2.10.08

A Batalha: 90 anos de imprensa sindicalista ( ciclo de conferências na Biblioteca do Museu República e Resistência a partir de 7 de Out.)


A Biblioteca-Museu República e Resistência, sedeada no Espaço Cidade Universitária, vai organizar o Ciclo de Conferências “A Batalha: 90 Anos de Imprensa Sindicalista”, que se irá realizar de 7 de Outubro a 16 de Dezembro de 2008, às 3ª Feiras, pelas 18h30.

7 de Outubro – “O Movimento Operário Português, da Grande Guerra ao Estado Novo (1918 – 1934)” pelo Dr. Paulo Guimarães.

14 de Outubro – “A Imprensa Operária na I República” pelo Dr. António Ventura.

21 de Outubro – “O DESPERTAR e as juventudes Sindicalistas” pela Dr.ª Filipa Freitas.

28 de Outubro – “O Jornal A BATALHA da I República aos nossos dias” pelo Dr. Luís Garcia e Silva.

4 de Novembro – “A RENOVAÇÃO e Ferreira de Castro” pelo Dr. Ricardo Alves.

11 de Novembro – “Sindicalismo, Ontem e hoje” por Carlos Trindade.

16 de Dezembro – “Jornalismo militante e mass media” pelo Dr. José Pedro Castanheira.


Organização a cargo da Biblioteca - Museu República e Resistência e do Centro de Estudos Libertários

Biblioteca Museu República e Resistência
Espaço Cidade Universitária
Rua Alberto Sousa, 10 A
Zona B do Rego/ Lisboa
bib.republica@cm-lisboa.pt



Informação da Câmara Municpal de Lisboa:
www.cm-lisboa.pt/index.php?id_item=17703&id_categoria=12

O próximo Censo do INE vai mascarar a realidade ao converter os trabalhadores de recibos verdes em trabalhadores por conta de outrem!


O FERVE - Fartos/as d'Estes Recibos Verdes manifestou a sua total discordância relativamente ao facto de o manual para a elaboração do Censos 2011 prever que:

"Os indivíduos que recebam através dos chamados "recibos verdes" serão classificados na modalidade "Trabalhador por conta de outrem" desde que se verifiquem as seguintes condições: local de trabalho fixo dentro de uma organização, subordinação hierárquica efectiva e horário de trabalho definido. Caso estas condições não se verifiquem serão incluídos na modalidade "Trabalhador por conta própria." (página 110 do manual).

Tendo em conta que, em Portugal, existem cerca de um milhão de trabalhadores/as a recibos verdes, a esmagadora maioria dos quais sendo 'falsos' trabalhadores independentes, o FERVE considera que a designação proposta pelo INE irá mascarar os números e claramente ludibriar a realidade.

Para protestar, podem enviar uma mensagem de correio electrónico para o seguinte endereço: censos2011teste@ine.pt

1º Semana Vegetariana ( de 29 de Setembro a 5 de Outubro)


De 29 de Setembro a 5 de Outubro de 2008, diversas entidades promovem, pela primeira vez, a Semana Vegetariana. São sete dias, dedicados à promoção de um estilo de vida saudável, ético e ecológico.
Esta semana inclui o Dia Mundial do Vegetarianismo (01 de Outubro) e o Dia do Animal (04 de Outubro).
http://www.semanavegetariana.com/


Como participar?
Todas as instituições e entidades são convidadas a promover o Vegetarianismo, organizando eventos ou outras formas de promoção.
Exemplo: lojas e restaurantes podem fazer descontos em alimentos ou outros produtos vegetarianos, bem como promover workshops de cozinha vegetariana ou outras actividades.
Todas as pessoas são convidadas a participar distribuindo folhetos, estando presentes em eventos ou simplesmente divulgando aos amigos.



