4.6.08

A história esquecida da mulher na música


Texto de João-Maria Nabais

Publicado no suplemento das Artes e Letras do jornal O Primeiro de Janeiro do dia 2 de Junhi de 2008
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Preâmbulo


Ao longo da História da Humanidade, a acção e o trabalho da mulher foram subalternizados e de certo modo negligenciados, já que estava obedientemente dependente sob a sombra tutelar omnipresente do homem. Durante muitos séculos, sempre estiveram destinados ao homem todos os ofícios mais condizentes com o fenótipo da sua estrutura morfológica, de início, representada na figura do nómada, do caçador-recolector (recolhendo o seu sustento da Natureza), do guerreiro, cavaleiro ou militar, evoluindo à posteriori para tarefas remuneradas no círculo exterior à família. Assim, desde tempos imemoriais, a ocupação da mulher resumia-se sobretudo à sua função de cônjuge, mãe e dona de casa.




Após um longo e lento processo evolutivo, desenvolvido ao longo de milhares de anos, a matriz primacial, para a sua emancipação, vai radicar na Revolução Francesa e nos acontecimentos daí decorrentes com a proclamação dos princípios universais de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, simbolicamente, imortalizados pela imagem de uma mulher, decidida e corajosa, disposta a saltar da tela, representada no quadro A Liberdade Guiando o Povo, pintado em 1830 por Eugène Delacroix. Em paralelo, a seguir à Revolução Industrial, muitas mulheres passam a exercer uma actividade laboral, embora a um nível remuneratório inferior à do homem. Lutando contra essa discriminação, algumas na viragem para o século XX, encetam outras formas de luta, ex. greves reivindicativas, tanto nos EUA como na Europa que vão levar à sua emancipação, drasticamente acentuada a seguir à última Grande Guerra.


A partir de agora, o papel feminino no mundo globalizado pós-guerra, produz uma mudança decisiva nos hábitos e nas tendências do costumado núcleo familiar, tornando-se a mulher maioritária em vários segmentos da sociedade moderna, tanto ao nível do ensino, da educação (basta ver a larga percentagem de mulheres a frequentar os cursos médios-superiores, em múltiplos ramos e especialidades e, o número igualmente elevado de licenciadas que todos os anos saem das nossas universidades, à conquista do mercado livre de trabalho, hoje cada vez mais restrito e competitivo, mesmo naquelas profissões que até há bem pouco tempo, estavam só destinadas a homens), bem como em lugares de chefia e mesmo na política. Hoje, apesar de serem maioria em muitas das profissões mais importantes, a discriminação (já para não falar do crónico problema da inserção sócio-laboral dos deficientes) mantém-se a nível salarial, na segurança do emprego, no rendimento de substituição na doença, na percentagem de desempregados ou nos casos em situação de reforma.



(...)


A linha do tempo no universo musical

Pode-se dizer que a música tem origem nos primórdios da civilização. A palavra Música deriva da arte das musas, numa referência à mitologia grega, verdadeiro marco da antiguidade clássica donde deriva toda a cultura ocidental.


Já na Pré-História, o ser humano comunicava com a ajuda de sinais sonoros recorrendo a paus, ramos, troncos, pedras, osso, etc., para tentar imitar os sons que diariamente ouvia na natureza, incluindo os gritos e cantos emitidos por pássaros e outros animais.


É a partir deste momento singular quando, intencionalmente, o Homem começa a produzir sons que se inicia a longa caminhada da História da Música. Os primeiros vestígios podem-se encontrar nas pinturas rupestres, onde aparecem desenhados os mais antigos apetrechos rudimentares de música, em cerimónias e ritos sociais, na evocação das forças da natureza, no culto dos mortos, na caça e na exaltação à guerra tribal, isto é, seria uma música de carácter mágico-religioso e ritualista. Primeiramente, usaria a voz e outros sons pela percussão de partes do corpo, ex. batendo as mãos e os pés, mas ao longo dos tempos, foi construindo outros utensílios, ex. à base de madeira, para acompanhar essas músicas e danças primitivas, cada vez mais elaboradas de modo, a melhor agradar aos deuses.


