30.9.08

O Charlatão = José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal


Numa rua de má fama
faz negócio um charlatão
Vende perfumes de lama
anéis de ouro a um tostão
enriquece o charlatão
………………………
Entre a rua e o país
vai o passo de um anão
vai o rei que ninguém quis
vai o tiro de um canhão
e o trono é do charlatão


Excertos do Poema “O Charlatão” de Sérgio Godinho


Montagem de fotografia e palavras retiradas do excelente blogue:

O fim-de-semana europeu de observação de aves (EuroBirdwatch) - 4 e 5 de Outubro de 2008 - em Portugal





Irá decorrer nos dias 4 e 5 de Outubro, o Fim-de-Semana Europeu de Observação de Aves, iniciativa integrada no BirdLife EuroBirdwatch 2008, organizado em Portugal pela SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves).

Em todo o país prevêm-se múltiplas actividades durante o próximo fim-de-semana a propósito do estudo e observação das aves.

Damos conta das actividades promovidas pelo CEAI (Centro de Estudos da Avifauna Ibérica) de Évora.
A primeira actividade (ex. saída de campo) terá lugar no sábado, 04 de Outubro na região de Moura-Mourão-Barrancos que é composta por habitats essenciais para a conservação de diversas espécies de aves ameaçadas. Por isso, a região está classificada como Zona de Protecção Especial para as Aves (ZPE), ao abrigo da Directiva Aves da União Europeia. Para além da avifauna, a região é igualmente importante a nível europeu para a flora e outras espécies da fauna, o que levou à criação do Sítio de Interesse para a Conservação Moura-Barrancos, classificado pela Directiva Habitats.

A segunda iniciativa (saída de campo) irá decorrer no dia 05 de Outubro na Lagoa dos Patos em Alvito. Nestes passeios poderá não só apreciar estas zonas de elevado interesse ecológico e natural, como observar algumas aves que escolhem estes locais como seu habitat.

Para participar ou para mais informações, os interessados podem contactar a Carolina Bloise através do número de telefone 266 746 102/962 092 624 ou pelo endereço de correio electrónico
cbloise@ceai.pt.




Em Portugal, serão várias as localidades a receber as iniciativas do Fim-de-semana Europeu de Observação de Aves. Vila do Conde, Miranda do Douro, Figueira de Castelo Rodrigo, Parque Natural da Serra da Estrela, Lagoa de Óbidos, Porto Moniz, Funchal, São Miguel e Pico são apenas alguns dos locais onde serão organizados, desde passeios pedestres até viagens de barco.
Saiba mais em http://www.spea.pt/



1. Observação de aves em Moura-Mourão-Barrancos
Tipo: Saída de campo
Data: 4 Outubro 2008
Organização: CEAI - Centro de Estudos da Avifauna Ibérica
Enquadramento/Descrição: Deslocação em viaturas do CEAI desde Évora até à zona da visita. Percursos de carro e pedestre.
Local: Mourão-Moura-Barrancos
Guia: João Luís Almeida
Destinatários: Todos os interessados
Início: 8h00 na sede do CEAI
Final: 18h00
Nº participantes: 12
Preço: Grátis
Recomendações: Guia de aves, binóculos, máquina fotográfica, vestuário e calçado adequado para a época do ano e para andar no campo, chapéu, água e merenda para o dia.
Inscrições: Carolina Bloise 266 746 102/962 092 624


2. Observação de aves na Lagoa dos Patos
Tipo: Saída de campo
Data: 5 Outubro 2008
Organização: CEAI - Centro de Estudos da Avifauna Ibérica
Enquadramento/Descrição: Deslocação em viaturas do CEAI desde Évora até à zona da visita.
Local: Lagos dos Patos (Alvito)
Guia: João Luís Almeida
Destinatários: Todos os interessados
Início: 8h00 na sede do CEAI
Final: 13h00
Nº participantes: 12
Preço: Grátis
Recomendações: Guia de aves, binóculos, máquina fotográfica, vestuário e calçado adequado para a época do ano e para andar no campo, chapéu, água e merenda.
Inscrições: Carolina Bloise 266 746 102/962 092 624


CEAI - Centro de Estudos da Avifauna Ibérica
Rua do Raimundo, nº 119 Apartado 535 7002-506 Évora
tel: 266746102 fax: 266745782
lmorango@ceai.pt


Saída de Campo para Observação de Aves na Albufeira do Caia – 4 de Outubro


Integrada no "Fim-de-semana Europeu de Observação de Aves 2007", o Núcleo Regional de Portalegre da Quercus – ANCN, vai organizar no próximo dia 4 de Outubro, Sábado, uma saída de campo para observação de aves na Albufeira do Caia.


O "Fim-de-semana Europeu de Observação de Aves" celebra a incrível beleza das aves
existentes no nosso continente e tem como objectivo o fomento da conservação das Aves e dos seus Habitats. É uma iniciativa promovida pela associação BirdLife International, sendo coordenada em Portugal pela Sociedade Portuguesa para o Estudo de Aves (SPEA).



A Quercus associa-se a este evento, organizando diversas saídas de campo para observação de aves, sendo que a actividade no distrito de Portalegre decorrerá na Albufeira do Caia (concelhos de Arronches/Elvas/Campo Maior) no dia 4 de Outubro, durante o período da tarde.


Esta saída, que será guiada por colaboradores com experiência na área, abrangerá os diferentes níveis que os participantes possam apresentar, pelo que será aberta a todos os interessados. Para além do percurso pedestre, dirigido à observação, que iremos realizar na zona, a
actividade constará também de uma breve abordagem inicial a esta temática.



O início da actividade está previsto para as 14.30 horas, sendo o ponto de encontro em Arronches, no Largo Serpa Pinto, junto ao Centro de Educação Ambiental da Cam. Municipal. As inscrições, gratuitas, devem ser efectuadas por e-mail ou telefone, para os contactos do Núcleo Regional (portalegre@quercus.pt ou Telfs.: 96 010 70 80 // 93 942 63 71).



Apoio: Município de Arronches, Projecto RAIA – Recanto Alentejano de Interpretação Ambiental

QUERCUS - Associação Nacional de Conservação da Natureza
Núcleo Regional de Portalegre
Apartado 163, 7301-901 PORTALEGRE, Telefs: 96 010 70 80 / 96 020 70 80
E-mails:
portalegre@quercus.pt / quercus.portalegre@gmail.com

Web page: www.quercus.pt

"Se esta rua fosse minha..." - festa das artes na Rua Cândido dos Reis a 4 de Out. no Porto, a partir das 14h.

Cartaz com a programação

Clicar por cima da imagem para ampliar e ler em detalhe



Plano B
Rua Cândido dos Reis nº 30
(aos Clérigos)
geral@planobporto.com

Fotografias do mesmo evento no ano passado:

As fotos foram retiradas de:
http://www.porto.taf.net/dp/

7ª edição d' O Gesto Orelhudo ( 3 a 10 de Outubro em Águeda)



A 7ª edição do Festival ‘O Gesto Orelhudo’ realiza-se de 3 a 10 de Outubro em Águeda! Este certame de referência dedicado à musicomédia internacional, apresenta a sua mais planetária edição de sempre, com grupos e artistas da Alemanha, Itália, França, Espanha, Portugal, Cuba, Equador, Argentina e Austrália.

Vários espectáculos premiados internacionalmente fazem parte do cartaz desta 7ª edição do festival “O Gesto Orelhudo”, insólito e extravagante evento que o país já assumiu na sua agenda cultural e que é fértil em descobertas e estreias em Portugal.
Este ano, há a animação de rua dos alemães Pas Par Tout, as músicas de circo dos catalães Dúmbala Canalla, a comicidade musical inigualável dos italianos Microband, o virote fanfarrão dos lisboetas O Menino é Lindo, o flamenco cómico dos latino-americanos Lost Locos, a saudável loucura do tangueiro argentino Daniel Melingo, a música explosiva e entusiasmante dos franceses Vaguement la Jungle, a estreia europeia do fabuloso humorista e malabarista australiano Joel Salom, o palco cheio no concerto de Toques do Caramulo & Galandum Galundaina e a descarga de energia dançante dos galegos A Tuna Rastafari.

O Festival "O Gesto Orelhudo", uma das mais ousadas propostas da d’Orfeu ao país cultural, apresenta a cada edição uma programação internacional recheada do que de melhor se produz, no nosso planeta, em termos de fusão músico-teatral. À música e ao teatro junta-se o novo circo, numa programação transdisciplinar que exulta o burlesco e o humor.
O festival instituiu há muito a figura do "musicómico", conceito de artista que vive este cruzamento de fusões, da música com o teatro e de ambas com o humor.

O festival decorre diariamente na habitual Tenda do Espaço d’Orfeu embora o concerto de encerramento tenha lugar no Cine-Teatro São Pedro, sempre na cidade de Águeda. O festival contemplará ainda programação paralela nas ruas e escolas secundárias da cidade, com os alemães Pas Par Tout.

O festival encontra nas parcerias de programação uma alavanca para a grande expressão do seu cartaz, garantindo extensões pelo país de alguns dos espectáculos internacionais, nesta edição em colaboração directa com o Cine-Teatro de Estarreja, o Festival de Teatro Cómico da Maia / Teatro Art’Imagem, o Festival Y / Quarta Parede / Teatro Municipal da Guarda, o ciclo LAAConcerto e o Teatro Virgínia (Torres Novas).