Quais são as vantagens da alimentação vegetariana?
As vantagens são inúmeras, mas destacam-se pelo menos:
1. Ecologia - A dieta vegetariana remove um elo da cadeia alimentar, sendo portanto muito mais eficiente e ecológica do que qualquer dieta com produtos de origem animal.
2. Ética - Uma dieta vegetariana minimiza a morte e o sofrimento de outros animais, sendo por isso bastante mais ética e natural.
3. Saúde - Uma dieta vegetariana equilibrada é tipicamente mais saudável do que uma dieta normal, especialmente se associada a um estilo de vida também saudável.


Para mais informações, consulte a página do
http://www.centrovegetariano.org/


Links de interesse:
– Receitas internacionais

www.euroveg.eu/lang/en/events/wvd/2006.php#recipes

– Food for Life Global
http://www.ffl.org

– HIPPO
http://www.hippocharity.org.uk

– VegFam
http://www.vegfamcharity.org.uk

– Vegetarian for Life Limited
http://www.vegetarianforlife.org.uk

– Vegan Outreach
http://www.veganoutreach.org

– The Physicians Committee for Responsible Medicine
http://www.pcrm.org

– Global directory of animal, environmental & humanitarian aid charities
http://www.veggieglobal.com/directory

- União Vegetariana Europeia:
http://www.euroveg.eu



ACTIVIDADES na CASA DA HORTA ( no PORTO) no âmbito da 1ª SEMANA VEGETARIANA

Casa da Horta, Associação Cultural
Rua de S. Francisco nº 12 A 4050-548 Porto
http://www.casadahorta.pegada.net/


30 de Setembro, 18h30: Projecção de documentário e debate “O vegetarianismo e os direitos dos animais” com a Acção Animal - núcleo do Porto.

2 de Outubro, 18h30: Projecção de documentário e debate “O vegetarianismo e a ecologia” com o GAIA (Grupo de Acção e Intervenção Ambiental).

4 de Outubro, 16h00: Oficina de “Iniciação ao vegetarianismo” pela Casa da Horta, Associação Cultural.

4 de Outubro, 17h30: Troca de experiências entre famílias vegetarianas.

Durante a Semana Vegetariana, leva um amigo não vegetariano à casa da Horta e o seu jantar (prato e sopa) será gratuito!

Ao almoço, os sócios Amigos da Casa da Horta têm 25% de desconto no Menu (=3,50€), durante a Semana Vegetariana.

· Exposição das ilustrações do concurso "ilustra a história do Juvenal, um miúdo vegetariano" a partir de 1 de Outubro.



Entidades aderentes da Semana Vegetariana

- Semente - Centro Macrobiótico de Braga
- Restaurante Flôr de Coimbra,
- Projecto 270 (Costa da Caparica),
- Centro Vegetariano,
- Essência do Mundo - Lda,
- Efeito Verde - Lda,
- Etikweb,
- Restaurante Grão de Soja (Espinho),
- Restaurante As Tílias (Fundão),
- loja Casa do Bosque (Gondomar),
- Restaurante O Ribatejano (Faro),
- Restaurante O Espaço Saudável (Figueira da Foz),
- Restaurante O Ferreiro (Buarcos, Figueira da Foz)
- Ervanária Moderna (Linda-a-Velha),
- loja Bio Paladares e Companhia (Lisboa),
- Sociedade Portuguesa de Naturalogia (Lisboa),
- Associação Vegetariana Portuguesa (Lisboa),
- Associação Acção Animal (Lisboa),
- Crew Hassan (Lisboa),
- Associação GAIA (Lisboa),
- loja Eco Zen (Lisboa),
- Espaço Prama (Lisboa),
- Movimento Hare Krishna (Lisboa),
- Fernanda Botelho (Lisboa),
- Restaurante Da Terra (Matosinhos),
- Restaurante Oriente no Porto,
- Restaurante Nakité (Porto),
- Casa da Horta (Porto),
- Associação GAIA (núcleo Porto),
- Associação Acção Animal (núcleo Porto).

