28.11.07

A Tertúlia Liberdade organiza acção dos 200 anos de denúncia da escravatura


Nos dias 8 e 9 de Dezembro a Tertúlia Liberdade organiza na Livraria Ler Devagar (junto ao Poço do Bispo, em Lisboa) uma acção de denúncia da escravatura, uma condição a que ainda hoje estão sujeitos milhares de seres humanos.


200 anos de denúncia da escravatura (1807-2007)


8 e 9 de Dezembro
Livraria Ler Devagar
Poço do Bispo, Lisboa

Programa

Sábado, 8 de Dezembro

Das 18:00 às 20:00 - Comunicações de Paulo Guimarães, historiador (Portugal); Tereza Neves, historiadora (Cabo Verde); Zaluar Basílio, economista (Portugal); representante do jornal Gueto, dos bairros de africanos dos subúrbios de Lisboa; Sérgio Mesquita, historiador (Brasil); e Robert King (EUA)



Domingo, 9 de Dezembro

Das 18:00 às 19:30 - Projecção do filme «Quilombo» de Carlos Diegues

Das 19:30 às 21:30 - Jantar africano (inscrições : tertúlia.liberdade@yahoo.com )

A partir das 21:30

- Música com José Mário Branco, Naidy Barreto, Tino Flores, Cantadores da Rusga, Couple Coffee, Kova.M.Most e Kumpanhia Algazarra

- Poesia por Maria das Graças e Pedro Mota

- Capoeira (colaboração de mestre Chá Preto)

- Cinema (colaboração da Casa do Brasil)

- Exposição


ENTRADA LIVRE

Organização: Tertúlia da Liberdade
http://tertulialiberdade.blogspot.com/

Inscrições e contacto por e-mail:



Esta será a primeira iniciativa da Tertúlia Liberdade. Faz agora dois séculos que foi promulgado um decreto na Câmara dos Lordes inglesa, em que se abolia o tráfico de escravos.

Uma vez que Portugal foi um dos principais fomentadores do comércio de escravos, considerámos que esta data não deve ser ignorada, como tudo indica os diversos (i)responsáveis se preparam coerentemente com os seus interesses e dependências para fazer. Entendemos também que o assinalar desta data não será uma festividade, mas sim uma denúncia.

Denúncia não só do passado, com o domínio do homem através da escravatura, mas também das novas formas de exploração salarial que muitas vezes, prolongam a dependência dos seres humanos, não já sob a degradada forma da posse das pessoas através da desumana sociedade esclavagista, mas num regime de exploração salarial que reduz os seres humanos a utensílios da valorização do capital.

O nosso foco incidirá particularmente sobre a escravatura passada, entretanto abolida, mas não deixará de referir as actuais formas de exploração, com o seu cortejo de diferenças sociais, precariedade, desemprego e utilização do ser humano, sem respeito pela sua dignidade e liberdade. Interessa-nos realçar as diferenças e pontos de contacto entre estas duas sociedades. Não se pode compreender o presente sem perceber o passado.

Será a partir da denúncia das actuais formas de exploração que poderemos basear a continuidade deste actividade. Projecto este que encontrará a razão de ser através da participação activa das comunidades imigrantes, das suas associações, que conhecem bem as novas formas de exploração. Será em conjunto com associações e as comunidades que fará sentido prosseguir com a actividade. Não queremos que este assinalar do 2º centenário do início da abolição da escravatura seja um acto isolado.

Queremos acentuar a tónica sobre a destruição das sociedades fornecedoras de escravos e a acumulação de capital daí resultante para os países esclavagistas e beneficiários desse hediondo comércio. Entendemos que a escravatura praticada ao longo de séculos configurou desigualdades sociais persistentes à escala portuguesa e mundial que constituem hoje, factor de graves injustiças sociais e focos de tensão social e política A escravatura passada ajuda-nos a perceber a evolução histórica até aos dia de hoje, em que se atingiram as formas mais elaboradas de exploração.





TERTÚLIA LIBERDADE - QUEM SOMOS

Breve e necessária apresentação da Tertúlia Liberdade.


Um grupo de pessoas amantes da liberdade, alguns dos quais aqui chegados cansados das maquinações de poder dos partidos políticos , decidiram juntar-se numa perspectiva de auto-organização para abordar em conjunto questões sociais, políticas e culturais e levar à prática as iniciativas que entendermos pertinentes em cada momento.

As actividades que iremos promover serão autogeridas e fomentarão a autonomia dos participantes, as suas capacidades e iniciativa. Cada membro, ou grupo participante, terá a sua autonomia.

Do nosso diálogo nasceu a primeira iniciativa. Outras se seguirão.


CONTACTA-NOS: tertulia.liberdade@yahoo.com


Oficina prática de produção local de sementes

A herdade do Freixo do Meio vai realizar, em conjunto com a Colher para Semear, no dia 1 de Dezembro de 2007 – sábado, uma Oficina Prática de Produção Local de Sementes.
A formação terá a orientação do José Miguel Fonseca.

A associação COLHER PARA SEMEAR fundamenta a sua existência na necessidade de preservar e incentivar o cultivo das variedades regionais e locais, demonstrando a todos a importância de perpetuar no futuro este legado ancestral.
No decurso desta oficina procurar-se-á demonstrar as vantagens de preservar as variedades tradicionais, promovendo a sustentabilidade dos produtores locais e fomentando a reflexão sobre algumas perspectivas económicas e sócio-culturais associadas ao cultivo destas variedades.
O programa desta oficina contempla aspectos relacionados com técnicas de cultivo, colheita e preservação das variedades tradicionais. São analisados os diferentes tipos de polinização e as estratégias para a manutenção da pureza varietal, tendo em atenção as características das variedades e as suas condicionantes botânicas. Os interessados em participar nesta iniciativa poderão ainda pôr em prática as técnicas de extracção de sementes pelos métodos húmido e seco. A finalizar serão abordados aspectos relacionados com a selecção e conservação das variedades cultivares.

