6.3.08

A resistência feminina em meio operário (iniciativa para comemorar o 8 de Março)

A proposta deste ano para o Dia Mundial da Mulher ( 8 de Março) é para uma jornada de convívio com as mulheres da resistência na Margem Sul.


Vamos recordar as vidas dessas mulheres durante as greves de 1943, nas lutas eleitorais autorizadas durante um mês pelo Estado Novo, seguidas de prisões e repressão nos lugares de trabalho.

Vem a propósito citar Sónia Ferreira, uma das oradoras no colóquio e guia na visita à Cova da Piedade: «As mulheres são das principais protagonistas públicas das greves de 43. Elas incitam à adesão, encabeçam marchas de fome, assaltam locais para a apropriação de géneros e redistribuem-nos, atiram pedras, partem vidros, cortam fios telefónicos, assaltam comboios, gritam, insultam, barafustam, pedem e exigem, de forma clara, directa, pública e frontal».

Por isso, foram ameaçadas através de uma Nota da Repartição do Gabinete do Ministério da Guerra (exactamente, a repressão da greve foi uma acção militar comandada pelo major Jorge Botelho Moniz) de que quem abandonasse o trabalho seria incorporado «num batalhão de trabalhadores, subordinado à mais severa disciplina militar (…) independentemente do sexo».
Vamos ver os locais simbólicos onde os confrontos com os esbirros do fascismo foram mais fortes.

Vamos recolher os testemunhos das mulheres e dos homens que não viraram a cara à luta.

Vamos testemunhar, com a nossa presença, que não esquecemos.

Programa:

A resistência feminina em meio operário (8 de Março)

Reunião na Praça de Espanha [junto do Teatro da Comuna]

9h – Concentração

9h30 – Partida para o Jardim da Piedade (Cova da Piedade)

10h às 11h – Visita guiada aos lugares simbólicos e convívio com as antigas operárias

11h30 – Paragem no Seixal, com evocação do que foi o trabalho árduo e brutal na fábrica de cortiça da Mundet, feita por Edmundo Pedro e por uma trabalhadora

13h – Almoço no Seixal

15h – Chegada ao Barreiro e visita guiada

15h30 – Colóquio (a realizar na Sociedade De instrução e recreio barreirense “Os penicheiros”)

Abertura a cargo de Nuno Teotónio Pereira e do nosso anfitrião


Início das intervenções:

1. Sónia Ferreira resume a visita guiada à Margem Sul durante a manhã

2. Júlia Leitão de Barros – contextualização histórica e a propaganda do regime ditatorial

3. as mulheres do Barreiro – projecção de excertos da entrevista com Pepita, a viúva de Manuel Firmo, dirigente anarco-sindicalista

4. Projecção do documentário da CMB sobre o movimento grevista de 1943

18h – Debate e encerramento do colóquio

19h – Regresso a Lisboa

custo total – 25 euros

Manifesto Anti-Sócrates

Manifesto Anti-Sócrates

Uma geração que consente deixar-se governar por um José Sócrates é uma geração que nunca o foi.

É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos!

É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!

Abaixo a geração!

Porra para o José Sócrates, porra!

PIM!

Uma geração com um José Sócrates a cavalo é um burro impotente!

Uma geração com um José Sócrates ao leme é uma canoa em seco!

O José Sócrates é um magano!

O José Sócrates é meio magano!

O José Sócrates saberá fazer jogging, saberá inglês técnico, saberá enhenharia sanitária, saberá fazer ceias para democratas como Hugo Chávez, saberá tudo menos governar que é a única coisa que ele finge fazer!

O José Sócrates pesca tanto de governação que até faz governos com homens da estirpe de Mário Lino que toma os portugueses por uma cáfila de camelos!

O José Sócrates é um habilidoso!

O José Sócrates disfarça-se mal!

O José Sócrates tem rabos de palha!

Não é preciso ir pró Rossio para se ser pantomineiro, basta ser-se pantomineiro!

Não é preciso disfarçar-se para se ser salteador, basta governar como o José Sócrates!

Basta não ter escrúpulos nem morais, nem políticos, nem humanos!

Basta andar com as modas da terceira via, com as políticas e com as opiniões!

Basta usar o tal sorrisinho, basta ser muito delicado, e usar calções desportivos e olhos meigos!

O José Sócrates nasceu para provar que nem todos os que governam sabem governar!