Festcine Amazónia em Coimbra (8,9 e 10 de Outubro) no auditório do Museu da Ciência



Programação: dias 8, 9 e 10 de Outubro de 2008
Local: Auditório do Museu da Ciência – Universidade de Coimbra
Programa: ver aqui

No âmbito das actividades de comemoração dos seus trinta anos, o Centro de Estudos Sociais (CES) da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra recebe a edição portuguesa do Festcineamazonia - Festival de Cinema e Vídeo Ambiental, na sua versão Itinerante.


O Festcineamazónia surgiu em 2003 com a finalidade de divulgar e exibir obras audiovisuais, curta e média metragens de ficção, documentários, animações e obras experimentais com temática ambiental, produzidas em qualquer parte do mundo.


Desde então, todos os anos a cidade de Porto Velho, capital do Estado de Rondônia, localizada na Amazônia Legal, reúne, não só produtores conhecidos internacionalmente de arte e cinema, mas a população da própria região, caracterizada por Povos Ribeirinhos, diferentes Grupos Indígenas, migrantes de diferentes regiões do Brasil e de alguns países sul-americanos como Bolívia e Peru, representantes de movimentos sociais, entre outros actores sociais que vêm contribuindo para a maior divulgação e conhecimento das diversas problemáticas que envolvem o tema da Amazónia.

Com a chamada "itinerância", que leva o Festival anualmente em outras cidades e países, o Festival já chegou a um universo de aproximadamente 10.000 pessoas, propondo 114 horas de exibição.
Nos mais de 33 mil quilómetros percorridos, o festival já passou por comunidades Ribeirinhas da Amazónia, por todos os estados da Região Norte do Brasil e alguns países da América Latina como Peru, Bolívia e Colômbia.
Agora o Festcineamazonia atravessa o Atlântico com o objectivo de ampliar a capacidade de reflectir sobre os inúmeros problemas da sociedade em que vivemos.

É a Amazónia pensando a Amazónia através do cinema. Mas é preciso ampliar mais esta percepção. Por isso a importância de contextualizar a temática ambiental considerando as diversas populações que vivem nos seus territórios, em discussões sobre democracia, direitos humanos, interculturalidade, questões de género, etnia, racismo, entre tantos outros assuntos que estão representados em muitas produções que fazem parte do acervo do Festival.
A programação completa já se encontra disponível.

O histórico do Festival, suas edições anteriores, patrocinadores, participantes, homenageados, estão disponíveis - entre outras informações - em :




FESTCINE AMAZÓNIA ITINERANTE

Utilizando todos meios de locomoção vai até as comunidades Ribeirinhas de Rondônia, como as do Rio Madeira, o maior afluente do Rio Amazonas. Todos os estados da Região Norte do Brasil também recebem agora o Festcine Amazônia. Ampliamos assim a nossa capacidade de refletir sobre os nossos próprios problemas. É a Amazônia pensando a Amazônia.

E cruzando o Atlântico, levamos o Cinema Ambiental até os irmãos lusitanos. Serão mais de 114 horas de exibição, mais de 33.000 mil quilômetros percorridos.
Assim, o Festcine Amazônia vai ganhando o mundo. E o mais importante: o mundo ganha um festival que nasceu para ajudar a cuidar dele.



















Brama dos veados na Serra da Lousã (11 e 12 de Outubro - caminhada com os Amigos do Mindelo para ouvir esta maravilha da natureza)

É entre Setembro e Novembro que acontecem as lutas e despiques entre os veados-machos. Quase sempre existe um “medir” de forças entre os machos, através da intensidade e volume de “bramidos” emitidos.
Este som é uma das mais fortes características da época de reprodução do veado. Por este motivo esta época toma também o nome de “brama”.
As fêmeas são fecundadas nesta altura do ano vindo as crias a nascer cerca entre Maio e Junho do ano seguinte.


