18.11.07

Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada: contra a violência do tráfego motorizado e o imperialismo do automóvel


Hoje é o dia mundial em memória das vítimas da estrada e do tráfego motorizado. E nada mais justificado que recordar aqui os 30 milhões de mortos e as centenas de milhões de feridos que os automóveis e as motas provocaram ao longo do século XX. E se a isto adicionarmos os terríveis efeitos colaterais (no ambiente, etc) do uso e abuso do automóvel nas nossas sociedades o balanço não pode ser mais aterrador.

A sinistralidade rodoviária e o massacre perpetrados pelos automóveis são-nos apresentados habitualmente como do foro individual dos condutores ora negligentes e temerários ora ineptos e impreparados, a quem são apontadas reponsabilidades quando se dá um acidente na estrada.

Mas esquece-se que se trata de um problema eminentemente social e até político. Basta para tanto recordar a insistência e pressa que os órgãos e responsáveis políticos revelam ao autorizar a venda e circulação de carros cada vez mais potentes, capazes de atingir velocidades inadmissíveis, assim como todo o afã das autoridades em construírem vias de circulação onde o alto valor da fluidez do trânsito supera em importância a própria segurança rodoviária, e, principalmente, no tipo de ordenamento do território planificado pelas esferas governamentais que leva cada vez mais as populações a ficarem dependentes do automóvel e do transporte particular.

Quantos mais automóveis há, mais a vida se torna desagradável, e menos úteis eles se mostram.

Vivemos hoje numa espiral de crescimento do transporte de pessoas e mercadorias. As indústrias do automóvel, da construção civil e dos combustíveis tornaram-se o primeiro poder económico e, em cumplicidade com os governos, modelam o território, a sociedade e as regras sociais em função dos seus interesses económicos em detrimento do inetresse geral e da prória saúde das pessoas.

Os condutores, esses, independentemente da sua consciência social e dos padrões éticos por que se regem, vão adaptando melhor ou pior a sua conduta em função percepção dos riscos que lhes são apresentados. E se estes diminuem, graças à tecnologia ou ao traçado e construção das vias, a tendência é para elevar o grau de risco do seu comportamento. Por isso é que a única solução para reduzir a mortalidade rodoviária é reduzir as deslocações e apostar numa economia de proximidade.

As indústrias envolvidas e os governos, seus cúmplices, têm plena consciência das consequências das suas opções e do modelo de crescimento económico que visa tão-só satisfazer os interesses empresariais na maximização do lucro a qualquer preço e custe o que custar.

Ora chegou o momento de imputar às empresas e aos governos a culpa pela autêntica guerra civil assassina que vai alastrando nas nossas estradas.






Ruas para as pessoas, não para os automóveis
15 Mandamentos da Cortesia ao Volante

retirado de:



1. Não utilizarás o veículo como instrumento de ameaça ou de agressão.

2. Se conduzires, não consumirás bebidas alcoólicas ou produtos que alterem o teu estado normal de consciência.

3. Darás sempre prioridade aos peões, mesmo fora das passadeiras ou antes de nelas entrarem.

4. Zelarás pelo transporte seguro dos ocupantes do teu veículo, em especial das crianças.

5. Aceitarás o ritmo de condução dos outros condutores e respeitarás os limites de velocidade legais.

6. Não utilizarás o telemóvel durante a condução.

7. Não estacionarás onde prejudicares a passagem e visibilidade dos peões, em especial crianças, idosos e deficientes.

8. Vigiarás o estado do veículo de modo a contribuir para a segurança e respeito de todos os utentes das estradas.

9. Não perderás a paciência quando a via se encontrar obstruída e não impedirás a ultrapassagem por outro veículo.

10. Pararás sempre nos sinais de Stop e abrandarás com o aparecimento da luz laranja.

11. Não estacionarás nas passadeiras de peões, faixas BUS, lugares de deficientes, e saídas de emergência.

12. Manterás a calma quando circulares atrás de um veículo de instrução.

13. Reduzirás a velocidade em locais de transito de peões.

14. Em auto-estrada ou via rápida, não conduzirás encostado à traseira do carro que circula à tua frente.

15. Adequarás a tua condução às condições atmosféricas e condições da via.



Apelo para uma greve geral dos consumidores a partir do dia 24 de Novembro

CONSOME, idiota!


