17.6.09

Visita guiada à Mata do Pontal ( dia 20 de Junho) promovida pelo Movimento de Defesa do Pontal para preservar o Parque Natural da Ria Formosa



http://defesadopontal.blogspot.com/
http://sites.google.com/site/defesadopontal/


No próximo sábado dia 20 de Junho, terá lugar uma visita guiada à Mata do Pontal.
A visita sairá da porta norte do Campus da Penha da Universidade do Algarve às 9h30.

Durante a visita iremos não apenas observar o estado de degradação em que a mata se encontra, mas guiados por especialistas em Geologia e em Ciências do Ambiente, vamos também poder conhecer os valores naturais que a Mata guarda. Tais como formações geológicas, povoamentos vegetais e especies endémicas, bem como a Avifauna se a sorte nos ajudar.


Para participar na visita apenas é necessário:
• Calçado cómodo para caminhar.
• Chapéu e protetor solar
• Água
Podes ainda trazer:
• Um saco de plástico forte para recolher algum do lixo com que nos iremos cruzar.
• Máquina Fotográfica e Binóculos.

Com as fotos tiradas iremos fazer um albúm on-line, e será concedido um prémio simbólico à melhor foto.

O trajeto e duração do passeio é adequado para participantes dos 7 aos 77 anos.

Vêm passar uma manhã de sábado diferente!
Vêm conhecer um pedaço de natureza que está à tua porta!




Movimento de Defesa do Pontal

O Parque Natural da Ria Formosa (PNRF) está permanentemente ameaçado. Uma legislação permissiva, baseada em Projectos de Interesse Nacional ( PIN's), facilita que novos projectos turísticos e imobiliários sejam apresentados para esta área protegida. Por outro lado, esta área está degradada e nunca prestou qualquer serviço às populações.

Após a notícia do último PIN para o Pontal, foi perguntado ao governo sobre a situação deste projecto. Na resposta foi informado que os proponentes teriam retirado a proposta inicial.

Apoiados num projecto concreto o Pontal, como um primeiro exemplo daquilo que os cidadãos esperam dum parque, organizações ambientalistas e políticas acordaram mobilizar-se para a defesa do PNRF.

Foi decidido:

1) Relançar uma plataforma para defensa do PNRF em particular o Pontal. Para este objectivo utilizaremos o mesmo nome que há 4 anos: "Movimento pela Defesa do Pontal" (MDP).

2) O Movimento de Defesa do Pontal é aberto a todos e todas os cidadãos e cidadãs, a todas as associações e organizações, partidos politicos que assumam o compromisso da defesa intransigente do valores naturais e sociais do Parque Natural da Ria Formosa, e o seu usufruto de forma aberta, regulada e sustentável.

3) Tendo como fim último a defesa do PNRF e dos seus valores, o MDP propõe que o Pontal constitua um exemplo a seguir no modelo de gestão do PNRF a saber; defesa do ecossistema lagunar lutar conta a situação de abandono a que o PNRF tem vindo a sofrer criar áreas compatíveis com a fruição pelas populações dos espaços naturais, sempre que tal seja ambientalmente sustentável. Criar um espaço digno para usufruto e educação ambiental das populações, associações e movimentos dos concelhos de Faro e Loulé, bem como de todos os que nos visitam.

4) A plataforma considera que a melhor maneira de defender o parque é pela via de propostas concretas que representem benefício para as populações da região, especialmente de Faro e Loulé.

5) Uma primeira proposta será constituída pelo projecto de desenvolvimento apresentado recentemente pelo BE na Assembleia da CMF. Isto, no entendido que a preservação e protecção do parque supõe uma intervenção humana mínima para permitir e encorajar as pessoas no desfrute dos seus recursos naturais.

A plataforma organizará as seguintes actividades:

a) Sábado 20 de Junho: Visita/caminhada ao Parque aberta a todas as pessoas e organizações. Inicio as 9:30 AM num ponto a determinar brevemente. Aproximadamente duas horas de visita, com convites para a imprensa destacando a situação actual do Pontal.

b) Nesta ocasião será lançado um abaixo-assinado apelando à defesa do PNRF e exigindo a sua utilização pelas populações, nomeadamente a recuperação do espaço natural do Pontal. Recolhidas as assinaturas, o documento será entregue nas câmaras municipais de Faro e Loulé.

c) Quarta-feira 24 de Junho. Mesa redonda para debater este projecto e outras alternativas para o Parque.
Local: UALG às 18 horas em sala a determinar. Uma breve apresentação do projecto (15 min) e discussão aberta.







Mata de Ludo e Pontal no Parque da Ria Formosa

1. Introdução

A Mata de Ludo, também conhecida como zona do Pontal, é uma área terrestre pertencente ao Parque Natural da Ria Formosa (PNRF) criado pelo Decreto-lei 373/87 e modificado recentemente[1]. Esta subárea cobre aproximadamente 270 ha., encontra-se ao interior da Área Terrestre de Protecção Parcial designada também como área de Intervenção Específica conforme planos recentes do ICNB.

Esta área está hoje num acelerado processo de desflorestação e destruição do ecossistema. Após os fogos florestais dos últimos anos nalguns lugares, o estabelecimento ilegal de pistas de motociclismos em outros e uma crescente erosão, esta destruição é quase total. A isto deve adicionar-se a destruição dos habitats naturais devido à construção imobiliária. Uma boa parte da denominada Área Terrestre de Protecção Complementar (I e II, áreas de cor castanho claro e escuro) no Plano do ICNB[2] está construída. Por exemplo, a conhecida urbanização de Quinta do Lago, ocupa uma zona no interior do Parque conforme os seus limites à data da sua criação em 1987.

Unida a esta destruição, uma lista interminável de ameaças de destruição dos habitats naturais completam este panorama devastador. Um documento recente de Diagnóstico do próprio ICN corrobora todas estas afirmações[3].

