24.5.09

Visita à cidade de Lençóis ( Bahia) e ao projecto Grãos de Luz e do velho Griô de educação popular baseada na tradição oral de raiz afro-indígena


Lençóis é uma cidade brasileira, na Chapada Diamantina, em pleno sertão do estado da Bahia. A cidade de Lençóis surgiu em meados do século XIX com a descoberta de muitas jazidas de diamantes na região da cidade de Mucugê. O garimpeiro é típico local. A região transformou-se depois no maior centro do coronelismo e da jagunçada.

É nessa região que se desenvolve o projecto Grãos de Luz e Griô, projecto que mobiliza e sensibiliza as comunidades através do personagem Velho Griô, um educador aprendiz, alegre e afectivo, que canta e conta histórias da cultura lençoense, inspirado na tradição oral de raízes afro-indígenas.
A magia do Velho Griô e dos griôs da tradição oral local e seus rituais de vínculo e aprendizagem encantam e enriquecem a identidade e criatividade dos educadores, crianças, adolescentes e jovens, integrando ensino informal e ensino formal na Roda da Vida e das Idades

O modelo de acção pedagógica do Grãos de Luz e Griô é vivenciado e sistematizado por meio de quatro estratégias de acção integradas. Cada estratégia de acção é direccionada a determinados sectores sociais e idades, facilitando a criação de uma roda.

O encontro das rodas chama-se Roda da Vida e das Idades, que se inspira na qualidade multissectorial, intergeracional, dançante e solidária das rodas das capoeiras, dos candomblés, das manifestações culturais indígenas, das tradições orais do noroeste da África e outras manifestações e organizações de tradição oral do Brasil.

a.
Oficinas e cooperativas com crianças, adolescentes, jovens e suas famílias.
b.
Caminhada do Velho Griô com griôs e grupos culturais nas escolas e comunidades.
c.
Integração da tradição oral no currículo de educação municipal, com educadores municipais e atores de todas as idades do sistema municipal de ensino.
d.
A Roda da Vida e das Idades, com todos os participantes, em diálogo com parceiros dos três setores sociais, conselhos municipais, estaduais e federais, universidades, projetos, programas e políticas do país e do mundo.

Quem é o Velho Griô, contador de histórias?

Primeiramente, o termo Griô é de origem francesa, Griot foi um termo cunhado por jovens africanos que foram para universidades francesas. Eles foram impulsionados pela preocupação em preservar os contadores de histórias, que carregam consigo a tradição oral. Na cultura dos povos africanos quando um Griot morre, é equivalente a um incêndio em uma biblioteca.

Os Griôs (palavra adaptada ao português), vêm de uma tradição secular, em que transmitem o conhecimento que adquiriram e que vão adquirindo durante a vida, sobre suas comunidades, podendo ser chamado de "patrimônio cultural imaterial" (tradições, costumes, práticas, técnicas, histórias dentre outros), transmitidos de geração para geração.

O Velho Griô surgiu de um desejo profundo de aprender com a tradição oral brasileira e africana, reverenciando-as e valorizando-as:
"- Surgiu da intuição de criar uma pedagogia que fosse coerente com a nossa cultura. O Velho Griô é um griô aprendiz como tantos outros que existem no Brasil. ", esclarece Lillian Pacheco
O Velho Griô canta e conta histórias. A palavra "Velho" remete à sabedoria e Griô refere-se ao personagem africano.

"A reação das crianças quando vêem o Velho Griô é de encanto e vontade de aprender. Elas se sentem valorizadas na sua linguagem e em sua forma de compreender o mundo. Elas amam compreender o ritual e ocupar seus lugares", diz Líllian.

Líllian ainda ressalta que, "quando as crianças conversam espontaneamente dizem:
- Eu conheço o Velho Griô, e a outra logo responde:
- Eu também conheço e sei contar as histórias dele.