Nas primeiras grandes civilizações, a música induzia uma acção positiva em muitas das actividades sociais, outras vezes, era empregue como consolo ou necessidade lúdica.
Um bom exemplo é o Egipto dos faraós, em que a música e a dança acompanhavam de perto a vida do dia-a-dia, sendo a maioria dos personagens mulheres. A harpa, a lira e um género de alaúde eram muito usados, tanto na corte soberana como auxiliar e suporte no trabalho dos campos. A música sendo considerada de origem divina, estaria muito ligada ao culto das múltiplas divindades presentes.



Ao longo dos tempos, a música vai conquistando o seu espaço, com a aquisição de novas ferramentas: o órgão nas igrejas; o alaúde, a charamela (flauta rústica), a cítara, a sanfona, o realejo, a rabeca, o saltério, integrados na música popular profana. É na época dos menestréis e trovadores que se acentua o aperfeiçoamento da escrita musical. Surge na Idade Média, por esta altura, uma mulher notável que se destaca do panorama musical, sendo considerada uma das mais importantes compositoras de todos os tempos, o seu nome Hildegarda, natural de Bingen, uma monja beneditina alemã, mística, filósofa, visionária, escritora (escreve também sobre medicina natural, tratamentos de diversas doenças, alimentação, pedras preciosas, etc.) e compositora, conhecida como a Sibila do Reno. A sua música, preservada ao fim de novecentos anos está hoje disponível em CD, sendo objecto de larga difusão.


Com a Renascença, o homem assume o seu papel de protagonista nas Artes Humanitatis. A Europa inicia assim, uma longa caminhada para a secularização, ou laicização que vai levar ao afastamento da Igreja dos caminhos do poder e do controlo do saber. Até ao século XVI, a história musical progride quase exclusivamente no plano vocal. A música depressa irradia, com a ajuda preciosa da impressão musical. Maddalena Casulana (c.1544-c. 1590), alaudista e cantora do Renascimento tardio, será a primeira compositora a ver a sua obra (essencialmente madrigais) impressa e publicada nos anais da música ocidental.


A transição para o Barroco é um tempo de grande criatividade. A música instrumental apelando a novas sonoridades atinge um nível equiparado à da polifonia vocal religiosa. Há um progresso na prática do fabrico e na arte, com a manufactura de novos instrumentos de corda, tais como: o violoncelo, violino, viola da gamba, de arco e contrabaixo. Muito se deve este aperfeiçoamento, a Antonius Stradivarius, célebre luthier1 italiano. As peças orquestrais adquirem uma dificuldade técnica superior e ganham um renovado e maior esplendor. Os instrumentos de tecla acompanham a mesma evolução e o cravo tal como o violino alcançam o seu estatuto de solista. Surge a Ópera e o Ballet.


Neste tempo, há algumas poucas mulheres que se destacam, entre elas Francesca Caccini (1587-c.1640), mais conhecida, entre outros motivos, por ser a primeira compositora de sempre, a escrever uma ópera (talvez, a figura musical feminina mais importante entre os séculos XII e XIX), e Leonora Duarte (1610-1678), solista, também ela compositora, natural de Antuérpia, duma próspera família de genealogia sefardita portuguesa fugida à inquisição.




A importância e o papel das mulheres na música, dita clássica


“… Desejo mostrar ao mundo, a errónea presunção, tanto como pode a arte musical, de que só os homens possuem os dons da arte e do intelecto e de que estes dons nunca são atributos da mulher… “ (Maddalena Casulana)


Com o Humanismo, a datar dos séculos XIV-XV, a Europa é agitada por um amplo movimento de renovação cultural - o Renascimento, assente na redescoberta e reinterpretação da cultura clássica greco-romana.


