajar uma mundialização mais genuína: a da justiça e da inclusão, concordando com as teses que se formulam num macro-espaço como o de Porto Alegre, onde se tenta reunir os movimentos contestatórios, com seus projetos transformadores e suas variantes identitárias. Também cabe mencionar o intenso simpósio transdisciplinar e intercontinental realizado em Paris pelo GERM, sobre a diversidade cultural, com o objetivo de oferecer uma maior embasamento ao documento sobre esse tema lançado por organismos representativos como a UNESCO, em seu afã de afastar-se dos discursos marcadamente ocidentalistas que constituem o apoio cultural do triunfalismo econômico neoconservador de ajuste dos mais fracos, e sua versão simplificadora das culturas periféricas enquanto mero reflexo do Atlântico Norte.Entre os assuntos que se discutiu durante esse evento parisiense, procurou-se conjugar o humanismo na diversidade.

Como conclusão, o pensamento alternativo vinculou-se a uma cultura da resistência na qual grandes lutadores sociais, guiados por um pensamento emancipador, mantiveram uma gama de instâncias alternativas que seguem de pé como desafios fundamentais para a construção de novas utopias e a formação da nossa identidade: estamos aludindo ao valor dos princípios e à retidão de procedimentos, à importância da justiça e à eqüidade diante de modelos possessivos e depredadores, à busca de uma efetiva organização democrática e à necessidade de avançar francamente nos processos de integração regional.


BIBLIOGRAFIA:
Ainsa, F., La reconstrucción de la utopía, Buenos Aires, Del Sol, 1999;
Biagini, H.E. y Roig, A.E., (directores), El pensamiento alternativo en la Argentina contemporánea, B. Aires, Biblos, 2004;
Biagini, H.E., ?El filosofar latinoamericano como pensamiento alternativo?, in Mauricio Langon (coord.), Homenaje a Carlos Mato, B. Aires, FEPAI, 2004, pp. 145-153;
Cerutti Guldberg, H. y R. Pérez Montalbán (coords.), América Latina: Democracia, pensamiento y acción. Reflexiones de utopía, México, UNAM, 2003.

Dee Dee Bridgewater - uma das mais importantes vocalistas de jazz do momento actual



http://www.youtube.com/watch?v=i1x7jrvxMug&mode=related&search=



Freestyle (1)



Freestyle (2)





Freestyle (3)




http://www.deedeebridgewater.com/music.html

http://www.ejazz.com.br/detalhes-artistas.asp?cd=121


Denise Garrett nasceu em Memphis, Tennessee, cresceu no sul dos EUA (Texas) e teve uma infância muito musical. Desde muito pequena ouvia e acompanhava, cantando com a mãe, discos de divas do jazz como Ella Fitzgerald e Billie Holliday. Na sua casa sempre havia músicos amigos de seu pai, o trompetista e professor de música Mathew Garrett; nas férias escolares o seu pai participava da orquestra da cantora Dinah Washington, o que só fez crescer o interesse da menina pela música e pelo canto.
Começou a sua carreira profissional aos 16 anos, cantando num trio de rock e rythm and blues, e aos 18 entra para a Universidade de Illinois, onde o director da Jazz Band da universidade impressiona-se com a garota e a convida para uma tournée com a Jazz Band, e fazem uma temporada de shows na então Uniao Soviética.

Em 1970 casa-se com o pianista Cecil Bridgewater que, pouco tempo após o casamento, é contratado por Horace Silver, o que leva o casal a se mudar para Nova Iorque. No ano seguinte entra para a orquestra de Thad Jones-Mel Lewis, onde permanece por quatro anos. Nessa mesma epoca é solicitada por gigantes do jazz como Dizzy Gillespie, Dexter Gordon, Pharoah Sanders, Sonny Rollins e Max Roach, entre outros. Em 1974 participa no seu primeiro musical, “The Wiz”, que lhe daria um prémio Tony, cantando e actuando em Nova Iorque (na Broadway), Tóquio, Londres, Paris e Los Angeles. Gravou neste mesmo ano o seu primeiro disco pela gravadora Atlantic, intitulado simplesmente Dee Dee Bridgewater.
Quatro anos mais tarde, grava o disco Just Family, produzido por Stanley Clarke, ao lado de Chick Corea e George Duke (piano), Ray Gomez (guitarra), Eddie Gomez e Alphonso Johnson (baixo acústico e eléctrico) e Airto Moreira na percussão.

