Um blogue sobre os movimentos sociais, a ecologia, a contra-cultura, os livros, com uma perspectiva crítica sobre todas as formas de poder (económico, político, etc)
Amanhã, dia 16 de Julho, 5ªfeira, há mais um Jantar Popular a partir das 20h no Centro Social do GAIA na Moraria, a que se segue um filme que até poderia ser passada à hora do chá, mas que desta vez, será a sobremesa: TROUBLE: Teatime in Heiligendamm. Um documentário realizado por 100 realizadores, e cuja distribuição (mindpirates) é livre para ser partilhada por todos. Este filme foi lançado agora na Cimeira do G8 em L'Aquia, Itália.
O Centro Social do GAIA na Mouraria fica nas instalações do Grupo Desportivo da Mouraria, na Travessa da Nazaré, 21, 2º. A estação de metro mais próxima é a do Martim Moniz, que fica a cerca de 5-10 minutos. Também é fácil chegar ao Centro Social ou à Horta descendo a partir do Largo da Graça
Trouble is a documentary about the events surrounding the G8 Summit that took place in Heiligendamm Germany in June 2007. It received the 2008 Cinema for Peace Award for Best Documentary and was entered into competition at the Milano, Zurich and Braunschweig Film Festivals. Trouble provides an interesting look at the various sides that come together during such political events: different opinions, motivations and sometimes, very different means of expressing these views.
Vai realizar-se entre os dias 29 de Julho e 9 de Agosto a Universidade de Verão de Tamera, este ano direccionada para a necessidade de criar modelos para um futuro sem guerra.
A sobrevivência hoje em dia já não é uma questão privada, mas sim global. A Terra foi feita como um paraíso. Mas os seres humanos esqueceram-se disto. Hoje, quando amplas partes da humanidade vive em sofrimento, e uma destruição que diariamente abrange cada vez mais seres, torna-se uma questão de sobrevivência lembrarmo-nos do grande sonho original de um planeta são, um lar para tudo o que vive. Conhecemos a nossa força de realização? Sabemos o quanto pequenos grupos de pessoas conseguem alcançar quando têm uma clara visão do futuro? Quem quer terminar a Guerra precisa de uma Visão para a Paz. Após três anos da experiência de Paz Monte Cerro, o Centro de Pesquisa de Paz Tamera convida a um Verão de criação de visões.
A visão da GLOBAL GRACE VILLAGE Como será uma sociedade futura que não se baseie no medo, dominação e violência, mas sim na confiança? Que estruturas tecnológicas, ecológicas, arquitectónicas terá uma sociedade quando esta estiver em ressonância com a ordem cósmica da vida? Quando surgirão comunidades do futuro nas quais os filhos possam inteiramente confiar nos seus pais outra vez, e nos quais amantes nunca mais se tenham que abandonar? Que profissões existirão, e como as pessoas jovens poderão aprender a empenhar a sua grande força pela paz? Chamamos a esta visão de paz GLOBAL GRACE VILLAGE. Acreditamos que o primeiro modelo de paz planetário, realizado em toda abrangência e profundidade, será uma contribuição decisiva para um futuro sem guerra.
Próximos passos da realização: Aldeia de Investigação de Paz Médio Oriente De momento, em Tamera um grupo de Israelitas, Palestinianos e pessoas de outras nacionalidades preparam-se para o estabelecimento concreto de um primeiro modelo de paz. Após a Universidade de Verão, seguirão viagem para o Médio Oriente, para verificar se lá poderá surgir a primeira Aldeia de Investigação de Paz. Eles apresentarão o seu trabalho. Esperamos visitantes da Comunidade de Paz San José de Apartadó da Colômbia, e muitos outros hóspedes.
Visionários, cientistas, jovens activistas, indígenas, aventureiros do amor: Agora que as crises mundiais se sobrepõem umas às outras, em um momento no qual se revela a mudança de épocas que estamos a enfrentar, juntemo-nos para aprender a VER.
