A sinistralidade rodoviária e o massacre perpetrados pelos automóveis são-nos apresentados habitualmente como do foro individual dos condutores ora negligentes e temerários ora ineptos e impreparados, a quem são apontadas reponsabilidades quando se dá um acidente na estrada.
Mas esquece-se que se trata de um problema eminentemente social e até político. Basta para tanto recordar a insistência e pressa que os órgãos e responsáveis políticos revelam ao autorizar a venda e circulação de carros cada vez mais potentes, capazes de atingir velocidades inadmissíveis, assim como todo o afã das autoridades em construírem vias de circulação onde o alto valor da fluidez do trânsito supera em importância a própria segurança rodoviária, e, principalmente, no tipo de ordenamento do território planificado pelas esferas governamentais que leva cada vez mais as populações a ficarem dependentes do automóvel e do transporte particular.
Quantos mais automóveis há, mais a vida se torna desagradável, e menos úteis eles se mostram.
Vivemos hoje numa espiral de crescimento do transporte de pessoas e mercadorias. As indústrias do automóvel, da construção civil e dos combustíveis tornaram-se o primeiro poder económico e, em cumplicidade com os governos, modelam o território, a sociedade e as regras sociais em função dos seus interesses económicos em detrimento do inetresse geral e da prória saúde das pessoas.
Os condutores, esses, independentemente da sua consciência social e dos padrões éticos por que se regem, vão adaptando melhor ou pior a sua conduta em função percepção dos riscos que lhes são apresentados. E se estes diminuem, graças à tecnologia ou ao traçado e construção das vias, a tendência é para elevar o grau de risco do seu comportamento. Por isso é que a única solução para reduzir a mortalidade rodoviária é reduzir as deslocações e apostar numa economia de proximidade.
As indústrias envolvidas e os governos, seus cúmplices, têm plena consciência das consequências das suas opções e do modelo de crescimento económico que visa tão-só satisfazer os interesses empresariais na maximização do lucro a qualquer preço e custe o que custar.
Ora chegou o momento de imputar às empresas e aos governos a culpa pela autêntica guerra civil assassina que vai alastrando nas nossas estradas.
1. Não utilizarás o veículo como instrumento de ameaça ou de agressão.
2. Se conduzires, não consumirás bebidas alcoólicas ou produtos que alterem o teu estado normal de consciência.
3. Darás sempre prioridade aos peões, mesmo fora das passadeiras ou antes de nelas entrarem.
4. Zelarás pelo transporte seguro dos ocupantes do teu veículo, em especial das crianças.
5. Aceitarás o ritmo de condução dos outros condutores e respeitarás os limites de velocidade legais.
6. Não utilizarás o telemóvel durante a condução.
7. Não estacionarás onde prejudicares a passagem e visibilidade dos peões, em especial crianças, idosos e deficientes.
8. Vigiarás o estado do veículo de modo a contribuir para a segurança e respeito de todos os utentes das estradas.
9. Não perderás a paciência quando a via se encontrar obstruída e não impedirás a ultrapassagem por outro veículo.
10. Pararás sempre nos sinais de Stop e abrandarás com o aparecimento da luz laranja.
11. Não estacionarás nas passadeiras de peões, faixas BUS, lugares de deficientes, e saídas de emergência.
12. Manterás a calma quando circulares atrás de um veículo de instrução.
13. Reduzirás a velocidade em locais de transito de peões.
14. Em auto-estrada ou via rápida, não conduzirás encostado à traseira do carro que circula à tua frente.
15. Adequarás a tua condução às condições atmosféricas e condições da via.