O José Sócrates é um autómato que deita para fora o que a gente já sabe o que vai sair... Mas é preciso continuar a adormecer o Povo!

O José Sócrates é um fruste engenho dele próprio!

O José Sócrates em génio nem chega a pólvora seca e em talento é pim-pam-pum.

Se o José Sócrates é português eu quero ser venezuelano!

O José Sócrates é a vergonha da política portuguesa!

O José Sócrates é a meta da decadência mental!

E ainda há quem não core quando diz admirar o José Sócrates!

E ainda há quem lhe estenda a mão!

E quem lhe lave a roupa!

E quem tenha dó do José Sócrates!

E ainda há quem duvide que o José Sócrates não vale nada, e que não sabe nada, e que nem é inteligente, nem decente, nem zero!

E fique sabendo o José Sócrates que se um dia houver justiça no mundo toda a gente saberá que o autor de O Príncipe é o José Sócrates que num rasgo memorável de modéstia só consentiu a glória do seu pseudónimo Maquiavel.

E fique sabendo o José Sócrates que se todos fossem como eu, haveria tais munições de manguitos que levariam dois séculos a gastar.

Mas julgais que nisto se resume a politiquice portuguesa?

Não Mil vezes não!

Portugal que com todos estes senhores conseguiu a classificação do país mais atrasado da Europa e de todo o Mundo!

O país mais selvagem de todas as Áfricas e Américas Latinas!

O exílio dos degradados e dos indiferentes!

A África reclusa dos europeus!

O entulho das desvantagens e dos sobejos!

Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia - se é que a sua cegueira não é incurável e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado!

Porra para o José Sócrates, porra! PIM!



Texto roubado daqui:

http://socratinice.blogspot.com/2008/01/blog-post.html

Programação de Março do C.C.A. Gonçalves Correia ( em Aljustrel)



7 (sexta) a partir das 21.00

Lançamento da Revista BÍBLIA e concerto com GAZUA (power trio Punk Rock de Lisboa)Apresentação e leitura de textos da Revista Bíblia (nº27 e 28), espaço de experimentação nas tendências contemporâneas das artes visuais e da literatura desde 1996






13 (quinta) a partir das 21.00

Concerto PART TIME KILLERS (Punk-Rock melódico da Finlândia)www.myspace.com/parttimekiller


15 (sábado) a partir das 17.00

Conversa sobre a situação de António Ferreira Jesus.



Concerto PAYASOS DOPADOS (punk rock reggae core ska de Badajoz a Évora) + banda a confirmar…noite dentro punk-hardcore-crust dj’s…Janta vegetariana e bar benefit para projecto editoriais sobre a situação carcerária em Portugal.




22 (sábado) a partir das 21.00

Concerto ARTIGO 19 (Punk Acústico do Porto) e MÁRIO O TROVADOR (a viola e à voz subversiva de Cascais)2



9 (Sábado) a partir das 21.00

Concerto O CÃO (guitarras, batidas, noise e rock de Lisboa) + Drum’n’Bass NSKET (de volta ao Club…)





Adiantando… Abril19 (Sábado)

II Festival Anti-FascistaA partir das 17.00…. apresentação e conversa com o colectivo Acção Anti-Fascista.E noite adentro concerto com 5 bandas…

III Colóquio sobre «A Guerra na Antiguidade» (13 de Março)

O Centro de História da Universidade de Lisboa promove no próximo dia 13 de Março o III Colóquio “A Guerra na Antiguidade”.

A inscrição importa em 5€, com certificado, mas a entrada é completamente livre.

Listagem das comunicações:

- “A Anabasis de Xenofonte, meu primeiro livro de Guerra Antiga: de Aquilino a Roger Vailland” (João Medina);

- “A Regra da Guerra ou a «Ordem Militar» de Qumrân” (José Augusto Ramos);

- “Senaqueribe e Jerusalém (701 a.C.): «reciclagens» bíblicas da guerra psicológica assíria” (Francolino Gonçalves);

- “A crise política e militar de Šamaš-šumu-ukin no reinado de Assurbanípal” (Francisco Caramelo);

- “E a «Espada de Aššur» abateu-se sobre a Fenícia…” (António Ramos dos Santos);

- “A batalha contra os «Povos do Mar»” (Luís Manuel de Araújo);

- “A batalha de Ráfia (217 a.C.) e o «nacionalismo» egípcio do período ptolemaico” (José das Candeias Sales);