Todos nós desempenhamos um papel económico bem mais importante como consumidores do que como trablhadores

Os direitos dos trabalhadores são sistematicamente esvaziados, quando não mesmo retirados e anulados nos últimos anos, e, por circunstâncias várias, as greves de trabalhadores não se têm revelado eficazes.

Por isso é urgente que as greves de trabalhadores sejam complementadas com uma greve geral de consumo como forma de demonstrar ao poder instituído a nossa determinação na luta por uma nova sociedade e um novo modo de viver.

Apelamos assim para que, a partir do dia 24 de Novembro, todos comprem o menos possível e para deixarem de fazer compras inúteis , o que teria indiscutivelmente uma grande repercussão em toda a economia e faria tremer o poder político e económico.


A greve das compras terá de ser articulada com a greve ao trabalho.

Uma greve geral ilimitada dos consumidores, a partir de 24 de Novembro, a ser adoptada por um número significativo de aderentes teria um impacto enorme e desencadearia uma dinâmica de transformações sociais e culturais.


Ver e consultar:
http://www.supermercadosnogracias.org/

15 coisas para fazer no hipermercado …

1. Agarra em 24 caixas de preservativos e põe em vários carrinhos, aleatoriamente, quando a pessoa estiver distraída.

2. Programa os despertadores para tocarem de 5 em 5 minutos.

3. Faz um rasto com molho de tomate até à casa de banho.

4. Aborda um funcionário e diz "Código vermelho na secção da loiça"... e vê o que ele faz!

5. Vai ao apoio a clientes e pergunta se te podem reservar um pacote de M&Ms.

6. Põe o sinal de "ATENÇÃO - PISO MOLHADO" ao pé da área dos tapetes.

7. Monta uma tenda na secção de campismo, diz aos outros clientes que vais passar a noite por lá. Convence as pessoas atraentes a trazerem almofadas da secção têxtil e juntarem-se a ti.

8. Quando um funcionário te perguntar se precisas de ajuda, começa a chorar e grita "Porque é que vocês não me deixam em paz?!?!!?!?"

9. Encontra uma câmara de vigilância e usa-a como espelho enquanto tiras macacos do nariz.

10. Procura uma faca de trinchar bem afiada. Leva-a contigo durante todo o percurso das compras e vai perguntando aos funcionários se ali vendem anti-depressivos.

11. Desliza pela loja com um ar suspeito, enquanto cantas o tema da "Missão Impossível".

12. Na secção de acessórios para os automóveis, pratica o teu "look Madonna" usando diferentes tipos de cones de sinalização.

13. Esconde-te atrás da roupa que está exposta em cabides e quando alguém estiver a ver os artigos grita "ESCOLHE-ME! LEVA-ME PARA CASA!"

14. Quando alguém anunciar seja o que for no altifalante, deita-te no chão, em posição fetal, e grita: "NÃÃÃO! As vozes! Outra vez as vozes!"

E, por fim:

15. Vai ao provador de roupa. Fecha a porta, aguarda um minuto e depois grita: "Onde é que está o papel higiénico?


Retirado de:
http://renatoamorim.blogs.sapo.pt/44337.html

O jornal El Pais abre os seus arquivos de textos e artigos publicados ao longo de 30 anos

Qualquer que seja a ideia que se tenha sobre o jornal El País e o grupo económico Prisa que o controla julgamos do maior interesse a abertura dos arquivos deste jornal e a sua disponibilização online a todos quantos estejam interessados na sua consulta.