As artes começam a centrar de novo, o ideal de harmonia, equilíbrio e beleza no corpo humano. E quem mais, senão a mulher para protagonizar esse modelo e arquétipo de serenidade e perfeição, isto é, a emoção estética do belo. Daqui a sua influência nas ciências e nas artes. A mulher torna-se a musa inspiradora tanto para poetas, músicos e artistas como em poemas (madrigais) e canções. A música passa a fazer parte da sociedade artística e intelectual desse tempo.


Através de pintores como Giorgione, Jan van Hemessen, Caravaggio, Jan Vermeer, Antoine Watteau, François Boucher, Fragonard, a figura feminina começa ser representada muitas vezes em lugar de destaque, cantando ou tocando vários instrumentos.


Até aqui, era crença assente que a mulher não possuía as qualidades emocionais e intelectuais obrigatórias para apreender a luz do conhecimento, sendo até considerada nociva essa mesma aprendizagem, porque podia desviá-la da sua função primacial de mulher e mãe.


Além do mais, as mulheres não eram bem aceites, sendo consideradas pessoas pouco dignas, se fizessem parte como solistas ou intérpretes, em espaços onde ate aí os homens tradicionalmente dominavam, como seriam as orquestras e os salões de ópera, melhor dito, a arte da música estava-lhes vedada como modelo respeitável de profissão. Este espírito vigente, ao atravessar transversalmente toda a história da música, anula a esperança de uma possível carreira, o que explica os poucos nomes que se distinguiram no panorama musical feminino até ao passado século.


Segundo consta, a própria Luísa Todi, já famosa além-fronteiras, ao voltar a Portugal em finais de setecentos, precisou de uma autorização especial, pois por cá, era ainda proibido às mulheres actuar em público. Essa liberdade, só irá verdadeiramente acontecer, em plenitude, na sequência do 25 de Abril.


Com o advento do século XIX e do Romantismo, os músicos tornam-se livres de tutelas, passando a ser também respeitados no seu estatuto profissional, ao adquirir o direito de auferir um salário justo e adequado durante as suas tournées anuais. Alguns passam a ser venerados como as actuais estrelas de cinema e da pop-music.


A mulher começa, gradualmente, a ter um papel mais participativo na música sendo agora, socialmente, melhor aceite, num período de maior liberdade na expressão de paixões e sentimentos. No entanto, as suas próprias composições têm dificuldade em chegar às salas de concerto e as obras quase nunca são publicadas.


Vários nomes sobressaem, numa listagem de mulheres compositoras que viveram nos últimos 250 anos, feita por Diana Ambache (a única mulher da Grã-bretanha, a fundar e a dirigir a sua orquestra clássica de câmara), tais como: Marianne Martinez (1744-1812), Louise Farrenc (1804-1875), Fanny Mendelssohn (1805-1847), Ethyl Smith (1858-1944), Nadia Boulanger (1887-1979), Germaine Tailleferre (1892-1983).


Além destas, é justo sublinhar a pessoa de Clara Schumann - “No que à arte diz respeito, você é suficientemente homem” (Joseph Joachim e o seu pensamento sobre Clara Schumann) -, ela própria proveniente de uma família de músicos, que vai conquistar uma emérita carreira de pianista, concertista e compositora alemã, após estar casada com o grande músico e criador romântico Robert Schumann, até à morte trágica deste num hospício para loucos em 1856. É uma das mais conhecidas intérpretes de sempre, ao mesmo tempo que teve de lutar contra a natural resistência e misoginia do espírito dominante à época - para a mulher estava destinada o cuidar da casa, aprender a bordar e costurar, além da educação dos filhos; aquelas poucas que não professassem num convento, o máximo a que podiam aspirar era dar lições de piano aos filhos das elites.


Com o apoio incondicional do seu amigo de longa data, Johannes Brahms, compõe uma série de peças para piano, orquestra, música de câmara e lieders, sendo uma das mais admiráveis executantes do repertório romântico. É hoje pacífico aceitar como um dos maiores talentos musicais desde o tempo em que viveu.


Já nessa altura e ainda hoje, embora menos, o universo profissional da música tal como uma arte apolínea tem sido dominada pelo homem, o que cria as maiores dificuldades de afirmação à mulher, mesmo que demonstre boas qualidades técnicas e especial sensibilidade interpretativa. Presentemente, o panorama musical está mudar, vendo-se até uma coisa impensável há uns anos atrás, mulheres na direcção orquestral.