A Mata do Ludo tem um enorme potencial de utilização para os cidadãos do Algarve, pelos seus valores ecológicos, paisagísticos, recreativos e culturais[2],[4]. A zona é referenciada entre outros por organismos europeus no âmbito de zonas húmidas[5], e igualmente especificada na lista das Zonas Especiais de Protecção (ZEP) como área especial de protecção de habitats naturais[6], contendo entre outros habitats naturais os de avifauna aquática (Zona Especial de Protecção de Aves) e de florestas dunares coberta com espécies florestais tais como o Pinus pinaster e Pinus pinea, os pinheiros típicos da zona para além de espécies autóctones tais como o sobreiro (querqus suber) e ainda espécies botânicas endémicas tais como a Tuberária major e o Thymus lococephalus.

Até aqui, o desinteresse geral, a ignorância, a verdadeira falta de vocação ambientalista dos sucessivos governos, e as pressões turísticas e imobiliárias têm sido mais poderosas que a volumosa legislação existente sobre protecção da natureza e os estudos específicos sobre o PNRF. Numerosos e volumosos documentos de organismos do estado declaram a necessidade de proteger os ecosistemas. Exemplos disto são a Lei de Bases do Ambiente[7], onde se repetem vezes sem conta objectivos de “alcançar um ambiente propicio a saúde e bem-estar das pessoas e ao desenvolvimento social e cultural das comunidades, bem como a melhoria da qualidade de vida”. E ainda, a “promoção da utilização sustentável dos recursos biológicos” [8].

O resultado concreto de falta de vontade política e duma legislação que não se aplica consequentemente, é uma área que não presta hoje qualquer serviço a comunidade. A falta de recursos e de ideias por parte das sucessivas administrações do Parque, tem levado esta área à degradação quase total.

Vale a pena indicar que os esforços governamentais no campo das áreas protegidas em Portugal não é claramente insuficiente, de acordo com a IUCN (International Union for Conservation of Nature).

Contudo, no caso do PNRF tem sido feito nos últimos anos por parte do ICN um enorme esforço técnico-científico para a sua caracterização botânica, ecológica e de classificação dos solos.

No caso da Mata do Ludo o abandono é total. As sucessivas administrações do PNRF têm confundido o conceito de “preservação” com o imobilismo. Qualquer um que visite o Pontal, e em geral o PNRF pode comprovar este facto objectivo. Como consequência desta política, os interesses imobiliários vêm nesta zona uma verdadeira mina de ouro. Apoiados numa filosofia de desenvolvimento regional baseada no betão e na pior cara do turismo, a Mata de Ludo apresenta as melhores condições para construção de ambientes artificiais para desenvolver aquilo que alguns chamam “turismo de qualidade”[9]. Interessante seria determinar quanto há nisto de “turismo irresponsável”, como lhe chama a Comissão Mundial de Áreas Protegidas da IUCN.

No caso de se concretizarem estes planos, a destruição do ecossistema estaria assegurada. As gerações futuras pagarão o preço destas políticas. Os erros na politica de ambiente são irreparáveis, pelo menos durante muitas gerações. Convertida numa selva de cimento, a costa algarvia e o PNRF não serão diferentes uma boa parte da costa mediterrânea. E no fim do ciclo, o turismo, estará pronto a substituir esta área por uma outra qualquer no mundo, tal como sistematicamente vem acontecendo nesta indústria nas últimas décadas.

Pensamos que o critério de defesa dos ecossistemas é perfeitamente compatível com critérios de desenvolvimento económico e auto sustentabilidade. Que é perfeitamente compatível a protecção com a utilização racional destes recursos; que se pode preservar prestando serviço a população; que se pode conservar, desenvolvendo actividades que produzem benefícios económicos e sociais.

Pensamos que as populações merecem um Parque para satisfazer os objectivos enunciados.

Pensamos que é preciso deter agora a constante destruição do Parque. O projeto que apresentamos neste documento têm esse propósito.

2. Projectos existentes

Existe um Plano de Ordenamento do PNRF elaborado pelo ICNB[10] em 2006. Os objetivos e tarefas concretas ali enunciadas, no respeitante a área que nos chamamos de Mata do Ludo, consideram a realização de estudos, nalguns casos num período que vai até 2013, como por exemplo a “Elaboração de planos de ordenamento e gestão das áreas florestais”. Considerando que se trata dum Plano de Execução, definir 7 anos para fazer estudos parece-nos excessivo.

Uma boa parte das áreas que neste plano estão consideradas como “Área de Protecção Complementar I” e “Área de Protecção Complementar II” estão já construídas e correspondem ao avanço na direcção Sul e Sul-Este que se faz desde há já vários anos desde a zona de Quinta do Lago.

Curioso conceito de protecção de áreas naturais que permite a sua conversão em áreas completamente urbanizadas e construídas.

Nestes termos, podem ser levados a sério estes planos? Podem-se considerar como “prioridade”?

A “grande aposta” para o desenvolvimento de “Turismo de Natureza”, assim chamado pelo ICN[11] num documento estratégico para o desenvolvimento do PNRF[4], é o desenvolvimento dum Centro de Educação Ambiental que tem tido eco no programa Polis. Em termos concretos, trata-se das atuais instalações da Administração do Parque na Quinta do Marim, para a qual nos planos específicos se contemplam investimentos para a sua ampliação e melhoramento nos 60 hectares que este cobre. Isto é, substituir a gestão dum habitat natural complexo e rico que se estende por milhares de hectares, com a recreação artificial de uma amostra do ecossistema em escada reduzida. Esta interpretação do conceito do “turismo de natureza” é simplesmente errada.


Igualmente o Plano apresenta custos (a preços de 2006) perfeitamente desproporcionados. Por exemplo, 50.000€ para determinar as superfícies ardidas a reflorestar ou para elaborar um simples plano de caminhos. Consideramos este e outros custos, completamente inflacionados.

Por outro lado será necessário verificar o cumprimento destas tarefas, visto que algumas delas deviam ter sido finalizadas em 2008. Precisamente tarefas para a área da Mata do Ludo.

Recentemente, o governo publicou publicado o decreto-lei 99-A/2009[1]. Nele, o PNRF foi deixado sem qualquer enquadramento legal para a sua gestão. Nada sabemos neste momento sobre as suas verdadeiras motivações e possíveis consequências.