Em 1984 participa de outro musical, Sophisticated Lady, que viaja para Paris atraindo a atenção do público francês para Dee Dee, que decide instalar-se na cidade onde vive até hoje. Três anos depois é indicada ao Grammy por seu album Live in Paris, e a faixa de seu disco Victims of Love que conta com a participaçao de Ray Charles atingiu as primeiras posições nas paradas de sucesso. Sucesso reforçado em seu álbum seguinte, gravado ao vivo em Montreux.

Os seus três álbuns seguintes sedimentariam definitivamente seu sucesso. O seu disco de 1993 Keeping Traditions (mantendo as tradições) é, como diz o título, constituído basicamente de temas tradicionais do jazz, embora abordados com muita modernidade e imaginação. Dois anos mais tarde realiza seu sonho de gravar um disco cantando somente composiçõoes de Horace Silver, que compôs as letras exclusivamente para a cantora. Consegue com este disco sua segunda indicação ao Grammy.

E finalmente grava um tributo à primeira dama do jazz Ella Fitzgerald. O disco contém doze canções de épocas e formações diferentes. Acompanhada por orquestra, como no começo da carreira de Ella ao lado de Chick Webb, Duke Ellington e Basie; ou apenas pela guitarra de Kenny Burrell, como fazia Ella nos anos 70, ao lado de Joe Pass. A última faixa, composta por Burrell, dá nome ao disco, intitulado Dear Ella. Com sua inteligência habitual, Dee Dee conseguiu escapar dos perigos da imitação, fazendo uma releitura das músicas cantadas por Ella, ao mesmo tempo que deixa transparecer a influência da diva sobre seu trabalho.

Dee Dee Bridgewater mantém-se actualmente muito activa..

Último cd: Red Earth (2006)

Índice da edição de Abril do Le Monde Diplomatique (em português)


Le Monde diplomatique – edição portuguesa


Índice de artigos da edição de Abril de 2007


EDITORIAL
● «Paranóia na Polónia» (Ignacio Ramonet)

SAÚDE
● «O direito do cidadão ao respeito, à dignidade e à participação» (Pedro Lopes Ferreira)

Dossiê: LUGARES EM SUBVERSÃO – NOVAS CULTURAS URBANAS
● «A globalização do hip-hop: homogeneização e diferenciação cultural» (José Alberto Simões)
● «Pintores de cidades» (Ricardo Campos)
● «Rave: espaço, mobilidade e transformação» (Luís Almeida Vasconcelos)
LABORATÓRIO POLICIAL
● «Repressão em Copenhaga» (René Vásquez Díaz)

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS FRANCESAS
● «Eleições presidenciais longe do mundo» (Bernard Cassen)
● «Os candidatos falam de mim» (François Brune)
● «A esquerda governamental conta a sua história» (Serge Halimi)
● «Os menores: da suspeita à acusação» (Nedjma Bouakra)

FEMINISMO
● «As conquistas feministas serão irreversíveis?» (Mona Chollet)
● «Regresso à casa?» (M. C.)
● «Sempre instadas a procriar» (M. C.)

SALÁRIOS BAIXOS
● «Trabalhar mais para ganhar menos» (Michel Husson)
● «Desigualdades e pobreza em Portugal» (Fernando Marques)

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
● «Bangladeche: os primeiros refugiados do clima» (Donatien Garnier)
● Hubert Reeves, A agonia da terra (recensão crítica de Pedro Mota)

IRAQUE
● «A reconstrução do Iraque também falhou» (Joy Gordon)

UGANDA
● «Chantagem à paz no Uganda» (André-Michel Essoungou)
● «O mais velho conflito africano» (A.-M. E.)

ESQUERDA MEXICANA
● «Desordem na esquerda mexicana» (Jean-François Boyer)

LIBERDADE DE EXPRESSÃO
● «Teremos direito a dizer tudo?» (Agnès Callamard)

RACISMO E EUGENISMO
● «Percursores e aliados do nazismo nos Estados Unidos« (Michaël Löwy e Eleni Varikas)
● «Henry Ford, inspirador de Adol Hitler» (M. L.)

ESCRITOS DO MÊS
> Fernando Tavares Pimenta, Angola no Percurso de um Nacionalista. Conversas com Adolfo Maria (recensão crítica de Nuno Domingos);
> Pedro Tavares de Almeida, António Costa Pinto e Nancy Bermeo (coord.), Quem governa a Europa do Sul? Recrutamento ministerial, 1850-2000 (recensão crítica de Rahul Kumar);
> Jacques Rancière, O Ódio à Democracia (recensão crítica de Luís Trindade);
> Amartya Sen, Identidade e Violência. A Ilusão do Destino (recensão crítica de Jorge Costa);
> Manuel Castells e Pekka Himanen, A Sociedade e o Estado-Providência. O Modelo Finlandês (recensão crítica de Renato Miguel do Carmo)

O futuro, segundo o exército britânico, será aterrador: a classe média tornar-se-á revolucionária !!


