24.1.08
Prémio da melhor fotografia de 2007 para a foto de uma acção da Clown Army em Rostock durante a cimeira do G8
Hoje há encontro no Ateneu às 18h30 sobre os projectos para o Mercado do Bolhão
As mudanças anunciadas para o mercado do Bolhão estão a provocar receios, dúvidas e inquietações entre muitos comerciantes e utentes deste espaço emblemático da Baixa portuense. Por seu turno, alguns sectores da cidade temem a descaracterização deste edifício de importância patrimonial e puseram a circular um manifesto a alertar para a "demolição" do mercado.
Encontro esta 5ª feira (dia 24) sobre «O futuro do mercado do bolhão» - com a presença de Arq. Correia Fernandes, Arq. Anni Günther, Arq. Joaquim Massena »
Mais info:
http://manifestobolhao.blogspot.com/
http://opozine.blogspot.com/Na próxima Quarta-Feira (30 de Janeiro) no Café Ceuta no Porto às 18:30H:
O Movimento Cívico e Estudantil promove a 1ª reflexão/ tertúlia, sobre o tema:
" O que melhor servirá os interesses Humanos, Patrimoniais, Artísticos e Culturais no Mercado do Bolhão"
Artigo de José Carlos Marques publicado no Jornal de Notícias de 15 de Janeiro de 2008 a propósito dos projectos do futuro Mercado do Bolhão
Requalificação é hoje uma palavra que serve para tudo e para nada, sobretudopara confundir. Obviamente, o Mercado do Bolhão, de valor duplamentepatrimonial, pelo edifício e pela actividade em si que é um património vivo,precisava de ser conservado, restaurado e revitalizado. Mas o valor culturalfinal da operação depende do seu enquadramento mais amplo.
Os mercados de frescos e de ar livre, em geral de índole municipal, estão hoje a ser comprimidos e empurrados para uma progressiva extinção por via de um domínio exagerado das grandes superfícies e de um descuido programado. A operação prevista para o Bolhão, ao contrário das aparências dadas pela manutenção do mercado de frescos num piso intermédio, inscreve-se nessemovimento em vez de tentar revertê-lo. E isso porque esse aspecto tradicional e actual é relegado para uma fracção afinal subalterna no novoprojecto. Se de facto se quisesse manter e consolidar a função essencial e histórica, as novas actividades a introduzir deveriam circunscrever-se a umpapel complementar (a título de exemplo e sem rigidez, pode sugerir-se umterço da área), continuando o mercado de frescos a ter o papel dominante.
Não há aqui espaço para explicar por que razão a revitalização e ampliaçãode uma rede de mercados municipais de frescos, com o Bolhão como elo indispensável, é importante para o nosso futuro. Às razões de qualidade alimentar e saúde pública, junta-se o urgente apoio que os centros urbanosdevem dar à revitalização da agricultura de proximidade, através do incentivo à horticultura e policultura numa cintura de uns 50 a 80 quilómetros em torno do centro urbano, com contratos estabelecidos comvelhos e jovens agricultores segundo cadernos de encargos que garantam uma qualidade alimentar e ambiental superior à média. Iniciativas como os grupos de agricultura apoiada pela comunidade inscrever-se-iam no âmbito desse processo.
Além deste aspecto, levantam legítimas dúvidas e preocupações os trabalhos a exercer no subsolo, de que se usa e abusa hoje sem qualquer consideração pelo estado lamentável em que se vão deixando os lençóis freáticos. Asesperanças suscitadas pela reabilitação do centro histórico do Porto, cujo êxito é essencial para o futuro da cidade, são sombreadas pela tendência para trabalhos pesados no subsolo parecer estar a prevalecer sobre soluçõe sacima do solo, que são em princípio menos lesivas. Essa tendência deveria ser corrigida. Infelizmente, o Bolhão será um passo mais numa direcção errada.
No capítulo habitação, a dimensão prevista atribui um papel relativamente marginal a esta função. Em todo o caso, e dado o extenso parque de habitação degradada no centro do Porto, afigura-se contraditório introduzir habitação em edifícios que nunca tiveram essa função nem foram concebidos para a terem. Poderá ao menos esperar-se que essas fracções venham a criar um efeito de arrasto, pondo na "moda" morar nos quarteirões envolventes. Efeito que se poderia aliás talvez obter em edifícios aí existentes que sempre tiveram essa função.
texto de José Carlos Costa Marques
Mais uma Massa Crítica/Bicicletada está marcada para amanhã (sexta-feira, dia 25 de Janeiro)
Falem com colegas, amig@s e namorad@s, porque a Meteorologia prevê temperatura quase primaveril e ausência de chuva, pelo que será também uma óptima oportunidade para passar bons momentos em convívio.