3. Objectivos

Desenvolvimento duma parte da Mata do Ludo[12] com fins de gestão dos recursos naturais de maneira integral e de recreação, entendidas como a preservação do ecossistema mediante o desenvolvimento sustentável com fins da produção de serviços ambientais assim como de produtos do ecossistema florestal. Em particular, de produtos não lenhosos, considerados de grande importância em Portugal de acordo com um relatório da ONU[13].

Do ponto de vista da recreação, entendemos esta como a actividade das pessoas para o usufruto integral dos recursos naturais, num contacto directo que não destrutivo do habitat natural onde estas actividades serão efectuadas. Este conceito é diametralmente oposto ao da industria turística em que os habitats naturais são geralmente destruídos e substituídos por construções artificiais rompendo o equilíbrio ecológico nas suas zonas de actuação.

Exemplos dos produtos e serviços próprios dum Parque como aquele que se propõe para a Mata do Ludo do PNRF, são a observação organizada de espécies de aves, (recurso importantíssimo no PNRF, pois trata-se duma zona de invernada de aves provenientes do Norte e Centro de Europa, bem como uma zona de passagem das aves nas suas rotas migratórias), a instalação de áreas controladas de piquenique, o estabelecimento de trilhos que permitam caminhadas e passeios de bicicleta com fins de recreação, a preservação de habitats naturais, a observação da natureza como lazer, a observação dos habitats naturais com fins educativos, a recuperação da vida animal silvestre, a produção e conservação de água, a protecção contra processos de erosão, a produção de produtos lenhosos e secundariamente a produção de madeira. E ainda a contribuição em aspectos de regulação tão importantes como o clima e a purificação de água.

Em resumo, propomos uma área que permita às populações desfrutarem dos seus recursos naturais de maneira sustentável e económica, sem destruição do ecossistema. Uma área que encoraja as actividades ao ar livre em contacto com a Natureza, necessidade crescente do homem urbano. Apostamos na educação como recurso para desenvolver nas populações o sentimento que estes valiosos recursos são seus. Este sentido colectivo da propriedade de recursos únicos, é a melhor arma para travar as persistentes tentativas feitas por parte dos senhores do betão e do golfe para a satisfação dos seus interesses pessoais disfarçados de interesse regional. Neste esforço colectivo, reconhecemos o valioso contributo das organizações ambientalistas.

Assim, esta área não deve ser área acessível ao turismo industrial nem à construção, privilegiando-se a gestão do recurso silvícola existente, que em muitos casos será preciso recuperar. Uma vez que uma boa parte da floresta está queimada, e muitas espécies autóctones desta zona são hoje inexistentes.

A primeira fase do projeto deverá estender-se por dois anos. Um para aprovação deste plano e estudos necessários e outro para os trabalhos necessários no terreno.

Este projeto propõe-se alterar o zonamento para a Mata do Ludo proposta nos planos do ICN e que corresponde as zonas de Área Terrestre Proteção Parcial designadas como zona de intervenção. Esta deveria ser definida como zona específica de protecção cujo carácter deve ser aquele mais próximo da definição de Parque Nacional conforme a categorização do uso que faz a IUCN[14]. Em caso de necessidade em alguns destes terrenos privados, pode-se evocar o Art. nº12 do decreto de criação do Parque proceder-se à expropriação dos terrenos que sejam declarados de utilidade pública. Neste sentido a primeira prioridade vai para aquelas superfícies completamente destruídas e sem qualquer vegetação, tais como a área que denominamos como “campo de motas” (com centro nas coordenadas geográficas 37.02.19, N 7.59.04 W).

4. Trabalhos

Na primeira fase, os trabalhos fundamentais seriam aqueles indicados nos parágrafos seguintes:

4.1) Delimitar a zona coberta pela Mata do Ludo de maneira seja declarada zona especial de protecção conforme os objectivos acima indicados. Isto supõe conferir a realidade com a planta de superfície actual do ICN.

4.2) Fecho e limpeza da área inicial designada de aproximadamente 100 ha (e que naturalmente precisa ser definida com precisão). A limpeza consistirá fundamentalmente na remoção de árvores velhas e queimadas pelos sucessivos fogos florestais dos últimos anos, a remoção do numeroso entulho de construção ali lançado regularmente e de todo tipo de lixos urbanos. Esta tarefa é fundamental e do seu sucesso depende boa parte do projecto.

O fecho será feito mediante uma combinação de elementos de acordo com as necessidades: grelha metálica nas zonas mais expostas às populações, normalmente caminhos; canal separador nos limites mais afastados de caminhos. Deste modo pretende-se impedir o acesso de pessoas e viaturas que vêm depositando lixos e entulhos.

Igualmente nesta fase deverão ser fornecidos os meios à Administração do Parque para impedir a circulação de viaturas motorizadas a pessoas que não morem nas propriedades existentes no interior da Mata.

4.3) Traçado de dois trilhos pedestres com fins de recreação e educação pela observação da flora e fauna e geologia da Mata.

4.4) Reflorestação com as espécies de pinheiros existentes assim como com espécies autóctones a reintroduzir nesta área: sobreiros, oliveiras, alfarrobeiras, azinheiras, criando uma floresta mista de densidade média. Esta reflorestação deverá ser feita inicialmente no actual campo utilizado como pista de motas e viaturas. (aproximadamente 20 ha) e nas zonas queimadas pelo fogos.

O trabalho de reflorestação em geral supõe um trabalho prévio de limpeza dos terrenos escolhidos para este efeito. Tal é fundamental para o sucesso da plantação. E representa sem dúvida o custo mais elevado do projeto. Trabalhos de ajuda aos processos de regeneração natural em outras zonas. Estes trabalhos devem ser feitos por equipas devidamente treinadas de empresas contratadas para este efeito. A utilização de cidadãos voluntários, mesmo que louvável, não é recomendável. A preservação e manutenção das áreas protegidas deveriam ser uma tarefa assumida pelo Estado na sua totalidade, independentemente das ajudas privadas que se venham a obter.