E os últimos estudos mostram que as mulheres consomem cada vez mais cultura em relação aos seus parceiros e competidores mais directos, os homens. Lêem mais, são assíduas frequentadoras do teatro, do cinema, e vão mais vezes a museus e exposições e, estão mais atentas às últimas novidades.


1 Derivação da palavra francesa luthier (fabricante de instrumentos de corda), de luth (alaúde) mais o sufixo, -ier. (Dic. António Houaiss).

Seminário de Investigação sobre "Risco, Precaução e Cidadania: A Regulação dos OGM na UE e em Portugal"

A DINÂMIA – Centro de Estudos sobre a mudança socioeconómica, o ISCTE e o Centro de Estudos Sociais (CES),da Universidade de Coimbra, organizam um Seminário de Investigação sobre «Risco, Precaução e Cidadania: a Regulação dos OGM na UE e em Portugal»



Sala B201, ISCTE, Lisboa, 6 de Junho de 2008

O seminário discutirá os princípios e regras, procedimentos e práticas das autoridades reguladoras na UE e em Portugal em matéria de OGM e o modo como procuram responder aos desafios colocados pela incerteza científica, pela controvérsia pública e pela necessidade de coordenação inter-estatal neste



APRESENTAÇÃO

O regime aplicável aos Organismos Geneticamente Modificados (OGM) na União Europeia (UE) ilustra de forma modelar os desafios enfrentados pelas autoridades reguladoras perante inovações tecnológicas que ao mesmo tempo que prometem benefícios económicos e sociais chegam envoltas em incertezas quanto aos seus impactes, o que as torna especialmente propensas a controvérsia. Os OGM têm propiciado por isso um terreno favorável à "invenção" de princípios jurídicos e de modos de regulação originais, questionando conceitos e práticas enraizadas no mundo do direito e das suas instituições.

Por um lado, é elevada, nestas áreas, a exigência de incorporação de conhecimentos especializados no processo regulatório. Por outro lado, é acentuada a pressão social no sentido de conferir uma maior transparência e de garantir uma participação mais activa das partes interessadas e da sociedade civil nesse processo e, em particular, na "gestão do risco". Além disso, a incidência transnacional da produção e comercialização de culturas e produtos transgénicos torna imperativa a cooperação entre os Estados e a acção das organizações internacionais competentes, bem como a clarificação das suas responsabilidades na matéria.

A necessidade de agir em face de conhecimento insuficiente ou incerto sobre os factos relevantes representa um desafio considerável para o regulador e de um modo mais geral para um sistema jurídico no qual a verificação ou prova constituem, por norma e por tradição, a base indispensável quer da activação da regra legal, quer do apuramento da sua (eventual) violação. Do mesmo passo, a amplitude, diversidade e globalidade dos interesses que envolvem esta tecnologia e as suas aplicações convidam as instituições a reconsiderar e porventura a reforçar os mecanismos de informação e participação.

Uma das interrogações que fará por isso sentido colocar será a de saber como é que o legislador europeu vem lidando com a complexidade específica deste campo de regulação, como vem incorporando na linguagem do direito da União Europeia:

i) A incerteza ou margem de ignorância e de indeterminação do risco associado aos OGM;

ii) A função da ciência na avaliação e monitorização do risco e a sua relação com a autonomia decisória das autoridades competentes;

iii) Os factores insusceptíveis de ser apreciados por critérios científicos ou técnicos, ou seja, os valores éticos e culturais e os interesses económicos e sociais;

iv) A controvérsia inerente à introdução desta nova tecnologia.

