8.3.11

Jovens da Geração à Rasca interrompem em Viseu uma« missa» de Sócrates com os seus fiéis socretinos



Jovens do movimento Geração à Rasca interromperam ontem um discurso de Sócrates em Viseu com um megafone e foram agredidos e retirados da sala à força". Mais: tiveram que pagar 10 euros para assistir ao comício e quando solicitaram o recibo do pagamento a resposta que lhes deram foi que isso era ridículo!!!

José Sócrates apenas tinha tido tempo para fazer os agradecimentos quando os jovens, munidos de um megafone, começaram a dizer: "Chegou a hora de a geração à rasca falar, isto é pacífico, só queremos falar".

«Precários nos querem, rebeldes nos terão» foi uma das frases que estes manifestantes gritaram enquanto José Sócrates discursava, antes de serem postos fora do recinto pela segurança.

«Infelizmente, não conseguimos ler o recado. Fiz questão de citar que isto era pacífico, mas como todos puderam ver e as câmaras conseguiram captar caíram-nos em cima, fomos empurrados e partiram-nos o megafone e uma colega nossa levou um pontapé», explicou Paulo Agante, um dos jovens intervenientes.

Sócrates desvalorizou o incidente, declarando «Nós somos o partido da tolerância. E estamos no Carnaval. E a verdade é que no Carnaval ninguém leva a mal. Se estes simpáticos convivas se quiseres juntar a nós são muito bem-vindos», disse ainda o líder socialista, convidando-os para jantar. »

Apesar do convite, os jovens foram colocados na rua e, de acordo com a agência Lusa, queixam-se de terem sido agredidos.
«Peço desculpa não ter aceite o jantar, mas já estávamos cá fora a levar pontapés e empurrões e foi mesmo impossível», ironizou Paulo Agante, do movimento da Geração à Rasca.

Antes de o grupo ter sido expulso, uma das jovens ainda teve tempo de entregar duas máscaras a José Sócrates.
«Uma delas laranja e a outra rosa, que era para se decidir pela políticas que toma, porque estamos fartos, não só das políticas do PS, como do PSD. Varia sempre entre os mesmos, o país vai de mal a pior e somos nós que sofremos», justificou Paulo Agante.


Garantiu que os jovens não queriam «estragar a festa» a José Sócrates, apenas deixá-lo a reflectir sobre as palavras que iam dizer.
«Só queríamos expor a nossa palavra, ter um espaço onde pudéssemos falar, já que ninguém nos ouve, e iríamos sair pacificamente. Ninguém teria de nos expulsar, mas, enquanto estávamos a ser expulsos a empurrões e nos partiam o material, estava o primeiro-ministro a rir-se», criticou.

Os jovens queixam-se ainda de lhes ter sido retirada a faixa que levavam, com a inscrição «Fim às políticas rascas» e «619 mil amigos gostam disto», numa alusão ao número de desempregados portugueses.



12 de Março de 2011
Protesto/Manifestação da Geração à Rasca, no Rossio de Viseu, às 15h
Junta-te a nós na luta contra a precariedade!


Mail:
geracaoarasca.viseu@gmail.com
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Dia 12 na rua Sócrates vai ouvir o BASTA!

Basta das políticas rasca que nos têm governado!
Basta de disfarces rasca, onde num dia promete uma coisa que no dia a seguir já é mentira.
Basta de ilusionismos sociais, as pessoas não são números!
Basta deste carnaval político onde só há duas máscaras!
Basta de hipocrisia!


No dia 12 de Março vai ouvir os desempregados e precários de Portugal:

Há, em Portugal, 619 mil desempregados inscritos no centro de emprego…porque há muitos mais…metade dos quais com menos de 35 anos.

Há ainda mais de um milhão de portugueses em situações de precariedade:
• Mal remunerados
• Falsos trabalhadores independentes
• Estagiários não remunerados
• Bolseiros
• Contratados a prazo
Entre tantas outras situações!

Iríamos avançar com os seguintes números:
• Mais…7 em cada 10 jovens têm vínculos de trabalho precários!
• Amanhã é o dia da mulher mas a verdade é que são elas quem mais sofre…7 em cada 10 licenciados no desemprego são mulheres!
• O número de licenciados desempregados aumentou 61% nos últimos três anos!
• Em 1998 eram 483 mil os trabalhadores em situação precária…passou mais de uma década e o número triplicou!
• Em 2008 havia 32 mil jovens a recibos verdes, mais 93% do que em 1998…e acredite que estes números continuam a aumentar dia após dia.
• Saem anualmente do país entre 90 a 100 mil portugueses…os mesmos números que se registavam nos anos 60!