NOVIDADES PARA O ESPECTADOR

Nesta edição, o festival introduz dois serviços à disposição do espectador, pensados para a sua comodidade. Durante os espectáculos para maiores de 6 anos – Microband, Melingo e Gadgets -, haverá um serviço gratuito de Babysitting a funcionar na d’Orfeu, mediante inscrição prévia. Os pais podem, assim, deixar os bebés e crianças até àquela idade ao cuidado de monitores, enquanto assistem aos espectáculos, vivendo na plenitude o festival. No âmbito das inovações tecnológicas, no Espaço d’Orfeu será disponibilizada, via Bluetooth, uma aplicação dinâmica que os espectadores poderão descarregar gratuitamente no seu telemóvel, com todos os conteúdos sobre o festival: programação completa, apresentações de todos os espectáculos, dados sobre bilhetes/pontos de venda e outras informações úteis sobre esta 7ª edição. Um festival mais próximo de todos!



d'Orfeu Associação Cultural
Rua Engº. Júlio Portela, 6
3750-158 Águeda PORTUGAL

tel. +351 234 603 164
fax +351 234 604 842

http://dorfeu.blogspot.com/


PROGRAMA


Sex 3 Outubro, Espaço d’Orfeu

22h00 Pas Par Tout (Alemanha)
Este trio faz da rua o seu palco. O riso é o propósito das suas animações músico-teatrais cheias de momentos burlescos. ‘Klops’ é uma pequena comédia musical sem palavras, em que três velhos loucos fazem o seu número: não se diria que são trapalhões, antes atrapalhados. Os alemães apresentam ainda ‘Cock Tales’, animação itinerante em que o público é surpreendido por personagens musicais saídas directamente do... galinheiro.

23h00 Dúmbala Canalla (Barcelona)
Músicas de circo, ciganas, marcianas, catalãs e outros estilos festivos por inventar. O concerto dos Dúmbala Canalla, uma espécie de banda nómada, vai dar num grande fim-de-noite na tenda. Festa absoluta em palco e fora dele!

Sáb 4 Outubro, Espaço d’Orfeu

22h00 Microband (Itália)
A orquestra sinfónica mais pequena do mundo. Ei-los de volta, melhores que nunca. Não se esgota a originalidade e criatividade dos Microband, uma referência mundial da música cómica. O musicalmente impossível torna-se possível às mãos deste duo que combina um virtuosismo instrumental quase acrobático com uma comicidade inigualável. Um (des)concerto hilariante para deixar o público do Gesto Orelhudo de boca aberta!

23h30 O Menino é Lindo (Portugal)
O Menino é Lindo é uma pequena fanfarra de Lisboa, inspirada na tradição dos grupos de sopros que acompanham as marchas populares. É composta por músicos de craveira e um animador de serviço que lhe dá para onde está virado. Atreve-se a improvisar, cantar e pôr tudo num virote! O público vai fazer parte da festa.

Seg 6 Outubro, Espaço d’Orfeu

21h45 Lost Locos (Cuba, Equador, Argentina)
Quem se lembra de Paul Morocco & Olé!, lembra-se seguramente de um dos mais extravagantes espectáculos de sempre no Festival ‘O Gesto Orelhudo’. O cómico guitarrista inglês, no registo que o deixou célebre, concebeu este novo espectáculo ‘Lost Locos’, dando azo à sua saudável loucura, ao juntar três guitarristas escolhidos a dedo na Alemanha: o argentino Juan Portela, o equatoriano Ruben Alvear e o cubano Carlos Chavez.Só pela amostra, é o mais internacional dos espectáculos desta edição d’O Gesto Orelhudo. É indescritível o que acontece às guitarras flamencas dos três ‘machos’ latinos apaixonados por si próprios, que competem entre si, julgando-se verdadeiros ídolos. As armas são as suas guitarras, altamente artilhadas. O público leva por tabela. Um espectáculo louco de sedução, comédia e música a um ritmo alucinante. Com a marca inconfundível de Paul Morocco, mais uma vez imperdível!

Ter 7 Outubro, Espaço d’Orfeu

21h45 Melingo & Maldito Tango (Argentina)
Daniel Melingo é magnífico. Cantor-actor de tango, tout court. Melingo estrupia as entranhas à canção urbana de Buenos Aires e entrega-a amanhada ao público, numa obsessão musical pelas raízes mais mundanas do tango. Impertinente, o nosso homem é requinte. Goelas de boémia de um velho canalha do tango cantado e vivido, a sedutora malícia do tango na voz grave e quente de um artista de corpo inteiro. Daniel Melingo desmonta os códigos do tango, perverte-o, subverte-o, canta-o como ninguém. As canções na voz de Melingo são, todas elas, peças raras. Última coisa: é absolutamente necessário vê-lo em palco, no seu acto soberbo de cantar com todos os sentidos. Um equilíbrio assaz precário sem ordem no jogo cénico, uma mímica simbiótica que arranca risos mas que, às páginas tantas, incomoda. Uma postura trágico-cómica a cantar cada história. Melingo vai para onde o tango o leva. E nós vamos atrás.

Qua 8 Outubro, Espaço d’Orfeu

21h45 Vaguement la Jungle (França)
Vaguement la Jungle são quatro músicos extraordinários que se conheceram a tocar nas ruas. Desde esse improvável encontro, este grupo de quarentões vem obtendo, na cena internacional, uma crescente notoriedade. Destilam uma música generosa com um espírito cáustico e libertário. Esta trupe de músicos aventureiros chega aos palcos e faz-se rapidamente adoptar pelo público, instalando a festa e a saudável loucura. O universo musical do grupo é uma deliciosa mistura sem fronteiras, um caldeirão borbulhante de estilos musicais, em que nenhuma influência dos quatro músicos é desperdiçada. A fusão é incontornável, pois não sabem fazer música de outra maneira. O resultado é um banho de energia em cada concerto, um verdadeiro remédio contra o tédio. Música altamente positiva para uma das grandes noites do Gesto Orelhudo!

Qui 9 Outubro, Espaço d’Orfeu

21h45 Gadgets (Austrália)
O comediante australiano Joel Salom combina malabarismo, acrobacia e humor, num dos mais fascinantes espectáculos desta edição. É um artista excepcional, um prodígio de técnica e um refinado humorista. Joel recorre ainda à tecnologia para fazer do espectáculo uma experiência única que inclui raios laser, percussão electrónica com bolas num interface digital e mais uns quantos truques e engenhocas. A acompanhá-lo, dois fantásticos multi-instrumentistas, Jim Dunlop e Marko Simec, os musicómicos de serviço, numa partitura original que divaga pela pop, clássica, metal e jazz. O membro mais acutilante do grupo é o pequeno e satírico Erik, o cão-robot, um ‘terrier’ de lata controlado à distância que é o alter-ego inconveniente de Joel Salom. Gadgets é um êxito retumbante por toda a Austrália e Nova Zelândia e chega agora a Portugal através do Festival ‘O Gesto Orelhudo’.

Sex 10 Outubro

21h45 Toques do Caramulo & Galandum Galundaina [Cine-Teatro São Pedro]
Dois dos mais identitários grupos da nova música tradicional portuguesa - "Galandum Galundaina" e "Toques do Caramulo" - tomam juntos o palco, homenageando os recônditos repertórios com que vêm marcando a nova música tradicional portuguesa. Todo matriz e autenticidade, o espectáculo vagueia cantigas do planalto mirandês à Serra do Caramulo. Mira Lo Miguel como estão Debaixo da Oliveira. Repiquem as gaitas, cantem rabecas, soprem as frautas e trinem braguesas, que é Portugal serrano a cantar.
Participações especiais de Pauliteiros de Miranda, Caretos de Podence, Orfeão de Águeda, Os Serranos Associação Etnográfica, Coro Jovem da ARCEL e Coro Infantil EMtrad’. Palco cheio e tradições partilhadas para uma grande festa!

OuTonalidades'08 A Tuna Rastafari (Galiza)
[Espaço d’Orfeu]
Uma descarga de energia dançante, um pelotão de músicos a fuzilar o público para uma grande festa. Directamente de Cangas do Morrazo, a Tuna Rastafari vem a Águeda abrir o OuTonalidades, na sua primeira edição simultânea em Portugal e na Galiza.
Documentário do espectáculo de Leo Bassi no Gesto Orelhudo de 2007

O Gesto Orelhudo - Leo Bassi - Espaço d'Orfeu - Parte I


Parte II


Parte III

X edição das Palavras Andarilhas em Beja

Apesar do atraso não queremos deixar de registar a realização em Beja da 10ª edição das Palavras Andarilhas na semana passada ( entre os dias 24 e 28 de Setembro), já que se trata de uma iniciativa a todos os títulos louvável e que este blogue por esquecimento não tem dado o devido destaque. Sirva pois esta referência para uma simples homenagem à Organização do evento, e que venham mais cinco...



Palavras Andarilhas é um Encontro de Narração Oral e Promoção da Leitura que se realiza desde 1998, em Beja ,organizado pela Câmara Municipal de Beja e pela Associação de Defesa do Património Cultural da Região de Beja. Todos os anos em Setembro Beja oferece:Encontro de Aprendizes do Contar, Estafeta de Contos, Festival de Narração e desde 2007, também uma Feira do Livro e da Leitura.

Trata-se de um Encontro de Contadores em que são desenvolvidas novas práticas na promoção do livro e da leitura através da narração e dos contadores andarilhos que vão espalhando a palavra pelo país.

Durante cinco dias foram realizadas diversas actividades de promoção literária e cultural, com colóquios, encontros e até uma maratona de 10 horas de leitura em alta voz.

Com o projecto Estafeta de Contos pretende-se assegurar sessões de contos a fim de promover a prática da narração.

Segundo palavras da organização:

“Quinze são os anos de livros abertos numa biblioteca que é cidade de palavras à beira planície. Dez, os anos das Palavras que, Andarilhas, erram pelos lugares sem nome, só de céu e sonhos feitos. Na partilha, daqueles e destas, a cumplicidade de saber que é no imenso esplendor da palavra que nasce o entendimento e que é do entendimento que nasce o mundo, e depois as pessoas, e depois o diálogo, e depois o silêncio. No silêncio ressoam vozes, cores, cheiros e sabores, todos diferentes porque outros, todos diferentes porque se escutam lá ao longe e aqui, da terra para o céu e do céu para a terra e falam de uma Torre gigantesca, a dar para a lua, onde se contam histórias do mundo inteiro, histórias sem lugar nem tempo e são enfim o que se diz e se escuta, diálogo, também ele sem nome porque de imaginação, de pessoas e palavras feito.”

Passamos a reproduzir a programação preparada para esta 10ª edição, realizada entre os dias 24 e 28 de Setembro.

