14.6.08

O documentário «Via de Acesso» de Nathalie Mansoux sobre as demolições de casas na Azinhaga dos Besouros vai passar hoje à noite no Porto


Este sábado dia 14 de Junho às 22h00 vai passar o Documentário "Via de Acesso" de Nathalie Mansoux (Prémio TOBIS para Melhor Longa-Metragem Portuguesa no IndieLisboa) na sede do SOS Racismo na cidade do Porto.

O Documentário é sobre a demolição na Azinhaga dos Besouros e tem a duração de 82 min

Sede do SOS Racismo no Porto:
Na Rua do Almada, 254, 3º, sala 34
(tocar à campainha do lado direito no 3º direito)

http://sosracismoporto.blogspot.com/





Nathalie Mansoux, de 33 anos, é licenciada em Antropologia pela Universidade Paris X (1999), onde já tinha concluído um Bacharelato em História (1995). Durante a licenciatura, frequentou o curso de Antropologia Social no ISCTE, em Lisboa, à boleia do programa Erasmus, e realizou o trabalho final do curso sobre a revalorização da Baixa Pombalina. Tem formação em Cinema Etnográfico.
O seu trabalho na área do cinema começou em 2002, quando coordenou o Festival de curtas-metragens Os Invisíveis (Centro Cultural e Recreativo Chapitô). Em 2002 e 2003, foi responsável pelas Videotecas do Festival DocLisboa e do Cinéma du Réel (Paris).
Desde 2003 até à actualidade que faz tradução e legendagem de filmes para a Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema. Entre 2005 e 2007, também fez a legendagem de filmes para os festivais DocLisboa e IndieLisboa.
Entre 2002 e 2007, fez a pesquisa e foi assistente de realização para o documentário Ruas da Amargura, de Rui Simões, sobre os sem-abrigo e as instituições de apoio à população marginalizada em Lisboa. No mesmo período, foi operadora de câmara e montagem de vídeos promocionais.
Entre 2005 e 2008, realizou “Via de Acesso”, o documentário de 90 minutos que lhe valeu, agora em Maio, o Prémio para Melhor Longa-Metragem Portuguesa no Festival Indie Lisboa 2008: os últimos habitantes da Azinhaga dos Besouros, na periferia de Lisboa, não têm direito ao realojamento; vivem a demolição do seu bairro, onde no futuro irá ser construída uma via rápida.
Em 2007, realizou “Femmes en Construcción”, um documentário sobre a construção de um centro comunitário para mulheres em Joal-Fadiouth, Senegal (co-produzido por Arquitectos sin Fronteras, Espanha).
No currículo, conta ainda com “Mémoires” (documentário, 2005) e “De Paso por Juchitán”. O último, um documentário de 2001 sobre uma comunidade reivindicativa do Sudeste mexicano (co-produção Callysta productions e CitizenTV) ganhou o Prémio Melhor Documentário no Festival Ovarvídeo 2002 e integrou as selecções do Malaposta 2001 e Vozes Contra El Silencio 2002.

Festejos Sanjoaninos promovidos pela Gesto-cooperativa cultural na Rua dos Cândido dos Reis (no Porto)




Durante 15 dias, a Rua Cândido dos Reis abre-se à cidade com o objectivo de animar a rua com os Festejos Sanjoaninos e, consequentemente, a Baixa do Porto, numa iniciativa da Gesto-Cooperativa Cultural. Um bailarico na noite de S. João, uma tertúlia sobre a relação entre o feminismo e a arte e um desfile de moda são alguns dos eventos programados.
No decurso dos festejos, a artéria estará cortada ao trânsito no fim-de-semana e feriados e nos dias úteis a partir das 20h.