O objectivo final seria obter uma massa florestal o mais próximo possível da composição e densidades por espécie do que seria uma mata que tivesse evoluído naturalmente.

4.4.1) Definir áreas de protecção das espécies Tuberaria major e Thymus lotocephalus com fins de protecção e recuperação. Estas áreas, deverão ficar de fora de qualquer outra intervenção humana que não seja a sua recuperação.

4.5) Habilitação de duas áreas para parque de merendas em lugares designados nas zonas adjacentes aos caminhos exteriores da Mata, como por exemplo na parte sul do atual lugar da concentração anual de motos de Faro.

4.6) Estabelecimento de Guardas Florestais permanentes[15] na área indicada, uma vez que não há protecção sem controlo, como princípio geral de gestão. Não se concebe a existência de Parques ou Reservas Naturais sem a presença de guardas florestais que exerçam efectivamente atividades de controlo e protecção. Tal supõe que o Parque deve ter uma administração com recursos e um plano de ordenamento.

4.7) Elaboração dum Plano de Desenvolvimento para a Mata do Ludo, incluindo as tarefas acima indicadas para a primeira fase e seguintes. Este plano deverá ser feito por engenheiros florestais especialistas na área científica de Parques Nacionais e Áreas Silvestres. Para estes efeitos a Administração do Parque (ICNB) poderá estabelecer convénios de cooperação com escolas florestal nacionais ou internacionais e com peritos da Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA).

Neste contexto, deve ser exigida a concretização do Plano de Execução do ICNB com prazos e custos realistas. A vontade política do governo é aqui decisiva.



A propriedade da terra

Para qualquer plano de desenvolvimento no Pontal, é necessário ter em conta que se tratam de terrenos privados. Algumas das alternativas possíveis para lidar com esta situação, são:

a) Convénios de longo prazo (não inferiores a 50 anos) com os proprietários dos terrenos onde sejam previstas as acções que se propõem neste Plano, de maneira de assegurar a utilização pública destas áreas e o investimento por parte do Estado.

b) Considerar a expropriação de alguns terrenos da Mata, os quais estando totalmente degradados, justificam plenamente esta acção por parte do Estado, especificamente no caso os proprietários não aceitarem outras alternativas. Por exemplo, a zona desflorestada utilizada como campo de moto-cross. A recente legislação de 2009[1] permite a expropriação de bens imóveis (Art. 12º). Estes custos não estão aqui considerados, mas podemos estima-los em 100.000€/ha.



[1] Decreto-lei 99-A/2009 de 29 de Abril, Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional

[2] Revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa, Instituto de Conservação da Natureza (ICN), 2007

[3] Min. Do Ambiente, Instituto de Conservação da Natureza, PNRF Plano de Ordenamento, Diagnóstico, Olhão, 2005

[4] Turismo de Natureza, Enquadramento Estratégico, Parque Natural da Ria Formosa, Instituto de Conservação da Natureza, 2000-2006.

[5] Programa Corine – Biótopos, 1987

[6] Resolução do Conselho de Ministros, nº 142/97, de 28 de Agosto, contende a lista de Zonas Especiais de Conservação (ZEC)

[7] Lei de Bases do Ambiente, nº 11/87

[8] Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, Resolução do Conselho de Ministros, nº 152/2001 de 11 de Outubro.

[9] Ver por exemplo a proposta de criação do “Campo de Golfe Formosa Golfe”, o “PIN dos russos”,e a recente “Pinheiros de Marim”, entre outros

[10] Plano de Ordenamento do PNRF, Plano de Execução, 2006

[11] O ICN mudou entretanto o seu nome pelo de Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB)

[12] A superfície aproximada objeto deste projeto é de cerca 100-120 ha, correspondentes aos terrenos ao sul do Campus de Gambelas da Universidade do Algarve, a zona do Pontal pelo Sudoeste junto a rua Manuel Guerreiro Gomes, a zona até as proximidades do caminho de Ludo pelo Oeste, e parte do sapal que chega até aproximadamente ao caminho do Aeroporto, fechado novamente na zona do Pontal, Estes terrenos encontra-se ao interior da área denominada Área Terrestre de Proteção Parcial no Plano de Desenvolvimento do PNRF do ICN

[13] Millennium Ecosystem Assessment, Synthesis, Ecosystems and Human Well-being, Walter V. Raid et al., ONU, Island Press, Washington DC, 2005

[14] Revista Parks, Vol 14 No 3, PROTECTED AREA CATEGORIES, IUCN, 2004

[15] Técnicos qualificados com habilitações iguais ou equivalentes com aquela de Técnico Florestal


Este último texto foi retirado do website do Movimento de defesa do Pontal:
aqui

The Devil's Miner, filme de Kief Davidson e Richard Ladkani, passa amanhã ( dia 18, pelas 22h.) na livraria-bar Gato Vadio


Depois da bonita presença de 34 pessoas na última sessão de cinema latino-americano, que criaram no pátio vadio um espírito solidário com as lutas sociais na Argentina, convidamos os interessados a aparecerem para mais uma noite dedicada ao cinema da América Latina amanhã, dia 18 de Junho, pelas 22h. na livraria-bar Gato Vadio, para ver o filme The Devil's Miner, de Kief Davidson e Richard Ladkani, sobre as minas bolivianas e o drama das crianças que nelas trabalham.

Quinta-feira, dia 18 de Junho, 22h
Gato Vadio
livaria-bar
Rua do Rosário, 281 Porto

Entrada Livre


Dizem que até as ferraduras dos cavalos eram de prata, no auge da cidade de Potosi. De prata também eram os altares das igrejas e as estatuetas dos anjos nas procissões. Em 1658, para a celebração do Corpus Christi, as ruas da cidade foram desempedradas, da matriz até a igreja de Recoletos, e totalmente cobertas com barras de prata.

Sim, em Potosí a prata levantou templos e palácios, mosteiros e casinos, foi motivo de tragédia e de festa, derramou sangue e vinho, incendiou a cobiça e gerou desperdício e aventura, onde a espada e a cruz, dos capitães e apóstolos, soldados e frades, marchavam juntas na conquista e na espoliação colonial.