X PALAVRAS ANDARILHAS
Encontro de aprendizes do contar
26 a 28 de Setembro
Programa


Dia 26 Setembro

8.31h – Abertura do secretariado
09.11h –“ 10 leituras a muitas vozes “ – leituras colectivas
9.32h – “ A Arte de ler em tempo de crise” - Michèle Petit
10.17h – “ Ler essa paixão “ – Maria Antónia Carreiras
11.02h - … café e bolos
11.31h – Mesa redonda com bibliotecários e mediadores de leitura portugueses e espanhóis.
13.00h – Vamos às sopas …
15.01h – 18.00h – Oficinas
21.00h – Noite dos contadores andarilhos – “ estórias de monumentos com História”. Ponto de encontro no Castelo de Beja – integrada nas Jornadas Europeias do Património
23.30h – “ As velhas” - pelo arte pública – Biblioteca
00.01h – Histórias ao virar da noite – o cinema também é uma forma de contar histórias - mostra de cinema
Meia noite e qualquer coisa - Olh’ ó caldinho … petiscos e cantorias.

Dia 27 de Setembro

09.33 h – “ O Texto que criou a imagem que criou o texto “ – Adriana Baptista
10.17 h – “… e de contos, centos”– Federico Martin Nebras
11.06 h - … chá, café e bolos
11.33 h – “ LIVRO “ Lígia Bojunga - performance
13.00 h – Vamos às sopas …
15.01 h – 18.00h – Oficinas
21.33 h – Festival de Narração – contos de tantos lugares…
Boniface O’Fogo - Camarões / Luís Carmelo e António Fontinha- Portugal / Patricio Espinosa – Chile
00.01h – Histórias ao virar da noite – o cinema também é uma forma de contar histórias - mostra de cinema


Dia 28 de Setembro

09.32h – “ Contar em tempos de crise “ - José Manuel Pedrosa
10.17hH - “ Aspectos do Cancioneiro Narrativo “ - Carlos Nogueira
11.06h … café e bolos
11.32h – “ contos, dizcantes e acalantos” – performance pela equipa da BMB – encenação de Luís Cruz
12.02h – “ Romances – dizeres e saberes” – conversas em torno do livro com a Isabel Cardigos/ Aliete Galhoz / Idália Farinho Custódio.

13.00h – Vamos às sopas …

15.01 h – “ O lugar onde moram as palavras – Luísa Ducla Soares
15.31h – “ Todas as Artes Narram “ – Rodolfo Castro.
16.32h – Festival de Narração
Maurício Correia Leite - Brasil / Rodolfo de Castro – México / Pepito Mateu - França – Portugal e ainda a participação dos narradores que queiram juntar-se à Festa.




OFICINAS 26/27 – 15.00h /18.00h

Orquestra de palavras – Leitura sensorial e Inteligência Criativa - Paulo Condessa
Gincana de Palavras - Margarida Fonseca Santos
A voz da poesia - José António Franco
Palavras que nos contam - Piratas de Alejandria
Ler e querer ver: Leitura e Literacia(s) - Adriana Batista
O TEU UNIVERSO É MEU – leituras multidisciplinares - Gisela Cañamero
El juego de la palavra - Federico Martin Nebras
Ajuda-me a olhar - Maurício Correia Leite
Paseos Literarios: una experiencia de animación a la lectura - Angelina Delgado
La lógica de la Imaginacion - José Manuel Pedrosa
Cuentacuentos como herramienta para la interculturalidad - Boniface O’ Fogo
Narrar - Pepito Mateo
Habitar el Sonido - Rodolfo Castro
Narracion oral para profesores - Patrício Espinosa
Marianas - Oficina/espectáculo - arte pública – artes performativas de Beja
Scriptorium Móvel – Oficina Jogo - João Lizardo
BD - Quem me arruma estes livros!– Paulo Monteiro
Contar no Hospital - Bia Quintela

9ª Festa do cinema francês em Lisboa (2 -12 Out.), Almada (8-12 Out.),Coimbra (13-18 Out.), Porto (21-26 Out) e Faro ( 29 Out.- 2 Nov)


A 9ª Festa do Cinema Francês vai passar por diversas cidades durante todo o mês de Outubro.

Lisboa: 2 a 12 de Outubro 2008
Cinema São Jorge / Instituto Franco-Português / Cinemateca Portuguesa

Almada: 8 a 12 de Outubro 2008
Auditório Fernando Lopes Graça

Coimbra: 13 a 18 de Outubro 2008
Teatro Académico de Gil Vicente

Porto: 21 a 26 de Outubro 2008
Fundação Serralves / Cinemas Cidade do Porto

Faro: 29 de Outubro a 2 de Novembro 2008
Teatro Municipal de Faro / Cinemas SBC



O núcleo central da Festa do Cinema Francês apresenta este ano um total de 25 antestreias. Porque 2008 é o Ano europeu o Diálogo Intercultural, nesta secção, daremos uma maior atenção a co-produções com países de todos os continentes, cruzando olhares diversos.

Haverá também duas novas secções :

1 - Paris-Lisboa – Organizada com a Cinemateca Portuguesa, esta secção, que apenas se realizará em Lisboa, apresentará 10 filmes rodados nas cidades de Paris e de Lisboa. Uma viagem através do tempo no coração das duas cidades. Assinala-se assim o 10º Aniversário do Pacto de Amizade assinado entre as cidades de Paris e Lisboa. Um cine-concerto abrirá esta secção, tendo a presença de uma delegação de Mairie de Paris, que este ano se associa ao nosso evento.

2 – Cannes em Portugal – Esta secção é uma homenagem à Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Serão exibidos 10 filmes que passaram na Quinzena nestes últimos anos e que nunca foram estreados em Portugal. Será apresentada em Lisboa e no Porto

Consultar a programação em:
Para saber mais:



Um destaque especial vai para o filme-documentário «Lip, L'imagination au pouvoir»

Lip, l’imagination au pouvoir
Lisboa: 03/10 - 19h30 - Cinema São Jorge
Almada: 12/10 - 17h00 - Auditório Lopes Graça
Coimbra: 17/10 - 21h - Teatro Gil Vicente
Faro: 01/11- 19h00 - Cinema SBC

Realização: Christian Rouaud Argumento: Christian Rouaud
Estreia em França: 21/03/07

Resumo
A história começa a 17 de Abril de 1973, na fábrica de relógios LIP, em Palente, na periferia de Besançon. Outrora uma empresa próspera, a LIP encontrava-se então nas mãos de novos proprietários que planeavam um plano de despedimentos dramático para os operários. A resistência organizada pelos trabalhadores deu origem a um movimento de luta incrível, que durou vários anos, mobilizou multidões em França e na Europa, multiplicou as acções ilegais sem ceder à tentação da violência, apoiando-se na democracia directa e numa imaginação incandescente!



Na LIP os trabalhadores produzem e vendem sem patrão
Também nós organizamos a nossa luta contra a burguesia
IMAGINAÇÃO AO PODER



29.9.08

1 DE OUTUBRO - dia nacional de luta dos trabalhadores portugueses


CGTP-IN marcou para dia 1 de Outubro, dia em que esta central comemora 38 anos de existência, um Dia Nacional de Luta por Melhores Salários; Emprego sem precariedade e Contra esta revisão da legislação laboral, com a realização de greves, paralisações, grande plenário geral, concentrações e deslocações em todo o país.


Esta acção tem como objectivos centrais a continuação da luta contra a revisão gravosa do Código do Trabalho, associada ao envolvimento dos trabalhadores na discussão e aprovação das reivindicações que tenham como eixos centrais o documento sobre Política Reivindicativa da CGTP-IN para 2009 e as propostas específicas no plano sectorial e de empresa.



GREVES; PARALIZAÇÕES E PLENÁRIOS GERAIS; CONCENTRAÇÕES


ACÇÕES POR SECTORES


FESAHT
Pré-aviso de greve: INFTUR (Hotelaria do Sul); TABAQUEIRA, CENTRALCER, KRAFT FOODS, SDF, INTERAVES, MICAU, REFRIGE, RAPORAL, MONTE SIÃO, ESIP, RAMIREZ, SARDINAL, SAPROGAL, DRINKIN, UNICER, ÁGUAS DO LUSO, ÁGUAS DO CRUZEIRO, DANONE, UNICER-CASTELO DE VIDE, MATADOURO – Sousel (Alimentação e Bebidas); EUREST (Hotelaria do Centro)


FEVICCOM
Pré-aviso de greve para o sector. Sindicato da Cerâmica do Sul (11 empresas): ABRIGADA (Alenquer/Lisboa); CAVAN (St. Iria Azóia/Lisboa); CIMIANTO (Alhandra/Lisboa); POSTEJO (Benavente/Santarém); LUSOCERAM (T. Vedras/Lisboa); NOCERAL (T. Vedras/Lisboa); CERÂMICA FLORESTA (T. Vedras/Lisboa); RAUSCHERT (Cascais/Lisboa); SOPLACAS (Cascais/Lisboa); SECIL PREBETÃO (Montijo – Setúbal e Olhão-Algarve); SECIL (Outão); Sindicato da Construção do Sul (13 empresas e locais): CALBRITA (Alenquer/Lisboa); AGREPOR (Alenquer/Lisboa); CONSTRUTORA DO TÂMEGA/estaleiro (Alenquer/Lisboa); ALVES RIBEIRO/estaleiro (Fetais/Lisboa); ESTALEIROS/2 no Parque das Nações (Lisboa); ESTALEIRO DO C. COMERCIAL Dolce Vita (Amadora); LUSIDAL (Pero Pinheiro/Sintra); GRANITOS MACEIRA (Pero Pinheiro/Sintra); COMPLEXO DE TRÓIA/estaleiros (Setúbal); SOLICÁLIA (Abrantes/Santarém); AMORIM & IRMÃOS/Equipar (Coruche/Santarém); SOLUBEMA (Borba/V.Viçosa); FERBRITAS (Évora); Sindicato da Indústria Vidreira (11 empresas): VIDRO MARQUES (Porto); B.A. (Avintes/porto e Marinha Grande); SAINT GOBAIN SEKURIT PORTUGAL (Stª Iria Azóia/Lisboa) – Plenário no dia 1 Out. SAINT GOBAIN GLASS PORTUGAL (Stª Iria Azóia/Lisboa) – Plenário no dia 1 Out. SOTANCRO (Amadora/Lisboa) – Plenário no dia 1 Out. CARLOS ZEISS (Setúbal); COVILIS (Póvoa Stª Iria/Lisboa) – Plenário no dia 1 Out. GALLOVIDRO (Marinha Grande/Leiria); SAINT GOBAIN MONDEGO (Figueira da Foz/Coimbra); V.A./ATLANTIS (Marinha Grande); SANTOS BAROSA (Marinha Grande); No âmbito do Sindicato da Cerâmica do Norte (1 empresa): FÁBRICA DE CERÂMICA VALADARES (Porto); No âmbito do Sindicato da Cerâmica e Construção do Centro (9 empresas): FÁBRICA DE CERÂMICA CARRIÇA (Coimbra);
CINCA (Mealhada/Aveiro); SECIL PREBETÃO (Coimbra); GRESCO (Coimbra); DOMINÓ (Coimbra); CERES (Coimbra); POCERAM (Coimbra); CIMPOR – Cabo Mondego (Figueira Foz/Coimbra); CERÂMICA PROGRESSO (Coimbra).