Uma nota para todos os jovens: Tamera abriu a possibilidade de um grupo de 30 jovens poderem participar na Universidade de Verão por um preço simbólico de 100 €. Este possibilidade destina-se apenas a jovens activistas com idades até 20 anos. Por favor submeta a sua candidatura até 30 de Junho. Uma vez preenchidos estes 30 lugares, pode ainda inscrever-se ao preço reduzido de 320 €. Por favor, envie a sua candidatura apenas se não puder participar aos preços normais.
Creating Models for a Future without War Invitation for the Summer University 2009 in Tamera
Participantes
Sami Awad, Palestine
Sami Awad is a teacher of non-violence, director of the Holy Land Trust in Bethlehem, Palestine. Sami comes from a Christian-Palestinian family from Jerusalem which was expelled from Jerusalem during the war in 1948. His uncle Mubarak Awad, a people?s leader in the spirit of Gandhi who lives in exile until today, became his role-model. As an adolescent Sami Awad engaged in the non-violent resistance of the first Intifada. Several times he barely avoided being imprisoned, and in order not to go to prison he went to the US. There he studied peace research and conflict resolution. Back in Palestine he founded the Holy Land Trust in Bethlehem. With this organization he taught hundreds of groups and entire villages non-violent action, they also trained dozens of teachers in non-violence. He connects the teachings of Ghandi with those of Jesus and the non-violent traditions of the Palestinian society. In 2007, he stood for election as the mayor of Bethlehem. More: http://www.holylandtrust.org/
John Devaraj, artist, social activist, Bangalore, India
John Devaraj is wellknown beyond the borders of India as an artist and social activist with a big heart for street children. He founded the "Born Free Art School". "We are committed to the idea to work in a creative way for world peace, for friendship and harmony and for the founding of communities where people are equal in a land that is called Gondwana." His theater work with children has the main target to rise consciousness not by critic and blame but with the help of the inner images of fantasy. During the Summer University he will train theater with the children and on August 6th, the Hiroshima Day, he will perform with them the musical "White Flowers".
Dieter Duhm, Portugal
Dr. Dieter Duhm, born in 1942, is psychoanalyst and sociologist and author of several books, among others, "The Sacred Matrix" and the left bestseller "Fear in Capitalism". In the German student movement of 1968, he was one of the main figures in the so-called ?emancipation debate? concerning the connection between political work and personal liberation. In spite of several offers to become a professor, Duhm left the university and his political work and became the initiator of the "Plan of Peace Research Villages and Healing Biotopes". Today, he prepares a centre for art and healing and has started to build up a global cooperative for a future without war. More: http://www.dieter-duhm.de/
Padre Javier Giraldo, Colombia
The Jesuit Padre Javier Giraldo, Bogotà, is a human rights activist. He has helped founding the Peace Community San José de Apartadó and protected and accompanied them from the beginning. He also contributes in creating the Farmers´ University of Resistance, an education initiative of peace villages and non-violent groups all over Colombia. In spite of many personal death threads he has received he has been working for peace and justice for the poorest in his country.
Vera Kleinhammes, Portugal
Vera Kleinhammes is one of the co-founders of the Peace Research Village Association. She is a graduate of the Peace School Mirja, Portugal and has been involved in peace work in crisis areas since she was 17 years old. Vera's focus lies strongly in developing educative models that support the principle of research and knowledge production in all aspects of peace work. She designs and leads workshops and courses within community settings, develops curriculums for encompassing peace studies, and study packs for youth and children.
