28.4.08

Videoconferência de Chomsky, sobre «Poder e Propaganda», na Universidade do Porto (dia 29 de Abril, às 18h45)


Videoconferência "Poder, Política e Propaganda", por Noam Chomsky


29 de Abril, às 18h45, na Sala 325 da Reitoria/IRICUP

Reitoria da Universidade do Porto


No próximo dia 29 de Abril a U.Porto, através do Estúdio de Videoconferência da Reitoria/IRICUP, vai ter a oportunidade de se juntar ao Global Consortium do MIT e a Noam Chomsky, professor do MIT, para a realização da conferência "Poder, Política e Propaganda".

NOAM CHOMSKY
É um reconhecidíssimo prefessor de Linguística no MIT. É autor de mais de 90 obras sobre linguística, filosofia, história intelectual, assuntos internacionais, política externa e propaganda dos Estados Unidos e ainda sobre meios de comunicação institucional.
É autor de, entre outros: "9/11" (Seven Stories Press, 2003), "Pirates and Emperors, Old and New" (South End Press, 2003) and "Power and Terror" (Seven Stories Press). E ainda: "Fateful Triangle" (South End Press,1999), "Chronicles of Dissent" (Common Courage Press, 1992), "Manufacturing Consent" (Pantheon Books, 1988).

Programa previsto:
18:45-18:50 - Apresentação
18:50-19:00 - Apresentação das Universidades e Noam Chomsky
19:00-19:25 - Apresentação de Noam Chomsky
19:00-19:25 - Breves questões
19:25-20:00 - Questões de convidados e da audiência
20:00-20:00 - Pós-Discussão

Solicita-se a confirmação de presença até à véspera do dia em que a mesma terá lugar, utilizando para o efeito o e mail videoconferencia@reit.up.pt

Todos à Parada do MayDay ( 1º de Maio do precariado no Largo de Camões às 13h.)


Todos à parada alternativa MAYDAY, MAYDAY
1º MAIO, 13h, no Largo Camões

O MayDay é uma parada de precári@s, que vem marcando o 1º de Maio em várias cidades por esse mundo fora, desde da estreia em 2001, em Milão.

No ano passado, a iniciativa MayDay chegou a Lisboa, juntando algumas centenas de pessoas contra a precariedade no trabalho e na vida.

Este ano, o MayDay Lisboa já começou: uma organização aberta a tod@s, que vai fazendo assembleias, acções públicas, festas, etc.

Na parada MayDay cabemos tod@s: mais nov@s e mais velh@s, operadores de call-center, "caixas" de supermercado, cientistas a bolsa, intermitentes, desempregad@s, estagiári@s, contratad@s a prazo, estudantes que vivem ou pressentem a precariedade,…

A 1 de Maio juntamo-nos contra a exploração, contra o emagrecimento dos apoios sociais e à habitação, desafiando o cinzentismo e continuando o percurso de mobilização e visibilidade. Contamos contigo?

No dia 1 de Maio vamos para a rua. Porque esta não foi apenas feita para albergar sedes de empresas, escritórios, restaurantes de comida rápida e outros locais onde decorre todo um estado de excepção laboral, onde a exploração, o abuso, a instabilidade e a ilegalidade se tornaram lei.

No dia 1 de Maio queremos transformar a rua num espaço em que desfila a alegria da recusa de uma vida aos bocados.

Descartáveis

Texto de Mário Contumélias,
publicado no Jornal de Notícias


Eles e elas estão aí e são cada vez em maior número. Constituem a nova classe de trabalhadores, criada pela economia capitalista. Depois dos "proletários" das fábricas, eis agora os "precários", do comércio e dos serviços. Para mal da sua ausência de pecado, não passam de trabalhadores "descartáveis", tipo usar e deitar fora, com baixos salários, sujeitos a grande rotatividade e total insegurança, impedidos de se projectarem no futuro.

São os filhos bastardos no neoliberalismo, o produto perverso da flexisegurança. Configuram uma nova forma de exclusão de uma vida plena que nos é apresentada como uma inevitabilidade do mundo moderno, como se, por detrás da sua existência, não estivessem decisões propriamente políticas e económicas.

Uns são mais jovens, outros mais velhos. Muitos têm formação académica, mas são forçados a escondê-la para conseguirem um posto de trabalho numa caixa de hipermercado, ou agarrados ao telefone de um qualquer call-center. São empregados intermitentes, contratados a prazo com salários insuficientes, estagiários sem remuneração. E, para agravar a situação, são todos igualmente órfãos do finado Estado social.

Mas os trabalhadores "precários" não são um facto exclusivamente português, antes constituem um fenómeno transversal às sociedades da dita modernidade globalizada. E têm consciência, de um modo crescente, da sua dramática condição social. Por isso, constituíram um movimento que atravessa a União Económica Europeia, e que se iniciou em Milão, no ano de 2001.

Esse movimento dá pelo nome de "Mayday", palavra que envolve, ao mesmo tempo, dois significados simbólicos. Por um lado, trata-se de uma palavra-código, internacionalmente usada como pedido de socorro, em caso de perigo extremo. Por outro, refere-se ao dia 1 de Maio, em que, por esse mundo fora, os trabalhadores celebram as conquistas de direitos universais, hoje em declínio acentuado.

Por toda a Europa, "Mayday" é assinalado com uma parada de "precários", iniciativa que chegou a Lisboa no ano passado. Este ano, em Portugal, o movimento fez já assembleias, acções públicas, festas. No próximo primeiro de Maio, aderentes e simpatizantes do "Mayday", juntar-se-ão, na rua, "contra a exploração" e "o emagrecimento dos apoios sociais e à habitação", assim "continuando o percurso de mobilização e visibilidade".

Os "precários" portugueses, tal como os de outros países, sentem-se "empurrados para o conformismo e para a resignação", mas nem por isso deixam de resistir à "desigual condição" em que vivem. E dizem, com razão, que "não tem de ser assim".

Num mundo marcado por um capitalismo desregrado e selvagem, num país pretensamente governado à esquerda, junto a minha voz à deles "Mayday! Mayday! Mayday!".

"Precários" somos todos nós, os nossos filhos, os nossos netos. A precariedade em que vivemos não é um desígnio de Deus, nem um cataclismo natural. É, apenas e só, um dos mais abjectos vómitos da iniquidade social que desumaniza o mundo em que vivemos. E chegou a altura de dizer basta!´

Mário Contumélias escreve no JN, quinzenalmente, às sextas-feiras

Debate sobre Precariedade Laboral no ISEG ( dia 29 às 17h.)


:DEBATE SOBRE PRECARIEDADE LABORAL


no ISEG ( Instituto Superior de Economia e Gestão)

Com:
Nuno Teles
Prof. João Ferreira do Amaral
Prof. João Duque

29 de Abril às 17h


no Auditório 3 - Quelhas

ISEG


Organização: MOI - Movimento Outro ISEG
Com a colaboração dos Precarios Inflexíveis