CESP
Porto – Pré-aviso de greve regional e participação na concentração marcada pela USP; Évora – Pré-aviso de Greve Regional; Acções em empresas: BRISA (Plenário); PINGO DOCE/FEIRA NOVA (Plenários) CONTINENTE (Plenários), AUCHAN, INTERMARCHÉ – CACÉM,CONFORAMA – Cascais, EX-MODIS (MDL) – Alverca, LIDL.


FUNÇÃO PÚBLICA
Greve de 24 horas.

Locais de trabalho com realização de reuniões e visitas em LISBOA: Ed. Satélite, IVA, Expo, Direcção Distrital de Finanças, Instituto de Informática MFAP, Inst. Geológico e Mineiro, DRLVT MEI; Agência Portuguesa de Ambiente, Agência Portuguesa de Ambiente, IMTT, Assembleia da República, Instituto do Desporto, Serv. Soc. AP, DGAEP, Instituto Turismo Portugal, DGOTPV, IMTT (Av. República e Domingos Monteiro), Estradas de Portugal, Inspecçãogeral de Finanças, ADSE, ASAE, CCDRLVT (Min. Ambiente), Gabinete Min. Economia, Dir. Geral Energia, SEF, INAC, ICNBD, Insp. Geral do Ambiente, Governo Civil Lisboa, Cofre Previdência M. Finanças, Sec. Geral do MOPTC, INAG; D.G. Alfândegas, D.G.Orçamento, D.G. Tesouro, S. Geral Min. Finanças, D. G. Ass. Europeus, Repartições Finanças, Inst. Gestão Crédito Público, Parque Natural Sintra/Cascais, Hospital Militar Principal, Direcção Estradas de Lisboa, GPERI (MOPTC), Tribunal judicial Sintra (MAI, MOPTC, MD, MFAP, MEI); Esc. Sec. D. Dinis, Esc. Sec. Vitorino Nemésio, EB 2 3 Damião de Góis, Esc. Sec. Afonso Domingues, EB Marvila, EB Luís António Verney, EB Olaias, Esc. Sec. António Arroio, EB Olivais, EB Lindley Cintra, Esc.Sec. Lumiar, Esc. Sec. D. José I, EB Pintor A. NGG, EB Mª Luz Deus Ramos, JI Mª Luz Deus, Ramos, Esc. Sec. Eça Queirós + primária 1 +primária 2,, Esc. Sec. Herculano Carvalho, EB Fernando Pessoa, Esc. Luís de Camões + primárias, Primárias Olivais, Primárias Chelas, Primárias Marvila, JI Marvila, Esc. Sec. Camões, Esc. Sec. D. Filipa Lencastre, Esc. Sec. Marquesa d' Alorna, Esc. Sec. Mª Amália Vaz Carvalho, Esc. Música e Dança, Esc. Sec. Virgílio Ferreira, Esc. Tellheiras I, Esc. Telheiras D. Pedro V, Cantina Div. Alunos, S. Centrais SASUL, Esc. Delfim Santos, Esc. Pedro Santarém, 24 de Julho, Esc. Gil Vicente, Esc. Nuno Gonçalves, Esc. Luísa Gusmão, Esc. Patrício Prazeres, DREL, Esc Eugénio Santos, Esc. Padre António Vieira, Ag. Escolas Bº Padre Cruz, Esc. Alm. Gago Coutinho, Esc. Sec. Rainha D. Leonor, 24 de Julho, Cantina FCSH, Cantina Pólo Ajuda, Esc. Francisco arruda, Esc. Rainha D. Amélia, Esc. Fonseca Benevides, Esc. Marquês de Pombal, Esc. Sec. Restelo, Esc. Bartolomeu Gusmão, Esc. Manuel da Maia, Esc. Josefa D'Óbidos, Esc. Pedro Nunes, Palácio da Ajuda, IGESPAR, IMC, ISA, IICT, Pólo Ajuda, Fac. Arquitectura, Fac. Veterinária, ISCSP, ISEL, Teatro Nacional D. Maria II, Museu de Arte Antiga, D. G. Arquivos, Biblioteca Nacional, Inst. Cinema, Sec. Geral Min Cultura, DGRHES, Museu do Azulejo, Esc. Enf. Resende, Esc. Enf. Calouste Gulb, Fac. Medicina, Estádio Universitário, Faculdade Direito, Faculdade Letras, Museu Traje, Museu teatro, Esc. Francisco arruda, Mosteiro Jerónimos, Museu Etnologia, Museu Coches, Esc. Rainha D. Amélia, Esc. Sec. Restelo, Esc. Sec. Manuel Maia, Esc. Pedro Nunes, Esc. Marquês de Pombal, Esc. Josefa D'Óbidos (ME, MC, MCTES); Hosp. Stª Mª,Hosp. Egas Moniz, C. Saúde Cascais, Hosp. S. Francisco Xavier, MAC, IPO, C. Saúde Alvalade, Hosp. S. José, Hosp. Capuchos, Hosp. D. Estefânia, Hosp. Sta. Marta, Hosp. S. Francisco Xavier, Hosp. Egas Moniz, Hosp. Sta. Cruz, IPO, Hosp. Sta. Mª, Hosp. Curry Cabral, Parque de Saúde, Hosp. Miguel Bombarda, Hosp. Pulido Valente, Inst. Gama Pinto, Todos Centros Saúde Lisboa, Hosp. Fernando Fonseca (Saúde); Centro Nacional de Pensões, Inst. Informática Seg. Social, ISS – Areeiro, Equipamentos de Acção Social, Preparação encontro Nacional – vários LT's, SCML – Serv. Centrais, APPDA, Centro Paroquial Penha de França, União Pensionistas da Seg. Social (Segurança Social e IPSS’s); Instituto Nacional de Recursos Biológicos; Ministério da Justiça – Tribunal do Trabalho – Despedimentos; Registos e Notariado (Agricultura e Justiça)