Para mais informações e inscrições contactar o 266892452.

A formação irá desenrolar-se no período das 10h-13h e das 15h-17h, na Herdade do Freixo do Meio, Foros de Vale de Figueira, e o preço da inscrição é de 10€, para a formação e 15€ para o almoço (agradece-se a reserva prévia) a pagar no próprio dia em cheque ou dinheiro.

Workshop de Permacultura – 1 e 2 de Dezembro de 2007 – Ferreira do Alentejo


Workshop de Permacultura


1 e 2 de Dezembro de 2007


Ferreira do Alentejo – Centro Cultural Manuel da Fonseca


Sábado e Domingo das 10.00h. às 18.00 com almoço entre as 13.00h. e as 14.00h.


Inscrições (gratuitas) no Museu Municipal de Ferreira do Alentejo.


Na Esdime por telefone (284 650 000/932950028 –natàlia), por fax 284 655 274 ou por e-mail; natalia.tost@esdime.pt


Natàlia TostEsdime - Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste

Rua do Engenho,

107600 -337

Messejana

tel. 284 650 000

fax. 284 655 274

tm. 932 950 028

Sessão sobre a Palestina (no Museu República e Resistência, no dia 30 Novembro às 18h.30)




Dia 30 Novembro pelas 18:30h


sessão sobre a Palestina


na Biblioteca-Museu República e Resistência



Rua Alberto de Sousa, n.º 10A – Lisboa

(metro: Cidade Universitária)


com a participação da Sra. Embaixadora, José Saramago, etc.

A parte dos rendimentos dos trabalhadores no PIB da União Europeia tem caído continuamente nos últimos 30 anos

A percentagem dos salários no PIB da União Europeia caiu de 70% para 58% nos últimos 30 anos

Os trabalhadores europeus recebem um fatia cada vez menor da riqueza produzida nos países da União Europeia.
No Relatório agora divulgado sobre o mercado de trabalho na UE conclui-se que os rendimentos do trabalho atingiram em 2006 um mínimo histórico da ordem dos 58% do PIB da União Europeia, o que representa uma queda abrupta se considerarmos que em 1975 a quota parte da riqueza gerada pela actividade económica entregue aos trabalhadores era da ordem dos 70%.

Curiosamente o mesmo relatório informa que a diminuição da quota da riqueza entregue aos trabalhadores nas últimas 3 décadas não é um facto exclusivo da União Europeia, pois a mesma tendência se verifica nas economias desenvolvidas, como a do Japão e dos EUA.

Afirma-se ainda que a desvalorização dos rendimentos do trabalho se deve à globalização, à abertura dos mercados e aos avanços tecnológicos, uma vez que o investimento em capital se mostra mais rentável para as empresas, o que explica também que o ritmo de crescimento dos rendimentos das empresas tenha sido muito maior que o verificado para os rendimentos entregues aos trabalhadores.

A perda de peso dos rendimentos do trabalho em favor dos rendimentos do capital contribui para uma maior desigualdade e coloca em risco a coesão social, lê-se no relatório

Em Portugal o ano de 1975 marca o momento em que a percentagem dos rendimentos dos trabalhadores no conjunto do rendimento nacional foi maior, vindo a partir de então a descer continuadamente até atingir um mínimo histórico nos últimos anos.

Hoje há manifestação dos estudantes do ensino superior no Porto (14h na Pr Gomes Teixeira, aos Leões)

Estudantes do Porto do ensino superior manifestam-se esta quarta-feira por uma educação gratuita e de qualidade para todos

Um grupo de estudantes do ensino superior, críticos da actuação da Federação Académica do Porto (FAP), promove quarta-feira uma manifestação em defesa de uma educação pública gratuita e de qualidade para todos.

"Defendemos que a educação não é um negócio, é um direito", afirmou António Valpaços, um dos promotores da iniciativa, em declarações à Lusa.
Para este estudante da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a manifestação, que terá lugar na Praça Gomes Teixeira, frente à Reitoria, pretende "mostrar o descontentamento" dos estudantes relativamente a várias questões.

O Processo de Bolonha é um dos alvos dos protestos, alegando António Valpaços, que este processo de equiparação de cursos do ensino superior na União Europeia "tem prejudicado muitos alunos".
Por outro lado, as críticas dos estudantes dirigem-se ao governo, questionando a criação de um sistema de empréstimos para os alunos do ensino superior, que consideram ser "uma forma do Estado se desresponsabilizar".
"Isto de ter que pedir um empréstimo para poder estudar, faz com que se comece a vida activa endividado. O Estado é que deveria assumir a responsabilidade destes custos", defendeu António Valpaços.
O aumento das propinas, a redução da participação dos estudantes nos órgãos de gestão das instituições do ensino superior e a destruição da acção social escolar são outras das críticas que vão ser apresentadas neste protesto.
A iniciativa realiza-se sem o envolvimento da Federação Académica do Porto, que os promotores do protesto consideram ter uma posição "muito passiva" em relação às questões que estão em causa.
"Há uma passividade clara da FAP em relação a estas questões. Não basta tomar posição pública, é preciso contactar os estudantes para lhes explicar o que está em causa", frisou António Valpaços.