Um blogue sobre os movimentos sociais, a ecologia, a contra-cultura, os livros, com uma perspectiva crítica sobre todas as formas de poder (económico, político, etc)
Em Lisboa realizou-se ao longo deste Sábado uma exposição de panos tradicionais da Guiné-¬Bissau recentemente integrados no circuito do Comércio Justo, cujo dia internacional é hoje assinalado.
Este evento foi promovido por: CIDAC (Lisboa), Ecos do Sul (Damaia) e Mó de Vida (Almada). Estas 3 organizações representam o Espaço por um Comércio Justo (ECJ) em Portugal, uma rede de âmbito ibérico que promove um Comércio Justo transformador.
Os produtos de Guiné-¬Bissau provêm da Associação Guineense Artissal, uma organização de tecelões e costureiras das etnias Manjaca e Pepel que assenta a sua intervenção nos princípios do Comércio Justo.
À venda estiveram produtos alimentares e de artesanato, tais como chá, café, chocolate, quinoa, arroz, bijuteria, artigos de decoração e brinquedos.
A rede ECJ (www.espaciocomerciojusto.org) , que reúne cerca de 40 organizações, defende os princípios do Comércio Justo para todos os actores da cadeia comercial, desde a produção até ao consumo.
A aposta é num trabalho assente na Economia Social e na defesa da Soberania Alimentar, negando por exemplo a venda nas grandes superfícies ou parcerias com as multinacionais.
Para esclarecimentos ou informações adicionais não hesite em nos contactar:
Também no Porto este dia foi assinalado. A recente associação cultural Casa da Horta decidiu dar o seu contributo com um jantar com produtos de comércio justo e locais.
Comércio justo (Fair Trade em inglês) é um dos pilares da sustentabilidade económica e ecológica. Trata-se de um movimento social e uma modalidade de comércio internacional que busca o estabelecimento de preços justos bem como de padrões sociais e ambientais nas cadeias produtivas de vários produtos. O movimento dá especial atenção às exportações de países em desenvolvimento para países desenvolvidos, como artesanato, café, cacau, chá, banana, mel, algodão, vinho, frutas in natura, e muitos outros. Em poucas palavras, é o comércio onde o produtor recebe remuneração justa por seu trabalho. Neste comércio eliminam-se os intermedíários ao mínimo necessário.
Alguns países têm consumidores preocupados com a sustentabilidade e que optam por comprar produtos vendidos através do comércio justo. Esta opção ética tem permitido que pequenos produtores de países tropicais possam viver de forma digna ao fazeram a opção pela agroecologia, como agricultura orgânica.
O Comércio Justo é definido pela News! (a Rede Européia de Lojas de Comércio Justo) como: "uma parceria entre produtores e consumidores que trabalham para ultrapassar as dificuldades enfrentadas pelos primeiros para aumentar seu acesso ao mercado e para promover o processo de desenvolvimento sustentado. O Comércio Justo procura criar os meios e oportunidades para melhorar as condições de vida e de trabalho dos produtores, especialmente os pequenos produtores desfavorecidos. Sua missão é a de promover a equidade social, a proteção do ambiente e a segurança econômica através do comércio e da promoção de campanhas de conscientização".
Quinzena do Comércio Justo ( Almada, 6-17 de Maio)
Entretanto, em Almada, está a realizar-se a Quinzena do Comércio Justo ( de 6 a 17 de Maio) com encontros, cine-documentários e gastronomia do mundo
6 de Maio, 10h30 Espaço Mó de Vida
Abertura da Quinzena e Workshop para jornalistas
9 de Maio, 19h00 Solar dos Zagallos Conversas sobre Consumo Responsável Estreia do 1º documentário em Português “Agrovidas - Comércio Justo” e debate com a presença de Rafael Cezimbra Souza (representante da Cealnor, associação de produtores frutícolas, Bahia, Brasil)
10 de Maio, 11h/18h Solar dos Zagallos Dia Mundial do Comércio Justo Teatro de Sombras, Filme “Agrovidas - Comércio Justo” e conversa, Mural Justo,Piquenique Solidário, Gincana Justa com alunos das escolas do concelho e famílias. Inscrição gratuita: modevida@modevida.com
12 e 13 de Maio Encontros do Produtor Cealnor nas escolas
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Entre 10 e 17 de Maio Comércio Justo à mesa Pratos confeccionados com sabores solidários nos restaurantes aderentes:
Chá e Guloseimas Praça da Liberdade, Galeria Comercial 1º piso Loja 1N 2800-648 Almada Tel.: 212743782 / 963788023 Neste local será realizada uma mostra de produtos do Comércio Justo
Tasquinha da Ti Aida Largo 25 de Abril, 8 – r/c 2800-564 – Pragal Tel.: 212763425 / 919721617
A Taberna Av. da Liberdade 19, 2825-870 Trafaria Tel.: 212944387 / 918776262
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14 a 17 de Maio Fórum Romeu Correia
Festival Cine’Eco em Almada