Não fiques em casa, vêm fazer parte da mudança!



Movimento de Libertação da Mulher em Portugal

Após o 25 de Abril de 1974 foi criado o MLM, Movimento de Libertação da Mulher, por mulheres que defendiam um feminismo avançado e que ficou regitado na história pelo facto de ter organizado uma manifestação a 13 de Janeiro de 1975 que provocou muita celeuma na época.

Essa manifestação passou a ser conhecida pela «queima de soutiens» como símbolo de opressão feminina, mas tal não corresponde à verdade, até porque segundo as próprias organizadoras, as feminista não costumavam usar essas peças.

Recorde-se que 1975 era que a ONU proclamara o Ano Internacional da Mulher, tendo o MLM decidido organizar uma acção simbólica, no dia 13 de Janeiro, no Parque Eduardo VII, onde seriam queimados alguns símbolos, como o Código Civil, objectos de lida doméstica, brinquedos sexistas, livros de autores machistas ou revistas pornográficas.

Acontece que um numeroso e agitado grupo de homens decidiu boicotar o evento tendo-se gerado muita confusão o que impediu a realização da manifestação feminista.

Ao movimento não foi estranha a dinâmica gerada em Portugal pela publicação em 1972 do livro "Novas Cartas Portuguesas" - conhecido como o livro das três Marias, Maria Velho da Costa, Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta – e que levou as autoras a tribunal acusadas de atentado à moral e ao pudor, mas que acabou em absolvição e num grito de vitória que insuflou o movimento feminista.

Com o 25 de Abril novas baralhas feminsitas despontam como o planeamento familiar, educação sexual, gratuitidade dos métodos contraceptivos e o direito ao aborto. Na época do processo revolucionária, Maria Teresa Horta, Célia Métrasse e Helena Medeiros publicaram um livro "histórico" – "Aborto, Direito ao Nosso Corpo" – o único escrito sobre o tema durante vários anos.



Nos 35 anos da Manifestação Feminista do Parque Eduardo VII




Maria Teresa Horta, a 13 de Janeiro de 2010, fala da manifestação do Parque Eduardo VII de 1975. Presentes também Célia Metrass, Isabel Télinhos, Helena e Salomé Coelho


The Rebel Girl – canção de Joe Hill sobre as mulheres inconformistas e lutadoras ( 8 de Março é Dia Internacional da Mulher)

O vídeo começa com uma narrativa de Elizabeth Gurley Flynn sobre as mulheres do I.W.W. (Industrial Workers of the World), a que se segue a canção escrita por Joe Hill e cantada por Hazel Dickens.

As imagens da Mulheres que aparecem no vídeo são todas do IWW, excepto Emma Godman e Charlotte Anita Whitney:

Emma Goldman

Helen Keller ( membro do IWW, feminista e conhecida figura pelo seu trabalho em prol das pessoas portadoras de deficiências)

Grace Silve, mãe da famosa actriz Queen Silver

Lucy Parsons, mulher de Albert Parsons, um dos mártires de Chicago

Judi Bari – ecologista e membro do IWW

Mother Jones

Lesbia Harford – poetisa australianao e membro activo do IWW

Amelia Siblich

Rosie Kane

Caroline Leckie

Dorothy Day – anarquista, fundadora da organização catholic workers

Charlene Sato – sociolinguísta

Faith Petric – cantora

Anne Feenley – cantora

Charolotte Anita Whitney

Suley Ayala




There are women of many descriptions
In this queer world, as everyone knows.
Some are living in beautiful mansions,
And are wearing the finest of clothes.
There are blue blooded queens and princesses,
Who have charms made of diamonds and pearl;
But the only and thoroughbred lady
Is the Rebel Girl.

CHORUS:
That's the Rebel Girl, that's the Rebel Girl!
To the working class she's a precious pearl.
She brings courage, pride and joy
To the fighting Rebel Boy.
We've had girls before, but we need some more
In the Industrial Workers of the World.
For it's great to fight for freedom
With a Rebel Girl.

Yes, her hands may be hardened from labor,
And her dress may not be very fine;
But a heart in her bosom is beating
That is true to her class and her kind.
And the grafters in terror are trembling
When her spite and defiance she'll hurl;
For the only and thoroughbred lady
Is the Rebel Girl.