24.6.08

Acção Geral de Protesto e Luta (28 de Junho). Todos à Rua!(ver abaixo os vários locais de concentração)






Locais e Horas das Concentrações

ALGARVE 15H30 CONCENTRAÇÃO na Praça do Infante, Junto ao Liceu, em Faro.

AVEIRO 15H00 CONCENTRAÇÃO no Largo da Estação de Aveiro seguida de MANIFESTAÇÃO até à Ponte Praça.

BEJA 10H30 CONCENTRAÇÃO nas Portas de Mértola, em Beja.

BRAGA 15H00 CONCENTRAÇÃO no Parque da Ponte, em Braga.

BRAGANÇA 15H30 CONCENTRAÇÃO no Largo dos Correios, em Bragança.

C. BRANCO 15H00 CONCENTRAÇÃO/MANIFESTAÇÃO, no Largo São João de Malta, na Covilhã.

COIMBRA 16H00 CONCENTRAÇÃO junto ao Ministério do Trabalho (Av. Fernão de Magalhães) seguida de desfile até ao Praça 8 de Maio, em Coimbra.

EVORA 10H30 CONCENTRAÇÃO na Praça do Giraldo, em Évora

GUARDA 15H30 Pré - concentração às 15H00 na Praça de Táxis da Guarda seguindo para o Governo Civil da Guarda.

LEIRIA 15H00 CONCENTRAÇÃO na Rotunda do Vidreiro com desfile até à Praça Steffens, na Marinha Grande.

LISBOA E SETUBAL 15H30 CONCENTRAÇÃO/MANIFESTAÇÃO, do Largo do Camões para o Rossio, em Lisboa.

PORTALEGRE 10H30 CONCENTRAÇÃO no Largo Frederico Laranjo, seguido de desfile até ao Governo Civil, na Praça da República, em Portalegre.

PORTO 15H30 Concentração na Praça da Batalha com desfile para a Praça da Liberdade, no Porto.

SANTARÉM 16H00 CONCENTRAÇÃO no Largo Cândido dos Reis, seguida de desfile até ao Largo do Seminário, em Santarém.

VILA REAL 15H30 CONCENTRAÇÃO na Praça Diogo Cão, junto à Escola Secundária S. Pedro, em Vila Real.
VIANA CASTELO 15H00 Manifestação, no Jardim D. Fernando, em Viana do Castelo.

VISEU 15H30 CONCENTRAÇÃO/MANIFESTAÇÃO, no Rossio, em Viseu com deslocação ao Governo Civil.

FUNCHAL Iniciativas de rua com activistas, no dia 27 de Junho.

ANGRA DO HEROISMO Iniciativas de rua com activistas, no dia 27 de Junho.

HORTA Iniciativas de rua com activistas, no dia 27 de Junho.

PONTA DELGADA Iniciativas de rua com activistas, no dia 27 de Junho.





Mobilizar mais trabalhadores
Dar ainda mais força à luta contra a degradação das condições de vida e de trabalho

É intenção do actual Governo agravar ainda mais as condições de vida dos trabalhadores com a revisão do Código do Trabalho, situação que só pode ser impedida por uma ainda mais forte mobilização dos trabalhadores nas manifestações agendadas para dia 28, em todas as regiões do País.

As políticas prosseguidas pelo Governo tornarão inevitável um ainda maior agravamento das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores, e as alterações previstas da legislação laboral nos sectores público e privado só irá piorar as coisas

Noites de Inquietação sobre o tema da isenção da informação com Júlio Roldão e Rui Pereira no núcleo do Norte da Ass.José Afonso- 27 de Junho às 21h30


Sessão evocativa de Francisco Martins Rodrigues e apresentação do livro Os Anos do Silêncio (27 de Junho às 21h no Museu Republica e Resistência)


Sessão evocativa de Francisco Martins Rodrigues

Apresentação do livro “Os Anos do Silêncio”

Biblioteca-Museu República e Resistência,
21:00h
Rua Alberto de Sousa, 10 A (Rego), Lisboa


“Os Anos do Silêncio” é constituído por textos inéditos que Francisco Martins Rodrigues começou a escreve em 2006 sobre os seus primeiros anos de clandestinidade e prisão, seguidos do relatório sobre a tortura do sono (1966) e a defesa em tribunal (1970), dois documentos há muito fora de circulação e nunca editados na legalidade.


Durante a sessão estará patente uma exposição biográfica.

No blogue Almanaque Republicano é possível ler um profunda e detalhada biografia de Francisco Martins Rodrigues:
aqui

Marcha do Orgulho LGBT 2008 em Lisboa ( 28 de Junho) e no Porto (12 de Julho)



Dia 28 de JUNHO, às 16h, no Príncipe Real em Lisboa.
Dia 12 de JULHO, 15h, na Praça da República no Porto

Manifesto 2008
FRACTURANTE É A DISCRIMINAÇÃO


O orgulho LGBT (Lésbico, Gay, Bissexual ou Transgénero) existe por contraponto à vergonha que o preconceito e a discriminação tentam impor-nos. Temos orgulho porque, por entre o insulto, fomos capazes de descobrir a nossa identidade e temos orgulho porque somos capazes de a afirmar contra os armários do silêncio, do medo e da invisibilidade. Porque a rua é o palco de todas as lutas e da celebração da diversidade e da visibilidade dos nossos amores, queremos mostrar que a orientação sexual e a identidade de género não nos diminuem nem nos tornam melhores seres humanos.

