1.12.11

O jantar popular de hoje promovido pelo GAIA é dedicado à Rosia Montana, aldeia romena ameaçada por uma multinacional mineira




O jantar popular que se realiza semanalmente ´`as 5ªs feiras e é organizado pelo Gaia (Grupo de acção e intervenção ambiental) em Lisboa é dedicado desta vez à luta de Rosia Montana, uma aldeia romena ameaçada por uma multinacional que pretende instalar uma exploração mineira no local.

Hoje, 1 de Dezembro,  declaramos a nossa solidariedade com a população de Rosia Montana que há já 10 anos luta por contra o roubo criminal e expropriação.

Rosia Montana é uma vila nas montanhas Apuseni na Roménia, sob ameaça de ser destruída em nome do lucro pela Gabriel Resource's, uma empresa de extração mineira de ouro. Caso venha a realizar-se, a exploração da mina proposta irá destruir a aldeia de Rosia Montana e introduzir a tecnologia de lixiviação de cianeto perigoso, ameaçando os sistemas de água da Roménia, com o potencial de acidentes devastadores.
A população local, apoiada por activistas internacionais, opõe-se aos planos para abrir a maior mina de exploração de ouro, a céu aberto, da Europa, que deslocaria centenas de famílias, resultando também em destruição ecológica generalizada e contaminação da paisagem protegida com cianeto.

A campanha Salvati Rosia Montana (Salvar Rosia Montana) tem vindo a lutar dia-a-dia por esta região com o apoio e solidariedade de pessoas de todo o mundo. Alguns activistas do GAIA estiveram em Rosia Montana no passado mês de Setembro no encontro Reclaim the Fields.

1 de Dezembro é feriado nacional na Roménia, mas não é apenas por este motivo que durante o jantar popular, partilharemos informação sobre a presente situação em Rosia Montana, no mesmo dia em que por vários pontos do mundo decorrem acções de protesto contra a exploração mineira de ouro em Rosia Montana





Manifestações pelos vales durienses ameaçados


O MCLT – Movimento Cívico pela Linha do Tua, e o MCLC – Movimento Cívico pela Linha do Corgo, organizam duas manifestações, no âmbito de uma série de eventos dedicados aos Vales Durienses Ameaçados.

A primeira manifestação realiza-se hoje ( dia 1 de Dezembro, às 16h30)) em Mirandela com percurso entre o Centro Cultural de Mirandela e a estação de caminhos-de-ferro de Mirandela, e destina-se defender a linha ferroviária do Tua e contestar a construção da barragem do Tua.

Entretanto, no próximo dia 4 de Dezembro, pelas 15h, está convocada uma manifestação na Régua ( com concentração no Largo da estação da Régua) para o efeito de mobilização das populações em defesa da Linha ferroviária do Corgo
A estas acções são convidados a participar as associações, movimentos cívicos e cidadãos de todo o país, que lutam pelo caminho-de-ferro em diversas vertentes, desde a Linha do Minho à do Douro, do Ramal da Lousã e da Linha do Vouga à Linha do Oeste, e do Ramal de Cáceres e da Linha do Leste às Linhas do Sueste e Algarve.
Trinta anos de políticas desastrosas para o caminho-de-ferro em Portugal levaram-nos à miserável condição de único país da Europa Ocidental a perder passageiros na ferrovia, e agora o Plano Estratégico dos Transportes está a tentar ditar o encerramento de vias-férreas que no seu conjunto não representam sequer 3% dos prejuízos da CP, perpetuando uma farsa que lentamente levou o país a uma perigosíssima dependência das estradas.

BASTA! Esta situação é insustentável, e a má gestão sistemática de sucessivas tutelas e Conselhos de Administração da CP e da REFER não poderá passar incólume e remediada com mais encerramentos de troços ferroviários e perda de horários e outros serviços, com importância económico-social fundamental para o bem-estar da sociedade.

Pelo Caminho-de-Ferro em Portugal!

Documentários sobre a Aldeia das Amoreiras Sustentável: dois novos filmes serão projectados no dia 2 de Dez.


Alface” é o nome do último documentário realizado na Aldeia das Amoreiras pelo GAIA e Centro de Convergência no âmbito do Projecto Aldeia Sustentável.
Este filme, cujas filmagens decorreram em Maio de 2011, mostra pessoas da Aldeia em locais que lhes são muito familiares: nas suas pequenas hortas e em quintais ao lado das suas habitações.

Com este filme queremos reconhecer e valorizar a partilha do conhecimento ancestral, o cuidar da terra no dia-a-dia e a capacidade de acolhimento e de partilha de todos os habitantes.