Jürgen Kleinwächter, Germany
Physicist, Leader of the solar technology company Sunvention, Loerrach, Germany Juergen Kleinwaechter, physicist and inventor from Loerrach/Germany, has developed a variety of solar systems and components which he assembled to form an integral, multi-functional overall system ? the ?Solar Power Village?. This system, a symbiosis for plant growth and solar energy production, is designed in such a way that it can be constructed almost entirely in the user-countries. The first 1:1 Solar Power Village Modelle is being developed in Tamera. Juergen Kleinwaechter is a reliable visionary and a realist of a Solar Age. http://www.sunvention.com/ http://www.solarpowervillage.info/
Vassamalli Kurtaz, Todas, India
Vassamalli Kurtaz, member of the Tribe of the Toda in South India
For thousands of years the tribe of the Toda has been living in harmony with nature and their old tribal laws. Their traditions show what life in connectedness and harmony with nature can look like. Men and women have very different roles, yet they are absolutely equal in rights. It's the women in whose hands the community rests. However, slowly modern times are breaking in, in the form of eucalyptus reforestations which make the water for the herbs and the buffaloes -- the living basis of the Toda -- run scarce, and also by ?land stealing? by European multinationals, and in the form of cultural influence. Vassamalli Kurtaz is an impressive voice and time witness from one of the last ancient cultures, living in harmony with planet Earth.
Sabine Lichtenfels, Portugal
She is born in 1954, author, freelance theologian, peace activist and nominee for ?1000 women for the Nobel Peace Prize 2005?. Her spectrum of knowledge and activity comprises: international peace work, cooperation with the Plan of the Healing Biotopes, community knowledge, spiritual research, a new female consciousness, reconciliation between the genders, truth in love and eros. With her comprehensive knowledge and her radical commitment she is an ambassador for a global perspective for peace. She is founder of the GRACE Foundation for the humanization of money. http://www.sabine-lichtenfels.com/ http://www.the-grace-foundation.org/
Benjamin von Mendelssohn, Portugal
Both during and after completing his degree in choreography, composition and performing arts, Benjamin was active in a number of social/political organisations whose aim was to contribute to a culture of peace. This included co-founding the Peace University, Berlin and Potsdam. Throughout this working period he increasingly realised that to bring about a culture of peace that is profoundly effective and sustainable the human and social issues between people and colleagues must become the core issue. In 1998 Benjamin joined the Peace School Mirja, Portugal to go into an intensive study on the social issues. He became vice-director of the Institute for Global Peace Work in 2002 and supported the build up of a strong international network and political office. As well as this he began focussing on Israel and Palestine and developing the idea of the Peace Research Village project in 2000. As a direct descendent of the Mendelssohn family, Benjamin works closely with the background of a German-Jewish identity and was therefore highly motivated to support innovative new peace initiatives in this Holy Land. In 2005 he founded and became director of the Peace Research Village Association.
Members of the Peace Research Village Middle East Group
A group of Palestinians, Israelis and Internationals has formed to explore the possibilities of a Peace Research Village in the Middle East. They have participated in the community training and peace studies of Tamera for more than a year. Among others: Aida Shibli (Palestine): A peace activist since the first intifada who protested against the occupation and worked to empower Palestinian women. After years of political activism she saw the essential need to campaign inner peace work and spirituality and to find the parallel lines between social suppression and political suppression. Together with her 8 year old daughter she is living in Tamera. Uri Ayalon (Israel): As a journalist, pacifist, anarchist and non-violent activist against the politics of the Israeli government for many years he came to the conclusion that in order to really make a change it is not enough to fight the system but to create a new life. Taking part in the Grace pilgrimages through his country he came in touch with the changing power of spirituality, prayer and awareness. He is a co-worker of Tamera and a member of the core group of the PRV team.
Fernando Quiguanas, Colombia
Fernando Quiguanas is a young leader of the indigenous resistance movement in Colombia. Having grown up in the Nasa tribe, Colombia's biggest and most powerful indigenous tribe, Fernando has faced the cruelty of the civil war. His grandfather, a leader of the community, has taught him the tribal tradition and the knowledge of the connection to Mother Earth. His dream to liberate Mother Earth from possession and violence. In an interview he said: "I as a young person who has contact to the youth from the cities as well, know that a change is needed. We confront a massive wall. We as Nasa people must follow the way of the elders. Every young person´s life has its own unique sense. Resistance is our way of life. The resistance will exist until the sun will go out, for the spirits of the day and the night are with us."