E estamos orgulhosamente acompanhad@s por todas as pessoas que se preocupam com os direitos humanos e que lutam contra a discriminação sexista, homofóbica, transfóbica, ou racista e xenófoba, que limitam a nossa democracia.

É que o direito à cidadania plena independentemente da orientação sexual e da identidade de género não é uma “questão fracturante”. “Fracturante” é a discriminação na lei e na sociedade que remete as pessoas LGBT para uma cidadania de segunda.

Queremos uma sociedade que reconheça a diversidade de modelos familiares com iguais oportunidades perante a lei. Porque a família é uma escolha livre dos indivíduos, lugar para a partilha de afectos e de vidas em comum e porque o Estado não pode privilegiar nenhum modelo em detrimento de todos os outros.

Por isso exigimos que se cumpra a Constituição no seu 13º Artigo e que o casamento civil deixe de ser uma possibilidade exclusiva para “pessoas de sexo diferente”, que a possibilidade de adopção e acolhimento de crianças seja alargada para todas as pessoas e casais com condições materiais e afectivas para delas cuidar, que a inseminação artificial possa ser uma possibilidade para todas as mulheres que a desejem, independentemente da sua orientação sexual e de viverem ou não uma relação de casal. Porque as nossas famílias já existem e nada justifica que continuem fora da lei.

“Fracturante” é por isso a actual discriminação na lei que recusa o igual reconhecimento das relações e projectos familiares das pessoas LGBT.

Exigimos que sejam tomadas medidas legislativas que combatam eficazmente a desigualdade de género que persiste e, inclusive, se agrava no nosso país. Que as mulheres possam ter acesso, em condições de igualdade, ao trabalho e ao espaço público. Que a violência e a discriminação de género sejam erradicadas definitivamente.

Exigimos ainda que a identidade de género seja contemplada no Principio da Igualdade constitucional, que se tomem iniciativas legais que reconheçam a autodeterminação das pessoas transsexuais e transgénero, que facilitem os processos de adaptação do nome e do sexo nos documentos de identificação, que agilizem os procedimentos médicos de adaptação do corpo.

“Fracturante” é a actual lacuna legal que obriga as pessoas transsexuais e transgénero a viver um longo processo médico e judicial, que perpetua a discórdia entre a aparência e os documentos, causando várias discriminações no acesso à educação, ao trabalho, e à saúde.

Não esquecemos que o Estado tem responsabilidades particulares no perpetuar da discriminação. Como por exemplo, através do Instituto Português de Sangue ao recusar as dádivas de homens que tiveram sexo com homens, com o preconceito a sobrepor-se a qualquer critério objectivo e a colocar mesmo em risco – para toda e qualquer pessoa que necessite de uma transfusão – uma triagem correcta da qualidade do sangue.

É fundamental apostar na prevenção activa do preconceito, com políticas que promovam a igualdade de género e combatam a discriminação e a violência em todas as suas formas.

É, pois, imperativo que agentes do Estado – de sectores fundamentais como a saúde, a educação, a justiça ou a segurança – recebam formação específica para que tenhamos uma sociedade plural e laica, que saiba viver em diversidade e que saiba combater as fracturas geradas pela discriminação.

Temos todos o direito, e @s jovens em particular, a uma educação abrangente, inclusiva e realista. Uma educação em que finalmente se concretize a educação sexual e para a cidadania, suportada em conhecimentos científicos rigorosos. Uma educação estruturada de modo não heterossexista e que aborde as orientações sexuais e as identidades de género, possibilitando a prevenção das diversas discriminações a que somos sujeit@s no nosso quotidiano público e privado.

Somos pessoas de muitas origens, convicções e diferentes saberes, mas hoje estamos juntas na rua com a cara levantada e a certeza de que o futuro só depende daquilo que soubermos fazer dele.


http://www.panterasrosa.com/
http://panterasrosa.blogspot.com/
http://www.marchalgbt2008.blogspot.com/



"Vós que não vos sentis opressores. Vós que beijais como toda a gente. Não é culpa vossa que haja doentes ou criminosos. Nada podeis fazer, dizeis, já que sois tolerantes. A vossa sociedade tratou-nos como um flagelo social para o Estado, como objectos de desprezo para os homens verdadeiros, como sujeitos terroristas para as mães de família. Estas mesmas palavras que servem para nos designar são os vossos piores insultos. Protegeis as vossas filhas e os vossos filhos da nossa presença, como se transportássemos a cólera. Afirmamos aqui que já chega. Que não mais nos chatearão, porque vamos perseguir o vosso racismo contra nós, até mesmo na linguagem. Dizemos mais: não nos contentaremos em nos defendermos. Nós vamos atacar."
Excerto do manifesto de fundação da Frente Homossexual de Acção Revolucionária (FHAR), Paris, 1973




3ª Marcha de Orgulho LGBT no Porto
12 de Julho de 2008
15:00h
Praça da República, Porto


Manifesto da 3ª Marcha do Orgulho LGBT no Porto

Em Portugal, começamos a dar os primeiros passos numa educação para uma saúde responsável. No entanto, esta educação continua a ter como base um modelo de família que não corresponde às práticas familiares do Portugal do século XXI.