O exército britânico divulgou um relatório elaborado pelos seus serviços de inteligência e nos quais se prevêem cenários cataclísticos para o futuro, previsões que – como já se está a ver – mais que justificam o rearmamento e o reforço militarista do próprio exército para enfrentar tais cenários.

Assim, segundo os futurólogos ao serviço do exército inglês, no futuro ( apontam eles para o ano de 2035) haverá, por ejemplo, armas de pulso electromagnéticas capazes de destruir à sua volta toda ainformação digital. Outra novidade serão as armas de neutrões capazes de eliminar vidas humanas deixando intactos os edifícios, o que é especialmente útil para as operações de«limpeza étnica». Os robots irão finalmente aparacer nos campos de batalha e os ataques terroristas far-se-ão com armas biológicas e nucleraes. Por outro lado haverá chips implantados nos cérebros que permitirão a ligação das pessoas em rede o que facilitará as convocatórias para acções de rua e grandes mobilizações de rua que nãp deixarão de criar agitação pública.!!!

Outro dado novo é a previsão de que as classes médias se tornarão em classe revolucionária, substituindo o proletariado nessa função.

Transcrevemos a seguir a notícia do jornal The Guardian:


Information chips implanted in the brain. Electromagnetic pulse weapons. The middle classes becoming revolutionary, taking on the role of Marx's proletariat. The population of countries in the Middle East increasing by 132%, while Europe's drops as fertility falls. "Flashmobs" - groups rapidly mobilised by criminal gangs or terrorists groups.

This is the world in 30 years' time envisaged by a Ministry of Defence team responsible for painting a picture of the "future strategic context" likely to face Britain's armed forces. It includes an "analysis of the key risks and shocks". Rear Admiral Chris Parry, head of the MoD's Development, Concepts & Doctrine Centre which drew up the report, describes the assessments as "probability-based, rather than predictive".

The 90-page report comments on widely discussed issues such as the growing economic importance of India and China, the militarisation of space, and even what it calls "declining news quality" with the rise of "internet-enabled, citizen-journalists" and pressure to release stories "at the expense of facts". It includes other, some frightening, some reassuring, potential developments that are not so often discussed.

New weapons
An electromagnetic pulse will probably become operational by 2035 able to destroy all communications systems in a selected area or be used against a "world city" such as an international business service hub. The development of neutron weapons which destroy living organs but not buildings "might make a weapon of choice for extreme ethnic cleansing in an increasingly populated world". The use of unmanned weapons platforms would enable the "application of lethal force without human intervention, raising consequential legal and ethical issues". The "explicit use" of chemical, biological, radiological, and nuclear weapons and devices delivered by unmanned vehicles or missiles.


Technology
By 2035, an implantable "information chip" could be wired directly to the brain. A growing pervasiveness of information communications technology will enable states, terrorists or criminals, to mobilise "flashmobs", challenging security forces to match this potential agility coupled with an ability to concentrate forces quickly in a small area.


Marxism
"The middle classes could become a revolutionary class, taking the role envisaged for the proletariat by Marx," says the report. The thesis is based on a growing gap between the middle classes and the super-rich on one hand and an urban under-class threatening social order: "The world's middle classes might unite, using access to knowledge, resources and skills to shape transnational processes in their own class interest". Marxism could also be revived, it says, because of global inequality. An increased trend towards moral relativism and pragmatic values will encourage people to seek the "sanctuary provided by more rigid belief systems, including religious orthodoxy and doctrinaire political ideologies, such as popularism and Marxism".


Pressures leading to social unrest
By 2010 more than 50% of the world's population will be living in urban rather than rural environments, leading to social deprivation and "new instability risks", and the growth of shanty towns. By 2035, that figure will rise to 60%. Migration will increase. Globalisation may lead to levels of international integration that effectively bring inter-state warfare to an end. But it may lead to "inter-communal conflict" - communities with shared interests transcending national boundaries and resorting to the use of violence.