Os locais e horas de encontro são os seguintes:
Aveiro - Início de encontro na Praça Melo Freitas (perto do Rossio) a partir das 18h, saída às 18h30.
Coimbra - Concentração no Largo da Portagem, junto à estátua do Mata Frades.
Lisboa - Concentração no Marquês Pombal, no início do Parque Eduardo VII. 18h00. Saída 18h30
Portimão - Concentração no Tribunal às 18:30.
Porto - Concentração na Praça dos Leões. 18h00. Saída 18h30
Info:
http://massacritica.pegada.net/massacritica/
http://critical-mass.info/
Concentração contra a co-incineração na Arrábida (dia 25, às 16h. no Largo da Misericórdia, em Setúbal)
A Associação dos Cidadãos pela Arrábida e Estuário do Sado apelou à adesão da população ao protesto contra a co-incineração.
"Gostaríamos de ter uma grande adesão da população até porque a luta contra a co-incineração de resíduos industriais perigosos não está perdida, ao contrário do que o Governo pretende fazer crer",disse Fernanda Rodrigues, da Associação de Cidadãos pela Arrábida e Estuário do Sado.
"Contamos com o apoio das três câmara municipais - Palmela Sesimbra e Setúbal -, estando já confirmada a presença dos presidentes dos três municípios", acrescentou Fernanda Rodrigues, que está confiante de que a iniciativa terá o apoio de dirigentes locais dos principais partidos, incluindo o próprio Partido socialista.
A decisão de convocar uma concentração contra a co-incineração de resíduos industriais perigosos, surge na sequência da decisão do Supremo Tribunal Administrativo, que revogou a suspensão da proibição da queima de resíduos perigosos na cimenteira da Secil, no Butão.
O advogado das três autarquias, castanheira Barros, requereu segunda-feira a nulidade do recente acórdão do Supremo Tribunal Administrativo (STA) que deu "luz verde" à co-incineração na cimenteira da Secil no Outão, Arrábida, Setúbal.
O requerimento de Castanheira Barros pretende que os pedidos sejam apreciados pela "Conferência de Juízes da Secção de Contencioso do STA", disse à Lusa castanheira Barros.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) faz hoje 24 anos de existência
Queixinha de Sócrates contra autor de um blogue foi arquivada, e agora o primeiro-ministro arrisca-se a ser condenado pelo crime de calúnia
Por via do blogue O país do burro tomamos conhecimento que a queixa criminal apresentada por José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, contra o autor do blogue Do Portugal Profundo, António Balbino Caldeira, foi mandada arquivar pelo Ministério Público por manifesta improcedência do pedido. Ou seja, não passou da fase de inquérito processual da queixa-crime, tal era o infundado da denúncia.
Recorde-se que a queixa-crime apresentada por José Sócrates não tratava da questão tão falada na opinião pública sobre o modo estranho e completamente singular como obtivera milagrosamente um curso de engenheiro na Universidade Independente. Sobre isto, nem uma palavra. Como se calcula, o silêncio é de ouro, e o primeiro-ministro português não está interessado em mexer em matéria tão incómoda que lhe poderia trazer alguns engulhos, e levar a sua reputação académica até ao nível do 12º ano do ensino secundário numa escola da Covilhã.
O motivo da queixinha de Sócrates era outro: o que o apoquentava – imagine-se - era a referência nos textos publicados no blogue Do Portugal Profundo, intitulados Rasganço domingueiro e Páscoa da cidadania, a um «centro governamental de comando e controle dos media», realidades tristes que são hoje tão reais quanto comezinhas na actividade política desde que a democracia foi apropriada pelas manobras das agências de publicidade e de propaganda, pelos consultores de imagem e de informação- já para não falar dos sempre inevitáveis seviços de informação públicos e... privados , vulgo, secretas - ao serviço dos autênticos exércitos de conquista e manutenção do poder político em que estão transformados os partidos políticos.
Arquivada a sua queixa-crime pelo Ministério Público, José Sócrates arrisca-se agora a ser acusado de ser um autor material de um crime de calúnia, mais propriamente por denúncia caluniosa, pelo autor do blogue Do Portugal Profundo, e a ser condenado a pagar uma indemnização pelos danos causados pela seu acto tresloucado de andar a fazer queixinhas não só na praça pública como nos tribunais, aumentando o trabalho dos senhores juízes, já tão assoberbados com as ilegalidades do costume, praticadas pelos chicos-espertos que não olham a meios para fazerem vingar as suas qualidades competitivas.