A Serra da Lousã alberga diversos tipos de habitats e comunidades vegetais e animais. Desde espécies como a salamandra-lusitânica ou o guarda-rios, a espécies cinegéticas como o coelho-bravo ou o javali, são os cervídeos que mais encantam todos os que por ali passam e têm a sorte de os observar.


Na época da brama, ou cio, entre Setembro e Novembro, os veados da Lousã emitem um som vigoroso que se propaga pela serra e deixam-se vislumbrar, como se fossem criaturas mitológicas, medindo forças com outros machos através da intensidade e volume dos bramidos emitidos, na ânsia de constituírem os seus haréns e defendê-los dos restantes machos. Este som é uma das mais fortes características da época da reprodução do veado, motivo pelo qual esta época é denominada de "brama".


Neste fim-de-semana faremos um percurso de, aproximadamente, 10 km/dia, durante a qual teremos oportunidade de observar esta maravilha da vida selvagem.

Hora e ponto de encontro :

- 10h em frente à câmara municipal de Castanheira de Pêra

- levar picnic para Sábado, contando que no Domingo também faremos picnic (poder-se-á comprar produtos regionais em Castanheira, mas não é certo)

- alojamento em turismo rural

- inscrição obrigatória e limitada.

- A Associação não se responsabiliza por qualquer incidente que ocorra durante a actividade.


ecoturismo@amigosdomindelo.pt

A Beethovenfest 2008 teve como tema o «Poder e Música» e a forma como os poderosos se têm servido da música de Beethoven


Embora quase exclusivamente financiado pelos nobres, Beethoven era extremamente desrespeitoso com eles. Considerando-se um cidadão livre, tachava os seus mecenas de "ralé aristocrática" e tratava-os de forma coerente com essa opinião. Financeiramente dependente deles, o músico sonhava com liberdade e revolução. Beethoven escapou, não obstante isso, à censura e à polícia secreta austríaca.


A Beethovenfest 2008 foi dedicada desta vez ao tema «Poder e Música», pretendendo questionar o papel desempenhado pela música nas épocas onde não há liberdade, e como os poderosos se servem dela, nomeadamente das várias composições do conhecido músico alemão.

Esta temática convida-nos para uma pergunta inevitável: qual foi a relação do próprio compositor (Beethoven) com a nobreza? Dividido entre o sustento e o desapontamento, ele criou obras até hoje representativas da ideia de revolução. Mas não foi ele também um simples criado de patrões aristocráticos e seus mecenas?

Ainda em vida, a obra de Ludwig van Beethoven elevou-o à categoria de mito. Ele tornou-se o modelo do artista romântico, assim como do desejo de se libertar tanto de formas musicais como de concepções obsoletas do mundo.

O mestre de Bonn tornou-se uma figura de identificação musical numa fase de reviravolta política, da era aristocrática para a burguesa. Ao escrever música para o ballet «As criaturas de Prometeu», Beethoven já se dedicava em 1801 a um tema altamente actual. O semideus da mitologia grega Prometeu, portador da luz e patrono da humanidade, era o símbolo do Iluminismo e personificação mítica da revolução. Napoleão Bonaparte era considerado o "Prometeu moderno".


Durante toda a vida, o músico alemão esteve dividido entre servir e desprezar a nobreza, entre o anseio pela revolução e a resignação. A sua atitude perante os poderosos foi sempre ambivalente. Entre esperança na nobreza e desilusão em relação a ela, oscilou todo o trajecto da vida de Beethoven.

Nascido em 1770, filho de um tenor da corte do príncipe eleitor, o menino-prodígio já era exibido à aristocracia aos 8 anos de idade. Aos 19, protestava pela primeira vez: o piano da corte era ruim, impossível tocar nele, afirmava. Era o ano da Revolução Francesa.

