13.3.09

Zeitgeist day (dia dedicado ao movimento Zeitgeist) vai ser assinalado em Portugal, na Casa Viva, a 15 de Março


Dia 15 de Março é o Z-Day, dia internacional de activismo a propósito dos filmes Zeitgeist e Zeitgeist Addendum, e é assinalado anualmente por todo o mundo. No próximo Domingo irá acontecer em Nova Iorque o evento principal, com live streaming pela internet (ver www.zeitgeistmovie.com ). No entanto, irão ocorrer em todo o mundo, várias iniciativas para divulgar este movimento, inclusivamente em Portugal. A ideia é desencadear uma consciência global sem precedentes, e abrir uma nova possibilidade para a humanidade!
http://reconstruindoamente.blogs.sapo.pt/

Programa do Zeitgeitsday (15 de Março) a ser assinalado na Casa Viva (Praça Marquês Pombal, 167, Porto)


15:00 - Inicio do evento
15:15 - Concerto da banda Xcons (
www.myspace.com/xconsmusic )
16:00 - Projecção do documentário Zeitgeist
18:05 - Concerto da banda Urban War (
www.myspace.com/urbanwarmusic )
19:00 - Projecção do documentário Zeitgeist Addendum
21:30 - Concerto da banda Plus Ultra (
www.myspace.com/soonplusultra )
22:15 - Slideshow digital - Apresentação do Movimento Zeitgeist




Zeitgeist é um termo alemão cuja tradução significa espírito de época ou espírito do tempo. O Zeitgeist significa, em suma, o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo, numa certa época, ou as características genéricas de um determinado período de tempo.


O conceito de espírito de época remonta a Johann Gottfried Herder e outros românticos alemães, mas ficou melhor conhecido pela obra de Hegel, Filosofia da História. Em 1769, Herder escreveu uma crítica ao trabalho Genius seculi do filólogo Christian Adolph Klotz, introduzindo a palavra Zeitgeist como uma tradução de genius seculi (Latim: genius - "espírito guardião" e saeculi - "do século").[1] Os alemães românticos, tentados normalmente à redução filosófica do passado às essências, trataram de construir o "espírito de época" como um argumento histórico de sua defesa intelectual.


Zeitgeist, the Movie é um filme de 2007 produzido por Peter Joseph, que apresenta uma série de teorias de conspiração relacionadas ao Cristianismo, ataques de 11 de setembro e a Banco Central dos Estados Unidos da América (Federal Reserve).[1] Uma versão remasterizada foi apresentada como um premiere global em 10 de novembro de 2007 no 4th Annual Artivist Film Festival & Artivist Awards.[ Zeitgeist:Addendum, uma sequência do filme, foi lançada em outubro de 2008.



O filme é dividido em três seções:
• Primeira parte: "The Greatest Story Ever Told" ("A maior história já contada")
• Segunda parte: "All The World's A Stage" ("O mundo inteiro é um palco")
• Terceira parte: "Don't Mind The Men Behind The Curtain" ("Não se importem com os homens atrás da cortina")


Em 2 de Outubro de 2008 foi lançado um segundo filme, continuação do primeiro, chamado Zeitgeist:Addendum, onde se trata da globalização, manipulação do homem pelas grandes corporações e instituições financeiras, e que apresenta sua visão da solução para o problema.


Estrutura do filme


Primeira Parte: The Greatest Story Ever Told (A maior história alguma vez contada)


A primeira parte do filme é uma avaliação crítica do cristianismo. O filme sugere que Jesus seja um híbrido literário e astrológico e que a bíblia trata de uma miscelânea de histórias baseadas em princípios astrológicos pertencentes a civilizações antigas (Egito, especialmente). A atenção do filme se foca inicialmente no movimento do Sol e das estrelas, fato este que é uma das características das religiões "pagãs" (pré-cristãs). É então apresentada uma série de semelhanças entre a história de Jesus e a de Hórus, o "deus Sol" egípcio que partilha de todos os predicados do messias cristão. Há referência sobre o papel de Constantino na formação da Igreja e seus dogmas.