Population and Resources
The global population is likely to grow to 8.5bn in 2035, with less developed countries accounting for 98% of that. Some 87% of people under the age of 25 live in the developing world. Demographic trends, which will exacerbate economic and social tensions, have serious implications for the environment - including the provision of clean water and other resources - and for international relations. The population of sub-Saharan Africa will increase over the period by 81%, and that of Middle Eastern countries by 132%.


The Middle East
The massive population growth will mean the Middle East, and to a lesser extent north Africa, will remain highly unstable, says the report. It singles out Saudi Arabia, the most lucrative market for British arms, with unemployment levels of 20% and a "youth bulge" in a state whose population has risen from 7 million to 27 million since 1980. "The expectations of growing numbers of young people [in the whole region] many of whom will be confronted by the prospect of endemic unemployment ... are unlikely to be met," says the report.


Islamic militancy
Resentment among young people in the face of unrepresentative regimes "will find outlets in political militancy, including radical political Islam whose concept of Umma, the global Islamic community, and resistance to capitalism may lie uneasily in an international system based on nation-states and global market forces", the report warns. The effects of such resentment will be expressed through the migration of youth populations and global communications, encouraging contacts between diaspora communities and their countries of origin.
Tension between the Islamic world and the west will remain, and may increasingly be targeted at China "whose new-found materialism, economic vibrancy, and institutionalised atheism, will be an anathema to orthodox Islam".


Iran
Iran will steadily grow in economic and demographic strength and its energy reserves and geographic location will give it substantial strategic leverage. However, its government could be transformed. "From the middle of the period," says the report, "the country, especially its high proportion of younger people, will want to benefit from increased access to globalisation and diversity, and it may be that Iran progressively, but unevenly, transforms...into a vibrant democracy."


Terrorism
Casualties and the amount of damage inflicted by terrorism will stay low compared to other forms of coercion and conflict. But acts of extreme violence, supported by elements within Islamist states, with media exploitation to maximise the impact of the "theatre of violence" will persist. A "terrorist coalition", the report says, including a wide range of reactionary and revolutionary rejectionists such as ultra-nationalists, religious groupings and even extreme environmentalists, might conduct a global campaign of greater intensity".



Climate change
There is "compelling evidence" to indicate that climate change is occurring and that the atmosphere will continue to warm at an unprecedented rate throughout the 21st century. It could lead to a reduction in north Atlantic salinity by increasing the freshwater runoff from the Arctic. This could affect the natural circulation of the north Atlantic by diminishing the warming effect of ocean currents on western Europe. "The drop in temperature might exceed that of the miniature ice age of the 17th and 18th centuries."


http://www.guardian.co.uk/science/story/0,,2053020,00.html

Livrarias libertárias e alternativas na Europa e Quebéc ( lista não exaustiva)

(os destaques são da nossa responsabilidade)


ESPANHA


Traficantes de sueños
C/ embajadores 35
Metros: Lavapies, Embajadores, Tirso de molina
http://www.traficantes.net



BÉLGICA

Zwart en rood :
p/a 1A Sparrestraat à 9000 Gent
Vente par correspondance et uniquement en Belgique
zwartenrood@anarchie.be
http://www.anarchie.be/zwartenrood/

Anarchistische Infotheek :
16 Annonciadenstraat à 9000 Gent
Ouverture le mercredi de 14h00 à 18h00 et le samedi de 14h00 à 17h00
L’infothèque comporte un point vente où l’on peut notamment se procurer des revues
http://www.anarchie.be/infotheek/

FRANÇA


Librairie L’Autodidacte :
5 rue Marulaz à 25000 Besançon
Ouverture le mercredi et le vendredi de 17h00 à 20h00
et le samedi de 15h00 à 19h00
Tél : 00.33.3.81.82.14.94
http://lautodidacte.lautre.net


Athénée libertaire Albert Camus :
36 rue de Cugnaux à 31300 Toulouse
Ouverture le mardi de 17h00 à 19h00



Librairie Le Chat Noir Toulousain :
18 avenue de la Gloire à 31500 Toulouse
Ouverture le vendredi de 19h00 à 22h00 et le samedi de 15h00 à 19h00
La page consacrée à la librairie sur le site
http://cnt31.ouvaton.org


Librairie du Muguet :
Athénée libertaire
7 rue du Muguet à 33000 Bordeaux
Ouverture le mercredi de 15h00 à 19h00
et le samedi de 16h00 à 20h00
Tél : 00.33.5.56.81.01.91
librairiedumuguet@no-log.org
http://www.atheneelibertaire.net


Librairie de l’Union régionale de la CNT Aquitaine :
36 rue Sanche de Pomiers à 33000 Bordeaux
Tél : 00.33.8.10.00.03.67
http://www.cnt-f.org/aquitaine