- “A guerra e as armas no Portugal pré-romano” (Ana Margarida Arruda);

- “«Nós matamos, possamos nós matar». O hoplita e a falange. O triunfo da infantaria simétrica no Mundo Antigo” (José Varandas);

- “Em honra de Ares. Do sacrifício humano como oferenda bélica no mundo greco-romano” (Nuno Simões Rodrigues);

- “As Termópilas (480 a.C.), entre o mito e a realidade: perspectivas” (André Oliveira Leitão);

- “Carros de combate na Antiguidade: de plataforma móvel de tiro a sinal de prestígio” (Pedro Gomes Barbosa);

- “Os soldados na Lusitânia romana, na guerra e na paz. Uma perspectiva histórico-epigráfica” (Amílcar Guerra);

- “Em busca do exército romano da conquista: indicadores indirectos no registo arqueológico” (Carlos Fabião);

- “Bellum atrox uictis et uictoribus: o flagelo das guerras civis na historiografia de Tácito” (Cristina Pimentel);

- “As armas ligeiras do exército romano: análise comparativa República/Império” (Miguel Sanches de Baêna);

- “Defesa, combate e objectivos imperiais na Hispânia tardia” (Adriaan de Man).

O Colóquio realiza-se no Anfiteatro III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e a data de início é às 9h.

As vergonhosas demolições em Cascais que deixam pessoas e famílias desalojadas!

NÓS DENUNCIAMOS:

CASAS DEMOLIDAS SEM REALOJAMENTO


No Bairro do Fim do Mundo

- A Câmara de Cascais está agora, conjuntamente à Paroquia de São João do Estoril, a desalojar pessoas à força sem terem outra solução de habitação;
- As ultimas demolições do dia 22 de Março deixaram homens e mulheres na rua.
- No dia 6 de Março, vão nove casas que vão abaixo. Destes apenas dois agregados familiares ficarão sem condições de realojamento digno, porque tivemos uma pequena vitória na luta pelo direito à habitação, com o realojamento de 7 agregados familiares. Denunciamos a situação de dois casais que vão ver a sua casa demolida sem que seja respeitado o seu direito fundamental à habitação. A câmara não pretende realojar estas pessoas.

O bairro das Marianas foi demolido há três anos. O presidente da Câmara alega que resolveu a situação de todos mas moradores se encontram ainda em condição de habitação precária. Após a demolição do seu bairro, alguns moradores das Marianas tiveram que ir para o Bairro do Fim do Mundo.

DISCRIMINAÇÃO A CIDADÃOS NÃO NACIONAIS

DISCRIMINAÇÃO DAS PESSOAS SOLTEIRAS

A Câmara de Cascais alega que somente pessoas com família podem ter direito a alugar um alojamento social, esquecendo muitas vezes que o direito à habitação é um direito de todos. Em Cascais parece valer o lema "engravida que podes pretender ter direito à habitação!" Essa discriminação atinge nomeadamente os homens, trabalhadores da construção civil, que vivem separados da sua família.

PROPOSTAS DE ALOJAMENTO INACEITÁVEIS

Câmara só começou a propor algumas soluções para às mulheres solteiras, sob a nossa pressão. Só que essas soluções não são dignas e continuam a excluir os homens.

- Alojamento em pensão – a falta de vontade politica: Para as mulheres, a solução encontrada foi alojar em pensões. A Câmara paga 25 euros/por dia para manter os desalojados nas pensões. Já se passaram 40 dias desde o último despejo e, invés resolver de realojar, a câmara prefere desperdiçar dinheiro e deixar as pessoas em uma situação precária, uma vez na pensão as pessoas sofrem a pressão da câmara e recebem a ordem de sair de lá.

- Realojamento arbitrário e inadequado / manipulação mediática da parte da Câmara.
A frente da comunicação social, a câmara aponta casos "de pessoas que tinham direito ao realojamento e que não aceitaram", provocando assim a indignação da opinião publica. Na verdade, os casos referidos são situações muito mais complexas. Tratam-se de mulheres com familia, que sofreram pressão da parte dos funcionários para aceitar condições de realojamento indignas, inadequadas e inaceitáveis, como, por exemplo, um T2 para um agregado de 5 pessoas. Devido a situação de urgência na qual se encontravam e à pressão recebida, as pessoas se sentem obrigadas à aceitar ou assinar contratos.

