Um blogue sobre os movimentos sociais, a ecologia, a contra-cultura, os livros, com uma perspectiva crítica sobre todas as formas de poder (económico, político, etc)
Realiza-se no próximo dia 21 de Maio, às 19h30, em Paris, um encontro-conversa informativa sobre os Movimentos sociais em Portugal com a participação do militante libertário português José Luís Félix.
O local do encontro-conversa será na sede da CNT, Confédération Nationale du Travail 33, rue des Vignoles, Paris
Rencontre autour des mouvements sociaux au Portugal
avec José Luis Felix, militant libertaire portugais
21 Mai 2001 , à 19h30
CNT Confédération Nationale du Travail 33, rue des Vignoles
Métro Avron (ligne 2) ou Buzenval (ligne 9)
Les portugais subissent aujourd’hui de plein fouet la crise provoquée par le capitalisme financier. De plan d’austérité en diktats du FMI, c’est toujours les travailleurs qui payent la crise.
Le secrétariat international de la CNT-f organise samedi 21 mai une rencontre / débat avec José Luis Felix militant libertaire engagé dans le secteur du développement solidaire, sur la situation au Portugal et les réactions et résistances qu’elle suscite.
A 19 de Maio, pelas 17h00, o movimento “Mercado do Bom Sucesso Vivo!” vai concentrar-se na entrada principal do edifício.
Vamos concentrar-nos na entrada principal do Mercado do Bom Sucesso e exigir:
Proteção do PATRIMÓNIO CULTURAL E HUMANO!
Um MERCADO REVITALIZADO!
NÃO MAIS SHOPPINGS!
NÃO À CONCESSÃO do Mercado a empresa privada por 50 ANOS+20!
Salvaguarda do EDIFÍCIO CLASSIFICADO pelo IGESPAR (25 Jan 2011):
“A classificação do Mercado do Bom Sucesso fundamenta-se no seu valor arquitectónico, enquanto exemplar notável da arquitectura modernista dos anos 50, no seu valor urbanístico e sócio-cultural, enquanto edifício de referência na paisagem urbana da cidade do Porto e na vivência da população, constituindo um espaço privilegiado de encontro de gerações e de classes sociais.” Portaria n.º 250/2011.
Todas as presenças são importantes. Divulga e comparece!
PETIÇÃO CONTRA A DEMOLIÇÂO DO MECADO DO BOM SUCESSO
To: Câmara Municipal do Porto
1 - O anúncio público a 1 de julho pela Câmara do Porto da intenção da "Construção de dois novos edifícios no interior do Mercado do Bom Sucesso" para a instalação de um hotel low-cost, escritórios e estacionamento, diminuindo o nº actual de 140 vendedores para apenas 44, vem motivar o protesto dos cidadãos abaixo-assinados.
Uma vez mais o executivo PSD / CDS tenta entregar a privados a concessão de espaços municipais por extensos períodos de tempo ( 50 + 20 anos).
2 - O património humano dos mercados desta cidade, a alma do pequeno comércio popular e urbano dos mercados está uma vez mais sob implacável ataque pela ditadura dos interesses, com a cumplicidade activa por parte do poder que deveria ser público.
Exigimos o respeito devido, aos mercados, ao tipo de alimentação e ao modo de vida que destes emana.
3 - Quanto ao Património construido: Não acreditamos ser possível mantêr a "traça" (sic) de um edificio modernista em vias de classificação (Mercado do Bom Sucesso, construção - 1952), quando se pretende construir no seu interior um extenso programa que altera radicalmente os seus espaços, conforme o demonstram os desenhos tornados públicos, e ao contrário dos argumentos invocados.
Está em risco o magnifico espaço interior, amplo, generoso, inteligentemente iluminado que caracteriza este histórico mercado.
A política de entrega dos melhores e mais centrais terrenos da cidade e dos edifícios públicos já construidos aos bons negócios privados / MAUS negócios públicos tem que acabar.
Exigimos a reversibilidade deste negócio.
4 - Nós, cidadãos abaixo- assinados já conhecemos a "traça" deste executivo Camarário, incapaz de gerir o património público como lhe compete.
Esta tentativa vergonhosa de entrega ao promotor "Eusébios" - por um período de 50 anos ( com a possibilidade de prorrogação por mais 20 anos) é apenas mais uma pedrada num charco já repleto de pedras:
-A concessão do Teatro Municipal Rivoli a um empresário do espectáculo, fazendo tábua - rasa da política de abertura do Teatro às várias "culturas" da cidade.