A regulação europeia dos OGM obedece ao objectivo de aproximar as legislações internas dos Estados Membros de acordo com padrões elevados de protecção ambiental e sanitária. É notória, porém, a tensão entre este esforço de harmonização e coordenação e as diferenças nas dinâmicas do sector agrícola, nas percepções públicas de risco e nos graus de mobilização social de país para país. Portugal surge, neste contexto, como um dos países europeus onde é menor a polémica e a resistência às culturas e alimentos transgénicos. A área cultivada de milho geneticamente tem vindo, no entanto, a crescer. Coincidência ou não, foi em 2007 que pela primeira vez o debate sobre os OGM extravasou dos círculos de especialistas e penetrou o espaço público quando uma plantação de milho modificado foi alvo de destruição por um grupo de activistas.

É este o pano de fundo de um projecto de investigação em curso no quadro do DINÂMIA e do CES, com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Neste estudo se procura analisar criticamente os princípios e regras, procedimentos e práticas das autoridades reguladoras na UE e em Portugal em matéria de OGM e o modo como procuram responder aos desafios colocados pela incerteza científica, pela controvérsia pública e pela necessidade de coordenação inter-estatal neste domínio.

O objectivo do presente Seminário de Investigação é permitir a apresentação e discussão do resultado preliminar deste estudo.


PROGRAMA

9:30 – 10:00 Recepção dos participantes

10:00 – 10:20 Introdução ao Seminário, Maria Eduarda Gonçalves (DINÂMIA – Sec. Aut. Dir. ISCTE)

10:20 – 10:40 "Novas tendências do direito da alimentação", Rui Cavaleiro Azevedo, Sub-director da Unidade "Food Law, Nutrition and Labelling", Comissão Europeia

10:40 – 11:00 Debate

11:00 – 11:15 Pausa para café

11:15 – 11:35 "Risco, precaução e ciência: o exemplo dos OGM", por Maria Eduarda Gonçalves (DINÂMIA – Sec. Aut. Dir. ISCTE)

11:35 – 11:50 Comentário, por Helena Freitas (Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra)

11:50 – 12:30 Debate

12:30-14:30 Almoço

14:30 – 15:00 "Civil society involvement in the EU regulations on GMOs", por Patrycja Dabrowska, Center for Europe, Universidade de Varsóvia

15:00 – 15:20 "Controvérsia, participação e movimento social em Portugal: o caso dos OGM", por Maria Inês Gameiro (DINÂMIA-ISCTE)

15:20 – 15:35 Comentário por Joaquim Gil Nave (Dep. Sociologia, ISCTE)

15:35 – 15:50 Comentário por Marisa Matias (CES, Universidade de Coimbra)

15:50 – 16:10 Pausa para café

16:10 – 16:30 "Desafios e impasses da regulação", por Catarina Frade (CES, Universidade de Coimbra)

16:30 – 16:45 Comentário, por Maria Manuel Leitão Marques (CES, Universidade de Coimbra; actualmente, Secretária de Estado da Modernização Administrativa)

16:45 - 18:00 Debate

18:00 Encerramento



Ver: aqui
Caso pretenda participar, por favor descarregue aqui a ficha de inscrição que, após preenchida, poderá ser enviada para o Dinâmia(ou para o cacifo 239)

Curso de biotecnologia sobre os alimentos transgénicos em Portugal

Biotecnologia - OS ALIMENTOS TRANSGÉNICOS EM PORTUGAL


Este curso pretende abordar questões da actualidade portuguesa relativas aos alimentos e culturas transgénicas: como se fazem transgénicos? Como se distinguem dos outros? Que alimentos os usam? Qual a legislação relevante? Existe risco associado ao consumo? Qual o conhecimento científico? Qual o papel da precaução? Qual o futuro desta tecnologia?