É com gratidão que hoje mostramos aquilo que fazem, nos ensinam e os torna mais resilientes e criadores de abundância na Aldeia das Amoreiras. Este documentário vai estrear no Texas Bar no dia 3 de Dezembro pelas 21 horas, a entrada é livre.

“Como se faz cal” e “Caiação” são dois pequenos documentários, realizados por Júlia Barata e Frank Laranja respectivamente, que nos revelam a atmosfera vivida durante um evento comunitário na Aldeia das Amoreiras.
Neste evento dedicado à “caiação” e ao voluntariado juntaram-se população e visitantes provenientes de diferentes partes do mundo.
O nosso muito obrigado aos realizadores que com a sua generosidade registaram e levam mais longe o testemunho dos bons momentos aqui vividos. Estes documentários vão estrear no Rossio Bar no dia 2 de Dezembro pelas 21 horas, a entrada é livre

Queremos inspirar partilhando os nossos sonhos, as nossas acções, os nossos documentários !



No dia 1 de Dezembro teremos os DVDs no Centro de Convergência , prontinhos para enviar-vos para o Natal.

Para comprar faça uma transferência bancária para o nosso NIB e envie-nos um email (para alentejo@gaia.org.pt ) com o seu nome , morada, número contribuinte (se quiser receber o recibo) e com o comprovativo de pagamento se possível. Se possível, na transferência bancária coloque no descritivo o seu nome. Para qualquer questão contacte-nos por email (alentejo@gaia.org.pt), telefone (283925032) ou telemóvel (965615379).

À distância pode ajudar o trabalho do Centro de Convergência
Obrigado!


Participe neste movimento, pré-comprando este DVD com 6 filmes inspiradores, ajudando assim a financiar a sua edição.

6 Filmes documentários 
Aldeia de Sonho parte 1, de Sebastian Rost (2010) 
Aldeia de Sonho parte 2, de Sebastian Rost (2011) 
Caiação, de Frank Laranja (2011)
C.A.L., de Julia Vilhena (2011) 
Alface, de João Gonçalves e Bruno Caracol (2011) 
+BÓNUS: Mestre da Cortiça, de Uros Knez (2007)

5 Filmes documentários para a Aldeia das Amoreiras Sustentável + Bónus “Mestre da Cortiça”

Tertúlia sobre a Aldeia das Amoreiras Sustentável (dia 7 de Dez. na sede da Associação Campo Aberto, Porto)

No próximo dia 7 de Dezembro, quarta-feira, às 18h e 21:30, realizar-se-á uma tertúlia sobre a ALDEIA DAS AMOREIRAS SUSTENTÁVEL com a presença de André Vizinho, elemento do núcleo do Gaia (Grupo de acção e intervenção ambiental) no Alentejo


Uma experiência auspiciosa de renascimento de uma aldeia antes em abandono. E se muitas das aldeias portuguesas enveredassem por caminho semelhante? Nós, citadinos do Noroeste, temos muitas vezes ainda ligações à aldeias do Norte de Portugal e poderíamos colher aqui ensinamentos úteis.

Inscrição gratuita mas obrigatória:
Envie um email para jcdcm@sapo.pt

Indispensável que indique para cada inscrito se pretende integrar a sessão das 18:00 ou a das 21:30 (conteúdos idênticos em cada uma, só a hora difere).
Indicar, para cada inscrito, nome, email e telefone.

Prazo: até 4 dias antes da data da tertúlia.

A tertúlia realiza-se na sede da Campo Aberto (Porto, Rua de Sta Catarina, 730-2.º andar)
Nota importante: a tertúlia apenas se realizará com um mínimo de 8 inscrições e um máximo de 23 (lugares sentados disponíveis).
As desistências devem ser comunicadas até 48 horas antes da tertúlia.
As desistências não comunicadas podem prejudicar a organização e tirar lugar a possíveis interessados. Solicitamos a compreensão de todos os que se inscrevam.

Oficina ( dia 3 de Dez.) de construção de Swales para regenerar o solo e manter a água na paisagem

Oficina: Construção de “Swales”, Regenerar o Solo e Manter a Água na Paisagem

Um “swale” é uma vala, coberta com matéria orgânica, que é construída ao longo da curva de nível para abrandar, espalhar e infiltrar a água da chuva quando existe escorrência superficial no terreno.

Sábado, 3 de Dezembro Das 9h30 às 16h30
Intervalo para Almoço no Centro Social das 12 h às 14h

Local: Aldeia das Amoreiras.
Ponto de encontro: 9 horas no Centro Social.

Todo o programa decorrerá ao ar livre.

A parte teórica usará situações exemplo no terreno, incluindo vala construída em Dezembro de 2010.