Libraire La Mauvaise Réputation :
20 rue Terral, Quartier Sainte-Anne à 34000 Montpellier,
Ouverture le samedi de 15h00 à 19h00



Librairie La Commune :
17 rue de Châteaudun à 35000 Rennes.
Ouverture le mercredi et le samedi de 14h00 à 18h00
Tél : 00.33.2.99.67.92.87
http://www.farennes.org


Centre culturel libertaire :
4 rue de Colmar à 59000 Lille
Ouvert le samedi de 15h00 à 19h00
http://lille.cybertaria.org


Librairie Infos :
2 rue Théodore Guiter à 66000 Perpignan
Ouverture le samedi de 15h00 à 19h00



Librairie La Plume Noire :
19 rue Pierre-Blanc à 69001 Lyon
Ouverture les mercredi, jeudi, vendredi de 17h00 à 19h00
et le samedi de 15h00 à 19h00.
Tél : 00.33.4.72.00.94.10
laplumenoire@club-internet.fr

Librairie La Gryffe :
5 rue Sébastien Gryphe à 69007 Lyon.
Ouverture du lundi au samedi de 14 à 19 h
Tél : 00.33.4.78.61.02.25
http://lagryffe.net


Librairie du Monde libertaire :
145 rue Amelot à 75011 Paris
Ouverture du lundi au vendredi de 14h00 à 19h30
et le samedi de 10h00 à 19h30
Tél : 00.33.1.48.05.34.08
librairie-publico@wanadoo.fr


Librairie Quilombo :
23 rue Voltaire à 75011 Paris
Ouverture du mardi au vendredi de 14h00 à 20h00
et le samedi de 11h00 à 20h00
Tél : 00.33.1.43.71.21.07
http://www.librairie-quilombo.org


Librairie L’Insoumise :
128 rue Saint-Hilaire à 76000 Rouen
Ouverture le mercredi de 16h00 à 18h00
le vendredi de 17h00 à 19h00
le samedi de 11h00 à 18h00
et pendant les vacances scolaires de 14h00 à 18h00
La page consacrée à la librairie sur le site
http://federation-anarchiste.org/



Librairie de l’Union locale de la CNT de Poitiers :
20 rue Blaise Pascal à 86000 Poitiers
Ouverture le mercredi de 17h00 à 20h00
http://www.cnt86.ouvaton.org
ul-poitiers@cnt-f.org


HOLANDA


International bookshop Het Fort van Sjakoo :
24 Jodenbreestraat à 1011 NK Amsterdam
Ouverture du lundi au vendredi de 11h00 à 18h00
et le samedi de 11h00 à 17h00
http://www.sjakoo.nl


Boekhandel Rosa :
16A Folkingedwarsstraat à Groningen
Ouverture du mardi au samedi de 12h00 à 17h00
http://www.bookshoprosa.org


REINO UNIDO


Freedom bookshop :
84b Whitechapel High Street à London E1 7QX
Ouverture du lundi au samedi de 12h00 à 18h00
shop@freedompress.org.uk
http://www.freedompress.org.uk


QUEBEC

Librairie L’Insoumise :
2033 rue St Laurent à Montréal
Ouverture le mardi et le mercredi de 12h00 à 18h00
le jeudi et le vendredi de 12h00 à 20h00
et le samedi et le dimanche de 12h00 à 17h00



Librairie La Page Noire :
412, 3e Avenue à Québec G1L 2W1
Ouverture du lundi au dimanche de 12h00 à 17h00
http://lapagenoire.propagande.org
lapagenoire@propagande.org




LIVRARIAS ALTERNATIVAS


BRUXELAS



Librairie Aden :
44 Antoine Bréart à 1060 Bruxelles
Ouverture du lundi au jeudi de 14h00 à 18h30
le vendredi et le samedi de 14h00 à 19h00
La librairie propose de très nombreux ouvrages et revues libertaires.
Tél : 00.32.2.537.00.62
http://www.aden.be


Librairie Tropismes :
11 Galerie des Princes à 1000 Bruxelles
Ouverture le dimanche et le lundi de 13h30 à 18h30
du mardi au jeudi de 10h00 à 18h30
le vendredi de 10h00 à 20h00
et le samedi de 10h30 à 18h30
La librairie propose de nombreux titres libertaires. Certains ouvrages sont présentés sur les tables. Les autres sont placés dans les différents rayons en fonction du thème abordé. Un rayon spécifique leur est cependant dédié.
Tél. : 00.32.2.512.88.52
http://www.tropismes.com


