28.3.08
Lançamento do #4 da Revista Big Ode no Gato Vadio (café-livraria no Porto) às 22h30 do dia 29 (Sábado)
Lançamento do # 4 da revista Big Ode.
Vídeo. Poesia. Música.
Sábado, dia 29 de Março, às 22h30 no Gato Vadio (café-livraria situada na Rua do Rosário, no Porto)
entrada livre
http://gatovadiolivraria.blogspot.com/
Vida, escrita e compromissos de Simone de Beauvoir - ciclo de debates na Fábrica Braço de Prata (28 e 29 de Março)
CICLO DE DEBATES
SIMONE DE BEAUVOIR
«VIDA, ESCRITA, COMPROMISSOS»
28 e 29 de Março
21h
Sala EPC
Simone de Beauvoir, a mulher que fez escândalo e escola, impulsionando uma verdadeira mudança antropológica e influenciando o trabalho de gerações de críticos e escritores e a vida de muitos homens e mulheres, nasceu há 100 anos! No âmbito de um conjunto de iniciativas, a realizar ao longo deste ano, a Fábrica Braço de Prata, em parceria com o Instituto Franco-Português e o Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, preparou um ciclo de debates inteiramente dedicados a esta filósofa e romancista francesa. Pretendemos recordar a mulher que dedicou a vida inteira ao projecto da escrita, onde o objecto da criação literária e da reflexão filosófica se confundiu com o próprio acto de existir. Pretendemos ainda evocar a advogada do feminismo; o ser sentimental que se protegia por detrás de uma frieza aparente; a intelectual que se lançou em vários combates de diversas frentes, tendo tido uma contribuição decisiva para a história do século XX. Em suma, propomos pensar a mulher, a filósofa e a romancista francesa que agarrou a vida com coragem e cuja liberdade foi sempre um elemento fundamental.
Programa:
Sexta-feira, 28 de Março
«Apresentação genérica da Obra de Simone de Beauvoir» por Luísa Ribeiro Ferreira
«Simone de Beauvoir e o Existencialismo» por Nuno Nabais
«Simone de Beauvoir: entre o inevitável e o fortuito» por Maria João Cabrita
«A Força das Coisas e a problemática da velhice com S. de B.» por Maria Belo
Sábado, 29 de Março
«Simone de Beauvoir, uma mulher para além do seu tempo» por Manuela Tavares
«Um olhar feminista sobre Simone de Beauvoir» por Teresa Almeida
«O Segundo Sexo como desconstrução ‘do Eterno Feminino’» por Helena Neves
«As memórias de Simone de Beauvoir» por Isabel Barreno
SIMONE DE BEAUVOIR
«VIDA, ESCRITA, COMPROMISSOS»
28 e 29 de Março
21h
Sala EPC
Simone de Beauvoir, a mulher que fez escândalo e escola, impulsionando uma verdadeira mudança antropológica e influenciando o trabalho de gerações de críticos e escritores e a vida de muitos homens e mulheres, nasceu há 100 anos! No âmbito de um conjunto de iniciativas, a realizar ao longo deste ano, a Fábrica Braço de Prata, em parceria com o Instituto Franco-Português e o Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, preparou um ciclo de debates inteiramente dedicados a esta filósofa e romancista francesa. Pretendemos recordar a mulher que dedicou a vida inteira ao projecto da escrita, onde o objecto da criação literária e da reflexão filosófica se confundiu com o próprio acto de existir. Pretendemos ainda evocar a advogada do feminismo; o ser sentimental que se protegia por detrás de uma frieza aparente; a intelectual que se lançou em vários combates de diversas frentes, tendo tido uma contribuição decisiva para a história do século XX. Em suma, propomos pensar a mulher, a filósofa e a romancista francesa que agarrou a vida com coragem e cuja liberdade foi sempre um elemento fundamental.