FIEQUIMETAL
Pré-aviso de greve para o sector. METALURGIA: Lisboa: EUGSTER & FRISMAG;
EURONADEL; MERCEDES BENZ; FUNDIÇÃO DOIS PORTOS; RENAULT CHELAS; ENTREPOSTO LISBOA; CITROEN; EPAL; RENAULT TELHEIRAS; STET; SCANIA PORTUGAL; VELAN; PEUGEOT PORTUGAL; ENTREPOSTO LISBOA; IMPORMOL; CABACH; ENTREPOSTO LISBOA II; BRUNO JANZ; CAETANO AUTO; MELVAR; GARAGEM BERNA; MERCAUTO; SANTOGAL; AUTOMECLIS; BAVIERA; Amadora: EURONADEL; SAPA; PORTALEX; MERCEDES BENZ; HAWORTH; GALUCHO; GALPGESTE; ITALIAN MOTOR VILLAGE; CARFOR; Vila Franca de Xira: IMPORMOL; MANUEL C. GRAÇA; DURA AUTOMOTIVE; CABACH; SONALUR; KOSANGAS; Santarém MITSUBISHI; ROBERT BOSCH; MDF; FRA; OLIMAR; JOÃO DE DEUS; FAMETAL; METALÚRGICA BENAVENTENSE BRANCO & CARVALHO; RIMOL; INVEPE; NIVELFOR; AUTO GIRAR; Leiria: DUARTE FETEIRA; LUSTRARTE; HOSPIARTE; FAMOPLA; BOLLINGHAUS; EVICAR LEIRIA; Braga: EMPRESAS ONDE PROVAVELMENTE HAVERÁ PARALISAÇÃO: TRADECAST – FUND. MONTAGEM CONF. IND., LDA., JADO IBÉRIA – PROD. MET. SOC. UNIPESSOAL, LDA, JORGE BAPTISTA DA SILVA & IRMÃO, LDA, ALBRA – IND. DE ALUMÍNIO, LDA; EMPRESAS COM OUTRAS ACÇÕES: OLEICA – APARELHOS ÓPTICOS DE PRECISÃO, SA AMTROL ALFA METALOMECÂNICA, SA, F.P.S. – FÁBRICA PORTUGUESA DE SEGMENTOS, LDA. Porto: FLEXIPOl; CAMO; CAETANO BUS; GROZBECKERT; INAPALMETAL; J.S. MONTEIRO; MANITWOC; RODRIGO MATIAS MAGALHÃES; SAKTHI; SNA/EUROPE-IND., LDA; SOCOMETAL; MAXIBELA, PEREIRA BARROS E OLIVEIRA, TEGOPI, VALSAN, AUTO SUECO, BRIEL, C.SANTOS, FUNDINIO, GAMOBAR, M.B.O., MINIBÉRICA, STET, VITOR, J. SILVA MOREIRA, METALOCAR. Setúbal: HALLA; ELECTRO-ARCO; MPSA; EVICAR/FULCARSADO; EDSCHA; VN AUTOMÓVEIS; GALPGESTE – ALCÁCER; AUTO SALÚQUIA – BEJA; MULTIAUTO – BEJA; STET; J. J. MACEDO; FUNDIÇÃO MOD. STA. IRIA; SPPM; VANPRO; ALSTOM; LEAR; LISNAVE; AUTOEUROPA E PARQUE; METALSINES; COMPELMADA; PRECÁRIOS REPSOL; CODIMETAL; CROWN CORK & SEAL; FERÁGUEDA; MOTORTEJO – FEIJÓ; MOTORTEJO – LARANJEIRO; GONVARRI; RODOSUL; PARQUE INDUSTRIAL. Centro: MARQUES; SCHERDEL MOLTEC; ENTREPOSTO; GAVIS; TUPAI; FAURECIA; DAVID VALENTE ALMEIDA; ARSOPI; MET. PROGRESSO V.CAMBRA; ERNESTO MATIAS; GESTAMP; CIFIAL – TORNEIRAS; RALL; IND. VENEPORTE; H. VIEIRA & FILHOS; SIMOLDES; MIRANDA & IRMAO; GAMETAL; MARTIFER; SLM (KUPPER & SCMIDT); TOYOTA; CAETANO PORTUGAL; CIFIAL - FÁBRICA 1; MAFIROL; JAIROL; METAFALB; JVAL; FUTE; SILAMPOS; AVON; HUF; F. RAMADA; PALBIT; GNS; VULCANO; COLDKIT; CITROEN; CICLO FAPRIL; A.M. FERREIRA; AMARO; HAWORTH; A. J.MAIA; AUTO SUECO; ESTALEIROS N. MONDEGO; GROHE; TOYOTA CAETANO; DURA; OLIVA; COBEL; C.A.C.I.A.; FUNFRAP; AUTO GARAGEM; MARCOPOLO; OLYMPUS; NAVALCENTRO; NAVAL FOZ; DELPHI INDUSTRIAS ELECTRICAS: TUDOR BATERIAS; FATELEVA;
SIEMENS SABUGO; CEL CAT; OTIS; OTIS LISBOA; SCHINDLER; VITROHM; AA SILVA; LEGRAND ELECTRICA; NEXTIRA ON; DEPHI SEIXAL; PIONEER; VISTEON – plenários às 8,00, 15,30; 16,30 e 01,30 horas; MONTITEC; CSPEID; NEC; STE; TEGAEL; THYSSEN; FEHST; BLAUPUNKT; DELPHI (Braga) – Plenário de trabalhadores, em greve, frente ao complexo GRUNDIG; QIMONDA (Porto) – Plenário, em greve, frente à QIMONDA; PREH (Trofa) – Plenário na rua, em greve; Unidades da YAZAKI (Ovar) – Plenário, em greve, nas empresas YAZAKI; MOTOMETER – Plenário em frente à empresa; ida ao Governo Civil; JAYME DA COSTA; THYSSEN – Greve 2º período c/ ida ao Porto. STIENC/Coimbra – EDP. QUIMICA E FARMACEUTICA: PARACELSA; PORTUTEX; FLEXIPOL; CONTINENTAL MABOR; J.S. MONTEIRO; MANITWOC; CNB/CAMAC – deslocação dos trabalhadores ao Governo Civil Porto e integração na concentração do dia 1.


FENPROF
Realiza Plenários Distritais em Coimbra, Viseu, Leiria, Aveiro, Guarda, Castelo Branco,

Portalegre, Évora, Beja, Faro, com deslocação aos Governos Civis.
Em Lisboa, o SPGL realiza um plenário, à tarde, na Casa da Imprensa.


FESETE
Calçado de Aveiro (apresentou pré-aviso de greve à respectiva associação patronal): plenários nas empresas, RHODE, DIX, ECO, LUNIC, SIACO E VASCONCELOS. Têxtil de Aveiro (apresentou pré-aviso de greve à respectiva associação patronal): plenários nas empresas, FEPSA, CALIFA, HUBER TRICOT, TAPESA, TRECAR, TOVARTEX. No dia 1 de Outubro estes dois últimos sindicatos têm decididas em conjunto as seguintes acções: Uma Concentração na Vila da Feira das 13,00 às 14,30 horas; Em São João da Madeira duas Concentrações à hora do almoço. Os Têxteis terão ainda uma outra Concentração com os químicos em São João da Madeira, junto da empresa TRECAR. Têxteis do Centro: Plenário de trabalhadores na empresa UNITEFE, na Figueira da Foz e no dia 3 de Outubro uma greve pela reivindicação de aumentos salariais. Têxteis da Beira Baixa: plenários nas empresas: CARVESTE, PENTEADORA DE UNHAIS, JÚLIO ALMEIDA, FITECOM, AVRI, FIPER, FONDATEX, VESTICOM, MENDES E LEAL, ENGOMADORA E UNIVECO. Têxteis do Sul (préaviso de greve para o dia 1 de Outubro, para possibilitar a participação dos trabalhadores nas Acções distritais): plenários em ALVA, TRIUNFO (Vialonga); SUCH BELAS, PLÚVIA, TAPEÇARIAS DE PORTALEGRE, SUSH,
FIAÇÃO DE TORRES NOVAS e IPETEX.


FECTRANS

Comunicações
CTT – Greve de 48 horas dia 30-Set e 1-Out, com manifestação no dia 30-Set dos Restauradores para o Ministério dos Transportes e Comunicações, pelas 14H30
7 e 8-Out – Acção junto dos correios “Greve fome de 48 horas”
9-Out – Concentração junto à Fundação Portuguesa de Comunicações


Transportes Fluviais
SOFLUSA – 1, 2 e 3 Out. – Greves parciais; (02H00 por turno)
TRANSTEJO – 1 Out. – Greve das 14h00 às 16H (para a realização de plenário)


Transportes Rodoviários e Urbanos
SECTOR RODOVIÁRIO PESADOS DE PASSAGEIROS – Greve de 24 horas (03H00 às 03H00)
RODOVIÁRIA ENTRE DOURO E MINHO – Plenário de trabalhadores com paralisação de viaturas das 05 às 14H.
RODOVIÁRIA BEIRA LITORAL (Coimbra) – Greve das 0H00 às 24H00;
RODOVIÁRIA DO TEJO (Torres Novas, Santarém, Leiria) – Greve das 00H00 às 24H00;
TRANSPORTES SUL DO TEJO – Greve das 09H30 às 14H00;
TRANSPORTADORA LUSITÂNEA – Greve das 00H00 às 24H00
SECTOR RODOVIÁRIO PESADOS DE PASSAGEIROS (Coimbra) – Plenário Público às 10H00, na Av. Fernão de Magalhães
METROPOLITANO DE LISBOA – Plenário Geral de Trabalhadores na Pontinha, na parte da manhã, a partir das 09H30
CARRIS – Plenário Geral de Trabalhadores em Santo Amaro, das 13H às 17H30, seguido de concentração no Ministério dos Transportes
STCP – Greve no dia 10 Outubro.


Transportes Ferroviários
CP, EMEF e REFER – dia 1-Out. – Greve de 24 horas (durante todo o período de trabalho)
TRANSDEV; METRO DO PORTO; S2M; METRO DE MIRANDELA – Greve entre as 11H00 e as 12H00 com realização de Plenários


SINTAF
Pré-aviso de greve.;


STAL
Greve de 24H00 no dia 1-Out.


SITAVA
TAP e GROUNDFORCE – Plenário Geral de Trabalhadores pelas 14H30 no refeitório da TAP


SEP
Greve Nacional da Enfermagem em 30-Set e 1-Out. Assembleia-geral seguida de concentração junto ao Ministério da Saúde, pelas 14h30, no dia 1 de Outubro.


STEFFAS
Pré-aviso de greve de 2 horas.
OGMA – Concentração junto à porta da empresa.


STML
Greve de 24 horas dos trabalhadores da CML.


STAD
Greve no HOSPITAL SANTA MARIA. Acção de luta no GRUPO SONAE.



ACÇÕES POR DISTRITO


U.S.SETUBAL
􀀜 Acção de contacto com a população da Moita (11H);
􀀜 Plenário Geral na Autoeuropa e empresas do Parque (7H00 / 15H30)
􀀜 Acção de contacto com a população do Barreiro, de tarde, em hora a indicar;
􀀜 Acção de contacto com a população de Almada, no período da tarde.
􀀜 Cordão Humano, em Sines, entre o Centro de Saúde e o Jardim das Descobertas, a partir das 17H00.



U.S.PORTO
􀀜 Concentração de Dirigentes, Delegados, Activistas e Trabalhadores, para as 15H00, junto da CIP, na Rotunda da Boavista, seguindo-se uma deslocação até ao Ministério do Trabalho, na Avenida da Boavista.



U.S.AVEIRO
􀀜 Concentração na zona do Cavaco (Têxteis/Calçado);
􀀜 Concentração junto à TRECAR / Flexipor
􀀜 Concentração à hora do almoço na Zona Industrial nº 1



U.S.BRAGA
􀀜 Concentração Distrital, às 14H30, junto à Rotunda Santos da Cunha (Maximinos – Braga), com préconcentrações junto à rotunda em frente ao Complexo Grundig e rotunda do matadouro acesso à Ponte Pedrinha) com deslocação ao Governo Civil, cerca da 15h30/16H00.


U.S.LISBOA
􀀜 Concentração em Agualva Cacém (Sintra), na Avenida dos Bons Amigos (Junto à Bomba da BP), pelas 17H00;
􀀜 Concentração em Sacavém (Loures) na Urbanização Real Forte (Rua do Estado da Índia, junto à futura Estátua do Cerâmico), pelas 15H00
􀀜 Manifestação dos Enfermeiros junto do Ministério da Saúde;
􀀜 Manifestação trabalhadores dos CTT (30-Set) dos Restauradores para o Ministério dos Transportes, às 14H30


U.S.LEIRIA
􀀜 Concentração na Marinha Grande às 17H30, junto ao Sindicato Indústria Vidreira;
􀀜 Concentração Valado de Frades (Alcobaça), pelas 17H00, no Parque das Merendas;
􀀜 Concentração em Peniche, local e hora a designar.