Librairie La Borgne Agasse :
30 rue Anoul à 1050 Bruxelles
Ouverture de 12h00 à 19h00
Cette librairie prolétarienne propose un rayon consacré aux titres libertaires.
Tél. : 00.32.2.511.84.42



LIEGE

Barricade et Librairie Entre-Temps :
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Tél. : 32.4.222.06.22
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Arreganhar o dente - de Ana Hatherly

Arreganhar o dente


O que é preciso é gente
gente com dente
gente que tenha dente
que mostre o dente

Gente que seja decente
nem docente
nem docemente
nem delicodocemente

Gente com mente
com sã mente
que sinta que não mente
que sinta o dente são e a mente

Gente que enterre o dente
que fira de unhas e dente
e mostre o dente potente
ao prepotente

O que é preciso é gente
que atire fora com essa gente

Ana Hatherly(Porto, 1929)

Ana Hatherly é poetisa, ensaísta e professora universitária portuguesa. Nasceu no Porto em 1929.
De múltiplos interesses culturais, tem sido poetisa, romancista e ensaísta, para além de professora universitária na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas na Universidade Nova de Lisboa.
Iniciou a sua carreira literária em 1958, fazendo a sua estreia na poesia com Ritmo Perdido. Entre 1965 e 1973, foi membro activo do grupo da chamada Poesia Experimental, integrando exposições de vanguarda e de poesia concreta em Portugal e no estrangeiro. É exactamente no domínio das vanguardas portuguesas da segunda metade do século que o seu nome adquire relevante importância, explorando possíveis ligações sonoras e visuais da palavra, estabelecendo intersecções entre a literatura e as artes visuais.
No desempenho do papel de cineasta, trabalhou no London Film Institute, entre 1971 e 1974, realizando 4 filmes, três dos quais desenhando directamente sobre a película. Manifestou um particular interesse pelo período Barroco, de onde se destaca o estudo A Experiência do Prodígio (1983).
A sua obra está representada em várias e importantes Antologias e Histórias da Literatura Contemporânea de Portugal e do estrangeiro. Além de escritora, é também tradutora de várias obras. Realizou ainda várias exposições, reunindo desenho, pintura e colagem.

Obras poéticas: Um Ritmo Perdido (Lisboa, 1958), As Aparências (Lisboa, 1959), A Dama e o Cavaleiro (Lisboa, 1960), Sigma (Lisboa, 1965), Anagramático (Lisboa, 1970), O Escritor (Lisboa, 1975), Poesia (1958-1978) (Lisboa, 1979), Joyciana (obra colectiva, Lisboa, 1982), O Cisne Intacto (Porto, 1983), A Cidade das palavras (Lisboa, 1988), 77 Tisane (Verona, Colpo di Fulmine Editore, 1994), Volúpia (Lisboa, 1997), 351 Tisanas (Lisboa, 1997), A Idade da Escrita (Lisboa, Edições Tema, 1998). Poesia Visual – Mapas da Imaginação e da Memória (Lisboa, 1973), A Reinvenção da Leitura (Lisboa, 1975), Escrita Natural (Lisboa, 1988). Ensaio: A Experiência do Prodígio: Bases Teóricas e Antologia de Textos-Visuais Portugueses dos Séculos XVII e XVIII (Lisboa, IN-CM, 1983).