Programa:
Sexta-feira, 28 de Março
«Apresentação genérica da Obra de Simone de Beauvoir» por Luísa Ribeiro Ferreira
«Simone de Beauvoir e o Existencialismo» por Nuno Nabais
«Simone de Beauvoir: entre o inevitável e o fortuito» por Maria João Cabrita
«A Força das Coisas e a problemática da velhice com S. de B.» por Maria Belo
Sábado, 29 de Março
«Simone de Beauvoir, uma mulher para além do seu tempo» por Manuela Tavares
«Um olhar feminista sobre Simone de Beauvoir» por Teresa Almeida
«O Segundo Sexo como desconstrução ‘do Eterno Feminino’» por Helena Neves
«As memórias de Simone de Beauvoir» por Isabel Barreno
Não se esqueçam: hoje é dia de bicicletada por todo o lado! (no Porto, na praça dos leões às 18h.)
Conduza bem; Renuncie ao seu carro!
Gentes belas, hoje é dia de bicicletada: a bicicletada da Primavera!
Sugestões:
- visibilidade - como primavera rima com flores e cores..... vamos coloridos e floridos para esta bicicletada.... também seria interessante apostar em bandeiras visíveis e claras quanto ao nosso objectivo de okupar as ruas!
- trazer mais um amigo – seria interesante que para esta bicicletada se duplicasse os participantes.... Por isso convidem @ voss@ amig@
Tragam um@ amig@ para um passeio da primavera....
- som – podes trazer também a buzina ... concertina... harmónica ... cazu... para a festarola chegar aos passeios e às gentes das ruas.
Sugestões:
- visibilidade - como primavera rima com flores e cores..... vamos coloridos e floridos para esta bicicletada.... também seria interessante apostar em bandeiras visíveis e claras quanto ao nosso objectivo de okupar as ruas!
- trazer mais um amigo – seria interesante que para esta bicicletada se duplicasse os participantes.... Por isso convidem @ voss@ amig@
Tragam um@ amig@ para um passeio da primavera....
- som – podes trazer também a buzina ... concertina... harmónica ... cazu... para a festarola chegar aos passeios e às gentes das ruas.
Chamada dos trabalhadores/as precários/as para a parada do MayDay Lisboa 2008
O fim e os meios da Anarquia ( acerca do livro de Jean Grave que foi traduzido pelo grande Aquilino Ribeiro)
Retrato de Aquilino Ribeiro em 1925
Jean Grave
Recensão crítica do livro « A Anarquia – Fim e meios» (L’Anarchie – son but, ses moyens») de Jean Grave , segundo a tradução para português realizada por Raul Pires e Aquilino Ribeiro, que foi editada em 1907 pela Livraria Central de Gomes de Carvalho, Lisboa.
Esta recensão crítica saiu no nº 19, Março de 1910 da Sementeira, publicação dirigida por Hilário Marques.
A anarquia, diz o autor ( está a referir-se a Jean Grave – Nota deste blogue), não se dirige só aos que morrem de miséria. Abraça todas as aspirações e não despreza necessidade alguma. A lista das suas reclamações compreende todas as da humanidade. A anarquia não é mais do que a continuação do eterno protesto dos explorados e dos oprimidos contra os exploradores e os opressores. Demonstra a inanidade de toda a tentativa de melhoria que não ataque os efeitos, deixando subsistir as causas; pretende transformar as bases da ordem económica; visa estabelecer, não a impondo, todavia, uma sociedade igualitária, pela transformação o mais completa possível do estado social, pela abolição de todas as instituições políticas e económicas da hora actual, pela entrega à disposição de cada um, do solo e dos instrumentos de trabalho.
Esta recensão crítica saiu no nº 19, Março de 1910 da Sementeira, publicação dirigida por Hilário Marques.