Members of the Comunidad de Paz San José de Apartadó, Colombia
Located in one of the most violent areas of the world, the village of San José de Apartadó radically took a stand for peace in its commitment to being a village of non-violence, where no weapons are allowed. In 2007 the peace village received the Aachen Peace Award and was also nominated for the Nobel Peace Prize. Tamera has been having a close relation with this peace village for years ? there were many mutual visits and aid actions. In 2007, two young inhabitants of San José participated in the GRACE pilgrimage through Israel-Palestine, and in 2008, the GRACE pilgrimage took place in the area around the Colombian Peace Village. http://www.cdpsanjose.org/ http://www.sos-sanjose.org/
Starhawk, USA
Starhawk is a well known teacher in the modern earth-based spirituality, non-violent action and Permaculture. She is a veteran of the global peace movement, bringing the techniques and creative power of spirituality to political activism. She is a co-founder of ?Reclaiming?, an activist branch of modern Pagan religion, and the author of ten books, including The Spiral Dance: A Rebirth of the Ancient Religion of the Great Goddess, long considered the essential text for the Neo-Pagan movement and the now-classic ecotopian novel The Fifth Sacred Thing. Starhawk is based in San Francisco and travel and take part in protest for peace and justice and in many different initiatives of building alternatives. More: http://www.starhawk.org/
Lama Thubten Wangchen, Tibet/Spain
He was born in Tibet and fleet the country when he was five years old. At 16, he became a monk in the private monastery of the Dalai Lama in Dharamsala. For 11 years he studied Buddhism and became a lama, a teacher of the Dharma. In 1981, he visited Spain for the first time as a translator and in 1994, he inaugurated the "Casa del Tibet", a Tibetan cultural center in Barcelona he has led since. Thubten Wangchen has a clear political voice and is one of the most important figures of the Tibetan exile community in Europe. After his visit in Tamera, he will a host a conference with the Dalai Lama in Geneva, Switzerland. More: http://casadeltibetbcn.org/
Soname Yangchen, Tibet
Soname Yangchen, born 1973 in Tibet in the middle of the cultural revolution, daughter of a former monk, gave witness to the cruelty of the Chinese occupation when she was a child. In the age of 16 risked death in a freedom trek across the Himalayas, finally arriving in Dharamsala, home in exile of the Dalai Lama. Later she moved on to Europe where she became a wellknown singer of old Tibetan songs and wrote the bestselling book "Child of Tibet".
O local onde se situa Tamera é designado por "Monte do Cerro". Tem 1340 ha e fica na região do Alentejo, em Portugal - uma das regiões menos densamente povoadas da Europa. A forma da propriedade assemelha-se a uma águia que pousa, e por essa razão esse tornou-se o nosso logótipo. O local tem muitas pequenas lagoas e algumas nascentes de água fresca, florestas de eucaliptos e sobreiros, e prados. Os Verões são habitualmente quentes e secos, o Inverno é a estação das chuvas, apesar das mudanças climáticas e de terem existido algumas secas nos últimos anos.
A terra ainda sofre pela destruição das florestas e outros maus-tratos agrícolas em toda a região durante as últimas décadas. É o nosso desafio tornar o Monte do Cerro um paraíso natural outra vez. Tamera tem boas relações com os seus vizinhos, porque os Alentejanos são pessoas hospitaleiras e amigáveis. A terra e os seus habitantes passaram por grandes mudanças nas últimas décadas - ditadura, opressão, até fome, uma revolução não-violenta, integração na UE, e agora o imenso impulso da globalização. Muitos vêem Tamera como uma hipótese e um modelo para uma vida diferente.