Inscrição por telefone: 96 96 80 009 / 914 022 063
ou email: joaovox @ yahoo.com
Investimento Sócios GAIA, estudantes ou desempregados: 20 Euros
Outras pessoas: 25 Euros
O valor da inscrição inclui almoço vegetariano.


Conteúdos da Oficina:

Observar e Reconhecer padrões na paisagem
Interpretar a biodiversidade
Solos&Microbiologia
Ciclo do carbono
Gestão do Impacto animal
Pluviosidade
Padrões nas árvores e na vegetação
Os padrões e ciclos na floresta de alimentos
O padrão “Linha chave”
A parte prática inclui: Construir um “A-frame”
Construir um “swale”
Plantar árvores e plantas companheiras
Propagar árvores
Sementeira de cobertura vegetal
Acolchoamento orgânico / “Mulching”
Alimentar Microorganismos e Fungus

Facilitador: João Gonçalves


http://centrodeconvergencia.wordpress.com/
Como chegar à Aldeia das Amoreiras
Comboio: a Aldeia das Amoreiras situa-se a 8km da estação de comboios da Funcheira.
Camioneta: em Ourique (a 13km da Aldeia) existe ligação ao Norte e Sul.

Comunicado sobre os acontecimentos do dia da greve geral de 24 de Novembro de 2011 assinado pelo Grupo de Apoio Legal para o 24N

Considerando a manifestação de 24 de Novembro em Lisboa, dia de greve geral, os momentos de brutalidade policial que aí ocorreram, a difusão mediática destes acontecimentos e a natureza das acusações formuladas contra os manifestantes, sentimo-nos obrigados a reclamar o “direito de resposta” para impedir a calúnia gratuita e a perseguição política.
Acreditamos, por aquilo que vemos, ouvimos e lemos todos os dias, que a televisão e os jornais são poderosos meios de intoxicação, de controlo social e de propagação da ideologia e do imaginário capitalista. A maioria das vezes recusamo-nos a participar no jogo mediático. Desta vez a natureza e gravidade das acusações impele alguns de nós a escrever este comunicado. A leitura que fazemos da realidade e daquilo que é dito sobre os acontecimentos do dia da greve geral tornam evidente que:

I. Está em curso acelerado a mais violenta banalização de um estado policial com recurso a agentes infiltrados, detenções arbitrárias, espancamentos, perseguições, bem como a justificação política de detenções e a construção de processos judiciais delirantes sustentados em mentiras.

II. Sobe de escala a montagem jornalístico-policial que visa incriminar, perseguir e reprimir violentamente – veremos mesmo se não aprisionar – pessoas que partilham um determinado ideário político, pelo simples facto de partilharem esse ideário. A colaboração entre jornalistas e polícias na construção de um contexto criminalizante tem o seu expoente máximo nas narrativas delirantes da admirável Valentina Marcelino do Diário de Notícias e das suas fontes, como José Manuel Anes do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo.

III. A participação na construção deste discurso por parte de inúmeras instâncias de poder, desde sindicatos e partidos até ao mais irrelevante comentador de serviço, cria o clima ideal para que o anátema lançado sobre os “anarquistas” ou os “extremistas de esquerda” ajude a legitimar a montagem de processos judiciais, a invasão de casas, as detenções sumárias. Ao contrário do que a maioria pensa, são realidades com as quais convivemos há já algum tempo.

Por isso mesmo, vimos deste modo dar a nossa versão do que aconteceu no dia 24 de Novembro. Sendo que acreditamos que estamos especialmente bem colocados para falar do que aconteceu porque criámos um “Grupo de Apoio Legal”, que acompanhou a manifestação e está a procurar defender judicial e publicamente os detidos nesse dia por forças da ordem pública.

Fazemo-lo não por se tratar de companheiros “anarquistas”. Aliás, não só nenhum deles se conhecia entre si antes de ser detido, como nenhum de nós conhecia previamente nenhum dos detidos - a própria polícia será testemunha de que nem sabíamos os seus nomes.

Fazemo-lo porque – ao contrário dos sindicatos – consideramos que é nossa responsabilidade, enquanto indivíduos lúcidos, activos e organizados, apoiar e mostrar solidariedade com todas as pessoas que se juntam a uma greve que nós também convocámos. Sobretudo para com aqueles que foram vítimas de repressão e perseguição na sequência desse dia.