COIMBRA
􀀜 10H00 – Plenário Distrital de Professores, com saída à rua;
􀀜 10H30 – Plenário Público do sector de transportes rodoviários de passageiros, Av. Fernão de Magalhães
com possível deslocação ao Governo Civil (se o plenário o decidir);
􀀜 10H00 – Concentração de Enfermeiros na Praça da República, às (antecede a partida para Lisboa) e Conferência de Imprensa do SEP junto aos HUC no dia 30/09;
􀀜 11H30 – Concentração dos Trabalhadores da ESTACO (Cerâmica e Construção), junto ao Tribunal Cível;
􀀜 14H30 – Cordão humano de trabalhadores, dirigentes e delegados sindicais da Hotelaria;
􀀜 14H00 – Plenário de trabalhadores da COFISA na Figueira da Foz (STIANOR), com deslocação à entrada principal das instalações da empresa. Contacto com a Comunicação Social;
􀀜 15H00/17H00 – Sessão de esclarecimento, junto dos trabalhadores da SOPORCEL/ Figueira da Foz (Gráficos


U.S.CASTELO BRANCO
􀀜 Cordão Humano em Castelo Branco, que sairá da Escola Superior de Educação com destino ao Governo Civil, pelas 16H15.


VISEU
􀀜 Concentração entre as 12 e as 12H30 junto ao Governo Civil.


ALGARVE
􀀜 Plenário de Trabalhadores dos concelhos de Silves, Lagoa, Lagos, Portimão, Vila do Bispo,
Aljezur e Monchique, em Portimão, às 9H00, na sede do Sindicato das Conservas (Quinta do
Bispo):
􀀜 Plenário de Trabalhadores de Olhão, S. Brás, Faro, Loulé e Albufeira, em Faro às 12H00, frente à Escola Superior de Saúde (Enfermagem)
􀀜 Plenário de Trabalhadores dos concelhos de Tavira, Castro Marim e Alcoutim, em Vila Real de Santo António, pelas 14.30H, na Praça Marquês de Pombal.


SANTARÉM
􀀜 15h00 – Concentração em Abrantes, junto à Câmara Municipal com delegações de

trabalhadores metalúrgicos;
􀀜 17h30 – Concentração popular no Largo de “Os Águias”, em Alpiarça:
􀀜 16H00 – Deslocação para a rua dos plenários das empresas Branco & Carvalho e Metalúrgica
Benaventense, em Benavente;



PORTALEGRE
􀀜 Concentração de trabalhadores em Portalegre, pelas 12H e deslocação ao G. Civil para entregar documentos aprovados em plenários realizados de manhã.
􀀜 Ponte de Sor – Concentração de trabalhadores em luta com realização de uma Tribuna Pública (local a definir)


VIANA CASTELO
􀀜 Plenário nos Estaleiros Navais Viana Castelo às 15H30, aprovar documento com as reivindicações dos trabalhadores a entregar posteriormente.
􀀜 Plenário no dia 2 (dia 1 é feriado) nos Estaleiros do Atlântico Starfisher (Vila Nova Cerveira)


GUARDA
􀀜 Plenário na empresa DURA (ÀS 10H E 15H30); Plenário na BEIRALÃ;
􀀜 Distribuição do manifesto no conselho de Seia, no mercado e nas empresas; à tarde distribuição do manifesto na cidade da Guarda; possibilidade em aberto da realização de um jantar do 38º Aniversário da CGTP/IN na cidade da Guarda.


BRAGANÇA
􀀜 Plenário Regional de Dirigentes, Delegados e Activistas na Casa do Trabalhador em Bragança às 15.30 horas, com deslocação ao Governo Civil.


AÇORES


PONTA DELGADA
􀀜 Plenário de Dirigentes e Activistas e entrega de moção no Governo Regional;


ANGRA DO HEROÍSMO
􀀜 Plenário de Dirigentes e Activistas com saída à rua até à Praça Velha e entrega de moção no
Representante da Republica;


HORTA
􀀜 Plenário de Dirigentes e Activistas e entrega de moção na Assembleia Regional;


MADEIRA/FUNCHAL
􀀜 Manhã: Iniciativas envolvendo trabalhadores de várias empresas;
􀀜 Plenários de trabalhadoras das empresas: EMPRESA DE CERVEJAS DA MADEIRA (08H30); EMPRESA CIMENTOS DA MADEIRA (10H00).

Apresentação de “A Memória e o Fogo. Portugal: O Cenário Invertido da Eurolândia”, de Jorge Valadas ( no bar-livraria Gato Vadio, 1 de Out. às 21h30)

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“A Memória e o Fogo. Portugal: O Cenário Invertido da Eurolândia”, um livro de Jorge Valadas
Apresentação do livro e debate com o autor.
No bar-livraria Gato Vadio, R. do Rosário, 281, na cidade do Porto
1 de Outubro, quarta-feira, 21h30. Entrada livre.

Jorge Valadas nasceu em Lisboa em 1945. Exilou-se em Paris, após ter desertado da Guerra Colonial que o Estado português prosseguiu ente 1961 e 1974 contra Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.
A inquietação de raiz libertária e a vocação para questionar o mundo estão presentes nos ensaios que Jorge Valadas publica desde 1972 quando se estreou com o livro “Le Tigre de papier” (Spartacus, 1972, Paris), sobre o desenvolvimento do capitalismo na China entre 1949-1971.
Entre outras obras referimos “Portugal, l'autre combat (Spartacus, 1975) : classe et conflit dans la société”, escrito com F. Avila, C. Orsoni, B. Lorry e C. Ferreira; Voyage au bord d'une Amérique en crise (Traffic, 1992) e Au-delà des passes montagnes du Sud-Est mexicain (Ab Irato, 1996), ambos escritos com Sylvie Deneuve.
Sob o pseudónimo Charles Reeve e em co-autoria com Hsi Hsuan Wou, publicou recentemente “China Blues, voyage au pays de l'harmonie précaire”, editado pela Gallimard.

Editado pela Letra Livre o livro de Jorge Valadas «A Memória e o Fogo. Portugal: O cenário Invertido da Eurolândia» é um ensaio crítico sobre a política, a sociedade e a cultura portuguesa. O autor traz à superfície factos da sociedade portuguesa que têm vindo a ficar submersos no pântano da “amnésia administrada”, como escreveu Júlio Henriques no prefácio.


Comentário sobre o livro:

O livro A Memória e o Fogo. Portugal: O Cenário Invertido da Eurolândia aborda temas políticos que continuam a ser um nó na garganta de quem quer (ou não quer?) reflectir com honestidade sobre o passado e o presente do país. Tem o condão de nos fazer reflectir sobre o beco sem saída em que se tornou este território à beira-mar plantado, sazonalmente desencalhado pelo turismo e ancorado em figuras de proa, como o excelentíssimo Presidente da EU, que praticam “os grandes crimes entre amigalhaços” preferindo o oportunismo, a guerra e a morte à dignidade humana, ou em “socialistas geração blair-b(l)ush que fecham escolas e maternidades porque, um dia, os nossos filhos deverão nascer e estudar no Cairo onde existem grávidas e estudantes que cumprem os requisitos estatísticos do real-socialismo-socrático .

Se nas últimas décadas a mentalidade de vistas curtas que imperou nos centros de poder do Estado e nos grupos económicos tinha como paradigma e exemplo fazer de cada português um trolha ou empreiteiro, para que cidades (como o Porto, exemplo crasso) tivessem o número de fogos em ruína por habitante dos mais altos da Europa; para construir a torto e a direito apartamentos nos subúrbios das cidades para ficarem vazios no silêncio do betão; para negligenciar os espaços verdes e as florestas do país (dos 500 mil desempregados oficiais deste país, quantos estariam dispostos a receber um salário precário de 500 euros para vigiar e cuidar das florestas?; quantos helicópteros privados de políticos plenos de suspicácia deixariam de ser contratados a peso de ouro para regar com água os fogos que alastram e que, num verão, destroem um terço da aérea florestal do país, se em vez de ideias aéreas e estratosféricas se cuidasse das florestas como se cuida do betão e do asfalto?); para permitir que a estratégia de despoluição de rios infestados pela ganância é encerrar as portas da indústria têxtil do Ave e pegar nos Ferraris e ir para a Roménia explorar outras mulheres; para fazemos do Ensino superior (?) uma corrente de caixas do Jumbo e do Pingo-Doce ou emigrantes via Ryan Air, então, o que poderemos esperar quando a injecção de capital de Bruxelas começar a fechar o gargalo?


http://gatovadiolivraria.blogspot.com/


Bar-livraria Gato Vadio
Rua do rosário, 281 – Porto
horário:
terça a domingo das 15h - 19h30 / 21h - 24h
encerramos à segunda-feira
tel. 220131894




Excertos do livro retirados do blogue:
http://frenesi-livros.blogspot.com/


[...] reflectindo sobre as consequências da Revolução Russa e sobre a agitação social e política em Portugal, Fernando Pessoa escreveu umas linhas a respeito das capacidades subversivas da classe proletária: “Entre o trabalhador do cérebro, como lhe chamam, e o trabalhador do braço não há identidade nem semelhança: há uma profunda, uma radical oposição. O que é certo é que entre um operário e um macaco há menos diferença que entre um operário e um homem realmente culto. O povo não é educável, porque é povo. Se fosse possível convertê-lo em indivíduos, seria educável, seria educado, porém já não seria povo. O ódio à ciência, às leis naturais, é o que caracteriza a mentalidade popular. O milagre é o que o povo quer, é o que o povo compreende. Que o faça Nossa Senhora de Lourdes ou de Fátima, ou que o faça Lenine, nisso só está a diferença. O povo é fundamentalmente, radicalmente, irremediavelmente reaccionário.” [Páginas de Pensamento Político, I, Mem Martins, Publicações Europa-América, 1986] [...]


Há pois algo de doentio na ideia de se classificar como meras perversões o queixume, o ódio, o rancor, a amargura ou o ressentimento, sobretudo entre as classes populares. A mensagem assim transmitida consiste em considerar a contestação, a revolta ou a recusa das situações ditas “normais” como actos puramente negativos, quase como patologias, sem nisso se detectar a manifestação (sem dúvida por vezes deformada) duma atitude crítica, duma irreverência contra o sistema.