São assim três décadas recheadas de factos históricos a que acrescem os milhares de artigos e reportagens que podem ser consultados via Internet e de forma totalmente gratuita.

Para tanto, bastará ir à
hemeroteca do ELPAÍS.com e começar a fazer as pesquisas desejadas

O edifício do Capitólio, sede do poder legislativo dos EUA, foi construído por escravos negros!!!


O Capitólio em Washington, sede do poder legislativo, o Congreso dos Estados Unidos da América, é um edifício majestoso ( ocupa uma superficie de 18.000 m2 e 87,60 metros de altura) e foi construído no século XIX para glorificar a liberdade e a democracia norte-americana, valores que serviram sempre de alarde ao nascimento e à criação dos Estados Unidos da América .

Vêm-se agora a saber, contudo, que o edifício foi erguido à custa de mão-de-obra escrava das explorações rurais dos Estados esclavagistas. Com efeito, quando George Washington esboçou o ambicioso projecto de construir a capital dos Estados Unidos não contava com a penúria de trabalhadores na região e foi necessário recorrer aos proprietários rurais para que estes disponibilizassem os seus escravos que, dia e noite, e em tempo recorde, conseguiram com a sua força braçal construir o edifício que, paradoxalmente, é vangloriado comosímbolo da democracia e da liberdade!!!

Este facto histórico veio a reforçar as pretensões da actual população afro-americana a viver nos Estados Unidos em ver reconhecido o seu papel cívico na construção do país e as suas actuais reivindicações por um estatuto social ao nível da sua importância e participação histórica.

Feira de poesia popular em Olinda (I FENAPOP)

Durante três dias (9, 10 e 11 de Nov.), Olinda transformou-se na capital da poesia popular, com a I Feira Nacional de Poesia Popular (Fenapop). O evento, que aconteceu no Parque do Carmo e teve entrada gratuita, reuniu muita cantoria de viola, embolada, recitais de poesia, exposições de artesanato e literatura de cordel.


A cidade de Olinda foi escolhida para receber o evento por ter abrigado nos anos 70 um dos maiores festivais do Nordeste, o Torneio de Olinda, que foi palco de manifestações contrárias ao regime militar. De lá saíram as primeiras caravanas de poetas pelo Brasil, que percorriam várias capitais até chegar a Brasília.

Na sexta-feira (09), a festa começou, às 19h, com a embolada da dupla Rouxinol e Patativa. No sábado (10), o Coreto da Poesia abriu espaço para poetas amadores. Já no palco principal, o destaque maior foi o repente de Ivanildo Vila Nova, que formou dupla com Sebastião da Silva. O domingo (11) ficou reservado para duas das atracções mais esperadas: o recital solo de Oliveira de Panelas e a poesia matuta de Jessier Quirino.


Comício em beco estreito
Uma livre adaptação da poesia de Jessier Quirino




Poesia de emboladores de coco (Natal, Brazil 1996)
(poetas populares Zizi Gaviao e Caetano da Ingazeira improvisam versos)






Repentistas troçando de toda a gente




Repentistas



Deixamos aqui a programação seguida pela I FENAPOP

SEXTA-FEIRA (09.11)

19h00 – Abertura com FELIZARDO MOURA
19h30 – ROUXINOL & PATATIVA – embolada
20h30 – ZELITO NUNES – contador de causos
21h00 – EDMILSON FERREIRA & ANTONIO LISBOA – repente
21h40 – CHICO PEDROSA – declamação
22h15 – JOÃO PARAIBANO & SEBASTIÃO DIAS
23h00 – Encerramento

SÁBADO (10.11)