Fonte abundante da prata da América, Potosí contava com 120 mil habitantes no séc. XVI, a mesma população que Londres e mais habitantes do que Sevilha, Madrid, Roma ou Paris. Era uma das maiores e mais ricas cidades do mundo, dez vezes mais habitada do que Boston, no tempo em que Nova Iorque não tinha ainda esse nome.

“Vale um Peru” era o elogio máximo às pessoas ou às coisas durante o século XVII. Já Dom Quixote de la Mancha advertia Sancho Pança com outras palavras: “Vale um Potosí”. Convertidas em bolas e lingotes, as vísceras da rica montanha alimentaram substancialmente o desenvolvimento da Europa. O descobrimento das jazidas de ouro e prata da América, o extermínio, a escravização e o sepultamento dos indígenas nas minas, a par do saqueio das Índias Orientais e da conversão do continente africano em local de caça de escravos negros, são os feitos que assinalam os primórdios da acumulação de riquezas com que ainda hoje o mundo ocidental se sustenta e que justificaram (e justificam) uma lógica de evolução económica baseada no roubo e no massacre.

Na América Latina, as regiões mais marcadas pelo subdesenvolvimento e pela pobreza são aquelas que no passado tiveram, paradoxalmente, laços mais estreitos com a metrópole e que desfrutaram de períodos de auge. Potosí oferece um exemplo mais claro desta queda no vazio. E talvez não seja assim tão paradoxal…

A sociedade potosina, doente de ostentação e desperdício, só deixou na Bolívia a vaga memória dos seus esplendores, as ruínas dos seus templos e palácios, e oito milhões de cadáveres de índios. A Bolívia, é hoje um dos países mais pobres do mundo, substrato da riqueza dos países mais ricos, e Potosí, uma das mais pobres cidades da pobre Bolívia. Esta cidade condenada à nostalgia, atormentada pela miséria e pelo frio, é ainda uma ferida aberta do sistema colonial na América, uma acusação ainda viva.

Como reza a lenda, em três séculos a Espanha recebeu tanto metal à custa de tantas vidas de Potosí que dava para fazer uma ponte de prata desde o cume da montanha até a porta do palácio real do outro lado do oceano, e outra de regresso feita dos ossos dos que morreram nas profundezas das minas.

Este mundo esquecido de Potosi é trazido para a tela neste poderoso documentário. Conta a história de um menino de 14 anos, Basílio Vargas, e do seu irmão de 12, Bernardino, que trabalham nas minas de prata de Cerro Rico em Potosi.

Basílio é uma das 800 crianças que regularmente trabalham nas minas. Através do seu olhar, observamos um mundo de devoção católica, fonte da natureza psicologicamente punitiva do trabalho e que lhe faz jurar fidelidade ao “Tio”, o diabo, dentro da “Montanha que come homens”. Porque acreditam que Deus nunca entraria em tal lugar.

O diabo em questão não é o diabo cornudo que conhecemos dos rituais pagãos, muito menos o demónio dos adulterados espectros de horror que têm sido populares no cinema ocidental. É o diabo dos conquistadores cristãos que escravizaram a América do Sul. Nada mais eficaz para forçar a população indígena a trabalhar dia após dia nas minas, Satanás e folha de coca. Sempre que os nativos esboçavam a revolta, os conquistadores espanhóis induziam o medo, construindo figuras diabólicas com cornos, línguas de fogo e caudas horrendas. Desde então os mineiros construíram um universo maníaco onde o Tio governa o subterrâneo.

Os mineiros de Cerro Rico têm uma esperança média de vida de 40 anos, graças ao ar “envenenado”, ao calor constante, ao uso de explosivos, ao primitivo e inseguro equipamento, e às longas horas exigidas aos mineiros (a maioria entra nas minas para fazer turnos de 24 horas).

Órfãos de pai e a viver pobremente com a sua mãe nas encostas da mina, os rapazes assumem responsabilidades de adulto. Têm de trabalhar para poder comprar os víveres, a roupa, ou o material necessário para a sua educação. Basílio sabe que só estudando poderá alimentar a ilusão de os irmãos mais novos escaparem ao destino nas minas de prata. Mas crê que apenas a generosidade do diabo da montanha lhe oferecerá dinheiro suficiente para continuar no novo ano escolar.


The Devil's Miner
Kief Davidson, Richard Ladkani
2005
tempo: 82 min
Bolívia



O Cineclube de Barcelos passa hoje, às 21h30, o filme Che, o Argentino, no auditório da Biblioteca Municipal



17 de Junho às 21:45 - CINEMA no Auditório da Biblioteca Municipal de Barcelos

CHE – O ARGENTINO – PARTE UM
Realização e argumento: Steven Soderbergh
Actores: Benicio Del Toro, Julia, Pablo Guevara
Classificação: M/12
ESP/EUA/ FRA, 2009


Sinopse

Cuba, 1952, o general Batista toma o poder e anula as eleições. Fidel Castro, jovem advogado, decide confrontar o poder e depois de uma tentativa de levantamento popular, em 53, que o leva dois anos à prisão, exila-se no México. Durante estes anos, um jovem médico argentino, Ernesto Guevara, luta também pelos seus ideais e acaba por ter de se refugiar no México, onde vai conhecer o grupo revolucionário cubano. De um encontro em 55, entre Fidel e Che, nasce o momento chave na história de Cuba. Em 56, Fidel chega à ilha com 80 homens e o objectivo de derrotar a ditadura de Batista. Apenas 12 guerrilheiros sobrevivem, entre os quais Che, que vai provar ao longo dos anos as suas qualidades de combatente que o levam a tornar-se o rosto mítico da revolução.