Na verdade, trata-se de uma abordagem muito espalhada entre as elites lusitanas desiludidas pelo povo. João Medina – que tinha levantado a questão da ausência de utopia na cultura portuguesa [Revista de História das Ideias, vol. II, Lisboa, 1978-1979] – voltou posteriormente à caricatura do Zé Povinho para chegar à conclusão de que todos os momentos de revolta popular são redutíveis a irracionais impulsos de raiva. O historiador reconhece que há nesta figura “um autêntico cepticismo acrata, espontâneo e radical”, mas caracteriza-o como “não submetido ao crivo da reflexão filosófica” [Zé Povinho sem Utopia, Câmara de Cascais, 2004].

Na melhor das hipóteses, o anarquista não passa de um bombista. E sendo este estereótipo desprovido de utopia, é porque a utopia se revela de todo estranha à história do povo explorado. “As nossas revoluções históricas são carnavais disparatados, uma espécie de entrudos de aldeias dos macacos em que o delírio e a mais desbragada incapacidade de avaliar as dimensões do real verdadeiro são substituídos por um lirismo alucinante de crianças tontas.” Eis-nos assim perante o retorno pós-moderno à ideia do macaco-proletário de Pessoa – agora misturada com o realismo de Cunhal.


Quanto mais a vida se vai extinguindo na alienação, mais se vão apagando as referências ao passado, os marcos exteriores, o que provoca uma confusão e uma perturbação mental generalizadas. A vida actual carrega um passado em ruínas e o futuro anuncia-se como um presente sem porvir. O problema não está tanto no “medo de existir” [José Gil, Portugal Hoje: o Medo de Existir, Lisboa, Relógio d’Água, 2005], mas antes na imposta perspectiva duma existência sem sentido, consubstanciada no inultrapassável horizonte do capitalismo. Assim se concretiza a fatalidade de que falava Antero de Quental [Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos Últimos Três Séculos, Porto, 1871]: a submissão às forças dominantes da história. Aqui como noutras paragens, aqui mais ainda do que noutros lados, a democracia mercantil instala os seus balcões no campo da derrota, sobre os dilacerados sonhos de um mundo novo.


[...] Mas o que caracteriza o actual sistema democrático português é a especificidade da sua gestação: com efeito, este sistema não se construiu contra o antigo regime fascista, construiu-se, pelo contrário, no processo de “restabelecimento da ordem, contra um movimento social nitidamente subversivo”. Com uma característica particular: “o regime democrático procurou legitimar-se, paradoxalmente, perante a revolução e não perante a ditadura” [Luís Trindade, História, n.º 65, Lisboa, Abril de 2004]. O autoritarismo arrogante hoje exprimido pelas forças políticas democráticas – em particular pelo Partido Socialista – está profundamente enraizado nesta gestação.


Para além destes traços específicos, o que inegavelmente ficou comprovado na história da sociedade portuguesa contemporânea é a capacidade da democracia representativa para esmagar qualquer outra ideia de autonomia e de emancipação social, para aniquilar o imaginário de um outro mundo possível.


Deste modo, o que havia de melhor e de universal na mentalidade portuguesa foi sendo reduzido para reavivar os atavismos de subserviência, o provincianismo tacanho, os traços egoístas do “cada um por si”, característicos das sociedades pobres. Apesar disso, porém, no “recinto acanhado e quase sepulcral” de que falava Antero, hoje equipado com Tvcabo e telemóvel, ainda é possível descobrirmos vestígios dos valores emancipadores do passado. Encontram-se na palavra e nos escritos de algumas pessoas, nos resíduos da mentalidade popular que resiste ao discurso alienado da mercadoria, na experiência dos movimentos de revolta contra o obscurantismo dos poderosos. Enfim, na vitalidade das raras lutas que afrontam a lógica neo-liberal do capitalismo contemporâneo. [...]


O resto não passa de folclore local, dum cenário kitsch da formação capitalista europeia em gestação – cenário onde se agitam marionetas políticas que subempreitam fielmente as directivas de Bruxelas, fingindo governar.»


[...] Alimentar e gerir as ideologias do medo encontra-se hoje no âmago de qualquer política – o securitário é o “social” do nosso tempo. A imigração africana, menos qualificada e a que menores salários aufere, juntamente com os seus filhos, marginalizados em massa e excluídos, dependendo muitas vezes dos magros rendimentos da “economia ilícita”, são os actores preferidos para representar o papel de “classe perigosa”. Numa entrevista ao Jornal de Notícias do Porto, o sr. [António] Costa, então ministro socialista do Interior, após algumas fanfarronadas do género “a República não pode aceitar a violência de minorias” ou “vamos aumentar a presença policial nas praias”, sublinhou que não frequentava essas praias perto da capital – por estarem excessivamente poluídas. À demagogia juntou-se assim o desprezo de classe. Aos pobres as praias poluídas, frequentadas por virtuais gangs que furtam telemóveis; aos ricos, incluindo os socialistas, os golfes regados por já cansados lençóis freáticos. Vendo bem, assim o temos de entender, trata-se de um problema de pobres que tomam banho em águas poluídas e que se roubam entre si. Se isso puder justificar uma política securitária, tanto melhor.


Para além de tais imposturas, há hoje um efectivo receio nos círculos do poder, entre as classes abastadas. O espectro da “classe perigosa” está de volta a este país onde os possidentes têm tido a vida facilitada desde que foram esmagadas as aspirações revolucionárias de 1974-1975. [...]


Em Portugal, a actual crise social está a gerar uma nova violência, mais aberta, mais explosiva. Não anuncia horizontes novos, sendo certo porém que já acabou o tradicional brando consenso que fez a felicidade da burguesia portuguesa e dos seus políticos. O desastre económico e social, a rápida urbanização, o desemprego endémico e o reatar da emigração com novas formas precárias aceleram a desagregação dos laços familiares, o desenvolvimento da família monoparental. Estamos perante uma modernidade urbana onde os homens estão ausentes, onde os imigrantes substituem os emigrantes, onde as crianças são entregues a si mesmas e à solidão. A violência interiorizada, abafada, expressa no sofrimento da célula familiar, contra as mulheres e as crianças, escapatória tradicional entre os pobres, prossegue agora a par de uma nova violência, que se manifesta abertamente no terreno social, com diversas formas de agressividade e de afrontamentos, de delinquência. Como é óbvio, os valores da emancipação social não estão presentes nestas atitudes, muitas vezes simples reflexo da barbárie imposta pelo sistema. O niilismo dos ricos tem eco no niilismo dos pobres. Seja porém como for, é forçoso reconhecer que as taras da sociedade já não estão encerradas atrás das paredes do lar, como ocorria na antiga sociedade portuguesa.


[...]
A longa experiência colonial da sociedade portuguesa, com o seu somatório de horrores, está completamente ausente da memória oficial, da transmissão da história. Na melhor das hipóteses, presta-se homenagem pública à branda visão duma colonização paternalista ou à reivindicação de uma pretensa “cultura lusófona” partilhada com os antigos colonizados. Perante isto, como podemos nós espantar-nos com o facto de todas as questões em torno da guerra colonial continuarem a ser assunto tabu?


Seria errado dizer que as feridas da guerra cicatrizam lentamente; na realidade, é a própria ferida que se vê ignorada. Há alguns anos, sobreviventes do exército colonial criaram uma associação para fazer reconhecer oficialmente o seu sofrimento material e psíquico, com o desejo declarado de nomear os responsáveis por uma empresa bárbara que causou quase catorze mil mortos e trinta mil feridos nas forças armadas, bem como centenas de milhares de vítimas nas populações colonizadas. Num país que então tinha nove milhões de habitantes, quase milhão e meio de homens passou pela experiência da guerra, sofrendo ainda hoje de problemas psicológicos – o chamado “stress de guerra” – centenas de milhares desses ex-combatentes.

Esses antigos militares depressa se viram atolados no pântano das diligências, das promessas politicóides e de uma burocratização paralisante. E tais questões, consideradas sensíveis, foram relegadas para o esquecimento. Rever as circunstâncias históricas do horror que marcou a história recente do país leva-nos necessariamente a sublinhar a natureza colonial do Estado-nação – a famosa “Índia” de que falava Antero – e a desvendar a essência bárbara e sangrenta da “missão civilizadora” em que se alicerça o mito nacionalista português, fulcral na produção e reprodução da “identidade nacional”. [...]


Recorrendo aos arquivos disponíveis da antiga polícia política do salazarismo – que estabeleceu uma rede de informadores tão vasta como a própria Stasi da Alemanha de Leste –, Dalila Cabrita Mateus [in A PIDE / DGS na Guerra Colonial, 1961-1974, Lisboa, Terramar, 2004] sublinha o papel determinante dessa instituição repressiva na condução da guerra, as relações que tinha com os serviços secretos estrangeiros e, por último, o modo como o sistema democrático pós-salazarista protegeu os seus antigos agentes. Em 1954, quando na metrópole a repressão dos militantes e das correntes da oposição se encontravam “no bom caminho”, a polícia política salazarista deslocou metade dos seus efectivos para as colónias, onde se tornou uma segunda administração. De início ocupada a perseguir os militantes nacionalistas, quando foi declarada a guerra, a PIDE mostrou-se particularmente eficaz, desempenhando um papel essencial de informação no desmantelamento das redes da guerrilha anticolonialista. Foi então que essa polícia política revelou plenamente o seu carácter terrorista, conduzindo operações especiais de comandos, praticando a tortura, levando a cabo massacres em grande escala, organizando o assassinato de pessoas seleccionadas, criando e administrando campos de concentração. A guerra colonial foi o momento histórico distintivo em que o fascismo português mostrou a sua verdadeira natureza, totalitária e bárbara.