Porém a vida de um instrumentista e compositor era, na época, subordinada à corte e à Igreja. A convite do veterano Joseph Haydn, o jovem vai estudar em Viena. E resolve permanecer na cidade imperial, embora o príncipe eleitor de Bonn jamais o haja libertado oficialmente dos serviços de sua corte.

E Beethoven tornou-se o queridinho da nobreza vienense. Graças a ela, foi um dos primeiros músicos verdadeiramente autónomos, independentes de postos na corte ou eclesiásticos. O Barão van Swieten, os príncipes Liechnowsky, Lobkowitz e Kinsky pagavam-lhe respeitáveis subvenções anuais e pensões vitalícias. Beethoven foi ainda professor de piano do arquiduque Rudolf, para quem escreveu o Concerto triplo em dó maior opus 56, para violino, violoncelo, piano e orquestra.

Embora quase exclusivamente financiado pelos nobres, Beethoven era extremamente desrespeitoso com eles. Considerando-se um cidadão livre, tachava seus mecenas de "ralé aristocrática" e os tratava de forma coerente com essa opinião.

Em Viena, era notório o entusiasmo do compositor pelas ideias liberais e pelo inimigo público número um, Napoleão. E no entanto, Beethoven escapou à censura e à polícia secreta austríaca. Em liberdade quase absoluta, até mesmo compôs em 1803 uma homenagem sinfónica a Napoleão: a Sinfonia nº 3, opus 55 (Heróica).

Apesar de fanático pela liberdade, o músico estava longe de ser um observador arguto da situação política. A viragem de Napoleão, de herói revolucionário para absolutista, consternou-o. Ao saber que o general francês se fizera coroar imperador, Beethoven rasgou a homenagem original da Heróica e dedicou a sinfonia ao seu mecenas, o príncipe Lobkowitz, um nome representativo do Ancien Régime.

No ápice da fase anti-napoleónica, o compositor escreveu em 1813 uma peça de guerra. Com A vitória de Wellington ou a Batalha de Vitoria, Beethoven torna-se de um só golpe popular também entre a burguesia vienense. O elaborado espectaculo bélico-musical descreve em sons a derrota das tropas francesas pelo marechal inglês Arthur Wellesley, duque de Wellington, na cidade de Vitoria, no norte espanhol. Era o início da derrocada de Napoleão.

"Nada além de tambores, canhões, miséria humana de toda sorte", exclamou Beethoven por ocasião da investida militar contra Viena, em 1809. Ele era um pacifista decidido, como fica claro na sua representação sonora de batalhas.

O músico reagiu ao Congresso de Viena de 1815, que definiria a nova ordem política na Europa, com a monumental cantata Der glorreiche Augenblick (O glorioso momento). Para ele, tudo o que contava era a vitória sobre Napoleão, o rebaixamento da França e a esperança na segurança e na liberdade reconquistadas.

Já em 1805, Beethoven denunciara a tirania e a ditadura na sua única ópera, Fidelio (de início intitulada Leonore). Entre os alvos desta crítica, estavam sem dúvida os invasores franceses de Viena.

Desde a ditadura napoleónica, Beethoven não mais acreditou que a rebelião corajosa e as revoluções pudessem reverter hierarquias e depor tiranias. Quase todas as suas obras foram dedicadas a patronos nobres, quem quer que fossem.

Durante a vida inteira, ele serviu aos poderosos, vendendo-lhes a sua música. E ao mesmo tempo sonhava com a independência em relação a eles. No fim da vida, realizou este sonho na Nona sinfonia, integrando nela a Ode à Alegria de Friedrich Schiller. Um monumento humanista feito de sons, embora a sinfonia fosse dedicada ao rei Frederico 3º da Prússia. Em 1824 a Nona sinfonia é estreada.

Três anos mais tarde, morre Ludwig van Beethoven.

Fonte do texto:
aqui
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Entrevista com a directora da Beethovenfest sobre a política da Nona Sinfonia de Ludwig Von Beethven e a forma como o poder se tem servido da música e das várias composições de Beethoven


Beethovenfest Director Ilona Schmiel spoke about the power of Beethoven's famous Ninth Symphony, and why the month-long event focuses on the influential work.