Crítica

Por Luís Miguel Oliveira, Jornal Público
É um filme um tanto inesperado de Soderbergh, que nunca cultivou muito a relativa aridez em que "Che" se desenrola, nem esta espécie de longa linha horizontal, quase livre de oscilações, com que conta a história da glória e da extinção de Che Guevara. Se se pensa em Terence Malick pensa-se com alguma razão - foi Malick quem começou por trabalhar no argumento e parece evidente que Soderbergh preservou o seu rasto, mormente na segunda parte (a que foi directamente trabalhada pelo cineasta de "Thin Red Line"), a mais despojada, sem o enfoque "estruturalista" que Soderbergh congeminou para a primeira parte (a entrevista, o preto e branco, a ida de Che à ONU). É bem melhor, bem mais sólido, do que os "Diários da Motocicleta" com que Walter Salles filmou o jovem Che, e com um sabor estranhamente mais europeu do que americano (até nos passa pela cabeça que Soderbergh tenha visto um filme que o suíço Richard Dindo fez sobre o "diário boliviano" de Che, e mais ainda que o leve em consideração). Nem maniqueísta, nem crítico, nem galvanizante, muito menos empático, trata-se de transformar Che em personagem de cinema contemplativo (talvez seja o mais próximo que um cineasta americano se pode chegar de Albert Serra...) e segui-lo num mergulho que funde o idealismo na autodestruição.
Benicio Del Toro é o intérprete perfeito para isso, e o projecto só vacila ligeiramente na morte de Che em plano subjectivo. Mas também se pode dizer que esse é o momento em que o filme, por essa altura já perfeitamente "zen" ou coisa parecida, "morre" com a personagem…


http://www.zoom.pt/junho2009/junho2009Che.html

Trailer




Entrevista - Steven Soderbergh sobre 'Che, el argentino' 1/2



XVIII Rota das Cegonhas no Baixo Bouga Lagunar ( percurso a realizar em BTT a 21 de Junho) numa iniciativa da Quercus de Aveiro


XVIII Rota das Cegonhas - Baixo Vouga Lagunar

21 JUNHO DE 2009



No próximo dia 21 de Junho o Núcleo Regional de Aveiro da Quercus – A.N.C.N. organiza a XVIII Rota das Cegonhas. Esta actividade será realizada de BTT num percurso a efectuar nos campos do Baixo Vouga Lagunar (entre Cacia e Salreu).

Nos últimos anos tem-se assistido a um assinalável crescimento da população de Cegonha-branca na região de Aveiro, crescimento este que tem sido atentamente acompanhado por este Núcleo. Após um período de extinção nesta região, o primeiro casal recolonizador surgiu em 1989 e em 2008 contávamos já com 200 casais reprodutores.

Nesta actividade os participantes terão a oportunidade de conhecer o historial da espécie na região e um pouco mais acerca da ecologia da espécie.

Desta forma convidam-se todos os amantes da natureza a inscreverem-se nesta actividade, a qual, para além de uma importante jornada de trabalho, será sem dúvida uma jornada de convívio e de desfrute da imensa beleza natural do Baixo Vouga Lagunar.

A actividade será dividida em duas etapas: uma primeira etapa entre Cacia e Salreu ao longo da qual se acompanhará a colónia reprodutora aí presente com o intuito de proceder às contagens de juvenis; e uma segunda etapa entre Salreu e Cacia (etapa de regresso) a qual consistirá num percurso alternativo mais próximo dos canais da Ria ao longo do qual se observarão outras espécies da avifauna com elevado valor.

O ponto de encontro é em frente à Junta de Freguesia de Cacia às 8:00 horas e tem o fim previsto para as 12:30 horas. Esta actividade é gratuita para sócios e menores de 16 anos e terá o custo simbólico de 5,00 Euros para não sócios. As inscrições são obrigatórias.

Para mais informações e inscrições contactar Quercus-Aveiro através do e-mail aveiro@quercus.pt.

Núcleo Regional de Aveiro da Quercus - A.N.C.N.
Correio-p: Apartado 363; 3811-905 AVEIRO
Website: http://aveiro.quercus.pt/
Sede: Urb. de Santiago, Bl. 25 - R/C F, Aveiro
Tlm: 966551372

Campo de trabalho internacional para Inventário e Recuperação de Património Rural (de 18 a 30 de Agosto, em Foz Côa)

Campo de Trabalho Internacional - Inventário e Recuperação de Património Rural
De 18/08/2009 a 30/08/2009


Numa região profundamente marcada ao longo dos séculos pela acção humana, onde a
paisagem natural se funde com a humanizada, a ATN convida-o a participar num Campo de Trabalho Internacional (CTI), realizado com o apoio do Instituto Português da Juventude (IPJ) e em parceria com e o Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC/IGESPAR) e a APDARC (Associação para a Promoção da Arte e Cultura do Vale do Côa e Douro Superior).
Este campo pretende apoiar a inventariação de estruturas e construções rurais, assim como de histórias e saberes locais, na Reserva da Faia Brava, propriedade da ATN na ZPE do Vale do Côa.
Os participantes deste CTI recebem formação teórica e prática em metodologias de inventário de arquitectura rural e de inquéritos e apoiam a ATN nos trabalhos de campo de inventário e reconstrução, que serão realizados em conjunto com especialistas convidados. Todo os dados e conhecimento recolhidos serão compilado num relatório final, que servirá de apoio à elaboração de actividades ecoturísticas, marcação de percursos pedestres, equestres e de bicicleta, a ser implementado na Reserva da Faia Brava.


OBJECTIVOS
Apoiar a execução do Programa de Ecoturismo da Faia Brava, através da realização de um inventário de infra-estruturas típicas da região (casebres, chibiteiros e outras construções), costumes locais, história, tradições, assim como através de trabalhos de reconstrução de muros tradicionais, construção de telhados de colmo e marcação de percursos pedestres.


TAREFAS
1. Inventário de património rural e cultural: Com apoio de cartografia e especialistas convidados, efectuar o levantamento de construções rurais na Reserva da Faia Brava (realização de transectos, em conjunto com especialistas convidados; realização de inquéritos à população local sobre costumes e tradições);
2. Construção tradicional e percursos pedestres: reconstrução de muros tradicionais, construção de telhados de colmo e marcação de percursos pedestres temáticos relacionados com o património rural.
O campo de trabalho terá a duração de 13 dias, sendo o local de dormitório uma casa alugada, na aldeia de Algodres.