Estrutura :12 horas (4 horas x 3 dias)


Data de realização
De 7 a 9 de Julho, das 15 às 19 h


Local e estruturas a utilizar
UCP, Universidade Católica do Porto ( Campus da Asprela -Sala AF202)

Taxa de inscrição
30 € (5€ para alunos da UCP)


Participantes
Estudantes do ensino secundário ou superior, público adulto


Número mínimo e máximo de participantes
Entre 10 e 25


Docentes
Margarida Silva
(UCP, Escola Superior de Biotecnologia)

Inscricoes:
Campus da Asprela - Serviços de Formação
Rua Dr. António Bernardino de Almeida
4200-072 Porto Portugal
Tel.: +351 225 580 076

Curso de Identificação, Biologia e Conservação de Aves de Rapina (5 a 8 de Junho) em Figueira de Castelo Rodrigo


5 a 8 de Junho de 2008

Curso: Identificação, Biologia e Conservação de Aves de Rapina, 3ª Edição

Figueira de Castelo Rodrigo - Parque Natural do Douro Internacional

INSCRIÇÕES MUITO LIMITADAS - INSCREVA-SE JÁ!



PROGRAMA:

DIA 5 de Junho
LOCAL: Casa da Cultura de Figueira de Castelo Rodrigo

15:00
- Abertura de secretariado, recepção e entrega de material aos participantes
- Apresentação do curso e respectivo programa

16:00 – 19:30: Módulo I (Teórico)
- Sistemática e Taxonomia
- Introdução à Biologia, Ecologia e Genética
- Técnicas de Observação e Identificação
- Quiz de Identificação de Aves de Rapina

20:30 - Jantar em Figueira de Castelo Rodrigo
Dormida: Figueira de Castelo Rodrigo


DIA 6 de Junho
LOCAL (ponto de encontro): Praça da fonte luminosa, Figueira de Castelo Rodrigo. 9:00.


9:00 – 13:00: Módulo II (Teórico-prático)
- Identificação de Aves de Rapina no Campo

- Avaliação da importância de diferentes tipos de Habitats para as diferentes espécies

Itinerário em autocarro intercalado com pequenos percursos a pé (Figueira de Castelo Rodrigo, Vilar Torpim, Vermiosa, Malpartida, Vale da Coelha, Vale da Mula, S. Pedro do Rio Seco, Vilar Formoso, Almeida).
Interpretação de biótopos agrícolas, florestais, agro-florestais, estepários, aquáticos dentro do Planalto de Riba-Côa.

13:00 – Almoço no campo - Largo da Capela de Santo André das Arribas (Almofala)

Participação da população local de Almofala no almoço e actividades da parte da tarde


14:00 - 20:00: Módulo III (Teórico-prático, Aula de Campo)
LOCAL: Arribas do Rio Águeda


- Métodos de Censo e Monitorização de Aves Rupícolas

- Observação e contagem de Grifos em duas colónias importantes (Distribuição em 2 ou 3 grupos)


21:00 – Jantar em Almofala

(Sessão aberta às pessoas da aldeia de Almofala)


Dormida: Figueira de Castelo Rodrigo


DIA 7 de Junho

LOCAL (ponto de encontro): Praça da fonte luminosa, Figueira de Castelo Rodrigo. 9:00.

9:00 – 19:00: Modulo V (Teórico - Prático)
Percurso de autocarro através do Parque Natural de Arribes del Duero (PNAD)

- Continuação de Identificação de Aves de Rapina no Campo

- Contacto com exemplos de problemas de conservação

- Aula de campo sobre o Programa Antídoto - Portugal


Percurso: Figueira de Castelo Rodrigo, Barca d'Alva, Centro interpretativo do PNAD em Sobradillo, Visita Guiada Lumbrales e Vale do Rio Huebra (miradouros), Barragem de Aldeadávila, Penedo Durão


21:00 – Jantar em Escalhão

23:00 - Módulo IV (Prático)
Censo de aves nocturnas

Dormida: Figueira de Castelo Rodrigo



DIA 8 de Junho

10:00-12:00 Módulo VI (Teórico)

Local: Algodres (Junta de Freguesia)

- Apresentações sobre Problemática e Projectos de Conservação de Aves de Rapina no Parque Natural do Douro Internacional
- Projecto Reserva da Faia Brava, ZPE Vale do Côa (Associação Transumância e Natureza)

12:30 – Passeio de Burro e Caminhada na Reserva da Faia Brava, ZPE Vale do Côa (Almoço junto ao rio Côa)
- Observação de aves
- Visita aos principais locais do projecto de conservação de aves rupícolas na Reserva da Faia Brava
- A problemática dos incêndios rurais/florestais

- A importância da agricultura tradicional na conservação da avifauna

17:30 – Regresso a Algodres e Encerramento



www.aldeia.org/portal/PT/5/EID/96/DETID/2/default.aspx

Mais uma loja das aldeias de xisto vai ser aberta em Martim Branco em simultâneo com o Caminho de Xisto


As Aldeias do Xisto são já em número de 24 e estão distribuídas pela Região Centro, num território de enorme beleza.