Temos por isso acesso aos processos e estamos neste momento a reunir provas e testemunhos que possam repor a “verdade legal” que, sabemos já, chegará tarde de mais para ser atendida pelos ritmos e critérios jornalísticos. Sobre o que aconteceu no dia 24 Novembro em São Bento temos testemunhos, vídeos e fotos que documentam o seguinte:

-Não sabemos exactamente o que aconteceu nos segundos de agitação em que as grades de contenção foram derrubadas. Infelizmente não estávamos no local e não pudemos participar. Sabemos apenas que, na sequência dessa confusão, um grupo de três polícias infiltrados apontou um alvo, num canto oposto a onde se deu o derrube (na rampa junto à Calçada da Estrela). Esse alvo era um rapaz de 17 anos, estudante no Liceu Camões. Poucos minutos depois, já fora da manifestação e em plena Calçada da Estrela, os três homens não identificados abordaram o rapaz e enfiaram-no num carro sem anúncio prévio de detenção. Várias pessoas, entre elas alguns colegas e professores, manifestaram-se contra essa detenção, aparentemente injustificada. Mais tarde, outro homem com cerca de 30 anos é detido de forma idêntica.

-Pode-se ainda observar claramente em vários vídeos que as três detenções que tiveram lugar no local onde as barreiras policiais foram derrubadas foram levadas a cabo por agentes não identificados que entraram no corpo da manifestação para deter, arrastar e algemar sem qualquer aviso os manifestantes. Segundo as leis que os próprios dizem defender, qualquer detenção com estas características tem um nome: sequestro.

-Já no fundo da Calçada da Estrela, três jovens dirigiam-se ao Minipreço da Rua de S. Bento quando um grupo de quatro homens que não se identificaram como agentes policiais, agarrou um deles e o encostou à parede. Enquanto um dos agentes à paisana afastava os outros dois, um rapaz com 21 anos de origem alemã era agredido brutalmente, como foi testemunhado por várias pessoas e registado em vídeo. Tudo indica que o agente que a polícia diz ter sido ferido se magoou na sequência desta detenção ilegal no momento em que o rapaz alemão procurava resistir a uma agressão sem sequer perceber ainda o que lhe estava a acontecer. A polícia veio mais tarde justificar a sua acção pelo facto de o rapaz ser perigoso e procurado pela Interpol.
Parece-nos da ordem do fantástico que todos os jornalistas e comentadores que se pronunciaram sobre o sucedido pareçam acreditar que um juiz de instrução possa libertar imediatamente alguém procurado pela INTERPOL.

O que para nós fica claro, após os acontecimentos descritos, é que se preparam novos métodos de contenção social e se assiste a uma escalada na repressão de qualquer gesto de contestação.
Neste contexto, o anúncio de que o ataque às montras de repartições de finanças foi obra de “anarquistas extremistas” é o corolário de uma operação que visa marginalizar e criminalizar toda a dissidência e toda a oposição activa ao regime que se procura impor. Não é apresentada nenhuma prova, nenhum indício que sustente sequer uma suspeita, quanto mais uma acusação.

Tornou-se uma evidência nestes anos de crise que os Estados e os seus gabinetes de finanças, têm em curso um roubo organizado das populações, através de impostos que servem em grande medida para cobrir os grandes roubos nas altas esferas do poder e da economia. Neste sentido, a criminalização dos anarquistas, e a sua identificação como o inimigo interno, serve sobretudo para isolar esses acontecimentos do crescente sentimento de revolta e da tomada de consciência social que atravessa a sociedade no seu todo.

Dito isto, é preciso salientar que um “anarquista” é, antes de tudo, um defensor da liberdade individual, da autonomia e da organização horizontal e igualitária; Que, não existindo nenhum partido ou organização central que emita uma posição correspondente àquilo que “todos os anarquistas” pensam, este comunicado é apenas uma visão parcial de alguns indivíduos que partilham um património filosófico e social que são as ideias anarquistas. Uma versão naturalmente sujeita a críticas e discussão por parte dos nossos amigos e companheiros.

Por fim, gostávamos apenas de recordar a todas as pessoas que lutam para manter a sua lucidez, que o regime implantado no dia 28 de Maio de 1926 começou precisamente por se justificar com a necessidade de combater a anarquia e de reprimir os anarquistas, que nessa altura se organizavam em torno da Confederação Geral do Trabalho. Hoje é fácil perceber a natureza desse regime, nessa altura não o era.
Ontem como hoje, cada um de nós tem que decidir individualmente se toma posição activa contra o que está a acontecer ou se, com a sua passividade, colabora com o estado de coisas.

