17.12.06

Já saiu mais um número da Adbusters (revista contracultural)

O número referente aos meses de Janeiro e Fevereiro de 2007 da conhecida revista canadiana Adbusters já chegou aos quiosques portugueses. Trata-se de mais uma edição do maior interesse e cuja leitura vivamente aconselhamos.
Desta vez o tema geral são as grandes ideias que vão marcar o próximo ano de 2007. Reproduzimos a seguir o índice deste número

The Big Ideas of 2007

THE REVOLUTION WILL BEGIN WITH A TEXTBOOK – Ecological economist Tom Green on why two new textbooks have the power to change the world.

BELIEVERS & DECEIVERS – Cognitive dissonance and the psychology of US power at play on the global political stage, by Deborah Campbell.

THE GREAT URBAN OUTDOORS – David Nicholson-Lord's take on how affluence and self-indulgence are steering us away from the natural world.

MY FIRST RIOT – A tale of race, rebellion, and amateur theatrics in a California prison, by Saint James Harris Wood.


Outros artigos:

Japan's Neocons, by Eric Johnston

Tourist Tibet, by David Kootnikoff

Brazil's Landless Pioneers, by Wilson McCourtney

First World Fascismo, by Adbusters Staff

Consultar:
http://www.adbusters.org/the_magazine/

Livros novos na livraria Pulga

Por intermédio do seu blogue soubemos que já se encontram nos escaparates das casas da especialidade as edições mais recentes da livraria Pulga (sito no Centro comercial Itália, Rua Júlio Dinis, 752-1º dto, loja 70, Porto), a saber:


" Manual do Desempregado", de Liberato

“ Saloon”, de A. Pedro Ribeiro

“Teatro d’Abjecção”, de A. Dasilva Ó

“Inscrições na Lápide”, de Fernando Morais


Do prefácio deste último (“Inscrições na Lápide”, de Fernando Morais) retiramos este excerto:


“ Esta é uma história de amor e traição. Vive-se num momento de turbilhão revolucionário. Estamos em Paris, Maio de 1968, eternizado pela tomada das ruas pelo movimento estudantil revoltado contra a vida manietada, contra a guerra imperialista contra o nivelamento conformista, pelos lazeres de uma sociedade de plástico. Jovens que ergueram barricadas que se organizaram solidários para que o poder de decisão sobre as suas próprias vidas lhes fosse restituído.A ordem vigente acolheu-os com a repressão violenta das forças policiais militarizadas. O confronto sangrento paralisou toda uma nação. Solidária, outra geração ergueu a voz face à barbárie. Intelectuais e operários, os pais que viam a sua descendência, nas ruas, brutalizada pelos cães da guerra. Estava constituído um novo movimento urdido no diálogo e na acção revolucionária. Já não se tratava apenas de fazer voar as pedras da calçada. Havia debates na Sorbonne, mas também nas avenidas e nas esquinas de Paris amotinada contra a intolerância dos que se agarram ao poder a todo o custo (mesmo o da vida humana). Por toda a França discutia-se o futuro, a autogestão, os caminhos da emancipação dos gestos quotidianos, a autoridade de cada indivíduo em expressar-se consoante a sua verdade.Estes foram alguns dos factos. A História encarregou-se de mastigá-los, digeri-los à imagem de outras conveniências que não as motivações originais do movimento revolucionário de 68. Conveniências de "objectos culturais" a serem consumidos, roupas de marca, compêndios e livros, anúncios para a venda de automóveis: "sejam razoáveis, exijam o impossível".”

( excerto do prefácio DE AUTORIA DE J.C.JERÓNIMO PAULO BERNARDINO RIBEIRO)

Para mais informação consultar o bloque da livraria

Boicote aos produtos e marcas dos Estados Unidos da América

Declaração pública de vontade pessoal em boicotar os produtos e as marcas dos Estados Unidos da América


O mundo confronta-se com o grave problema do aquecimento global, mas apesar disso o principal agente contaminador, que é simultaneamente a maior potência militar do mundo, e que se auto-proclama como o «super-polícia» global, faz orelhas moucas face aos apelos para a redução das suas emissões de CO2.
O mundo inteiro já se manifestou por várias vezes a favor de uma solução pacífica no Iraque, e não obstante a potência ocupante persiste em não abandonar o território que ilegitimamente invadiu e mantém ocupado.
À arrogância global dos Estados Unidos da América que podemos nós fazer? De que maneira podemos gritar um «basta!» e colocar um ponto final a tanto sofrimento e a tanta rapina por parte da única super-potência?

A resposta passa por aquilo que os propagandistas costumam chamar «o tácito apoio emocional», isto é, aquilo que se pode chamar «a marca nacional». Lançamos pois um apelo mundial para que toda a gente em todo o mundo boicotem os produtos com marca norte-americana: que ninguém vá a qualquer McDonalds, nem compre produtos Nike, e nem muito menos frequente os cinemas com filmes realizados em Hollywood. Que os parques Disney espalhados pelos 4 cantos do mundo fiquem vazios. Que ninguém perda um minuto com as televisões Fox, CNN e MTV. E se recuse a abastecerem-se em qualquer estação da gasolina Esso, Texaco ou Chevron. Esqqueçam-se que Pepsi, Coca-Cola,Gap e Starbucks existem.
Onde quer que estejas no mundo abstém-te de adquirires produtos com marca e proveniência dos EUA.

Quando fazes uma declaração pessoal de boicote aos produtos com marca EUA estás a fazer, para todos os efeitos, uma declaração pública, que se há-de juntar ao clamor internacional que pouco a pouco por todo o lado se está a levantar contra a actual política dos Estados Unidos da América e que tantas vítimas humanas e prejuízos está a causar. Não te esqueças também de te manter a par das acções de protesto que continuamente são lançadas em diversos países a propósito do esgotamento dos recursos petrolíferos, da comida rápida e plastificada, do desrespeito e dos abusos laborais que amiúde se praticam, e das manipulações mediáticas que infelizmente se tornaram o pão nosso de cada dia.

Vivemos num momento histórico crucial em que são necessárias mais do que nunca mobilizações e de acções de todos nós, os seres humanos vivos e activos. Não duvides da possibilidade de mudarmos este estado de coisas. O movimento contra a guerra do Iraque mobilizou milhões de pessoas por todo o mundo. Porque não podem esses mesmos milhões de manifestantes boicotarem igualmente os produtos com marca EUA,influenciando assim os decisores políticos e económicos daquela grande potência político-militar?

Estás pronto para entrares nesta onda de boicote aos produtos com marca EUA, e celebrar a tua libertação face à cultura comercial norte-americana?
Procedendo assim podes estartambém a contribuir para a derrocada de um império ilegítimo e depravador de vidas e recursos naturais.


Compromisso e declaração pública

Porque sou um dos milhões de pessoas que estão contra a guerra do Iraque;

Porque os Estados Unidos da América já mostraram que não escutam a opinião pública mundial;

E porque os símbolos dos Estados Unidos são as suas empresas e as suas marcas;

Eu, abaixo-assinado, declaro publicamente a minha vontade de boicotar as marcas americanas enquanto os Estados Unidos ocuparem o Iraque e enquanto a única super-potência mundial não der ouvidos ao clamor geral por justiça social, liberdade e igualdade, assim como respeito pela mãe-natureza.


Assinatura,
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