-A tentativa falhada de demolição e fecho, para a entrega também por 70 anos, do Mercado Municipal do Bolhão à empresa TCN, que pretendia demoli-lo e construir um centro comercial. Actualmente a Câmara Municipal do Porto, numa atitude de adiamento e com a cumplicidade do Senhor Ministro da Cultura, pretende, com o programa preliminar, de novo um shopping coberto, comprometer as entradas nas caves do Mercado através do parque de estacionamento privado da "antiga casa forte", retirar do terrado os espaços comerciais as "Casinhas", entregar a gestão deste espaço a privados e provocar a saída dos Comerciantes do Mercado.
-A privatização do uso, para eventos empresariais do Pavilhão Rosa Mota, num péssimo negócio para as finanças municipais ( apenas 20% de participação pública na entidade gestora).
5 - Que edifícios públicos mais nos restarão no futuro?
A Câmara Municipal? Ou será também ela cedida para casino ao império de Stanley Ho?
Menos não seria de esperar deste executivo capaz de vender sobretudo o que não é seu, mas de todos nós.
Exigimos a manutenção integral do uso para mercado de frescos no Mercado do Bom Sucesso e a manutenção e recuperação integral do edificio actual, classificando-o como Património, em posse 100% pública!
(Manifesto da 2ª acção realizada nos centros de emprego em vários pontos do país durante a madrugada de 15 e 16 de Maio com a afixação de um cartaz onde se podia ler «Não queremos subísidos, queremos emprego»)
As políticas públicas de promoção de emprego têm-se pautado por um constante esvaziamento de funções e de serviços. Os Centros de Emprego deveriam e poderiam ser interfaces fundamentais entre as pessoas sem emprego e as entidades empregadoras. Deveriam ser um serviço público de qualidade, eliminando os intermediários agiotas, que são as Empresas de Trabalho Temporário, e permitindo real aconselhamento profissional e formativo, para um correcto encaminhamento para o emprego. Os Centros vêm sendo sucessivamente enfraquecidos, os seus técnicos e conselheiros de orientação profissional colocados em funções de fiscalização e monitorização de inscritos, o que em tudo se afasta das funções de um Centro de Emprego.
Actualmente, num Centro de Emprego não se encontra emprego. Encontram-se fiscalizações sucessivas, propostas formativas muitas vezes desajustadas, encontra-se trabalho quase gratuito através dos contratos de emprego-inserção, encontram-se ameaças constantes de cortes nos subsídios. Mas não se encontra emprego.
Somos pessoas livres e não aceitamos viver com o termo de identidade e residência que nos é imposto pelas apresentações quinzenais.
Denunciamos a mentira que constitui a procura activa de emprego, porque, apesar de o procurarmos, sabemos que ele nos é recusado ou porque somos novos demais ou velhos demais, com qualificações a menos ou a mais, porque somos mulheres ou temos filhos.
Rejeitamos a coacção de comprovar a procura activa de emprego com carimbos, que temos que mendigar junto de empresas que sabemos que não nos vão contratar, e que muitas vezes exigem dinheiro em troca.
Não aceitamos o escândalo silencioso dos Contratos de Emprego Inserção (CEI) e dos Contratos de Emprego Inserção+ (CEI+), que obrigam a trabalhar quase gratuitamente quer para instituições públicas quer para instituições privadas (IPSS). A propagação dos CEI e CEI+ tem vindo a destruir o valor do trabalho e diversas carreiras profissionais, como é o caso, por exemplo, da dos Auxiliares de Acção Educativa.
Consideramos que a educação e qualificação profissionais são um direito e não algo que se possa impor indiscriminadamente a todas as pessoas com habilitações inferiores ao 12º ano de escolaridade inscritas no Centro de Emprego, obrigando-as a frequentar formações ou processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, muitas vezes desajustados das necessidades, possibilidades ou competências.
Denunciamos, rejeitamos e exigimos alternativas a esta farsa em que se tornaram as políticas públicas de emprego em Portugal.
Exigimos dignidade. Exigimos que os Centros de Emprego sejam aquilo que o seu nome anuncia: locais que centralizam as ofertas de trabalho, onde os processos de selecção são efectuados por conselheiros de orientação profissional, públicos e qualificados, onde o cumprimento da legislação laboral impera, onde podemos encontrar apoio para a construção de um projecto de emprego e formação.
Não aceitamos que sejam locais onde somos ameaçados, vigiados e fiscalizados como se não ter emprego fosse um crime que nos devesse ser imputado.
Neste país há 700 mil trabalhadores sem trabalho e que querem trabalhar. Confundir a excepção com a regra é, deliberadamente, querer imputar a responsabilidade de não ter trabalho a quem o perdeu ou a quem o procura. Não aceitamos a mentira e exigimos respeito.
NÃO NOS FALEM DE AUSTERIDADE, FALEM-NOS DE DIGNIDADE