Grupo de Apoio Legal para o 24N
Lisboa, 28 de Novembro de 2011

Debate sobre Crise e Revolução na Europa ( dia 4 de Dez. às 20h.no Regueirão dos Anjos, Lisboa)

Debate «Crise e revolução na Europa»
Com a participação de Ana Méndéz Andés, do Observatorio Metropolitano (www.observatoriometropolitano.org)

Quatro anos de crise e três de programas da austeridade e de cortes sociais parecem demasiado. A actual condução da política económica europeia (o Banco Central, a Comissão, Merkel e Sarkozy) não nos levou a nada que se assemelhe à tão esperada recuperação. Pelo contrário, a sua submissão obcecada aos interesses dos credores (leia-se grandes bancos) só serviu para animar a maior operação de socialização da dívida privada da história europeia (leia-se crise da dívida soberana e quebra previsível dos chamados Estados periféricos). E levou-nos, o que é ainda pior, a uma situação de crise permanente e «sem saída» possível. Perante a ausência de outros protagonistas, o desenlace da tragicomédia europeia ficou reduzido à alternativa entre uma mudança radical (de que nem a classe política nem as elites económicas parecem capazes) e a insistência no neoliberalismo galopante, que ameaça destruir o projecto europeu, incluindo a sua moeda.

O Observatorio Metropolitano, um projecto sediado em Madrid que reúne um conjunto de colectivos militantes num espaço de reflexão sobre os fenómenos que caracterizam as metrópoles contemporâneas, acaba de publicar o livro Crisis y Revolución en Europa (pode ser comprado ou descarregado em http://traficantes.net/index.php/editorial/catalogo/otras/Crisis-y-revolucion-en-Europa). À luz dos recentes desenvolvimentos da crise europeia e da luta social, propomos uma discussão em torno do conteúdo do livro.

Organização: UNIPOP e RDA-69

Local: RDA-69 (Regueirão dos Anjos, n.º 69, Lisboa

Data: Dia 4 de Dezembro, das 18h às 20h

Entrada livre.


Conversa com membros do colectivo Occupied London ( dia 2 de Dez. às 20h. em Lisboa)


O Occupied London é um colectivo anarquista que tem feito a cobertura no terreno sobre a situação da Grécia, desde a revolta de 2008 até à crise actual.
Para além das actualizações que faz no seu blog (http://occupiedlondon.org/blog), o colectivo publicou também um livro visando a história das lutas correntes, as suas possibilidades e o seu futuro (http://www.revoltcrisis.org/).
Alguns dos membros do Occupied London têm viajado pelos Estados Unidos e pela Europa, explorando possíveis caminhos para uma contra-informação e co-operação entre as pessoas que se encontram a resistir aos planos de austeridade um pouco por todo o mundo.
Durante a nossa visita a Lisboa, queremos criar laços com o movimento antagonista em Portugal, informar os nossos companheiros das lutas na Grécia e no Reino Unido e explorar a possibilidade de criar um novo nó de contra-informação que fizesse a cobertura da resistência de base à austeridade em Portugal.”

Local: Da Barbuda / 2 de Dezembro a partir das 20h
20h Jantar / 21h30m Conversa

Da Barbuda
Largo da Severa nº8 (Mouraria), Lisboa
metro: Martim Moniz, Lisboa


Conversas Patafísicas sobre ciência (4, 8 e 11 de Dez.) na Barbuda (Largo da Severa, 8, Lisboa)

São "lições informais" sobre ciência fundamental, onde uma curta exposição inicial lança o mote para pôr não cientistas e cientistas a falar e aprender juntos. Não querendo ser uma apologia da ciência, querem trazer os seus temas e métodos de pensamento para a análise do mundo real. Porque não há conhecimentos "só para alguns" parte-se de temas sobre os quais gostamos de conversar, tentando introduzir o mínimo de linguagem e formalismo necessários para partilhar e alargar ao máximo a possibilidade de os discutir.

DA BARBUDA
LARGO DA SEVERA N8 - Lisboa

Festival de cinema sobre energia nuclear no Porto (29,30 Nov, 6 e 7 Dez) - Urânio em Movimento (extensão do INTERNATIONAL URANIUM FILM FESTIVAL)

Está a decorrer no Porto, no Auditório do Grupo Musical de Miragaia (Rua da Arménia 18, Miragaia/Porto), a 1ª parte da extensão a Portugal do 1º Festival de filmes sobre Energia Nuclear
São 4 noites com 8 filmes, produzidos em países como Costa Rica, Alemanha, Estados Unidos e Brasil. As sessões são seguidas de debates e/ou conferências sobre o tema.

29 e 30 NOV;
6 e 7 DEZ
sempre às 21:00
AUDITÓRIO DO GRUPO MUSICAL DE MIRAGAIA
RUA DA ARMÉNIA 18 (MIRAGAIA-PORTO)


PROGRAMA GERAL

29 Novembro 2011, terça-feira, às 21h00:

A bomba suja do Pentágono, Urânio 238 (Costa Rica, 2009, 28', Pablo Ortega)
Mostra os perigos que o urânio empobrecido ou DU (em referência às iniciais em inglês das palavras urânio empobrecido: depleted uranium) usado nas armas convencionais apresenta para a saúde dos soldados e civis. Através deentrevistas com soldados, cientistas e ativistas, o documentário explora os riscos para a saúde quando este material radioativo e tóxico é ingerido ou inalado por pessoas nos campos de batalha e campos de tiro. Baseado em dados científicos, o filme tem sido utilizado pela Coalizão
Internacional para a Proibição das Armas de Urânio (ICBUW), como parte de sua campanha internacional para proibir DU como um componente militar.