Tamera - Healing Biotope 1 Monte do Cerro 7630 Colos Odemira Portugal
Tamera is a peace research village with the goal of becoming “a self-sufficient, sustainable and duplicatable communitarian model for nonviolent cooperation and cohabitation between humans, animals, nature, and Creation for a future of peace for all.". It is also often called a “healing biotope.".Literally translated, "biotope" simply means a place where life lives. In Tamera, however, “healing biotope” is also described as a “greenhouse of trust,” “an acupuncture point of peace,” and “a self-sufficient future community."
Campo Aberto opõe-se à adulteração dos jardins e sua transformação área de negócios, e lembra que existem alternativas
A 23 de Junho de 2009, o Executivo da Câmara Municipal do Porto aprovou uma intervenção no Pavilhão Rosa Mota com os votos favoráveis do PSD, CDS e PS. A notícia seria boa se estivesse meramente em causa a recuperação do espaço para utilização em eventos de lazer, desporto e cultura abertos à população. Mas o projecto envolve, além da recuperação do Pavilhão, a construção de um novo edifício que se estende desde aquele até à Capela de Carlos Alberto.
Com esta nova construção destrói-se de forma irreversível uma parte do jardim com cinco décadas: treze árvores adultas serão derrubadas (3 Sóforas e 10 Ciprestes-de-Leyland) e 17 outras estarão em risco de sobrevivência devido às obras (sete Cedrus deodara, um Castanheiro-da-Índia, um Liquidâmbar, dois Salgueiros, um Plátano, um Pinus radiata, um Acer campestre, um Acer negundo e duas Magnólias-de-Soulange). O lago (apelidado de “charco” pelo arquitecto José Carlos Loureiro, responsável pelo projecto) será rodeado por uma construção que descaracterizará a zona, transformando uma zona verde numa muralha de betão.
Nada justifica a construção de um edifício para congressos com cerca de 2500 m2 num dos mais extraordinários jardins de que a cidade dispõe. Existem aliás a curto espaço de tempo tanto a Exponor como o Europarque, com excelentes condições para o tipo de congressos que se pretende atrair. Se a existência de boas vias de comunicação é motivo para se encerrarem urgências hospitalares, cremos que o mesmo argumento justifica a não multiplicação de equipamentos com funções semelhantes num território como o da Área Metropolitana do Porto. Em alternativa, e apenas se isso se justificar em termos de procura, a Campo Aberto sugere a construção de um edifício de raiz numa área deprimida que precise de uma âncora ser recuperada. Não seria difícil imaginar, por exemplo, a demolição do silo-auto, um verdadeiro cancro no centro da cidade, ou a reconversão de prédios devolutos na rua Mouzinho da Silveira.
De notar que o projecto camarário não poderá avançar sem uma alteração do Plano Director Municipal, visto que este consagra os jardins do Palácio de Cristal (naturalmente) como zona verde pública. Trata-se de um processo algo moroso e que obriga à realização de uma fase de participação pública. Esta determinação do PDM não é um acaso: faz todo o sentido que as zonas verdes sejam sossegadas. O que o município pretende é uma adulteração profunda da razão de ser daquele espaço, transformando um local de lazer e descanso numa área de negócios. Os portuenses não merecem semelhante dislate!
Desde que a gestão dos jardins do Palácio de Cristal foi retirada à Porto Lazer e de novo entregue ao Pelouro do Ambiente da Câmara as melhorias têm sido evidentes. Não se repetiram as podas violentas das tílias - contra as quais a Campo Aberto já se havia pronunciado -, novos arbustos e árvores têm sido plantados e criou-se um novo jardim (o Jardim das Cidades Geminadas). Com a infeliz ideia de construir um edifício em área ajardinada, a Câmara do Porto inverte a tendência de melhoria que se vinha verificando e demonstra um total desrespeito pelo património da cidade.
