6.5.08

Começa hoje o ciclo de cinema comunitário e independente na Casa Viva ( Porto)


Numa altura em que poucas são as salas de cinema ainda abertas na cidade do Porto inicia-se já hoje, 6 de Maio, um ciclo continuo de cinema independente simplesmente intitulado “Cinema Comunitário” na Casa Viva(na Praça do Marquês de Pombal, 167, no Porto)

A ideia é simples, um filme por mês, todas as primeiras Terças Feiras de cada mês.
Na sua grande maioria o ciclo consiste em produções independentes sobre os mais variados assuntos dos nossos tempos. Temas como Globalização, Guerra, Terrorismo, Propaganda, etc...



Nome do filme nesta terça-feira, 6 de Maio, às 22h.:

I the film


“I” é uma meditação sobre a relação entre os media e o poder do ponto de vista da maior rede voluntária de media do planeta. Este documentário segue o primeiro ano de um pequeno colectivo do IMC numa caótica Buenos Aires durante o colapso da economia Argentina em 2001. (www.Ithefilm.com ) O filme esta traduzido em português.



http://www.cinemacomunitario.blogspot.com/


Extensão do Festival Indie no Porto ( 8 a 15 de Maio no cinema trindade)


Extensão na cidade do Porto do Festival IndieLisboa, festival internacionbal de cinema independente

Programação para oito dias de filmes


8 de Maio (19 e 21.30h)

Serão exibidos os filmes "A hero never dies ", de Johnnie To, na sala Trindade 1;

e "Scott Walker 30 Century Man", de Stephen Kijak, na Trindade 2.



Dia 9 (19 e 21.30h)

"En construcción", de José Luis Guerín, na sala Trindade 1;

e "Introspective", de Aram Garriga, na sala Trindade 2.



Dia 10 (16, 19 e 21.30h)

Na sala 1, estará a longa-metragem internacional premiada no Festival Indie.

Na sala 2, poderá ver-se "Kuduro - Fogo no museque", de Jorge António.



Dia 11 (16, 19 e 21.30h)

As curtas- metragens internacionais premiadas serão exibidas na sala Trindade 1.

O filme "The reinactors", de David J. Markey, estará na sala 2.



Dia 12 (19 e 21.30h)

"Occident", de Cristian Mungiu, na sala 1.

A sala 2 mostrará curtas-metragens nacionais premiadas no Festival Indie.



Dia 13 (19 e 21.30h)

"Furia", de Radu Muntean, na Trindade 1;

e "Clint Eastwood, a Life in Film", de Michael Henry Wilson, na Trindade 2.



Dia 14 (19 e 21.30h)

"Let the right one in", de Tomas Alfredson, na sala Trindade 1;

e "Gerda 85", de Patricia Gelise e Nicolas Deschuytenner, na sala Trindade 2.



Dia 15 (19 e 21.30h)

"PTU Into the perilous night", de Johnnie To, na Trindade 1;

e "Boxing day", de Kriv Stenders, na sala Trindade 2.






clicar sobre a imagem para ler em detalhe

Cordão cultural pelo Bolhão (10 de Maio, durante todo o dia)

Cordão Cultural pela preservação do Bolhão...
Dia 10 de Maio, Sábado ----» 10,30H às 18:00H

No Sábado todo o Mercado do Bolhão vai estar repleto de Música, Dança, Teatro, Artes Plásticas, Arquitectura...


Irá ser feito o Corte de Trânsito para montagem de PALCO


Estão confirmados:

-Tunas Académicas ( Tuna de Dentária e Tuna da E.S.A.P)
-Bandas Portuenses
-Fados de rua
-Intervenções de Teatro
-Ranchos Populares
-Exposições, Exibição de Documentário sobre Arquitectura e Património
-Atelier de Pintura ao ar-livre, com mestres das Artes Plásticas
-Visitas Guiadas ao Mercado
-Entre vários Músicos e Bandas:

Ana Deus
Convinha
Paulo Praça
Trabalhadores do Comércio






Ideias a considerar para o Mercado do Bolhão: o caso de Barcelona


Barcelona- Mercado da Boqueria

Por Lígia Paz,

Doutoranda na Universidade de Barcelona e docente convidada no Mestrado em Arte e Design no Espaço Público - Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

"Recentemente e pelas piores razões, a discussão sobre o futuro do Mercado do Bolhão ganhou um novo impulso. De um lado, o projecto de reconversão promovido por um grupo holandês e apoiado pelo actual executivo municipal; do outro, um activo grupo de cidadãos que desejam preservar o património arquitectónico e cultural que o Bolhão representa. Esta dualidade tem-se concentrado no edificado e nos usos inerentes ao espaço comercial que o mercado representa, deixando frequentemente de lado algumas das principais questões que integram o futuro deste espaço.

