2.2.06

Clandestino ( letra e voz de Manu Chao)


Solo voy con mi pena

Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley
Perdido en el corazon
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Por no llevar papel

Pa una ciudad del norte
Yo me fui a trabajar
Mi vida la deje
Entre Ceuda y GibraltarS
oy una raya en el mar
Fantasma en la ciudad
Mi vida va prohibida
Dice la autoridad

Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Por no llevar papel
Perdido en el corazon
De la grance Babylon
Me dicen el clandestino
Yo soy el quierra ley

Mano negra clandestina
Peruano clandestino
Africano clandestino
Marijuana ilegal

Argelino clandestino
Nigeriano clandestino
Boliviano clandestino
Mano negra ilegal

A privatização da violência e da guerra


O mercantilismo estende-se agora a domínios insuspeitados como a violência legal ( por delegação e em nome do Estado que transmite a outros a faculdade do exercício da violência) como a guerra e o sistema de recolha e processamento de informações, sectores que até há bem pouco tempo eram exclusivos dos agentes do próprio Estado.
Trata-se de um mercado promissor em plena expansão e cujo volume de negócios ultrapassará em muito os 100 mil milhões de dólares em todo o mundo.

Os mercenários de ontem .- tal como eram conhecidos no passado – passaram a ser «empregados e funcionários» de «sociedades militares privadas» ou de «empresas de segurança e de informação», perfeitamente legalizadas no mercado internacional, e que tudo fazem para reciclar a ideia de se tratarem ao fim e ao cabo de «cães de guerra» ao procurarem assumir um aspecto «respeitável» no mercado. São empresas que propõem aos seus clientes ( Estados, outras empresas, partidos, grupos de interesses ou mesmo a clientes individuais) determinados serviços militares e de informações que podem levar mesmo ao bombardeamento ou então à eliminação física de uma ou mais pessoas, para além de muitos outros objectivos de carácter militar e de informações.

Estas empresas estão intimamente ligadas a certos sectores internos ao aparelho estatal pelo que não espanta a circulação e a passagem de secretários de Estados, ministros ou conselheiros dos ministérios e organismos públicos para essas empresas, ou vice-versa.
Estando ao serviço dos interesses dominantes, em especial das empresas multinacionais e transnacionais, essas empresas militares actuam como autênticos guardas da ordem económica internacional.

Todo este negócios e suas implicações é sumamente tratado no livro de Xavier Renou, investigador em ciências políticas e responsável pela campanha sobre o desarmamento nuclear da Greenpeace francesa, que acabou de ser editado com o título
La «Privatisation de la violence, Mercenaires & sociétés militaires privées au service du marché», editions Agone, 2006


Outro livro que brevemente daremos conta aqui é de
P.W. Singer, Corporate Warriors, The Rise of the Privatized Military Industry, ed. Cornell University Press, 2004

O tempo gasto nos automóveis ( por Ivan Illich)


«O americano típico consagra mais de 1600 horas por ano ao seu automóvel: sentado nele, em movimento ou simplesmente parado, quando trabalha para o pagar, mais a gasolina que mete no depósito, as portagens, o seguro, as jantes, as multas, os impostos para as estradas federais e os estacionamentos municipais. Consagra 4 horas ao dia para se servir, ocupar-se ou trabalhar para ele. Não se levou em conta aqui, note-se, todo o tempo que está ligado aos automóveis: como o tempo que levamos no hospital, no tribunal o na oficina mecânica por causa dele; o tempo que levamos a ver publicidade automobolística frente à televisão, o tempo gasto para ganar dinheiro para podermos viajar em automóvil, avião ou comboio. Essas 1600 horas servem para se fazer uns 10.000 Km de caminho, ou seja 6 horas numa hora.
Ora esse é exactamente o mesmo tempo que levam os homens dos países que não possuem a indústria de transporte.


Ivan Illich, in «Eneria e Equidade»