20.9.09

A fundação e a companhia de bailado clássico de Ángel Corella, o mais destacado bailarino espanhol e o balarino principal do American Ballet Theatre

Ángel Corella (nasceu a 8 de Novembro de 1975) é o mais destacado bailarino espanhol da actualidade e o bailarino principal do American Ballet Theatre, em Nova Iorque.
Começou a sua formação em dança clássica com Karemia Moreno, tendo depois continuado os seus estudos com
Víctor Ullate.
Ángel Corella ingressou no American Ballet Theatre em Maio de 1995 como solista, sendo promovido a bailarino principal logo em 1996.
Foi entretanto constituída a Fundação Angel Corella no âmbito da qual se criou uma companhía de bailado própria e uma escola de dança clássica.







A metrópole, fábrica social (seminário para debater a cidade, de 28 de Set. a 1 de Outubro, no Teatro Maria Matos, em Lisboa)


A METRÓPOLE, FÁBRICA SOCIAL
seminário para debater a cidade
de 28 de Setembro a 1 de Outubro de 2009
Teatro Maria Matos, sempre às 18h30

Entrada livre
Organização do Teatro Maria Matos e da UNIPOP
http://u-ni-pop.blogspot.com/

A cidade constitui-se metrópole a partir do momento em que uma série de equipamentos e edifícios ligados em rede transformam cada via de acesso num fluxo produtivo. Uma teia de ligações, configurada por sistemas de transportes públicos, pontes e vias rápidas, redes sem fios e circuitos de videovigilância, é diariamente activada pela circulação dos habitantes da metrópole, os quais percorrem os escritórios, as fábricas, as salas de espectáculo, as lojas, as escolas, os hospitais, os jardins e os centros comerciais em que se produz e reproduz a vida social. A metrópole assemelha-se então a uma fábrica social, lugar de mobilização cooperativa da força de trabalho, onde se encontram as matérias-primas, circulam as mercadorias e onde se pratica o consumo, alimentando os circuitos de uma economia global.

Esta natureza produtora da metrópole encontra eco em alguns debates. Quando governantes e urbanistas invocam a imagem da “cidade criativa”, em parte reconhecem a natureza produtora da vida espiritual metropolitana. E quando nos falam acerca da necessidade de criação de uma imagem de “marca” para uma cidade, de algum modo repetem o gesto empresarial de criação do logotipo, símbolo que se inscreve no produto e cuja compra permite consumir um certo estilo de vida. Entretanto, a metrópole enquanto fábrica social extravasa largamente o que pode ser contido por aquelas formulações. Veja-se o caso da “cidade criativa”, fórmula que tende a reduzir a produção metropolitana a uma dimensão elitista, reduzindo a metrópole dos produtores – que liga margem sul e margem norte, que engloba centros e periferias, que articula indústria, serviços e comércio – a uma pequena e mui nobre cidade de criadores, de acesso restrito a alguns grupos profissionais de índole artística, uma cidade preferencialmente localizada em novos bairros de charme que emergem no interior dos velhos bairros populares dos centros históricos.

A contra-corrente desta concepção emergente que transforma a fábrica metropolitana em cidade criativa, a primeira sessão deste seminário de quatro dias começará por debater o conceito de “cidade criativa”. Contando, para este efeito, com a participação de investigadores das ciências sociais que se têm dedicado aos estudos urbanos, perguntamos para que servem as “cidades criativas”?

No segundo dia, com a ajuda de quem trabalha a metrópole em planos tão diversos como as políticas de transporte e as representações cinematográficas, transitamos da cidade dos criadores à metrópole dos produtores.

Esta passagem permitirá que no terceiro dia analisemos o governo metropolitano, debruçando-nos nomeadamente sobre a sua implicação no trabalho de arquitectos e urbanistas chamados a debate. O seu traço livre constitui muitas vezes a face mais visível de práticas e discursos de «renovação urbana» apontados à requalificação de zonas degradadas e à valorização do espaço público, mas a arte e engenho de arquitectos e urbanistas também participa, de forma menos evidente, de estratégias dirigidas à administração de pessoas e bens.