Provérbios Populares - Abril

Retirado de:
http://kantoximpi.blogspot.com/

Abril, águas mil.
Abril, águas mil coadas por um funil.
Abril, águas mil coadas por um mandil; em Maio, três ou quatro.
Abril águas mil, coadas por um mandril.
Abril, águas mil e em Maio, três ou quatro.
Abril, águas mil coadas peneiradinhas por um mandil.
Abril, águas mil,cabem todas num barril.
Abril molhado, sete vezes trovejado.
Abril, ora chora ora ri.
Abril, tempo de cuco, de manhã molhado e à tarde enxuto.
Água de Abril é a água do cuco, molha quando está enxuto.
Água de Abril, peneirada por um mandil.
Ao princípio e ao fim, Abril costuma ser ruim.
É próprio do mês de Abril as águas serem às mil.
Em Abril, águas mil.
Em Abril, águas mil, canta o carro e o carril.
Em Abril, águas mil, coadas por um funil.
Em Abril, águas mil coadas por um mandil.
Em Abril, águas mil e em Maio, três ou quatro.
É próprio do mês de Abril, as águas serem mil.
Não há mês mais irritado que Abril zangado.
No princípio ou no fim, Abril é ruim.
No princípio ou no fim de Abril é sempre ruim.
No princípio ou no fim costuma Abril é sempre ruim.
Sol de Abril, abre a mão, deixa-o ir.
Sol de Abril, quem no vir, abra a mão e deixe-o ir.
A água que no Verão há-de regar, em Abril há-de ficar.
A geada de Março tira o pão do baraço e a de Abril nem ao baraço o deixa ir.
A invernia de Março e a seca de Abril põe o lavrador a pedir.
A três de Abril, o cuco há-de vir.
A três de Abril, o cuco há-de vir e, se não vier a oito, está preso ou morto.
Abril, águas mil; ainda a velha queima o carro e o carril e do que lhe sobrar, em Maio o há-de queimar.
Abril, águas mil, queima a velha o carro e o covil.
Abril, cheio o covil.
Abril chove para os animais e Maio para as bestas.
Abril chove para os homens e mais para as bestas.
Abril chuvoso, Maio ventoso e Junho amoroso, fazem um ano formoso.
Abril chuvoso, Maio ventoso, fazem um ano formoso
Abril e Maio, chave de todo o ano.
Abril e Maio, chaves do ano.
Abril, espigar.
Abril, espigas mil.
Abril frio, ano de pão e vinho.
Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
Abril frio, pão e vinho.
Abril frio, pão e vinho, Maio come o trigo e Agosto bebe o vinho.
Abril frio, traz pão e vinho.
Abril leva as peles a curtir.
Abril, quantas falopas de neve deitou, quantos grãos de pão criou.
Abril, queijos mil e em Maio, três ou quatro.
Abril, toda quanta possa vir.
Abril vai a velha aonde há-de ir e a sua casa vem dormir.
Águas de Abril são moios de milho.
Água de Maio e três de Abril valem por mil.
Água de regar, de Abril e Maio hão de ficar.
Água que em Abril ficar, no Verão há-de regar.
Antes a estopa de Abril que o linho de Março.
As manhãs de Abril são boas para dormir.
Chova-te o ano todo mas a mim, Abril e Maio.
Chuva em dia de Páscoa, ano sem nozes.
Diz Maio a Abril: ainda que te pese, muito me hei-de rir.
É mau por todo o Abril ver o céu a descobrir.
Em Abril a velha vai e volta ao seu covil.
Em Abril a Natureza ri.
Em Abril, a rês perdida recobra vigor e vida.
Em Abril abre a porta à vaca e deixa-a ir.
Em Abril, cada pulga dá mil.
Em Abril, carrega a velha o carro e o carril.
Em Abril, corta um cardo e nascerão mil.
Em Abril dá a velha a filha, por um pão a quem lha pedir.
Em Abril, de uma nódoa tira mil.
Em Abril deita-te a dormir.
Em Abril dorme o moço ruim e em Maio dorme o moço e o amo.
Em Abril e Maio moenda para todo o ano.
Em Abril e Maio moenda todo o ano.
Em Abril, enchem o covil.
Em Abril guarda o gado.
Em Abril guarda o gado e vai onde tens de ir.
Em Abril, guarda o teu gado e vai aonde tens de ir.
Em Abril lavra as altas, mesmo com água pelo machil.
Em Abril, pelos favais vereis o mais.
Em Abril, queima a canga e o canzil.
Em Abril queima a velha o carro e o carril e deixa um tição para Maio, para comer as cerejas ao borralho.
Em Abril queima a velha o carro e o carril e o que ficou, em Maio queimou.
Em Abril queima a velha o carro e o carril, uma camba que ficou, ainda em Maio a queimou e guardou o seu melhor tição para o mês de S. João.
Em Abril queima a velha o carro e o carril; e uma cama que guardou, ainda em Maio a queimou.
Em Abril, queijos mil.
Em Abril, queijos mil e em Maio, três ou quatro.
Em Abril queima a canga e o canzil
Em Abril queima a velha o carro e o carril.
Em Abril queima a velha o chambaril.