AS FALSAS PROMESSAS

- Agua e luz: Nas últimas demolições, a Câmara cortou a água e a luz de várias casas. No seguimento da pressão dos moradores, foi prometido que estaria tudo restabelecido, no prazo máximo de 3 dias. No entanto, isso não ocorreu e, se hoje há água e luz, deve-se ao esforço dos moradores.

- Recenseamento: No início de Janeiro, foi acordado com a Cãmara que seria feito um novo levantamento dos moradores para se saber quais as reais necessidades de habitação. Isto seria feito com as técnicas da Câmara e com a comissão de moradores do bairro. Hoje, o recenseamento está feito pela comissão de moradores, ma sem nenhuma ajuda da Câmara, que parece ter esquecido o acordado.

- Os programas-fantasma: A Câmara apresentou uma proposta sem consistência, através do programa PROHABITA. As próprias técnicas admitiram que é somente uma intenção de candidatura ao programa, visto que o IHRU (órgão responsável pelo programa) não demonstrava muito empenho em concretiza-lo. Por outro lado, os critérios para que os moradores possam aceder ao programa são: planta do fogo onde pretende residir; fotos do fogo; contrato de arrendamento; entre outros requisitos. Se já sabemos de antemão que os imigrantes, na sua maioria é discriminada pelos senhorios, como seria possível candidatar-se com tais exigências? Isto é a estratégia do "empurra": a camara atira o problema ao IHRU, que também não parece preocupar-se. A comissão de moradores já solicitou ao IHRU duas reuniões para discutir o problema. Até hoje nunca houve resposta.

PRÁTICAS DE INTIMIDAÇÃO, CHANTAGEM E ABUSO DE PODER BUROCRÁTICO

- Práticas de intimidação e chantagem aos moradores, que são aconselhados a não participarem em reuniões de bairro ou a dar qualquer entrevista/relato à comunicação social, sob pena de perderem o direito ao realojamento. Noutros casos, os moradores são pressionados a aceitarem realojamento em habitações sem o mínimo de condiões de habitabilidade ou a irem morar com parentes, causando sobrelotação. Ou aceita ou vai para a rua!

- Exigências absurdas de documentação e justificativas: Aos moradores é exigido por vezes que comprovem 70% de incapacidade física para serem considerados doentes. As pessoas que se ausentam temporariamente para trabalhar perdem o direito a realojamento. Em Cascais, vale o lema "fique doente e não trabalhe e pode ter direito à habitação!"

- Eterna Burocracia : Os moradores dos bairros tem constantemente que apresentar imensa papelada burocrática para comprovar que residem no bairro. Há casos de pessoas que residem no bairro há 20 anos e mesmo assim ainda precisam comprovar residência, pagamentos de segurança social, comprovativos de renda, etc. Muitos moradores perdem dias de trabalho nas filas das lojas do cidadão para juntar toda documentação actualizada, ou seja: aos moradores todos os deveres e nenhum direito.


HABITAÇÃO SOCIAL OU NEGÓCIO IMOBILIÁRIO?

Nos prédios de habitação social que ficam ao lado do Bairro do Fim do Mundo a renda está a ser aumentada brutalmente: rendas de 25 euros podem chegar a 450 euros! Diversos moradores estão a receber cartas da empresa municipal de habitação EMGHA, com estes aumentos abusivos. Em alguns casos, é alegado que os moradores estarão a subalugar a casa ou acolheram, temporariamente, um parente. Em casos de falecimento, ou a família aceita ir para um fogo menor, ou terá de pagar a renda a preço de mercado. Há um caso de 4 filhos que vão perder a casa, pois sua mãe faleceu e era a única beneficária da habitação social. Em outros casos, ainda não há explicação para o aumento gritante da renda.

UM SANTO NEGÓCIO

Vale lembrar que o Bairro do Fim do Mundo está situado no terreno de propriedade do Centro Paroquial Património dos Pobres, e é este mesmo Centro Paroquial que pressiona a Câmara para que acelere as demolições no bairro, visto a urgência de construir uma nova Igreja.


Os moradores dos bairros em demolição são cidadãos que trabalham e pagam impostos. Trabalham nas obras, nas limpezas, na restauração, trabalhos duros para os quais recebem salários baixos. Outros são estudantes ou estão em situação de desemprego, de invalidez ou de reforma.


HABITAÇÃO PARA TODOS!