8 1/2 Festa do Cinema Italiano ( entre 5 e 11 de Junho)


Apresentar obras do novo cinema italiano de autor, reconhecidas pelo crítica e pelo público, e que foram exibidas em reconhecidos festivais de cinema. Este é o objectivo a que se propõe a primeira edição da mostra de cinema 8 ½ Festa do Cinema Italiano, que decorrerá no cinema King, em Lisboa, de 5 a 11 de Junho.



Organizada pela recentemente criada Associação Cultural Il Sorpasso, esta mostra dará ao público português a oportunidade de ver filmes de jovens realizadores italianos, ainda pouco conhecidos em Portugal, a par de nomes internacionalmente consagrados. Com o objectivo de contribuir para o fortalecimento das relações culturais já existentes entre Portugal e Itália, em sintonia e de acordo com as instituições locais, a associaçao Il Sorpasso organiza esta primeira edição da Festa do Cinema Italiano com o Alto Patrocínio da Embaixada de Itália, e em colaboração com o Instituto Italiano de Cultura de Lisboa e a Cinemateca Portuguesa.



A par da exibição de oito de filmes, a 8 ½ Festa do Cinema Italiano contará com a participação de convidados quais Maria de Medeiros, Antonietta De Lillo, Marco Simon Puccioni e Diane Fleri.



Para mais informações: http://www.festadocinemaitaliano.com/


PROGRAMA

Cinema King – 5 Junho – 21h00

ABERTURA DO FESTIVAL

Com a actriz Maria de Medeiros e os realizadores Antonietta de Lillo e Marco Simon Puccioni

Riparo (“Abrigo”) Trailerde Marco Simon Puccioni / Itália, 2007, 98’ – v.o. leg. em pt.
Interpretação: Maria de Medeiros, Antonia Liskova, Mounir Ouadi
Anna e Mara são namoradas, de regresso das férias em Marrocos, descobrem um jovem clandestino no porta-bagagem do carro: Anis. Conta que perdeu os pais e que quer ir para Milão. As raparigas decidem escondê-lo e ajudá-lo. Mas as relações entre os três rapidamente arrefecem…
Antestreia nacional


Il resto di niente (“O Resto de Nada”) Trailerde Antonietta de Lillo / Itália, 2004, 103’ – v.o. leg. em pt.
Interpretação: Maria De Medeiros, Imma Villa, Lucia Ragni
Eleonora Pimentel Fonseca é uma jovem e fervente revolucionária que, em 1799 adere às ideias da Revolução de Nápoles e tenta divulgá-las através de um jornal que utiliza a língua do povo. Mas por azar, para ela e seus companheiros não tardou chegar a repressão dos borbónicos e com ela o patíbulo




6 Junho – 21h30
Com a presença de Diane Fleri

Mio fratello è figlio unico (“Meu Irmão è Filho Único”) Trailerde Daniele Luchetti / Itália, 2007, 100’– v.o. leg. em pt.
Interpretação: Elio Germano, Riccardo Scamarcio, Diane Fleri
Accio, um fascista susceptível é o irmão de Manrico, um comunista fascinante. Entre os dois há um constante confronto numa época de grandes paixões e de agitação social e cultural: os anos '60 e '70. A atracção de ambos para Francesca põe à dura prova a relação conflituosa entre eles, que se distingue pela afeição, sempre presente.
Antestreia nacional



