7.2.06

Nem proliferação, nem guerra nuclear

Acção dos cidadãos pelo desarmamento nuclear


Por uma solução pacífica da crise iraniana através de negociações para o desarmamento integral e universal

Ao mesmo tempo que a Agência Internacional de Energia Atómica entregou o dossier nuclear ao Conselho de Segurança da ONU, mais de 50 parlamentares e mais de 200 associações internacionais de 40 países, entre os quais o Presidente da Câmara de Hiroshima, acabam de escrever ao presidente dos Estados Unidos, ao presidente do Irão e ao primeiro-ministro de Israel a pedir-se para a resolução da crise por via diplomática, excluindo qualquer acção militar.
Pedem ainda às potências que possuem armas nucleares para as não utilizarem em algum caso, e ainda menos invocando o pretexto de impedir a proliferação e contra os países que as não possuem.

Recorde-se que os Estados nucleares. Signatários do Tratado de Não proliferação – Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China – não cumprem o seu compromisso de eliminar os seus próprios arsenais ( ver o Artigo 6 do TNP).
O incumprimento de tais compromissos coloca esses Estados em má posição para exigir aos outros Estados que respeitem o seu e renunciem a fabricar armas nucleares com os meios que eles próprios vendem.
A crise iraniana resulta desta dupla hipocrisia em que certos Estados defendem que as armas nucleares são indispensáveis à sua segurança, mas já não reconhecem essa necessidade relativamente a outros Estados e, por outro lado, ao facto de serem os próprios Estados nuclearizados a exportar tecnologias nucleares que permitem a outros a construção e o fabrico de armas atómicas.

Como se a guerra no Iraque já não fosse uma tragédia, um ataque ao Irão provocaria ainda mais vítimas, e lançaria o Médio Oriente para uma situação ainda pior ao agravar os riscos de represálias e desestabilizar toda a vida mundial.

Para lutar contra a proliferação das armas nucleares, os Estados nuclearizados devem preocupar-se, antes do mais, começar por cumprir os compromissos que eles próprios assumiram, ou seja, em negociar e realizar a eliminação gradual dos seus próprios arsenais nucleares sob um controle estrito e eficaz, como exige o Artigo 6 do Tratado de Não-Proliferação.

Evitar uma nova guerra no Médio Oriente, travar a proliferação nuclear e apelar para o desarmamento nuclear universal é o sentido do Apelo Internacional .

Todos os cidadãos são assim convidados a mobilizarem-se para evitar uma nova guerra, desta feita com recurso a armas nucleares, e a exigir e impor a abolição deste tipo de armas, no cumprimento das normas e dos compromissos assumidos em sede de Direito Internacional.


Acção dos cidadãos pelo desarmamento nuclear.
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