A anarquia, diz o autor ( está a referir-se a Jean Grave – Nota deste blogue), não se dirige só aos que morrem de miséria. Abraça todas as aspirações e não despreza necessidade alguma. A lista das suas reclamações compreende todas as da humanidade. A anarquia não é mais do que a continuação do eterno protesto dos explorados e dos oprimidos contra os exploradores e os opressores. Demonstra a inanidade de toda a tentativa de melhoria que não ataque os efeitos, deixando subsistir as causas; pretende transformar as bases da ordem económica; visa estabelecer, não a impondo, todavia, uma sociedade igualitária, pela transformação o mais completa possível do estado social, pela abolição de todas as instituições políticas e económicas da hora actual, pela entrega à disposição de cada um, do solo e dos instrumentos de trabalho.
A emancipação humana, diz ainda o autor, não pode ser obra de nenhuma legislação, de nenhuma outorga de liberdade porparte dos que dirigem; só pode ser obra do facto realizado, da vontade individual, afirmando-se por actos. Os indivíduos devem ter a estima de si mesmos, a convicção da sua própria força, devem fazer respeitar a sua dignidade. Para que o estado social anárquico possa estabelecer-se é preciso que cada indivíduo, tomado isoladamente, saiba governar-se por si, saiba fazer respeitar a sua autonomia, sabendo respeitar a dos outros e igualmente livrar a a sua vontade das influências ambientes: - este deve ser o fim positivo das nossas aspirações, da nossa propaganda; dele devemos procurar aproximarmo-nos o mais possível.
Pelo que respeita aos meios. Afirma o autor que aos indivíduos bastará quererem ser livres, para encontrarem os meios de o ser. Onde quer que haja oprimidos, pobres, assalariados, espíritos sequiosos de independência – conservando como ponto de referência, o ideal nitidamente definido, traga cada um a sua parte de desejos e de aspirações à obra de transformação. A guerra é de todos os dias, de todos os instantes: o combate começa a ser travado por algum mais impaciente, e , imitado por outros, continua até que a intensidade da luta faz mover as multidões. À táctica, portanto, só preside a iniciativa individual: comando superior, unidade determinada por chefes não existe, - o que não quer dizer que não possa ou não deva haver coordenação pelo acordo das diversas iniciativas.
E, saindo deste campo mais ou menos abstracto, depois de defender a abstenção geral como o começo da acção, e de analisar a violência em geral, a propaganda pelo facto e o roubo, ocupa-se detidamente daquilo que o autor chama as cinco correntes principais que na anarquia tendem a realizar alguma coisa. Essas correntes ou modos de actividade são:
1º) a recusa do serviço militar;
2º) a fundação de colónias, agrupamentos, onde núcleos de anarquistas vivam o mais conformemente possível com a sua maneira de pensar;
3º) as questões operárias, o sindicalismo, as cooperativas;
4ª) a educação das crianças;
5º) a propaganda nos campos.
Modos de actividades, diz. É que existem outros – ao tempo e aos acontecimentos cabe indicar ainda outros. Uma comparação define magnificamente o papel dos anarquistas. A propaganda, a evolução e revolução, como ele as entende, parecem-se com a obra desses micro-organismos, imperceptíveis a olho nú, cujo labor individual não é apreciável pelos nossos sentido, mas que continuando o seu trabalho de agregação e desagregação, multiplicando-se ao infinito, chegam pelo seu pululamento a transformar o meio em que evoluem, pondo toda a matéria em fermentação e transformando-a sem nenhuma outra força para além da sua própria actividade.
José Luiz
Informação suplementar:
Note-se que Jean Grave, tal como a maioria dos dirigentes anarquistas franceses, era opositor à prática do terrorismo bombista como forma de luta contra o Estado. Jean Grave era director da influente revista Les Temps Nouveaux e assumia um certo destaque no movimentos anarquista internacional. Da sua obra sobressaem «A Sociedade Futura», «A Anarquia – fins e meios» ( traduzido por Aquilino Ribeiro), e «A sociedade moribunda e a Anarquia», todos traduzidos para português em 1902, 1907 e 1909, respectivamente.
Subscrever:
Mensagens (Atom)