Um dos problemas que o Mercado do Bolhão tem vindo a enfrentar ao longo dos últimos anos está intimamente relacionado com o consumo local e, por conseguinte, com a progressiva desertificação da baixa do Porto. Não só tem havido uma descida acentuada das pessoas que aí habitam, como também uma profunda e notória degradação da habitação disponível nesta zona da cidade. Actualmente, os planos do executivo camarário parecem indicar uma preferência por uma reconversão de luxo, incentivando a transformação do actual parque habitacional degradado por um caro, exclusivo, e acessível a poucos - como é, aliás, o caso do próprio projecto recentemente apresentado para o interior do Mercado do Bolhão. A aceleração da especulação imobiliária é já notória em diversas zonas da Baixa, e a substituição de uma população maioritariamente pobre e envelhecida irá rápidamente dar lugar a uma exclusiva classe social de elevado poder de compra.

Esta questão é essencial em toda a problemática do Mercado do Bolhão. É importante promover a variedade de pessoas, usos, comércios; que se promova a diversidade de estratos etários e sociais. Apenas esta multiplicidade poderá garantir que o centro da cidade se desenvolva de uma forma saudável e acessível a todos. Com isto, o comércio local, no qual se insere o Bolhão, só terá a ganhar.

O aumento do número de pessoas a viver na Baixa será benéfico em diversos aspectos, nos quais se incluem: a diminuição do fluxo de tráfego (e suas consequências ambientais); o aumento de qualidade de vida para os seus habitantes; a preservação do património local. Porque o património não são apenas as fachadas dos edifícios: a sua maior riqueza reside nas pessoas, nos seus usos, costumes, tradições e hábitos culturais. Manter a aparência de um ícone cultural vivo não é preservação, é destruição do seu carácter essencial. Literalmente, uma obra "de fachada".

Retomando o referido inicialmente, sublinho que um mercado sobrevive na medida em que as pessoas nele compram. Dada a especificidade da oferta tradicional de um mercado - venda de produtos frescos -, este terá a maior fatia de consumidores em pessoas que vivam nas suas proximidades; que se possam deslocar a pé ou de transporte de curta duração, seja ele público ou privado.

É este o caso, por exemplo, do Mercado da Boquería, em Barcelona, o qual tem sido apontado como um dos possíveis exemplos a seguir. À semelhança do Bolhão, a Boquería localiza-se no centro da cidade; mas ao contrário do Porto, o centro de Barcelona é densamente povoado, dispõe de excelentes condições de acessibilidade por transporte público, e prima por um completo leque de ofertas culturais e comerciais de todo o tipo (cadeias internacionais e comércio familiar) e para todos os gostos. Para além disso, o governo da cidade chamou a si a responsabilidade pela revitalização e desenvolvimento articulados da rede de mercados municipais. É importante referir que em Barcelona não há apenas o Mercado da Boquería; há quarenta mercados espalhados pelos diversos bairros, com garantia de qualidade e diversidade de produtos – elementos que garantem que mais de 60% dos habitantes da cidade efectuam as suas compras nos mercados locais. A proximidade de um comércio de qualidade alargado tem benefícios directos na vida dos seus consumidores (redução do tempo de deslocação, produtos sempre frescos, etc), bem como para todos os habitantes da cidade (redução do fluxo de tráfego, menor congestionamento, melhor qualidade ambiental).

Encontrando potencial para repensar o modelo dos mercados do século XXI,a Câmara de Barcelona impulsionou uma estratégia abrangente para preservar e desenvolver estes espaços de comunicação e comércio. É então graças à inteligência do executivo municipal que os mercados se aliam às variadas festas tradicionais, usam painéis solares, são palcos de espectáculos diversos. Veículos para a integração multicultural, aliam-se a restaurantes, lançam livros de receitas, promovem a cooperação com organizações de fomento da coesão social, comercializam os produtos autóctones, e mais um sem-número de actividades. A actividade comercial dos mercados de Barcelona vê a sua sobrevivência e desenvolvimento não apenas na qualidade e variedade dos seus produtos, mas também na integração de actividades culturais e de lazer. Os mercados são aqui encarados como verdadeiros transmissores dos valores culturais da sociedade, contribuíndo também com a qualidade dos seus produtos para o bem-estar e saúde de todos.

Os mercados de Barcelona comprovam apenas que é possível concretizar um modelo que satisfaça as necessidades das diferentes pessoas que vivenciam o espaço urbano: novos e velhos, estudantes, reformados e empregados, turistas e residentes, ricos e pobres. E é exactamente no reconhecimento e adaptação a esta fantástica diversidade que o modelo se torna economicamente viável. É também neste tipo de investimento nos espaços cívicos que se avalia a qualidade da gestão municipal de uma cidade.