Programa
Sexta (13/06)
Concerto de música africana com o grupo Txkiss (22h00)
DJ Rodrigo Afreixo

Sábado (14/06)
Concerto dos Phist (22h00)

Quinta (19/06)
Performance "A Ordem do A", pelo grupo Sobretudo (22h00)
DJ Rodrigo Afreixo

Sexta (20/06)
Desfile de Moda pela Escola Artística e Profissional Árvore

Sábado (21/06)
Concerto dos Pé na Terra (22h00)

Domingo (22/06)
Concerto dos Zaquelitraques (20 alunos com a gaiteira Teresa Paiva) (16h00)

Segunda (23/06)
Noite de S. João com o DJ Paulo Grave

Quarta (25/06)
Comemoração da Independência de Moçambique (com música, artesanato, debate e mostra da gastronomia do país)

Quinta (26/06)
Concerto dos Plaggio (21h30)
Concerto de Olive Tree Dance (23h00)
Performance "A Máquina do Sexo" (00h00)


Sexta (27/06)
Live act Mamas Baptista (22h00)
Concerto dos NAD (23h00)

Sábado (28/06)
Tertúlia "Arte e Feminismo" (21h30)
Concerto dos Toque de Caixa (22h00)
Dueto Sara Miguel (voz e piano) e Igor Silva (guitarra) (23h00)

Domingo (29/06)
Concerto dos Zelig (21h30)

Manifesto do Colectivo Anarquista Hipátia


http://cah.pegada.net/

Declaração de Princípios

Não temos filiação determinada, mas somos irmãos de todos os que desde os alvores da Humanidade sonharam ser livres entre iguais e diferentes, ajudando a que rompesse uma relação de partilha e amizade entre indivíduos e povos, e de harmonia entre os seres e para com a Terra e o Universo.

Somos órfãos, temos que forjar a nossa própria reflexão, crítica e teórica, a partir da observação atenta, do estudo e do diálogo. Nosso. Ainda que ajudados pelos contributos dos que nos antecederam e dos que nos acompanham com esse sentido crítico e utopia a que aspiramos. Disponíveis para o confronto atento e aberto.

É rico o nosso património, espiritual, difuso e amplo. E só nesse sentido nos sentimos herdeiros. Herdeiros da luta camponesa, da revolta esparquista, das aspirações igualitárias dos milenaristas medievais, da luta dos quilombos, da Comuna de Paris, das revoluções cedo esmagadas na Rússia e Alemanha dos conselhos operários, da rebeldia makhnovista, do espírito libertário de Kronstadt, do México de Villa e Zapata, da Espanha das comunas libertárias, das lutas pela liberdade contra os impérios russo e americano, do Maio 68, da libertação anti-colonial em todo o mundo, do 25 de Abril pós-militar, a contemporânea via zapatista e magonista, e do movimento de resistência ao capitalismo em toda a parte.

Herdeiros da luta das mulheres contra a sua opressão milenar, da luta por uma livre identidade, autodeterminação e orientação sexual.

Herdeiros da luta contra a imposição de um modelo civilizacional embrutecedor mas dito superior, tábua rasa da história e organização social de muitos povos, e da luta contra o preconceito xenófobo e racista.

Herdeiros da luta contra a apropriação privada e a destruição da terra, da água, do ar e dos seres vivos que neles coexistem.

Herdeiros da luta contra a apropriação do nosso pensamento e da nossa energia, contra a normalização mediática, massificadora e brutal, contra a tecnologia ao serviço do império, quer se afirma nuclear, genética, digital, vertiginosa.

Herdeiros da luta contra a resignação em vista da recompensa num qualquer longínquo amanhã, seja ele místico ou político.

Não pretendemos trazer atrás de nós seja quem fora, nem sequer indicar o caminho ou um caminho, antes fazer parte de um processo partilhado e construído em comum, com o contributo controverso e sujeito à prova, da nossa ideia e método, assente no debate colectivo, na decisão por consenso, na experimentação.


Somos anarquistas.




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Manifesto - A comunidade

Vindos de experiências geracionais diferentes, alguns de nós tendo participado na criação de colectivos de cariz libertário e anarquista continuados no tempo que se envolveram em publicações alternativas, iniciativas culturais de carácter crítico, intervenção na área da ecologia, e ocupações de casas e sua autogestão, juntamo-nos hoje aqui.