19h00 – Abertura com FELIZARDO MOURA
19h10 – ROUXINOL & PATATIVA – embolada
19h30 – EDVALDO ZUZU & SINÉSIO PEREIRA - repente
20h00 – YPONAX VILA NOVA – declamação
20h30 – MOCINHA DE PASSIRA & MINERVINA FERREIRA – repente feminino
21h00 – CORETO DA POESIA – c/ poetas amadores
21h30 – RAUDÊNIO LIMA - declamação
22h00 – RIVANI, a cangaceira do cordel – poesia
22h30 – VASSULA - declamação
23h00 – ZÉ CARDOSO & RAULINO SILVA – repente
23h30 – CHICO PEDROSA – declamação
00h00 – IVANILDO VILA NOVA & SEBASTIÃO DA SILVA – repente
00h30 – GERALDO AMÂNCIO & MOACIR LAURENTINO – repente
01h00 – Encerramento

DOMINGO (11.11)

19h00 – Abertura com FELIZARDO MOURA
19h10 – YPONAX VILA NOVA – declamação
19h30 – CORETO DA POESIA – poemas livres
20h00 – SINÉSIO PEREIRA & EDVALDO ZUZU – repente
20h30 – MOCINHA DE PASSIRA & MINERVINA FERREIRA – repente feminino
21h00 – ZÉ VIOLA & ZÉ GALDINO – repente
21h30 – OLIVEIRA DE PANELAS – recital
22h00 – ROUXINOL & PATATIVA – embolada
22h30 – CHICO PEDROSA – declamação
23h00 – IVANILDO VILA NOVA & SEBASTIÃO DA SILVA - repente
23h30 – JESSIER QUIRINO – declamação
24h00 – Encerramento

O Nu-jazz de Bugge Wesseltoft

Jens Christian Bugge Wesseltoft é um músico, pianista, compositor e produtor norueguês que se move nas águas do jazz, em particular na sua versão mais europeísta e fusional do «future jazz» ou «nu jazz». Bugge tem também uma produtora, a Jazzland Records, que divulga o jazz praticado na Noruega, cujas figuras mais conhecidas são Jan Garbarek e Ion Christensen.
IM é o último cd de Bugge Wesseltoft, marcado por um tom minimalista de piano solo, bastante diferente do que estávamos habituados a ouvir na sua música, e na embalagem que acompanha o cd é possível ler textos anti-belicistas.

Discografia:
It's snowing on my piano - 1997 - Act
New Conception of Jazz - 1997 - Jazzland
Sharing - 1998 - Jazzland
Moving - 2001 - Jazzland
Live - 2003 - Jazzland
FiLM iNG - 2004 - Jazzland
IM - 2007 - Jazzland

With Sidsel Endresen:
• Nightsong - 1994 - Act
• Out Here, In There - 2002 - Jazzland

Consultar

http://www.buggesroom.com/


Nu jazz é um termo abrangente que aparece nos anos de 1990 para caracterizar aquele tipo de jazz instrumental baseado no funk, na electrónica e na improvisação livre. Outros termos sinónimos utilizados são electronic jazz, electro-jazz, e-jazz, jazztronica, jazz house, phusion, or future jazz.

O Nu jazz vai mais longe do que o acid jazz (ou groove jazz) na medida em que explora mais intensamente os recursos electrónicos e da improvisação.

The sound of Nu Jazz can be described as jazz music with a slow tempo from about 65-100 B.P.M. generally alongside an ambient beat, and usually little to no vocals are involved. Nu Jazz music rhythms and melodies can often be repetitive in nature.
It ranges from combining live instrumentation with beats of jazz house (exemplified by the French St Germain, the German Jazzanova and Fila Brazillia from the UK) to more band-based improvised jazz with electronic elements (such as that of the The Cinematic Orchestra from the UK, the Belgian PhusionCulture, Mexican duo Kobol, nu jazz improvisation collective, the Norwegian "future jazz" style pioneered by Bugge Wesseltoft, Jaga Jazzist, Nils Petter Molvær, and others). It is a term sometimes ascribed to Squarepusher's music.



Bugge Wesseltoft Live at Badechieff Berlin


Bugge Wesseltoft: Gare du Nord.
From the album 'Moving'.


Bugge Wesseltoft Live From Jazid Oslo 2000

Live from North Sea Jazzfestival