Finalmente, no quarto dia, focaremos os conflitos que ocorrem na metrópole e que são habitualmente tratados de forma despolitizada e avulsa (as chamadas “questões locais”) ou enquanto questões do foro criminal (a invenção dos “bairros perigosos”). Neste debate em torno das lutas metropolitanas, à procura de velhas e novas ligações entre antagonismos diversos, contaremos com a participação de activistas envolvidos nas lutas pelos transportes públicos, membros de comissões de moradores, dinamizadores de associações culturais, etc.

28 SET Para que Servem as “Cidades Criativas”?
Debate com Pedro Costa e João Pedro Nunes

29 SET Da Cidade dos Criadores à Metrópole dos Produtores
Debate com Tiago Baptista, Luís Vasconcelos e Renato Carmo

30 SET O Governo Metropolitano
Debate com Susana Durão, João Seixas e Tiago Saraiva

1 OUT As Lutas Metropolitanas
Debate com Chullage, João Branco e Eugénia Margarida



Breve apresentação dos participantes:

João Pedro Nunes é Investigador no Centro de Investigação e Estudos em Sociologia (ISCTE) e lecciona sociologia urbana no departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais, onde se formou e completou o doutoramento. Tem investigado o desenvolvimento urbano da periferia de Lisboa nas últimas décadas.

Pedro Costa é economista, formado no ISEG, e professor no Departamento de Economia do ISCTE. Tem trabalhado sobre questões do planeamento urbano e do desenvolvimento regional e local.

Luís Vasconcelos, antropólogo, tem levado a cabo investigação no campo das festas de música electrónica, com base no projecto de doutoramento intitulado Percepção e Modernidade. Alucinogénios no Portugal Contemporâneo. É investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS).

Tiago Baptista, historiador, tem diversos trabalhos sobre a história do cinema em Portugal. Trabalha como conservador do Arquivo Nacional das Imagens em Movimento (ANIM) da Cinemateca Nacional - Museu do Cinema.

Renato Carmo é Investigador no Centro de Investigação e Estudos em Sociologia (ISCTE). Doutorou-se pelo ICS em Ciências Sociais com uma tese sobre os processos de urbanização dos meios rurais. Tem dedicado os seus estudos a temas como a desigualdade social e a marginalização territorial.

Tiago Saraiva é Investigador Auxiliar do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa. Doutorou-se pela Universidade Autónoma de Madrid em 2004 com uma tese em história das ciências sobre o papel dos laboratórios na construção da cidade moderna. Publicou recentemente, em co-autoria, Cidade & Cidadania (Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, 2008).

João Seixas é Investigador Auxiliar do ICS. Doutorado em Geografia Urbana pela Universidade Autónoma de Barcelona e em Sociologia do Território e do Ambiente pelo ISCTE, tem desenvolvido as suas investigações em torno das dinâmicas contemporâneas de governação urbana, bem como das lógicas e perspectivas do desenvolvimento sócio-cultural das cidades.

Susana Durão é Investigadora Auxiliar do ICS. Doutorada em Antropologia pelo ISCTE (2006), tem desenvolvido pesquisa na área do policiamento, patrulha e proximidade em Portugal, tendo particular atenção ao trabalho desenvolvido pela Polícia de Segurança Pública.

Eugénia Margarida é membro da comissão de moradores do Bairro das Amendoeiras, em Chelas. Associação que em 2005 e 2006, desenvolveu uma interessante mobilização contra o aumento de rendas imposto pela Fundação D. Pedro IV e pela defesa do direito à habitação condigna.

João Branco é membro do grupo Massa Crítica. Com origem em São Francisco (EUA) e realizado actualmente em mais de 350 cidades de todo o mundo, a Massa Crítica propõe um passeio no meio da cidade feito em transportes não poluentes, encorajando assim outras formas de mobilidade urbana.