14/5 - Quarta (16h00 às 19h00)
– “Da Terra das Lágrimas Amargas” / “Nigai Namida No Daichi Kara”, de Tomoko Kana, Japão, 84 min. – “Xingu – A Terra Ameaçada”, de Washington Novaes, Brasil, 17min. – “Aquecimento Global/Guerra Global”, de Kathrin Gnorski, Alemanha, 11 min. 40’’ – “Rapsódia do Absurdo”, de Cláudia Nunes, Brasil, 15 min. – “The Meadow / A Campina”, de Jan Haft, Alemanha, 43 min
15/5 - Quinta (16h00 às 19h00) – “Carvão, Terra, Casa”, de Robert Harding Pittman, Alemanha/EUA, 40 min. – “As Pessoas que Vivem do Lixo”, de André Cywinski e João D. Gomes, Brasil, 7 min 56’’ – “Um Palito Até à China”, de Ingvild Soderlind, Noruega, 43 min. – “Tirol – Terra de Água”, de Johannes Koeck e Georg Riha, Áustria, 7 min. 46’’ – “Outros Mundos”, de Marko Skop, Eslováquia,75 min
16/5 - Sexta (16h00 às 19h00) – “Guardas do Paraíso”, de Yoran Parath, EUA, 74 min. – “Detectives da Água”, de David Springbett, Canadá, 11 min 30´´ – “No Crepúsculo do Silêncio”, de Josef Císarovskç, República Checa, 33 min. – “Yandabad”, de Mariano Agudo, Espanha, 58 min. Prémio ÁGUA 2007
17/5 - Sábado (16h00 às 19h00) – “1907 – 2007: Quando a Vinha Dorme”, de François Manceaux, França, 58 min. – “Sempre Coca-Cola”, de Inge Altemeier, Reinhard Hornung, Alemanha, 29 min. – “Encontro com Milton Santos”, de Silvio Tendler, Brasil, 89 min., Grande Prémio AMBIENTE 2007
Contactos: Espaço Mó de Vida Calçadinha da Horta 19 Pragal/Almada Tel. 212720641
Solar dos Zagallos Largo António José Piano Júnior – Sobreda Tel. 212947000
Fórum Romeu Correia Praça da Liberdade Almada Tel. 212724928
Um grupo de 32 cidadãos apresentou queixa na Inspecção Geral da Administração Interna (IGAI) contra o tratamento brutal de que foram alvo por parte da polícia quando, no passado dia 8 de Fevereiro, resistiam pacificamente ao fecho do Grémio Lisbonense, em Lisboa.
A Lusa esteve presente na conferência de imprensa que anunciou esta iniciativa, mas praticamente nada passou para os médias dominantes. Trata-se, ao que sabemos, da primeira queixa colectiva deste género
Os manifestantes dizem que as autoridades não souberam lidar com a situação e abusaram da força.
Recorde-se que a Inspecção Geral da Administração Interna recebeu mais de 630 queixas contra a actuação das forças de segurança no ano de 2005.
O II Encontro Nacional sobre Orçamento Participativo vai ter lugar nos próximos dias 15 e 16 de Maio em Palmela. O programa/ficha de inscrição está disponível no site http://www.cm-palmela.pt/
Estão ainda previstos 4 workshops regionais de apoio à concepção de modelos de Orçamento Participativo, que terão lugar em
Silves (19 de Maio),
Aveiro (28 de Maio),
Braga (17 de Junho)
Lisboa (23 de Junho).
Estes workshops são especialmente destinados às autarquias. O programa assim como as inscrições estão disponíveis no site do CEFA - http://www.cefa.pt/
Uma Acção de Formação Regional de Lisboa sobre Orçamento Participativo vai realizar-se nos dias 2 e 3 de Junho, na Junta de Freguesia de Carnide. Inscrições abertas no site do CEFA - http://www.cefa.pt/
A participação em qualquer uma das actividades do projecto é gratuita.
• Trata-se um projecto apoiado pela Iniciativa Comunitária EQUAL (Acção 3) que tem como objectivo geral disseminar o tema e a metodologia do Orçamento Participativo (OP) a nível nacional. Em termos específicos isto significa:
• Apoiar a adopção do OP por parte das autarquias portuguesas;
• Capacitar teórica e metodologicamente os diferentes intervenientes no desenvolvimento de processos de OP;
• Criar instrumentos de apoio à implementação, desenvolvimento, monitorização e avaliação desses processos;
• Promover a partilha de experiências e as relações em rede entre as autarquias promotoras do OP;
Criar um manancial informativo e documental sobre o tema do OP, acessível aos mais variados actores interessados no tema.
Tudo isto será desenvolvido assegurando uma perspectiva de articulação com as “práticas de participação” já existentes ao nível de cada território.
A Tertúlia Liberdade promove em Lisboa um debate sobre a Globalização da Fome.
A iniciativa contará com a presença dos economistas Zaluar Basílio, Pedro Goulart e José Luís Félix.Num momento em que tanto se fala da crise alimentar, persistem multidões de esfomeados no Mundo ao mesmo tempo que a obesidade se tornou uma epidemia que adoece e mata.
Neste cenário uns poucos acumulam riqueza. Porquê?Qual o papel da indústria agro-alimentar, da especulação bolsista com alimentos e do desvio de alimentos para a produção de combustível na globalização da fome?
São estas e outras questões que vamos discutir na próxima quarta-feira dia 14 de Maio pelas 18.15 h.
O debate será na CREW HASSSAN na Rua das Portas de Santo Antão 159-163.