Sobre a cidade de Lençóis ( no Brasil)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Len%C3%A7%C3%B3is

Pedagogia do Griô:
http://www.graosdeluzegrio.org.br/
http://www.sonhosebonecos.blogspot.com/





Entrevista com Lilian Pacheco, sobre a Pedagogia Griô




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Morar na favela (debate sobre o que é morar na favela com quem mora por lá)


Reprodução do vídeo do programa Atitude ( com a locutora Liliane Reis) da Tv.Brasil onde se promove um debate sobre o que é morar na favela com quem mora por lá. Com as presenças de David Amen, grafiteiro; Rapper Fiell, produtor cultural e cineasta; Bob Nadkarni, Centro Cultural The Maze; e Rodrigo Felha, cineasta..
Também é feita a apresentação da banda Filhos da Nação, da favela da Rocinha.














Canto à liberdade, e outras canções por Labordeta, cantautor de Aragón

Este Canto à Liberdade é emocionante e arrebatador. Escutem-no...


CANTO A LA LIBERTAD

Habrá un día en que todos
al levantar la vista
veremos una tierra
que ponga LIBERTAD

Hermano, aquí mi mano
será tuya en mi frente
y tu gesto de siempre
caerá sin levantar
huracanes de miedo
ante la LIBERTAD

Haremos el camino
en un mismo trazado
uniendo nuestros hombros
para así levantar
a aquellos que cayeron
gritando LIBERTAD

Habrá un día en que todos
al levantar la vista
veremos una tierra
que ponga LIBERTAD

Sonarán las campanas
desde los campanarios
y los campos desiertos
volverán a granar
unas espigas altas
dispuestas para el pan

Para un pan que en los siglos
nunca fue repartido
entre todos aquellos
que hicieron lo posible
por empujar la historia
hacia la LIBERTAD.

Habrá un día en que todos
al levantar la vista
veremos una tierra
que ponga LIBERTAD

También será posible
que esa hermosa mañana
ni tú, ni yo, ni el otro
la lleguemos a ver,
pero habrá que empujarla
para que pueda ser.
Que sea como un viento
que arranque los matojos
surgiendo la verdad
y limpie los caminos
de siglos de destrozos
contra la LIBERTAD.

Habrá un día en que todos
al levantar la vista
veremos una tierra
que ponga LIBERTAD.






SOMOS

Somos
como esos viejos árboles
batidos por el viento
que azota desde el mar.

Hemos
perdido compañeros
paisajes y esperanzas
en nuestro caminar.

Vamos
hundiendo en las palabras
las huellas de los labios
para poder besar

tiempos
futuros y anhelados,
de manos contra manos
izando la igualdad.

Somos
como la humilde adoba
que cubre contra el tiempo
la sombra del hogar.

Hemos
perdido nuestra historia
canciones y caminos
en duro batallar.

Vamos
a echar nuevas raíces
por campos y veredas,
para poder andar

tiempos
que traigan en su entraña
esa gran utopía
que es la fraternidad.

Somos
igual que nuestra tierra
suaves como la arcilla
duros del roquedal.

Hemos
atravesado el tiempo
dejando en los secanos
nuestra lucha total.

Vamos
a hacer con el futuro
un canto a la esperanza
y poder encontrar

tiempos
cubiertos con las manos
los rostros y los labios
que sueñan libertad.

Somos
como esos viejos árboles.






ALBARDA

Adiós a los que se quedan
y a los que se van también.
Adiós a Huesca y provincia
a Zaragoza y Teruel.

Esta es la albada del viento
la albada del que se fue
que quiso volver un día
pero eso no pudo ser.

Las albadas de mi tierra
se entonan por la mañana
para animar a las gentes
a comenzar la jornada.

Arriba los compañeros
que ya ha llegado la hora
de tener en nuestras manos
lo que nos quitan de fuera.

Esta albada que yo canto
es una albada guerrera
que lucha porque regresen
los que dejaron su tierra.


José Antonio Labordeta Subías (Zaragoza, 10 de Março de 1935) é um cantautor que já foi deputado nas Cortes españolas em representação da Chunta Aragonesa, integrada na Izquierda Unida. É considerado um dos principias expoentes da canção de autor em língua castelhana. A sua carreira começa em 1963, e com o álbum Cantar y callar, mas a sua canção mais famosa é Canto à Liberdade, considerado não-oficialmente como o Hino de Arágon.

http://www.10lineas.com/labordeta/index.htm


http://zaragozame.com/labordeta/

www.elpais.com/todo-sobre/persona/Jose/Antonio/Labordeta/Subias/2324/