Chullage é músico de intervenção e membro da Khapaz, associação sediada na Arrentela e pólo dinamizador da cultura local e da participação cívica. Tanto a sua música, como a sua intervenção política reflectem os problemas sociais existentes nas periferias das grandes metrópoles: a pobreza, o desemprego e precariedade laboral, a criminalidade e a violência policial.

II Colóquio sobre Os Comunistas em Portugal 1921-2009 na Biblioteca-Museu República e Resistência (25 e 26 de Setembro)



II Colóquio sobre «Os Comunistas em Portugal – 1921-2009»

25 e 26 de Setembro de 2009

Local: Biblioteca-Museu República e Resistência
Espaço Cidade Universitária – Rua Alberto de Sousa, n.º 10 A, Zona B do Rego
1600-002 Lisboa

Sexta-feira, 25 de Setembro

17h30 APRESENTAÇÃO E ABERTURA DOS TRABALHOS

17h45
António Monteiro Cardoso / Investigador do Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa do ISCTE e professor da ESCS do IPL
Tema: Desertar ou ficar. Os comunistas e a incorporação no exército colonial


18h15 Paula Godinho / Departamento de Antropologia e Instituto de Estudos de Literatura Tradicional da da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

Tema: Alpiarça, 1950 - Entre configurações de classe, a «propaganda subversiva» e
o instante duma bala


18h45 DEBATE

19h15 Sónia Ferreira / Investigadora, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas / CRIA da Universidade Nova de Lisboa
Tema: As invisibilidades da resistência no feminino: um estudo de caso


19h45 Miguel Cardina / CES – Centro de Estudos Sociais, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Tema: A extrema-esquerda no Estado Novo: tortura, silêncio e memória


20h15 António Paço / Jornalista e historiador

Tema: Cunhal e o PCP durante o período da II Guerra Mundial

20h45 DEBATE // ENCERRAMENTO DO PRIMEIRO DIA DOS TRABALHOS


Sábado, 26 de Setembro

10h00 REINÍCIO DOS TRABALHOS

10h15 João Paulo Monteiro / Editor de O Comuneiro
Tema: Há um marxismo português? A influência das ideias socialistas em Portugal


10h45 João Madeira / Investigador do Instituto de História Contemporânea

TEma: O PCP, as Jornadas de Maio de 1962 e as «condições indispensáveis para o levantamento nacional»


11h15 José Manuel Lopes Cordeiro / Universidade do Minho

Tema: O combate do PCP ao «esquerdismo»: «O radicalismo pequeno-burguês de fachada socialista» revisitado


11h45 Ricardo Noronha / Investigador do Instituto de História Contemporânea
Tema: O 28 de Setembro


12h15 DEBATE

13h00 PAUSA PARA ALMOÇO


15h00 José Neves / Historiador, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

Tema: Comunismo e nacionalismo económico em Portugal


15h30 Raquel Varela / Investigadora do Departamento de História do ISCTE

Tema: Nacionalizações: controle operário ou salvação do capitalismo? Estudo do caso das nacionalizações na Revolução portuguesa de 1974-75


16h00 DEBATE

16h30 António Barata / Membro do colectivo «Política Operária»

Tema: As políticas de frente popular


17h00 Ana Barradas / Membro do colectivo «Política Operária»

Tema: Caderno inédito de Francisco Martins Rodrigues sobre os primórdios do Partido Comunista

17h30 DEBATE

18h30 Encerramento dos trabalhos.


Organização: Política Operária, com a colaboração da Biblioteca-Museu República e Resistência.

Contactos:
Telef. 214713129, Telem. 936094996, 960135270.

Estará disponível numa banca de publicações o último livro das Edições Dinossauro, Lutas Velhas, Futuro Novo, com algumas intervenções do I Colóquio.

O Ciber Café da Biblioteca-Museu República e Resistência fornece refeições. Os interessados poderão fazer a sua reserva directamente pelo telefone 21 780 27 68.


Política Operária
Rua Açores, 41-A, 2.º esq.1000-002 Lisboa