A comemoração dos 100 anos do Liceu Camões em Lisboa ficou marcada com a intervenção de Pedro Feijó, representante dos alunos e delegado dos estudantes ao conselho pedagógico da escola que sem papas na língua acusou Lurdes Rodrigues, a Ministra de Educação do governo Sócrates, ali presente, de «tirar credibilidade à democracia» com as novas políticas da educação implementadas pelo Ministério da tutela.
Entre os exemplos que considera negativos das políticas educativas do Governo cessante, o aluno apontou o novo modelo de gestão das escolas, que “tira a representatividade e o poder aos estudantes e outras classes nos órgãos de gestão, dando-o a agentes exteriores à escola”.
Mas, para o jovem estudante, pior do qualquer lei, “foi a atitude do ministério”.
E acrescentou:
“Desprezou manifestações com milhares de estudantes, só por sermos menores, como se por sermos estudantes de secundário não tivéssemos uma palavra a dizer. Desprezou abaixo-assinados, incluindo um com dez mil assinaturas de estudantes, que pediram a revogação destas leis. Desprezou manifestações com várias dezenas de milhar de professores que lutavam pelos seus direitos, pelas suas escolas”