Contra qualquer via de pensamento único, tentamos contribuir para uma relexão radical face ao vigente, porque não entendemos a vida como ela nos é mostrada através de dispositivos de forma(ta)ção de massas, TVmerda, jornais controlados por grandes grupos de acumulação de capital, com a sua publicidade abusiva e invasora que nos empurra para universos de consumo e alienação - essa lavagem automática diária projectando imagens… instaladas já no cérebro de muitos.

O Estado ou qualquer forma de autoridade coerciva enoja-nos. Sentimos que não é legítimo o exercício do poder de uma pessoa em relação à outra.

O capitalismo democrático (ou não) garante uma sociedade hierarquizada que perpetua as desigualdades sociais, e modos estereotipados e aparentes de vida.

O dinheiro tornou-se a religião com mais devotos, onde tudo vale e se torna circular: ora acumulando mais capital especulativo - tornado mercadoria - ora impondo o consumo de bens, fruto este de infinitas pesquisas por parte de conselhos ciêntíficos dos mercados da superprodução…

O consumo tornado Grande Irmão - o novo Deus - obriga a pôr a crédito a própria alma diariamente e a rezar para que o homem do fraque não apareça.


Por outro lado, o tipo de concretizações/desabafos/actividades que propomos tem em vista a melhor percepção da contemporaneidade, dos fenómenos que nos rodeiam mas que mais parecem realidades autónomas e inacessíveis, essa ideia de Estado, Finança, Religião, todas essas formas edificadas à margem do próprio indivíduo.

Pela conjugação feliz das experiências de várias conjunturas históricas dos companheiros, tentamos pensar no modo mais prazeroso e efectivo de actuar nos dias de hoje.

Curso de Introdução à Alimentação Vegetariana Natural (29 e 30 de Junho e 7/7 na Casa da Horta)


Curso de Introdução à Alimentação Vegetariana Natural
Casa da Horta ? Porto
29 e 30 de Junho, 7 de Julho de 2008
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Domingo, 29 de Junho, das 16h às 19h
2ªfeiras, 30 de Junho e 7 de Julho, das 19h às 23h
Casa da Horta ? Porto
http://casadahorta.pegada.net/entrada/

número limite máx. de inscrições: 7
número limite min. de inscrições: 4

Contribuição (inclui curso completo, refeições e manual): 35 abóboras ou 30 abóboras (para formandos em situação económica comprovadamente desfavorecida)



Inscrições:

Casa da Horta
inscrições@casadahorta.pegada.net

Tlm:
93 7267541

ou
Segredos da Horta (Pedro Jorge Pereira)
93 4476236
ecotopia@tvtel.pt ou
segredosdahorta@gmail.com

http://segredosdahorta.blogspot.com/



Introdução / breve contexto

Ao longo da história, e ao contrário do mito que vai prevalecendo de que o Homem é essencialmente omnívoro, diversas civilizações e algumas figuras particularmente proeminentes da história da humanidade praticavam, por diversas razões, uma alimentação essencialmente vegetariana (p.ex. Leonardo da Vinci, Platão, Socrates, Henry David Thoreau, etc.) ...

Ainda que vivendo numa sociedade onde o consumo de carne é comum e predominante, o vegetarianismo por motivos de ordem ética, ecológica, religiosa e espiritual encontra-se cada vez mais difundido, estando também implícito em novos paradigmas de aproximação da humanidade à Natureza.

O ser vivo (o ser humano) é um ser constituído por uma dimensão biológica, psicológica e espiritual. A nutrição não é pois a mera satisfação de uma necessidade biológica elementar mas, muito mais do que isso, é um processo de transmissão energética e de profundo inter-relacionamento do ser vivo com o meio onde se insere. Logo, daí se depreende que um alimentação que tem por base o sacrifício e sofrimento de milhares de animais tem um enorme potencial de gerar profundas desarmonias desde logo ao nível da própria saúde de quem se alimenta principalmente de carne.