Nota: Para mais informação, aconselho uma visita à secção do
site da Câmara Municipal de Barcelona dedicada aos Mercados Municipais

Não é preciso saber catalão para compreender a dinâmica, qualidade e interesse do investimento local."




Texto retirado de:

A luta contra a degradação do ensino público e por uma educação pública de qualidade

"Todo o coração é uma célula revolucionária".
Os Edukators"

“Conte-me e eu esquecerei; ensina-me e eu me lembrarei; envolva-me e eu aprenderei.” Benjamin Franklin



A Educação de Qualidade é fundamental para a construção de sociedade mais crítica e com melhores condições de desenvolvimento humano e social. Sem educação não haverá justiça.

Para melhorar a Educação, é necessário que haja investimentos e políticas públicas que atendam as necessidades da população e que valorizem os professores.

Não se pode administrar as escolas da mesma maneira que se administra uma empresa.

A Educação não pode ser vista como uma mercadoria, não pode ser vendida; e o desempenho dos alunos não pode ser visto apenas como algo quantitativo, como um produto final.

Por isso é preciso uma mudança radical na estrutura e nas políticas educacionais no actual sistema-mundo em que estamos.

O neoliberalismo económico impõe políticas educacionais que parecem não se preocupar com a qualidade do ensino público, mas apenas com o quantitativo.

Nesta lógica, excluem-se disciplinas de humanidades do currículo escolar, funcionaliza-se e burocratiza-se, aumenta-se o numero de alunos por sala, que ficam superlotadas.

Pouco se investe na qualificação e formação de professores, que são desvalorizados, e possuem uma carga horária elevada.

O Estado, como administrador, investe pifiamente para mudar essa situação.

A lógica dos Estados neoliberais é investir pouco e entreter mais ( para formar cidadãos pouco reivindicativos e exigentes)

Portanto, é necessário lutar para mudar esta situação. Professores em Portugal, Grã-Bretanha, França, Espanha têm desenvolvido processos de luta contra a degradação da escola pública e do seu estatuto docente.


Só a Luta muda a Vida!

Melhor educação é melhor cidadania!


Adaptação livre de um texto encontrado em:
http://coordenacao-ativa.blogspot.com/

Apresentação do livro Jovens Ensaístas Lêem Jovens Poetas ( edição Deriva), com Pedro Eiras e Rosa Maria Martelo ( em Matosinhos, 9 de Maio às 21h.


Sexta-feira, dia 9 de Maio, pelas 21:00, no auditório da Biblioteca Florbela Espanca, em Matosinhos, apresentar-se-á o livro Jovens Ensaístas Lêem Jovens Poetas.

Com Pedro Eiras que coordenou a edição e Rosa Maria Martelo.


«Jovens Ensaístas Lêem Jovens Poetas começou por ser um ciclo de palestras em torno de um desafio comum. Realizou-se no dia 11 de Outubro de 2007, em quatro sessões de comunicações e debates, no Auditório da Biblioteca Florbela Espanca, com organização da Câmara Municipal de Matosinhos. (…)


Durante todo o dia 11 de Outubro, um público numeroso e fidelíssimo acompanhou e dialogou com estas leituras da mais jovem poesia. O livro que agora se publica corresponde aos doze textos, revistos, eventualmente repensados a partir dos debates. (…)


Da mais premente contemporaneidade se fala também neste livro. Os doze autores chegaram ao ensaio precisamente no momento em que os poemas aqui lidos eram escritos. Pretende-se dar conta desse encontro. Alguns dos autores deste livro, embora se apresentem aqui como ensaístas, são também poetas revelados nas décadas de 1990-2000, e chegam a ser estudados em alguns ensaios.


Geram-se pois, ao mesmo tempo, coincidências e dispersão – igual-mente produtivas. Por um lado, há referências que se cruzam, repetem, permitem definir projectos do que seja a poesia hoje. Para uma escrita necessariamente em transformação, dizem-se assim algumas cartografias possíveis.»
Do Prefácio, por Pedro Eiras



O encontro «Jovens Ensaístas Lêem Jovens Poetas» aconteceu no Auditório da Biblioteca Florbela Espanca, em Matosinhos, a 11 de Outubro de 2007, organizado pela Câmara Municipal de Matosinhos, com concepção inicial e coordenação de Pedro Eiras.


Nesse dia, a todos os títulos memorável pelo seu interesse e pela novidade no campo da crítica e do ensaio literário, ouviram-se as intervenções de Marinela Freitas, Mariana Leite, João Paulo Sousa, Catarina Nunes de Almeida, Miguel Ramalhete Gomes, Raquel Ribeiro, Margarida Gil dos Reis, Helena Lopes, Joana Matos Frias, José Ricardo Nunes, Andréia Azevedo Soares e Daniel Jonas.