Há cada vez mais crianças educadas por apenas um dos pais biológicos, sozinhos ou em novas uniões. Há cada vez mais crianças educadas por avós, tios, outros familiares, pais adoptivos. Sendo que estes educadores têm diversas orientações sexuais. E estas crianças são felizes. Não há diferenças de desenvolvimento físico, psicológico, emocional e de integração social destas crianças, como demonstrado em estudos com pais "não-biológicos" ou pais do mesmo sexo.

E ainda assim, o Estado português continua a negar esta realidade. Estas Famílias são esquecidas. Estas Mães e estes Pais são esquecidos. Estas Crianças são esquecidas.

É-lhes imposto um modelo standard de família em biologia, em história, em português, na educação para a saúde... Modelo este que não corresponde às suas famílias e às famílias dos seus colegas.

Isto é inaceitável!

É obrigação do Estado implementar em todos os estabelecimentos de ensino uma educação para uma sexualidade saudável. E uma sexualidade saudável não se limita ao velho paradigma "espermatozóide nada, encontra óvulo e 9 meses depois temos um brinde". O ser humano não é só um conjunto de células. É um ser pensante, emocional, social, histórico, que transforma o mundo e a si mesmo.

Só uma educação que considere todas estas vertentes poderá ser a base para adultos felizes, responsáveis e sexualmente saudáveis.

Esta educação tem de ser promovida numa disciplina específica a partir do 2º ciclo que aborde temas tão pertinentes como:

• Revelar múltiplas formas de constituição de família;
• Desmistificar a bissexualidade, homossexualidade e heterossexualidade;
• Fomentar a verdadeira igualdade de oportunidades entre homens e mulheres;
• Reconhecer diversas identidades de género, como ser transexual, ser cissexual, ser transgénero e ser cisgénero;
• Compreender várias formas de relacionamento, aceitando que alguém pode não ter uma relação, ter relacionamento com uma pessoa, ter uma relação poliamorosa.
• Finalmente, promover o planeamento familiar e uma reprodução consciente.

É também importante a formação dos professores, gestores de estabelecimento de ensino, pessoal técnico, entre outros. De igual modo nenhuma criança pode ser excluída desta educação. É ainda essencial que esta educação transponha os limites do estabelecimento escolar e seja activamente divulgada junto da população em geral.

Menos que isto é inaceitável!

Efectivamente, na sociedade portuguesa ainda existem situações de discriminação aos mais variados níveis. A meio de 2008, Portugal continua a não seguir o bom exemplo do Estado espanhol que, já há três anos, estendeu o casamento civil a casais do mesmo sexo. Naturalmente com todos os direitos e deveres inerentes, incluindo a adopção.

O casamento civil não é uma instituição imutável no tempo e no espaço. Em 1976, um marido que chega a casa e abre, sem a autorização, uma carta dirigida à esposa, era mais que uma situação comum, era um direito legalmente reconhecido em Portugal. Se é evidente para todas e todos nós esta alteração, também deve ser claro o reconhecimento legal do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Os direitos de homens e mulheres eram tão diferentes em 1976 como são hoje diferentes os direitos de um casal heterossexual e um casal homossexual.

E isto é inaceitável!

Mas não são só os casais de gays e lésbicas que vêem os seus direitos negados pelo Estado. As pessoas transgéneras continuam a ser tratadas como cidadãs e cidadãos de segunda. O artigo 13º da Constituição Portuguesa bem como o Código de Trabalho renegam a Identidade de Género. Da mesma forma o Código Penal, que reconhece os crimes por motivações religiosas, orientação sexual, racismo e afins, mantêm-se omisso quanto a crimes de transfobia.

Exigimos uma lei de identidade de género que permita a mudança de nome e género legal sem que esteja finalizada a reassignação de sexo. Todo o processo jurídico, médico e legal a que são submetidas as pessoas transexuais terá de ser, necessariamente, mais célere e humano.

Não aceitamos a imposição de "licenças oficiais" por parte da Ordem dos Médicos. Não aceitamos burocracias nem visões distorcidas da transexualidade e do transgenderismo.

Da mesma forma, só visões distorcidas podem servir de pretexto para proibir homens que tiveram sexo com homens de doar sangue em Portugal.

Tudo isto é inaceitável.

Por isso estamos aqui, na Marcha do Orgulho LGBT no Porto, com diferentes idades, diferentes experiências, diferentes géneros, diferentes culturas, diferentes orientações, mas unidos! Porque boa educação é partilhar o direito à felicidade. Porque boa educação é TRATAR os cidadãos e cidadãs de forma igual. Porque boa educação é EDUCAR os cidadãos e cidadãs de forma igual.


Igualdade é essencial, educar é fundamental
!



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