Castor Não: (Alemanha, 2007, 43', Sylvain Darou)
Protestos contra o transporte de resíduos altamente radioativos da usinas nucleares na Alemanha. Em nenhuma parte do planeta existe um depósito nuclear seguro para este lixo que vai permanecer perigoso até no mínimo um milhão de anos. Na Alemanha, há 30 anos atrás, os políticos decidiram que uma salina explorada e desativada, perto da Cidade de Gorleben, seria o depósito permanente do lixo radioativo da Alemanha. Além disso, foi decidido fazer também um depósito temporário nesta salina. Mas, cientistas descobriram que esta salina não é segura. Desde o início, na década de 1980, mais
de cinco mil pessoas que vivem na região lutam contra os projetos nucleares e o transporte do lixo radioativo para este depósito. O lixo altamenteradioativo é transportado em contêiner especial com o nome de Castor.
Filmamos os protestos contra o 10º transporte até Gorleben, em novembro de 2006. Milhares de pessoas provenientes de todas as partes da Alemanha sejuntaram para protestar pacificamente junto ao moradores contra esta loucura nuclear.
O filme mostra pessoas que se sentam sobre vias férreas e estradas, geralmente no frio, às vezes, brutalizados pela polícia. Ele pergunta onde elas encontram a coragem e a motivação para resistir, mas também sobre o seu medo e sua impotência diante de um exército de mais de 20.000 policiais


30 Novembro 2011, quarta-feira, às 21h00:

O regresso do menino Navajo (EUA, 2000-2008, 57', Jeff Spitz)
É um documentário aclamado internacionalmente, que reuniu uma família Navajo e desencadeou uma investigação federal sobre contaminação por urânio. Conta a história de Elsie Mae Begay, cuja narrativa em imagens revela uma incrível luta pela justiça ambiental. Um filme da década de 1950, chamado “Navajo Boy”, trouxe a memória de volta para as pessoas nativas que participaram em sua infância do filme, provocando desdobramentos em direções surpreendentes. O documentário incentiva uma família Navajo a compartilhar as lembranças marcantes que envolvem a produção cinematográfica de Hollywood, a mineração de urânio e do mistério de um menino desaparecido há muito tempo por ter sido levado por missionários. Seu nome era John Wayne Cly.

O futuro irradiante do Brasil (Alemanha, 2011, 43', Ralph Weihermann &
Susanne Friess)
O Futuro irradiante do Brasil, é o primeiro documentário sobre a mina de urânio de Caetité, localizado na Bahia. A mineração começou em 2000. Desde esta época a população e o meio ambiente estão em risco por causa da poluição radioativa.
O “Futuro Irradiante do Brasil” teve sua produção concluída apenas uma semana antes do Uranium Film Festival começar. Por isso ele não foi inscrito para a mostra competitiva, mas consideramos importante apresentá-lo, já que é o primeiro filme sobre a mineração de urânio em Caetité


6 Dezembro 2011, 3a feira, às 21h00:

Yellowcake (EUA, 2009, 10', Brock Williams)
A sede do Urânio por água (Brasil/Alemanha, 2010, 27' Norbert G. Suchanek &
Marcia Gomes de Oliveira)

Pedra Podre (Brasil, 1990, 26' Eva Lise Silva, Ligia Girão, Stela Grisotti,
Walter Behr)

7 Dezembro 2011, 4a feira, às 21h.
21h00: Césio 137, o pesadelo de Goiânia (Brasil, 1989, 95' Roberto Pires)


10 de Dezembro é o dia dedicado à Educação Libertária na Escola da Fontinha

10 de Dezembro vai ser mais um dia repleto de actividades na Es.Col.A da Fontinha, desta vez, dedicado à educação libertária.

A educação libertária contraria a reprodução e perpetuação dos valores impostos pela educação pública, privada ou religiosa, nega e demonstra que estas não são as únicas vias possíveis. Educa na recusa da autoridade e de submissão hierárquica, ao mesmo tempo que potencia a liberdade individual e o respeito mútuo.

Em forma de conversas, de pinturas serigráficas e murais sobre o tema e visualização do filme Paideia, escuela libre. 15 años de educación anti-autoritaria, vamos conhecer formas alternativas de aprender e perceber como o papel da educação pode ser a transformação do individuo e por consequência da sociedade, com princípios assentes na autogestão, no anti-autoritarismo e na educação integral.


