31.5.09

80.000 professores na rua chumbam o governo de Sócrates e Lurdes Rodrigues

80.000 professores na rua chumbam o governo de Sócrates e Lurdes Rodrigues e a sua política de converter professores em simples recursos ministeriais


Numa demonstração de enorme dignidade e de resistência cívica aos desmandos prepotentes da Maioria Absoluta do Partido Xuxialista ( não confundir com Socialismo e Solidariedade) do «inginheiro» Sócrates e da sua inseparável ( e inqualificável) ministra da (des)Educação Lurdes Rodrigues, mais todos os só-cretinos que os apoiam, cerca de 80.000 Professores e Educadores de todo o país estiveram ontem na rua em Lisboa para dizer NÃO a esta política (des)educativa, em especial o Estatuto da Carreira Docente e o Modelo autocrático de Gestão das Escolas em vias de implementação.

A realização de mais esta grande manifestação constitui uma prova inequívoca da rejeição de toda uma classe profissional pelas orientações políticas do actual Governo de Sócrates/Lurdes Rodrigues e um sintoma do mal-estar, descontentamento e divergência da população em geral face às decisões e medidas tomadas pelo governo e o Partido que o sustenta.

A luta dos professores, ao longo dos últimos tempos é também um exemplo a ser levado em conta por todos os trabalhadores assalariados em defesa dos seus direitos e pela dignificação da sua profissão contra os abusos de poder e as interferências estranhas que nos querem impingir em nome do todo-poderoso mercado, e dos seus subprodutos ideológicos (ex: concorrência, competição, gestão unipessoal, avaliação de competências, hierarquização e segmentação profissional, etc, etc) que visam converter o ensino e a educação num negócio, funcionalizar (isto é, «menorizar») os professores e educadores, anular o direito à educação para todos, e impedir a construção de uma escola pública de qualidade.

Porque uma escola pública democrática e de qualidade (inspirada na ética da dignificação e emancipação social, aspiração inerente a todos os indivíduos) é o contrário à escola-mercadoria com professores-funcionários que é próprio da educação mercantilizada ( inspirada nos valores do lucro, da rentabilização imediata, e da exclusão social de quem não tem dinheiro para pagar a sua educação...)

Não à Escola ocupacional e massificadora para cidadãos apáticos e telecomandados.

Sim à Escola democrática de qualidade, formadora de indivíduos livres e activos com consciência crítica







Prosseguindo aquela que é reconhecida como uma das mais persistentes e corajosas lutas desenvolvidas por um sector profissional no nosso País, os educadores e professores voltaram às ruas de Lisboa.


Mais de 80 000 docentes fizeram ouvir, de novo, a sua voz, reivindicando soluções justas para os problemas e as injustiças que afectam a Profissão e a Escola Pública.

O coração da baixa pombalina voltou a sentir a determinação e a combatividade de milhares de docentes, oriundos de todas as regiões do País, que responderam ao apelo da Plataforma Sindical, dando forma e cor a uma maré de protesto, no cenário histórico da Avenida da Liberdade, unindo o Marquês de Pombal à Praça dos Restauradores, num desfile, iniciado cerca das 15h30, que durou mais de duas horas, e que desta vez teve à cabeça os educadores e professores do Sul. Passavam dez minutos das 16 horas quando chegaram aos Restauradores, aplaudidos por centenas de pessoas. Às 16h45 estavam ainda muitos professores do Norte junto à estátua do Marquês de Pombal, aguardando a entrada na Avenida.

Cinco palavras da ordem marcaram o ritmo desta jornada: "Emprego sim, desemprego não!", "Ministra escuta, os Professores estão em luta!", "Avaliação sim, mas esta não!", "Carreira só há uma: Professor e mais nenhuma!" e "É preciso, é urgente uma política diferente!"









Este último vídeo foi retirado de: http://escolapublica2.blogspot.com/