PROGRAMA DETALHADO
1º Dia (terça-feira, 18 Agosto). 0 horas de trabalho. 0 horas de animação
13h00 Recolha dos participantes na Guarda e Pocinho. Transporte até Algodres
15h00 - 16h00 Recepção dos participantes em Algodres e preparação do alojamento
17h00 Breve apresentação sobre a ATN, APDARC e PAVC e sobre o programa do campo de trabalho
18h00 – 19h30 Preparação do jantar
20h00 Jantar

2º Dia (quarta-feira, 19 Agosto). 6 horas de trabalho. 0 horas de animação
08h00 – 8h30 Pequeno-almoço
09h00 – 12h00 Módulo teórico I: Introdução ao património rural típico do Vale do Côa (tipologias, funções, construção). Metodologias de levantamento. 3 horas de trabalho
12h30 Almoço de campo (Hortas da Sabóia, Reserva da Faia Brava)
14h30 – 17h30 Trabalho de campo: Início de Inventário de património rural na freguesia de Algodres. 3 horas de trabalho
18h00 Regresso a Algodres
20h00 Jantar

3º Dia (quinta-feira, 20 Agosto). 6 horas de trabalho. 4 horas de animação
08h00 – 8h30 Pequeno-almoço
09h00 – 12h00 Trabalho de campo: Continuação de Inventário de património rural na freguesia de Algodres. 3 horas de trabalho
12h30 Almoço de campo (Hortas da Sabóia, Reserva da Faia Brava)
14h30 – 17h30 Trabalho de campo: Continuação de Inventário de património rural na freguesia de Algodres. 3 horas de trabalho
18h00 Regresso a Algodres
20h00 Jantar e Serão musical em Algodres (concertinas e danças tradicionais)

4º Dia (sexta-feira, 21 Agosto). 6 horas de trabalho. 0 horas de animação
08h00 – 8h30 Pequeno-almoço
09h00 – 12h00 Trabalho de campo: Continuação de Inventário de património rural na freguesia de Vale de Afonsinho. 3 horas de trabalho
12h30 Almoço de campo (Cachão, Reserva da Faia Brava)
14h30 – 17h30 Trabalho de campo: Continuação de Inventário de património rural na freguesia de Vale de Afonsinho. 3 horas de trabalho
18h00 Regresso a Algodres
20h00 Jantar

5º Dia (sábado, 22 Agosto). 6 horas de trabalho. 2 horas de animação
08h00 – 8h30 Pequeno-almoço
09h00 – 12h00 Saída de campo na Reserva da Faia Brava com um pastor local. Realização de inquérito sobre a sua actividade, as suas histórias, trabalhos, expressões de linguagem, registo de rotas antigas e de construções
12h30 Almoço de campo (Cachão, Reserva da Faia Brava)
14h30 – 17h30 Trabalho de campo: Continuação de Inventário de património rural na freguesia de Vale de Afonsinho. 3 horas de trabalho
18h00 Regresso a Algodres
20h00 Jantar
23h00 Passeio nocturno na Reserva da Faia Brava (fauna nocturna)

6º Dia (domingo, 23 Agosto). 0 horas de trabalho. 5 horas de animação
08h00 – 8h30 Pequeno-almoço
09h00 – 12h00 Saída de campo Parque Natural do Douro Internacional
12h30 Almoço de campo (Capela de Stº André, Almofala)
14h30 – 18h00 Tarde Livre em Figueira de Castelo Rodrigo
18h30 Regresso a Algodres
20h00 Jantar

7º Dia (segunda-feira, 24 de Agosto). 6 horas de trabalho. 0 horas de animação
08h00 – 8h30 Pequeno-almoço
09h00 – 12h00 Trabalho de campo: Continuação de Inventário de património rural na freguesia de Cidadelhe. 3 horas de trabalho
12h30 Almoço de campo (Ervideiro, Reserva da Faia Brava)
14h30 – 17h30 Trabalho de campo: Continuação de Inventário de património rural na freguesia de Cidadelhe. 3 horas de trabalho
18h00 Regresso a Algodres
20h00 Jantar

8º Dia (terça-feira, 25 Agosto). 6 horas de trabalho. 2 horas de animação
08h00 – 8h30 Pequeno-almoço
09h00 – 12h00 Trabalho de campo: Continuação de Inventário de património rural na freguesia de Cidadelhe. 3 horas de trabalho
12h30 Almoço de campo (Ervideiro, Reserva da Faia Brava)
14h30 – 17h30 Trabalho de campo: Continuação de Inventário de património rural na freguesia de Cidadelhe. 3 horas de trabalho
18h00 Regresso a Cidadelhe
20h00 Jantar e Cozer pão com a população de Cidadelhe
22h00 Regresso a Algodres

9º Dia (quarta-feira, 26 Agosto). 6 horas de trabalho. 0 horas de animação
08h00 – 8h30 Pequeno-almoço
09h00 – 11h30 Módulo teórico II: Introdução a técnica de construção tradicionais. 3 horas de trabalho
12h30 Almoço de campo (Hortas da Sabóia, Reserva da Faia Brava)
14h30 – 17h30 Trabalho de campo: recuperação de muros tradicionais, construção de telhados de colmo e marcação de percursos pedestres (3 grupos). 3 horas de trabalho
18h00 Regresso a Algodres
20h00 Jantar

10º Dia (quinta-feira, 27 Agosto). 6 horas de trabalho. 2 horas de animação
08h00 – 8h30 Pequeno-almoço
09h00 – 12h00 Trabalho de campo: recuperação de muros tradicionais, construção de telhados de colmo e marcação de percursos pedestres (3 grupos). 3 horas de trabalho
12h30 Almoço de campo (Cachão, Reserva da Faia Brava)
14h30 – 17h30 Trabalho de campo: recuperação de muros tradicionais, construção de telhados de colmo e marcação de percursos pedestres (3 grupos). 3 horas de trabalho
18h00 Regresso a Algodres
20h00 Jantar
21h00 Visita Nocturna às Gravuras Rupestres do Vale do Côa