7 Junho – 22h00
La giusta distanza (“A Distância Certa”)
Trailerde Carlo Mazzacurati / Itália, 2007, 110’– v.o. leg. em pt.
Interpretação: Giovanni Capovilla, Ahmed Hafiene, Fabrizio Bentivoglio
Hassan é um mecânico tunisino, Mara é uma jovem professora. Giovanni, amigo deles, tem dezoito anos e é um aspirante a jornalista, testemunha da relação entre eles. Uma história que começa com alguns sinais de inquietação e acaba numa tragédia inesperada. Giovanni vira as costas a Hassan, pois a vida é mais incerta e dolorosa do que parece…



8 Junho – 21h30
La terramadre (“A Terramãe”)de Nello La Marca / Itália, 2008, 120’– v.o. leg. em pt.
Interpretação: actores não profissionais de Palma di Montechiaro
Histórias de duas personagens que têm em comum um destino impossível de gerir e orientar. Gaetano tem que ir à Alemanha com o pai, apesar da sua ligação inexplicável com a terra de origem. Ali é um emigrante clandestino que chegou a Palma por mar, depois de um naufrágio, arrastando o cadáver de uma mulher.

9 Junho – 22h00
Il nascondiglio (“O Esconderijo”) Trailerde Pupi Avati / Itália, 2007, 100’ – v.o. leg. em pt.
Interpretação: Laura Morante, Rita Tushingham, Burt Young
Uma italiana muda-se para Davenport para abrir um restaurante. Mas depois do suicídio do marido terá que ficar internada num hospital psiquiátrico durante quinze anos. Finalmente livre, decide reabrir outro restaurante vindo a saber que naquele mesmo lugar, cinquenta anos antes, tinha acontecido um terrível massacre, ainda envolto num mistério.


10 Junho – 21h30
N (Io e Napoleone) “N (Eu e Napoleão)”
Trailerde Paolo Virzì / Itália, 2006, 110’ – v.o. leg. em pt.
Interpretação: Daniel Auteuil, Elio Germano, Monica Bellucci
1814. Napoleão encontra-se exilado na ilha de Elba e tem uma boa relação com a população local. Todos o adoram menos um: Martino Papucci. Todas as noite Martino sonha matá-lo para vingar os ideais revolucionarios traidos. Quando tem a oportunidade de se tornar escrivão do antigo imperador, aceita sem hesitações...


11 Junho – 21h30
Una ballata bianca (“Uma Balada Branca”)
Trailerde Stefano Odoardi / Itália, 2007, 78’ – v.o. leg. em pt.
Interpretação: Nicola Lanci, Carmela Lanci, Simona Senzacqua
Num apartamento a vida de um casal já de idade desenrola-se como um antigo gira-discos: lenta e mecânica. A mulher não tem muito tempo de vida, ela sofre de uma grave doença. Um belíssimo poema sobre o fim de um amor.




ACTIVIDADES PARALELAS


FESTA DE ABERTURA 8 1/2
4 de Junho às 20h30 no Intermezzo Cocktail Bar - Rua Garret 19 (Chiado) Lisboa

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AL CAFFE' DEL CINEMA ITALIANO
Al caffè del Cinema Italiano é uma viagem sonora na história e memória colectiva de La Bella Itália. Em tom de café concerto o músico italiano Marco Spinetta e a actriz portuguesa Joana Seixas divagam entre as personagens, a música, o cinema e a língua italiana. Um espectáculo intimista, divertido e mágico em homenagem ao cinema italiano.
8 de Junho às 23h00 no Maria Matos Café

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PASOLINI - O CHEIRO DA ÍNDIA / FELLINI - SOU UM GRANDE MENTIROSO
Debate à volta de dois livros recém-editados, da autoria de dois grandes realizadores italianos.
11 de Junho às 19h00 na FNAC Chiado



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FESTA DE ENCERRAMENTO 8 1/2
11 de Junho às 23h00 no Luca Tapas Bar - Rua Santa Marta 35 Lisboa


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8 1/2 FESTA DO CINEMA ITALIANO RECOMENDA:
Noites interculturais no Bacalhoeiro, Sábado dia 24: Itália