Activistas da associação ambiental Gaia, da cidade do Porto, realizaram na semana passada uma acção de rua que visava sensibilizar as pessoas para viverem um Natal mais ecológico e menos consumista. Foram realizados vários workshops em plena Rua de Santa Catarina sobre modos e atitudes alternativas ao estilo de vida dominante.
Na mesma acção de rua foram também distribuídos abraços grátis pelas pessoas e simples transeuntes, à imagem do que já se vai passando por várias cidades do mundo com o Movimento «Abraços Grátis» (Free Hugs)
Em Lisboa uma acção do mesmo género já fora realizada no Rossio no passado dia 9 de Dezembro por um grupo de pessoas que se decidiu juntar-se e oferecer uma tarde de abraços a todos os que por lá passaram e desejaram receber um abraço.
Informação em:
Recorde-se que o Movimento Abraços Grátis (Free Hugs)consiste num conceito revolucionário que visa romper com o individualismo reinante nas nossas sociedades contemporâneas e a inibição larvar que impede as pessoas de conviverem entre si.
O Movimento nasceu em 2001 com Jason Hunter depois do falecimento da sua mãe, uma mulher que abraçava toda a gente, sem se importar com a raça, o sexo ou a idade. Simultaneamente, noutro parte do mundo, em Sidney, passava-se algo de semelhante. Um jovem australiano regressa a casa, depois de um período de vida a residir em Londres. O regresso é, no entanto, marcado por uma grande solidão pois os seus pais tinham-se divorciado, a sua avó estava muito doente, e acabava de romper com a sua namorada. Para contrariar essa solidão decide ir então a uma festa onde uma desconhecida subitamente o abraçou. «Senti-me como um rei. Foi o melhor que me podia acontecer», disse ele algum tempo depois ao descrever a situação por ele vivida. Foi assim que decidiu ele próprio sair para a rua e começar a distribuir abraços grátis às pessoas que passavam por uma das ruas mais movimentadas de Sidney, a Pitt Mall Street. Juan Mann - era como esse jovem se apresentava, e que resulta do jogo de palavras em inglês para designar «um homem – continuou a sair todas as quintas feiras à tarde para distribruir abraços, sempre no mesmo local.
Entretanto, Shimon Moore gravou aquele singular acto de um pessoa que abraçava quem assim desejasse, muito embora uma tal atitude tenha sido proibida pela polícia australiana, o que motivou uma petição e uma bem sucedida campanha contra essa estúpida proibição. Passaram-se anos até quando Juan Mann sofreu uma perda irreparável que muito o deprimiu: a morte da sua avó. Foi então que Shimon Moore editou as imagens que gravara, deu-lhe de prenda o filme que fizera a propósito do seu acto, e decidiu enviá-lo para o Youtube. Foi assim que aquela simples atitude se tornou mundialmente conhecida e desencadeou um movimento à escala internacional dos «Abraços grátis» que não pára de crescer um pouco por todo o lado, baseado sempre na intenção de fazer passar a mensagem de uma comunicação pacifista, de reciprocidade e de solidariedade entre as pessoas, pretendendo além disso que a atitude de abraçar resulte sempre de actos espontâneos por parte dos intervenientes, e a constituir-se sempre como um verdadeiro happening informal, sem rituais nem convencionalismos.
As regras a seguir são extraordinariamente simples:
1) Os abraçadores-activistas devem levar um cartaz onde se possa ler «Abraços Grátis»
2) Nunca se deve dar abraços a quem não quer receber. Apenas oferecemos abraços e ninguém é obrigado a abraçar.
3) A atitude de abraçar deve revestir-se de cordialidade e amabilidade entre os intervenientes.
4) Os abraçadores-activistas nunca devem rejeitar um abraço, estando dispostos a abraçar quem queira recebe o seu abraço.
ATENÇÃO: Trata-se de um gesto fortemente adictivo, que pode repetir-se indefinidamente…
Dia Mundial do Abraço – 30 de Dezembro
Entretanto, corre na Internet uma Convocatória para que o próximo dia 30 de Dezembro seja o Dia Mundial do Abraço de modo a que em todo o mundo às 18 horas desse dia toda a gente se abrace, onde quer que se encontrem.
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