[...] Após a derrocada do antigo regime e do sistema colonial, os principais chefes e responsáveis da organização terrorista do Estado nas colónias encontraram formas de escapar, mais facilmente ainda que os agentes da PIDE que operavam em Portugal, ajudados como foram pelos serviços secretos de outros Estados e protegidos pela hierarquia militar portuguesa, inclusive pelos chefes golpistas agora vestidos de democratas. É inútil salientar que nenhum desses criminosos foi julgado e que nem sequer foram presos. A maior parte vive hoje com tranquila reforma de funcionário público. Outros, situados em posições cimeiras na hierarquia e directamente envolvidos nos massacres, desapareceram para sempre sem deixar rasto, como nos bons romances policiais.


Tais coisas revelam, uma vez mais, os elos que unem o antigo poder autoritário e a nova democracia parlamentar, ilustrando a continuidade burguesa da vida política. Em 2005, a nomeação dum antigo importante apparatchik salazarista para ministro dos Negócios Estrangeiros do governo socialista [Diogo Freitas do Amaral] simbolizou a conclusão do trabalho de revisionismo histórico empreendido desde há anos pelas diversas oficinas de propaganda do novo regime democrático. E explicam também a reticência destes últimos em relação a todo o trabalho crítico relativo à memória histórica. [...]


Não é pois de espantar que as obras que abordam estas questões esbarrem no silêncio cortês dos media e sejam relegadas para o fundo das gavetas pelos profissionais das ideias politicamente correctas. Foi o que aconteceu ao livro de Dalila Cabrita Mateus, A PIDE / DGS na Guerra Colonial, 1961-1974, que aborda um aspecto particular dessas bárbaras páginas com que se encerrou a epopeia sangrenta do colonialismo português. [...]»

[in A Memória e o Fogo. Portugal: O Cenário Invertido da Eurolândia: Lisboa, Letra Livre, 2008]

28.9.08

O impensável aconteceu - texto de Boaventura Sousa Santos

A palavra não aparece nos media norteamericanos mas é disso que se trata: nacionalização. Perante as falências ocorridas, anunciadas ou iminentes de importantes bancos de investimento, das duas maiores sociedades hipotecárias do país e da maior seguradora do mundo, o Governo Federal dos EUA decidiu assumir o controle directo de uma parte importante do sistema financeiro. A medida não é inédita, pois o Governo interveio em outros momentos de crise profunda: em 1792 (no mandato do primeiro presidente do país), em 1907 (neste caso, o papel central na resolução da crise coube ao grande banco de então, J.P. Morgan, hoje, Morgan Stanley, também em risco), em 1929 (a grande depressão que durou até à Segunda Guerra Mundial: em 1933, 1000 norteamericanos por dia perdiam as suas casas a favor dos bancos) e 1985 ( a crise das sociedades de aforro).


O que é novo na intervenção em curso é a sua magnitude e o facto de ela ocorrer ao fim de trinta anos de evangelização neoliberal conduzida com mão de ferro a nível global pelos EUA e pelas instituições financeiras por eles controladas, FMI e o Banco Mundial (BM): mercados livres e, porque livres, eficientes; privatizações; desregulamentação; Estado fora da economia porque inerentemente corrupto e ineficiente; eliminação de restrições à acumulação de riqueza e à correspondente produção de miséria social. Foi com estas receitas que se “resolveram” as crises financeiras da América Latina e da Ásia e que se impuseram ajustamentos estruturais em dezenas de países. Foi também com elas que milhões de pessoas foram lançadas no desemprego, perderam as suas terras ou os seus direitos laborais, tiveram de emigrar.

À luz disto, o impensável aconteceu: o Estado deixou de ser o problema para voltar a ser a solução; cada país tem o direito de fazer prevalecer o que entende ser o interesse nacional contra os ditames da globalização; o mercado não é, por si, racional e eficiente, apenas sabe racionalizar a sua irracionalidade e ineficiência enquanto estas não atingirem o nível de auto-destruição; o capital tem sempre o Estado à sua disposição e, consoante os ciclos, ora por via da regulação ora por via da desregulação.


Esta não é a crise final do capitalismo e, mesmo se fosse, talvez a esquerda não soubesse o que fazer dela, tão generalizada foi a sua conversão ao evangelho neoliberal. Muito continuará como dantes: o espiríto individualista, egoísta e anti-social que anima o capitalismo; o facto de que a factura das crises é sempre paga por quem nada contribuiu para elas, a esmagadora maioria dos cidadãos, já que é com seu dinheiro que o Estado intervém e muitos perdem o emprego, a casa e a pensão.

Mas muito mais mudará.
Primeiro, o declínio dos EUA como potência mundial atinge um novo patamar. Este país acaba de ser vítima das armas de destruição financeira massiça com que agrediu tantos países nas últimas décadas e a decisão “soberana” de se defender foi afinal induzida pela pressão dos seus credores estrangeiros (sobretudo chineses) que ameaçaram com uma fuga que seria devastadora para o actual American way of life.
Segundo, o FMI e o BM deixaram de ter qualquer autoridade para impor as suas receitas, pois sempre usaram como bitola uma economia que se revela agora fantasma. A hipocrisia dos critérios duplos ( uns válidos para os países do Norte global e outros válidos para os países do Sul global) está exposta com uma crueza chocante. Daqui em diante, a primazia do interesse nacional pode ditar, não só protecção e regulação específicas, como também taxas de juro subsidiadas para apoiar indústrias em perigo (como as que o Congresso dos EUA acaba de aprovar para o sector automóvel).
Não estamos perante uma desglobalização mas estamos certamente perante uma nova globalização pós-neoliberal internamente muito mais diversificada. Emergem novos regionalismos, já hoje presentes na África e na Ásia mas sobretudo importantes na América Latina, como o agora consolidado com a criação da União das Nações Sul-Americanas e do Banco do Sul. Por sua vez, a União Europeia, o regionalismo mais avançado, terá que mudar o curso neoliberal da actual Comissão sob pena de ter o mesmo destino dos EUA.
Terceiro, as políticas de privatização da segurança social ficam desacreditadas: é eticamente monstruoso que seja possível acumular lucros fabulosos com o dinheiro de milhões trabalhadores humildes e abandonar estes à sua sorte quando a especulação dá errado.
Quarto, o Estado que regressa como solução é o mesmo Estado que foi moral e institucionalmente destruído pelo neoliberalismo, o qual tudo fez para que sua profecia se cumprisse: transformar o Estado num antro de corrupção. Isto significa que se o Estado não for profundamente reformado e democratizado em breve será, agora sim, um problema sem solução.
Quinto, as mudanças na globalização hegemónica vão provocar mudanças na globalização dos movimentos sociais que se vão certamente reflectir no Forum Social Mundial: a nova centralidade das lutas nacionais e regionais; as relações com Estados e partidos progressistas e as lutas pela refundação democrática do Estado; contradições entre classes nacionais e transnacionais e as políticas de alianças.


Ver ainda:
http://www.boaventuradesousasantos.pt/

A República Marias do Loureiro ( em Coimbra) declara-se contra as praxes e o autoritarismo


Existem em Coimbra várias casas que albergam provisoriamente estudantes universitários ( enquanto estes estiverem a realizar os seus estudos) que são designadas por Repúblicas e que são normalmente baptizadas com nomes que demonstram grande irreverência:


República Trunfé-Kopos
República Palácio da Loucura

República Marias do Loureiro

República Rápo-Taxo
República Prá-Kis-Tão

República Spreit-Ó-Furo

Corsários das Ilhas

Ay-Ó-Linda

Bota-Abaixo

Rás-Te-Parta

Kágados

Pyn-Guyns

Baco

etc, etc

Recorde-se que as repúblicas estudantis foram criadas pelo diploma régio de 1309 de D. Dinis, que ordenava a construção de casas na zona de Almedina destinadas a estudantes, mediante o pagamento de uma renda.


Quando se toma contacto com uma república salta à vista de imediato a prevalência da ideia de comunidade, pois estas casas são geridas pelos próprios estudantes residentes que, democraticamente, decidem as suas questões por consenso.

Hoje em dia, as Repúblicas são um meio alternativo à praxe, sendo muitas delas anti-praxe.

Na actualidade uma das Repúblicas mais activas social e culturalmente, e que se destaca na luta contra as bolorentas e caducas praxes académicas, é a República Marias do Loureiro situada na alta coimbrã, mais concreatamente na Rua do Loureiro, ao lado do Largo de S. Salvador.


Nas varandas do edifício desta República está afixado uma enorme bandeirola com os dizeres:

Não te submetas ao autoritarismo da praxe
Luta contra a alienação da tua liberdade
Diz não à praxe

…e mais abaixo:


Deita a praxe ao lixo


Entretanto no seu blogue retiramos este Manifesto pela Revolta:

Porque somos por um ensino público, gratuito e de qualidade.
Porque queremos ser estudantes e não clientes de uma universidade s.a.
Porque não nos revemos num Estado onde a voz da indignação e contestação sejam reprimidas com ordem de prisão.
Porque o direito à manifestação não pode ser reprimido.
Porque não podemos permitir que usurpem as nossas convicções.
Porque não admitimos que censurem ideologias divergentes.
Porque as vozes não se devem calar face às sucessivas medidas políticas que querem acabar com a educação para tod@s.
Porque a censura não pode ser tida como direito de um Estado que se apelida democrata.
Porque a definição de democracia não parece caber na hierarquia imposta na estrutura governamental.
Porque defendemos a democracia participativa onde as decisões políticas resultem de uma discussão onde
tod@s possamos intervir.
Porque a política neoliberalista desumaniza as pessoas.
Porque não queremos viver num país onde só os privilégios de alguns sejam salvaguardados.
Porque os direitos e privilégios de alguns se conseguem em detrimento de nós.
Porque o Estado, o colectivo, somos tod@s nós.
Porque lutamos pela igualdade de direitos entre os géneros.
Porque não podemos consentir que se suprimam as liberdades individuais.
Porque recusamo-nos a ser governad@s por quemnão nos quer ouvir.
Porque não queremos regressar ao passado autoritário e repressivo.

Continuaremos a ser insurgentes.
Continuaremos a desobedecer.

De escrav@s dóceis do capital a lutador@s conscientes pela liberdade

http://republicadasmariasdoloureiro.blogspot.com/





Foto da República Bota-Abaixo