O Vegetarianismo é uma opção cada vez mais válida, éticamente correcta e, em geral, ecologicamente mais sustentável. Conhecê-lo é entrar num fascinante mundo de sabores, paladares e alimentos.

Conhecimento que não se transmite é conhecimento condenado à sua própria extinção.?

Segredos da Horta
Segredos da Horta é um projecto que tem por finalidade a divulgação da ?cozinha vegetariana? nas suas diversas vertentes: nutricional, psico-biológica e filosófica; e consiste, essencialmente, na realização de ?oficinas? práticas de formação no decorrer das quais são transmitidos conhecimentos práticos de confecção e preparação de refeições vegetarianas segundo princípios básicos de uma alimentação natural e saudável.

Segredos da Horta é pois uma nova forma de olhar para a arte da nutrição. É uma nova forma de desmistificar ideias pré-concebidas e dar a conhecer esse mundo tão fascinante que é o da alimentação e nutrição vegetariana. Porque a alimentação vegetariana não é só "comer vegetais" mas sim, e muito mais, uma forma diferente e talvez melhor de estar na vida. Uma forma simples, consciente e deliciosa!


Apresentação
Pedro Jorge Pereira, vegetariano há cerca de 7 anos, na maior parte deles de forma integral (Vegan) é cozinheiro vegetariano profissional desde 2002. Foi cozinheiro no Restaurante Nakité, no Porto, e Daterra, em Matosinhos, e é formador sobretudo no projecto Segredos da Horta. Tem simultaneamente vindo a colaborar e desenvolver vários outros projectos e iniciativas na área da alimentação vegetariana natural e de educação ecológica e social.

A alimentação vegetariana, muito mais do que uma mera opção enquanto regime alimentar, representa uma forma de estar na vida e de encarar a saúde como um todo. Pratico um regime alimentar vegetariano desde há alguns anos e tenho vindo a descobrir no mundo da alimentação vegetariana todo um universo fascinante e repleto de conhecimento. Conhecimento esse que assumo como principal missão dar a conhecer, partilhar e aprofundar. Conhecimento esse que, ao contrário do que dizem diversos mitos pré estabelecidos em relação ao mesmo, é muito simples de desenvolver e colocar em prática no dia-a-dia.?




A alimentação vegetariana, em geral, é uma alimentação ecologicamente mais sustentável, eticamente mais correcta, nutricionalmente mais diversificada e rica e, já agora, sem dúvida a mais deliciosa e atraente!


Oficina
As oficinas a realizar serão compostas por uma breve introdução teórica, na qual serão abordados alguns dos conceitos principais, sendo depois seguidas da componente prática nas quais são preparados e confeccionados diversos pratos vegetarianos.

Durante a parte prática são preparados Menus vegetarianos compostos de entradas, sopa, prato principal e sobremesa.

No final de cada oficina decorre uma refeição onde são saboreados os pratos confeccionados.

Sessão 1 - introdução
Principais motivos para adoptar uma alimentação vegetariana
Diferentes tipos de vegetarianismo
Noções básicas de nutrição vegetariana
Ingredientes / Condimentos básicos numa alimentação vegetariana Natural
Alguns dos princípios mais importantes a seguir numa alimentação vegetariana

Sessão 2 - Menu
Entrada - Hummus de Grão de Bico e pãezinhos de Ervas
Prato principal - Tofu estufado com molho de Cogumelos
Acompanhamento - Arroz Integral e legumes no vapor
Sobremesa - Bolo de Alfarroba

Menu Sessão 3
Sopa - Sopa de Cogumelos e Espinafres
Prato principal - Souflé de Grão com Alho Francês
Acompanhamentos - Quinoa com legumes salteados
Sobremesa - Pudim de Côco


O valor do curso incluí:
- Formação durante a oficina;
- Acessoria posterior em alimentação vegetariana natural para todos os formandos;
- Regalias em oficinas e eventos posteriores;
- Refeições (dois jantares completos);
- Oferta de livro