11º Dia (sexta-feira, 28 Agosto). 6 horas de trabalho. 0 horas de animação
08h00 – 8h30 Pequeno-almoço
09h00 – 12h00 Trabalho de campo: recuperação de muros tradicionais, construção de telhados de colmo e marcação de percursos pedestres (3 grupos). 3 horas de trabalho
12h30 Almoço em Algodres
14h30 – 18h00 Trabalho de campo: recuperação de muros tradicionais, construção de telhados de colmo e marcação de percursos pedestres (3 grupos). 3 horas de trabalho
20h00 Jantar

12º Dia (sábado, 29 Agosto). 3 horas de trabalho. 4 horas de animação
08h00 – 8h30 Pequeno-almoço
09h00 – 12h00 Trabalho de campo: recuperação de pombal tradicional. 3 horas de trabalho
12h30 Almoço de campo (Hortas da Sabóia, Reserva da Faia Brava)
14h30 – 18h00 Tarde Livre em Algodres
17h00 Avaliação dos trabalhos
20h00 Jantar e Serão musical em Algodres (concertinas e danças tradicionais)

13º Dia (domingo, 30 Agosto). 0 horas de trabalho. 0 horas de animação
09h00 – 9h30 Pequeno-almoço
10h00 – 11h00 Arrumação da casa
12h00 Transporte dos participantes até à Guarda e Pocinho.

Para mais informações


http://www.atnatureza.org/

A ficha de inscrição deve ser preenchida e assinada, e entregue em qualquer delegação do IPJ, em mão, por correio registado com aviso de recepção ou através de email.

10ª Marcha do orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros) de Lisboa realiza-se no próximo Sábado (20/6) e o Arraial Pride será a 27/6







Comissão Executiva da Marcha do Orgulho LGBT :

Ass. Cultural Janela Indiscreta
http://www.queerlisboa.pt/
Ass. ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero
http://www.ilga-portugal.pt/
Ass. Médicos pela Escolha
http://www.medicospelaescolha.pt/
Ass. para o Planeamento da Família
http://www.apf.pt/
ATTAC - Plataforma Portuguesa
http://blog.attac.pt/
G.A.T., Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA – Pedro Santos
http://www.gatportugal.org/
não te prives - GRUPO DE DEFESA DOS DIREITOS SEXUAIS
http://www.naoteprives.org/
Panteras Rosa – Frente de Combate à LesBiGayTransfobia
http://www.panterasrosa.com/
Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens http://www.redejovensigualdade.org.pt/
Rumos Novos - Grupo Homossexual Católico
http://www.rumosnovos.no.sapo.pt/
S.O.S. Racismo
UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta
http://www.umarfeminismos.org/
apoio:rede ex aequo - associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes
http://www.rea.pt/

ARRAIAL PRIDE

No dia 27 de Junho realiza-se o Arraial Pride nos Jardins da Torre de Belém
http://arraialpride.blogspot.com/


O Arraial Pride está de volta renovado, mais sofisticado e com novo fôlego.
O maior acontecimento LGBT de Portugal vai animar os jardins da Torre de Belém, em Lisboa, no próximo dia 27 de Junho.
E para quê atrasar a festa se ela pode começar a ser vivida, em pleno, bem mais cedo?!
Desenhado para agradar a públicos diversos, o Arraial Pride tem, desta vez, início logo pela tarde, às 15 horas, e termina de madrugada depois de uma festa com a melhor música para dançar, da responsabilidade de conhecidos Dj’s.
A IlgaPortugal apostou no relançamento e numa maior dinamização do seu evento que este ano comemora a 13ª edição. Para dar vida nova ao Arraial Pride e concretizar o projecto, foi convidada uma equipa especifica que conceberam uma festa de qualidade, para públicos diversos.
O resultado estará à vista nos jardins da Torre de Belém. Uma festa de acesso gratuito com acontecimentos diversos, animação, música, performances de artistas, happenings, zona de restauração, bares... um espaço diversificado para gostos heterogéneos.
Haverá também uma feira com oferta de produtos variados. A Expo Arraial terá produtos de mercearia gourmet, roupa, tattoos, espaço de relaxamento, bijouteria, decoração... de tudo um pouco como convém a uma festa LGBT. E nem as crianças foram esquecidas. O Arraialito é um espaço destinado aos mais pequenos. Aí, a animação será da responsabilidade de empresas especialistas nesta área que vão oferecer jogos, histórias, personagens imaginativas para povoar este pequeno Arraial e divertir as crianças.
Um dos momentos altos do dia será a primeira edição dos Queer Games Lisboa. Um hilariante torneio desportivo de exigente preparação física e psicológica... destinado apenas a quem tem fibra de campeão. Se sempre sonhou vencer os 100 metros barreiras em salto alto ou ganhar a medalha de ouro no lançamento de pochete, não hesite: inscreva-se! Há muitas mais modalidades onde poderá participar.
O recinto terá várias áreas, espaços interligados, mas com personalidade e ofertas específicas. Da zona lounge, com espectáculos, à zona de bares, da restauração à feira, a animação será constante. E, claro, o palco onde actuarão artistas surpresa, a partir do entardecer. Será uma festa onde todos serão benvindos se quiserem divertir-se... até mesmo os velhos do Restelo!





Since ancient times we fight for the LGBT rights.
All around the world the rising voices call for iquality.We are all family, we are all afection
Where ever you are come with your voice
Only together we will make a difference
Do never give up!You make the history!
10th LGBT Pride Parade,Lisbon, 20 June, 2009Príncipe Real, 17:30h

Centro LGBT em Lisboa

Rua de São Lázaro, 88

Conversas e debates sobre presos em luta ( iniciativas durante o mês de Junho)



Quinta do Castanheiro, em Sintra
travessa de santa maria nº13
junto à igreja de santa maria em s. pedro de sintra

Club Aljustrelense,em Aljustrel

Divulga e Aparece!


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