The motto of this year's Beethovenfest is "Macht.Musik," which in German can mean both "power.music" and "make.music." The play on words reflects the turbulent history of the Ninth Symphony: its repeated exploitation by powerful figures, as well as its withstanding power to move people.

Ms Schmiel, how did you choose the motto "Macht.Musik"?

Ilona Schmiel: The Ninth Symphony was of course the impetus to ask how this work can be used to represent a whole program. And that was the reason to hold the festival under the motto "Macht.Musik" and to follow the path of the Ninth Symphony from its premiere in 1824 to today.

Beethoven's political commitment, this utopia -- the "Ode to Joy" by Friedrich Schiller, which he set to music, is a utopia -- hasn't lost any of its relevance. We are still living in an age of war, suppression, hunger and many other injustices. Back in his time -- the work was completed in 1824 -- Beethoven probably thought things would improve. And that alone is a reason the Ninth Symphony can be made a focal point.

The question of how the reception of this piece continues in 2008 has always moved me because, as far as I know, there is no other work in the world that is played so often and deliberately chosen for so many different occasions.

The piece has not only been a part of triumphs, but also of many mistakes that have been made by governments, rulers and leaders, where the symphony was totally appropriated by politics and exploited for political purposes and dictatorial statements.

Relatively speaking, Beethoven had a lot of contact with the powerful figures of his time, and if you look back on his work -- for example the "Eroica," "Wellington's Victory" or "Egmont" -- he often expressed himself politically through his music. But he did so quite differently in each case.

The issue of how he surrounded himself with powerful figures, but at the same time also left them hanging, was a central theme in his life, I think. And it begs the question of where Beethoven's development through the symphonies leads -- past a rejection of the powers that be, to a civil society.
On the one hand it is really a path beyond the worship of powerful figures -- such as Napoleon -- but, on the other hand, he is using the civil society, which finances the music and supports the composer.
That's is why I think this music is still so relevant and moving today. Questions about how to deal with works of music today, how music is used, what demands are placed on it, how much it needs to align with the state to be performed on certain occasions, and how music is twisted or the text is rewritten, for example, so that it fits a particular regime -- the Ninth Symphony has already been through all of that.

Who else then has used Beethoven's music to serve their own ends?
Goebbels always had the Ninth Symphony played for Hitler's birthday. The GDR (communist East Germany) chose it as their national anthem, albeit with a different text. It has been played constantly both in the East and the West.
It has become the European anthem, and since the Olympic Games it has also been mentioned that Mao used the Symphony to motivate workers in the fields. Kamikaze pilots listened to this music -- I'm jumping through time a bit -- and it was also the national anthem of Rhodesia.
I think no other work has ever been so globalized. Nevertheless this human message, this commitment to human kindness has survived -- and you could almost say this message is indestructible.

How would you judge Beethoven's music today? What is the situation with "power" and "music"?

For me personally, the power of music is at the forefront because I'd like to keep believing in the utopia that music can change a lot.
In 2006, we had a guest youth orchestra from South Africa, where musicians with different backgrounds performed together, for example. Music can also be a social instrument. And this power can't be burned onto a CD. The reproduction of music in a concert is something exclusive. There you can really feel the power of music -- and I don't think you can get away from it.

Saíu o 1º número do boletim «Terra Livre» que tem como finalidade a criação de um colectivo de ecologia social nos Açores

Saíu o 1º número da Terra Livre, um boletim criado com vista à criação de um Colectivo Açoriano de Ecologistas que tenha por objectivo a reflexão-acção sobre os problemas ambientais, tendo presente que estes são problemas sociais e que a sua resolução não é uma simples questão de mudanças de comportamentos, mas sim uma questão de modelo de sociedade.

http://terralivreacores.blogspot.com/