Vai ser dia e noite e diz que vai ser espectacular e tudo!

Oficina de clown ( 6 a 9 de Dezembro das 18h às 22h) na Escola da Fontinha

Oficina de clown ( 6 a 9 de Dezembro das 18h às 22h) na Escola da Fontinha

Este workshop é uma introdução ao clown, com jogos e improvisos teremos acesso ao fantástico mundo do clown.
O clown é uma pessoa que vive e sente os momentos essenciais da sua vida, o que mais lhe marcou da sua infância até à velhice.
O mais sincero e transparente, uma aventura livre e divertida.


Dos 16 aos 96 anos - mín. 8 pessoas e máx. 15

Inscrições para os mails:

Mais info: 

Capoeira na Escola da Fontinha ( às 2ª e 5ªs feiras, pelas 18h30)

Hoje,  5ª feira, 1 de Dezembro, há roda da fruta na capoeira.

Isto quer dizer que fazemos uma roda de capoeira com instrumentos, que todos podem aprender a tocar, e cada pessoa leva duas peças de fruta para partilhar no final

Como sempre, a capoeira é aberta à participação de tod@s.

Capoeira na Escola da Fontinha é sempre às segundas e quintas-feiras, às 18h30.


Puta Que os Pariu, a Biografia de Luiz Pacheco - um livro de João Pedro George

Puta Que os Pariu!
A Biografia de Luiz Pacheco, um escritor maldito
João Pedro George

A história do singular percurso pessoal e literário de uma personagem incontornável da cultura portuguesa do século XX. Das origens familiares aos casamentos, aos processos judiciais, às quezílias artísticas, aos combates intelectuais, à Editora Contraponto, ao vício e à degradação e miséria dos últimos anos. Uma vida à margem. Um escritor maldito

Luiz Pacheco era capaz das loucuras mais desapiedadas, mas também de actos de grande generosidade. Pessoa cheia de contrastes e incoerências, tinha uma enorme facilidade para relacionar-se com os outros e, depois, para cortar relações. Impulsivo e inconstante, aparecia e desaparecia de repente. Capaz de prescindir de tudo e de começar do zero, durante anos viveu em pensões manhosas, de onde muitas vezes era expulso por falta de pagamento. Era um especialista em dívidas e em não as pagar. Conheceu a miséria, o vício e a degradação. Gostava de estar perto dos marginais e das ovelhas ranhosas, porque com aqueles que não têm nada a perder conhecem-se melhor os labirintos da alma humana. Fundador da Editora Contraponto, conhecia bem o campo da edição e o meio das letras, onde fervilhavam as intrigas e as capelinhas, e contra tudo isso lutou, recusando-se a participar na engrenagem dos manejos literários. Desmascarou os falsos prestígios e maltratou alguns intocáveis da cultura. Alguns viam Pacheco como um apocalíptico, um herdeiro da tradição dos grandes inconformistas. Mas foi simultaneamente um produto do próprio meio literário. Capaz de aparecer nu no meio do Montijo ou de pijama no Largo do Carmo, no 25 de Abril, em torno de Luiz Pacheco criou-se uma lenda, histórias e boatos que circulavam e que quase nunca se incomodou em desmentir, porque, como alguém disse, essa era a melhor forma de chegar a génio.

«Puta que os pariu!» foi a última resposta de Luiz Pacheco na entrevista que deu à revista «Ler», em 1995.

Hino das Mulheres Livres

Mulheres Livres foi uma organização de mulheres anarquistas criada em 1936 que constitui hoje uma referência para muitas feministas.
A letra do hino foi escrita pela escritora Lucía Sanchez Saornil.
Neste vídeo o hino é interpretado pela Fanfarre Libertaria de Iruñea e o coro Iruñea abesbatza



Nem deus, nem patrão, nem marido

Mujeres libres é um colectivo anarco-feminista que luta pela equidade entre mulheres e homens, recusando todo acto de autoridade, posse ou violência que possa danificar e negar a liberdade das mulheres.