A Campo Aberto apela à Câmara Municipal do Porto para que tenha um pouco de bom senso e altere o seu projecto abolindo a construção de edifícios nos Jardins do Palácio de Cristal – mantendo, contudo, a renovação estrita do Pavilhão Rosa Mota. Apelamos ainda ao IGESPAR, no âmbito das suas competências, para que não aprove o projecto proposto pela autarquia e impeça assim a destruição de uma parte importante dos jardins.
Em qualquer dos casos, é imprescindível que o município seja coerente com a política de sustentabilidade a que recentemente se comprometeu, não deteriorando os espaços verdes da cidade e precedendo sempre qualquer alteração relevante de um amplo debate público.
Nota 1: a Campo Aberto disponibiliza detalhes sobre o projecto de intervenção na sua página.
Anualmente, em Julho, a 700m de altitude há uma Aldeia do Xisto – Cerdeira – que protagoniza uma exposição/encontro artístico – «Elementos à Solta».São convidados artistas para residir, expôr, trabalhar ao vivo e conviver com o público em cenário natural.
Foi a vontade de retirar as Artes dos recintos fechados, de «povoar» e realçar a beleza desta Aldeia do Xisto recuperada, de voltar a colocar os materiais transformados perto das suas raízes, que levou Kerstin Thomas, uma alemã residente na aldeia há 20 anos, a conceber «Elementos à Solta».
«Elementos à Solta» nasceu num ambiente privilegiado: uma ALDEIA do XISTO recuperada, uma SERRA com fauna e flora endémica, MÚSICA e ARTE.Apesar de Natureza e Arte coexistirem desde sempre, raramente a Natureza é escolhida como cenário de mostra de trabalho. Museus e Galerias são normalmente os locais de eleição para mostrar o que o HOMEM concebe inspirado na NATUREZA – a ARTE. Aqui o MUSEU é ao ar livre!
Este ano, a 4ª edição dos «Elementos à Solta» aconteceu no passado fim-de-semana, 11 e 12 de Julho. Houve Música e a Arte a conviverem com a Natureza, para 2009, e realizaram-se diversos workshops, para além das habituais exposições, ateliers, e provas de chás biológicos e sal aromático. Não faltaram evidentemente os petiscos da Serra da Lousã, e um bar para servir os forasteiros
Este encontro artístico em cenário natural começava loga à entrada da aldeia com uma exposição colectiva dos artistas, e desenrola-se ao longo do percurso pela aldeia. Podia-se apreciar e adquirir obras artísticas em ferro, barro, madeira, papel e têxtil.
Convidados especiais LUIS CORREA E NANCY RODRIGUEZ (CUBA)
Este ano, os Elementos à Solta inovaram e tinham à sua disposição 5 ateliers onde podia-se interagir com os artistas e com as matérias. Cerâmica, tecelagem, escultura em papel, ferro e madeira são as artes que se podia experimentar.
Quanto à música, a animação esteve a cargo da Astedixie Jazz Band Formada em 1998 com o objectivo de divulgar o dixieland, a Astedixie Jazz Band já percorreu inúmeros palcos por todo o país e no estrangeiro. Composta por 5 elementos e oriunda da Lousã, a Astedixie Jazz Band trouxe os sons característicos de New Orleans, provocando a boa disposição, característica deste estilo musical.
Instrumentista, compositor e construtor de instrumentos, Fernando Meireles veio novamente este ano alegrar a aldeia com o som da Sanfona. Amante da música de cariz tradicional desde longa data e fundador do grupo «Realejo», Fernando Meireles é, neste momento, o maior impulsionador e o único construtor deste instrumento em Portugal. http://www.myspace.com/manbellas
A Planta do Xisto também esteve presente nos Elementos à Solta. Nascidas na aldeia, estas plantas aromáticas, condimentares e medicinais são produzidas em Agricultura Biológica.
Pudemos provar e adquirir 100% natural – chás e sal aromático – ou, ainda, plantas em vaso.