1.1.06
Livre ( poema de Carlos de Oliveira)
Não há machado que corte a raíz ao pensamento
não há morte para o vento
não há morte
Se ao morrer o coração
morresse a luz que lhe é querida
sem razão seria a vida
sem razão
Nada apaga a luz que vive
num amor num pensamento
porque é livre como o vento
porque é livre
Não há machado que corte a raíz ao pensamento
não há morte para o vento
não há morte
Carlos Oliveira ( poeta)
A Galopar ( de Rafael Alberti)
Las tierras, las tierras, las tierras de España,
las grandes, las solas, desiertas llanuras,
Galopa, caballo cuatralbo, jinete del pueblo, al sol y a la luna.
¡ A galopar,
a galopar,
hasta enterrarlos en el mar !
A corazòn suenan, resuenan, resuenan
las tierras de España, en las herraduras.
Galopa, jinete del pueblo,
caballo de espuma
¡ A galopar,
a galopar,
hasta enterrarlos en el mar !
Nadie, nadie, nadie, que enfrente no hay nadie;
que es nadie la muerte si va en tu montura
. Galopa, caballo cuatralbo,
jinete del pueblo
que la tierra es tuya.
¡ A galopar,
a galopar,
hasta enterrarlos en el mar !
Rafael Alberti
las grandes, las solas, desiertas llanuras,
Galopa, caballo cuatralbo, jinete del pueblo, al sol y a la luna.
¡ A galopar,
a galopar,
hasta enterrarlos en el mar !
A corazòn suenan, resuenan, resuenan
las tierras de España, en las herraduras.
Galopa, jinete del pueblo,
caballo de espuma
¡ A galopar,
a galopar,
hasta enterrarlos en el mar !
Nadie, nadie, nadie, que enfrente no hay nadie;
que es nadie la muerte si va en tu montura
. Galopa, caballo cuatralbo,
jinete del pueblo
que la tierra es tuya.
¡ A galopar,
a galopar,
hasta enterrarlos en el mar !
Rafael Alberti
Arte Poética ( poema de Hélia Correia)
Que o poema tenha carne
ossos vísceras destino
que seja pedra e alarme
ou mãos sujas de menino.
Que venha corpo e amante
e de amante seja irmão
que seja urgente e instante
como um instante de pão.
Só assim será poema
só assim terá razão
só assim te vale a pena
passá-lo de mão em mão.
Que seja rua ou ternura
tempestade ou manhã clara
seja arado e aventura
fábrica terra e seara.
Que traga rugas e vinho
berços máquinas luar
que faça um barco de pinho
e deite as armas ao mar.
Só assim será poema
só assim terá razão
só assim te vale a pena
passá-lo de mão em mão.
Hélia Correia
ossos vísceras destino
que seja pedra e alarme
ou mãos sujas de menino.
Que venha corpo e amante
e de amante seja irmão
que seja urgente e instante
como um instante de pão.
Só assim será poema
só assim terá razão
só assim te vale a pena
passá-lo de mão em mão.
Que seja rua ou ternura
tempestade ou manhã clara
seja arado e aventura
fábrica terra e seara.
Que traga rugas e vinho
berços máquinas luar
que faça um barco de pinho
e deite as armas ao mar.
Só assim será poema
só assim terá razão
só assim te vale a pena
passá-lo de mão em mão.
Hélia Correia
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