Ella, canção de Bebe



Ella sa cansao de tirar la toalla
se va quitando poco a poco telarañas
no ha dormido esta noche pero no esta cansada
no mira ningún espejo pero se siente to’ guapa
Hoy ella sa puesto color en las pestañas
hoy le gusta su sonrisa, no se siente una extraña
hoy sueña lo que quiere sin preocuparse por nada
hoy es una mujé que se da cuenta de su alma
Hoy vas a descubrir que el mundo es solo para ti
que nadie puede hacerte daño, nadie puede hacerte daño
hoy vas a comprender
que el miedo se puede romper con un solo portazo.
hoy vas a hacer reir
porque tus ojos se han cansado de ser llanto, de ser llanto…
hoy vas a conseguir
reirte hasta de ti y ver que lo has logrado que…
Hoy vas a ser la mujé
que te dé la gana de ser
hoy te vas a querer
como nadie ta sabio queré
hoy vas a mirar pa’lante
que pa atrás ya te dolió bastante
una mujé valiente, una mujé sonriente
mira como pasa
Hoy nasió la mujé perfecta que esperaban
ha roto sin pudore las reglas marcadas
hoy ha calzado tacone para hacer sonar sus pasos
hoy sabe que su vida nunca mas será un fracaso
Hoy vas a descubrir que el mundo es solo para ti
que nadie puede hacerte daño, nadie puede hacerte daño
hoy vas conquistar el cielo
sin mirar lo alto que queda del suelo
hoy vas a ser feliz
aunque el invierno sea frio y sea largo, y sea largo…
hoy vas a conseguir
reirte hasta de ti y ver que lo has logrado…
Hoy vas a descubrir que el mundo es solo para ti
que nadie puede hacerte daño, nadie puede hacerte daño
hoy vas a comprender
que el miedo se puede romper con un solo portazo.
hoy vas a hacer reir
porque tus ojos se han cansado de ser llanto, de ser llanto…
hoy vas a conseguir
reirte hasta de ti y ver que lo has logrado ohhhh…

Programação da livraria-café-bar Gato Vadio para os dias 1, 3 e 4 de Dezembro


Documentários sobre Consumo e Alienação - 1 e 3 de Dezembro
Concerto de Jazz - 4  de Dezembro
Livraria-café-bar Gato Vadio - Rua do Rosário, 281, Porto 


«Se o que precisamos é de mais roupas, de mais computadores ou de mais cosméticos, tornou-se uma questão irrelevante. Temos de os ter. Temos de consumir de forma a mantermos a engrenagem da economia a rodar. Temos de continuar a comprar para mantermos as pessoas no emprego, sejam quais forem as consequências. Mais de três quartos das florestas do mundo foram devastadas para alimentar o nosso consumismo, e ainda assim não há um fim. Vamos para a guerra para assegurarmos reservas de petróleo e outros recursos naturais, de forma a podermos continuar a consumir. E agora apenas desejamos encontrar uma tecnologia miraculosa qualquer que permita contornar as consequências do nosso consumismo. Mas o consumismo livre de consequências é uma ideia que não existe. (...) quem vai contar esta verdade ao poder? Os cientistas mostram os factos, mas só os poetas podem criar uma nova cultura.»
- Satish Kumar





Surplus: Terrorized Into Being Consumers (2003)
Documentário, Erik Gandini (54min)
Quinta-feira, 1 de Dezembro, 22h

Sinopse: Longe de ser apenas uma crítica ao consumismo ou a sistemas políticos, este documentário sueco, com uma componente técnica forte, é um olhar sobre o modo de ser e de viver da humanidade. As contradições do mundo moderno são materializadas nas imagens da televisão, nos rostos dos líderes políticos, símbolos do consumismo, nos distúrbios durante o G8, na obra de trabalhadores indianos, em Cuba de Fidel Castro, ... A narração é em grande parte confiada a John Zerzan, anarquista primitivista americano, entrevistado para o filme. A sua posição radical criou polémica - destruir os bancos e partir montras não é violência, é mais violento ver a MTV refastelado no sofá enquanto se engole snacks.





 Cesky Sen / Sonho Checo (2005)
Documentário, Filip Remunda e Vít Klusák (90min)
Sábado, 3 de Dezembro, 22h


Sinopse: O consumismo alienado e o poder de manipulação dos mídia são os temas centrais deste documentário provocador. São explorados fenómenos perversos da publicidade na República Checa pós-comunismo. Em cinco anos o país viu 125 hipermercados serem construídos - uma mudança drástica para um povo que há poucos anos dormia em filas para comprar produtos de primeira necessidade. Em tom crítico, o filme lança a campanha de um novo e enorme supermercado fictício que promete os melhores produtos e preços para uma vida melhor.

A sessão será antecedida pela projecção do documentário curta-metragem Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado, "um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo". Nesta viagem de 13 minutos, é seguida a trajectória de um simples tomate, desde a sua plantação até ser deitado fora, deixando claras pelo caminho as relações de desigualdade geradas pelo actual sistema económico.


Jazz,
Esse Gato Vadio!

PAPENEVI JAZZ
Domingo, 4 de Dezembro, 18h30
Ciclo de Jazz Vadio com o apoio de Carl Orff Projecto - Educação Musical
Paulo Alexandre Jorge | Saxofone
Pedro Carneiro | Guitarra
Newton Santos | Baixo
Vitor Gouveia | Bateria


http://carlorffprojecto.blogspot.com/