Em Abril queima o velho o carro e o carril e uma camba que guardou, ainda em Maio a queimou.
Em Abril quer-se águas mil coadas por um mandil.
Em Abril sai a bicha do covil.
Em Abril vai a velha aonde há-de ir e torna outra vez ao seu covil.
Em Abril vai a velha aonde tem de ir e vem dormir ao seu covil.
Em Abril vai aonde hás-de ir, mas torna ao covil.
Em Abril, vai a velha onde quer ir e a sua casa vem dormir.
Em Abril, vai aonde hás-de ir e volta ao teu covil.
Em Fevereiro, ergue-te centeio; ai de mim que já é Março e eu aqui ainda jarço; lá vem Abril que o tira do covil.
Em lua de Abril tardia, nenhum lavrador confia.
Em Março e Abril, não há que rir.
Em Março, merenda o pedaço e em Abril, merenda o merendil.
Em Março queima a velha o maço e em Abril, os arcos e o barril.
Em Março e Abril, o cuco há-de vir.
Entre Abril e Maio, moenda para todo o ano.
Entre Março e Abril o cuco há-de vir ou o fim do mundo está para vir.
Entre Março e Abril, o cuco ou é morto ou está para vir.
Entre Março e Abril, ou o cuco ou o fim quer vir.
Guarda pão para Maio e lenha para Abril, não sabes o tempo que há-de vir.
Inverno de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir.
Mais vale uma chuvada em Março e Abril, do que o carro, os bois, a canga e o canzil.
Março encanar, Abril, espigar.
Março ventoso, Abril chuvoso, de bom colmeal farão desastroso.
Março ventoso e Abril chuvoso, do bom colmeal farão astroso.
Mau é todo o Abril, ver o céu a descobrir.
Moinha de Abril vale por mil.
Morraceira de Abril vale por mil.
Nevoeiro de Março não faz mal, mas o de Abril leva o pão e o vinho.
No fim de Abril ninguém gabe madressilva nem desfolhe malmequeres.
Nos bons anos agrícolas, o Natal passa-se em casa e a Páscoa na rua.
Nunca a chuva de Abril é mau tempo.
O grão de Abril, nem por semear nem nascido.
O que Abril deixa nado, Maio deixa-o criado.
O que Abril deixa nado, Maio deixa-o espigado.
Para o ano ser bom, passar o Natal na rua e a Páscoa em casa.
Pelo São Marcos o trigo sacho, nem nabo, nem saco.
Por Abril corta um cardo, nascerão mil.
Por Abril dorme o moço madraceirão e, por Maio, dorme o moço e o patrão.
Por Abril, dorme o moço ruim e por Maio, dorme o moço e o amo.
Por onde Abril e Maio passou, tudo espigou.
Por onde Abril passou, tudo espigou.
Por todo o Abril, mau é descobrir.
Quando chegar Abril, tudo vai florir.
Quem em Abril não varre a areia e em Maio não racha a leira, anda todo o ano em canseira.
Se não chove em Abril, perde o lavrador o carro e o carril.
Se não chove em Abril, venderá o rei o carro e o carril.
Se chover entre Maio e Abril, carregará o lavrador o carro e o carril.
Se chover em Maio, carregará el-rei o carro e em Abril, carril e entre Abril e Maio, o carril e o carro.
Se não chover em Maio, carregará el-rei o carro e em Abril o carril e, entre Abril e Maio, o carril e o carro.
Se não chover em Março e Abril, dará a velha o carro e o carril, por uma fogaça e um funil e a filha a quem lha pedir.
Se não chover em Março e Abril, dará el-rei o carro e o carril por uma fogaça e um funil e a filha a quem a pedir.
Se não chover entre Março e Abril, podes vender o carro e o carril.
Se não chover entre Março e Abril, vende o lavrador os bois e o carril.
Se não chover entre Março e Abril, venderá el-rei, o carro e o carril.
Uma gota de Abril vale por mil.
Vento de Março, chuva de Abril, fazem Maio florir.
No princípio ou no fim de abril é ruim.
Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
Mau é por todo o abril ver o céu a descobrir.
Em abril águas mil, canta o carro e o carril.
A aveia, até abril, está a dormir.
A carranca é mãe do cuco, vem em princípio de abril e diz ao maio que seu filho está para vir.
Chuvas na ascensão das palhinhas fazem pão.
A três de abril o cuco há-de vir; e se não vier até oito, está preso ou morto.
É próprio do mês de abril as águas serem às mil.
Em abril sai a bicha do covil.
Em abril vai a velha onde tem de ir e vem dormir ao seu covil.
Em tempo de cuco - pela manhã molhado e à noite enxuto.
No fim de Abril, ninguém me gabe madressilvas nem desfolhe malmequeres
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A história do anarquismo no Brasil: o jornal A Plebe e a greve geral de 1917

Um
http://www.youtube.com/watch?v=E-NN1dIzAxM





Dois
http://www.youtube.com/watch?v=RUUaEYZQGzY