Segunda Parte: All The World's a Stage (O mundo inteiro é um palco)


A segunda parte do filme foca-se nos ataques de 11 de setembro de 2001. O filme sugere que o governo dos Estados Unidos tinha conhecimento destes ataques e que a queda do World Trade Center foi uma demolição controlada pelo próprio Governo norte-americano. O filme assegura que a NORAD, entidade responsável pela defesa aérea dos Estados Unidos, tinha sido propositadamente baralhada no dia dos ataques com exercícios simulados em que os Estados Unidos estavam a ser atacados por aviões seqüestrados, justamente na mesma área dos reais ataques; mostra dezenas de testemunhas e reportagens que sugerem que as torres ruiram não por causa dos aviões, mas por explosões internas e sabotagens; demonstra as ligações entre a família Bush e a família Bin Laden, parceiros comerciais de longa data, entre outras teorias intrigantes e alarmantes acerca da política mundial actual.


Terceira Parte: Don't Mind The Men Behind The Curtain (Não se importe com os homens por detrás da cortina)


A terceira parte do filme focaliza-se no sistema bancário mundial, que supostamente tem estado nas mãos de uma elite de famílias burguesas que detém o verdadeiro poder sobre todos os países a eles associados, e na sua conspiração para obter um domínio mundial total eles tem modelado toda a mídia e cometido diversos crimes, muitos deles encenações para fins ocultos. O filme denuncia que a Banco Central dos Estados Unidos da América foi criada para roubar a riqueza dos Estados Unidos e também demonstra, como exemplo, o lucro que foi obtido pelos bancos durante a Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial, Guerra do Vietnã, Iraque, Afeganistão, e a futura invasão à Venezuela para obtenção de petróleo e comércio de armamento. O filme descreve a conspiração destes banqueiros, argumentando que o objetivo deles é o controle sobre toda a raça humana através da implantação de um chip localizador e identificador através do qual todas as operações e interações humanas serão realizadas, escravizando por fim a humanidade. Estão secretamente criando um governo unificado, com exército unificado, moeda unificada, e poder unificado, e que servirá apenas aos interesses dessa elite. Segundo o filme, o aspecto mais impressionante disso tudo é que tais mudanças serão aceitas pelo próprio povo naturalmente, pois está sendo manipulado pelos media





O Movimento Zeitgeist não é político. Não reconhece nações, governos, raças, religiões, credos ou classes. Chegamos à conclusão de que estas distinções são falsas e desactualizadas e estão longe de serem factores positivos ao verdadeiro potencial e crescimento humano colectivo. As suas bases estão na divisão do poder e estratificação, e não na união e igualdade, que são nossos objectivos. Embora seja importante entender que tudo na vida é uma progressão natural, devemos também reconhecer que a espécie humana tem a habilidade de retardar drasticamente e paralisar o progresso através de estruturas sociais obsoletas, dogmáticas, e, por conseguinte, em desarmonia com a natureza. O mundo que vemos hoje, cheio de guerras, corrupção, elitismo, poluição, pobreza, epidemias de doenças, abusos aos direitos humanos, desigualdade e crime, é o resultado desta paralisia.

Este movimento é sobre consciencialização, em defesa de um progresso evolucionário fluente, tanto pessoal como social, tecnológico e espiritual. Ele reconhece que a espécie humana naturalmente caminha para a unificação, derivada de um comunal reconhecimento de compreensões fundamentais e quase empíricas de como a natureza funciona e de como nós, humanos, nos adaptamos / somos parte deste descobrimento universal que chamamos de vida. Embora este caminho exista, infelizmente ele está obstruído e é desconhecido pela grande maioria dos humanos, que continuam a perpetuar comportamentos e associações ultrapassadas e, portanto, degenerativas. É essa irrelevância intelectual que o Movimento Zeitgeist espera superar por meio de educação e acções sociais.

O objectivo é revisar a sociedade no mundo de acordo com o conhecimento actual em todos os níveis, não apenas consciencializando sobre as possibilidades sociais e tecnológicas que muitos foram condicionados a pensar serem impossíveis ou contra a “natureza humana”, mas também para fornecer meios de superar os elementos que perpetuam estes sistemas obsoletos na sociedade.

Uma importante associação, de onde muitas das ideias deste movimento derivam, advêm de uma organização chamada “Projecto Vénus”, dirigida pelo engenheiro social e industrial Jacque Fresco. Ele trabalhou praticamente toda a sua vida para criar as ferramentas necessárias para auxiliar no projecto do mundo que poderia eventualmente erradicar as guerras, a pobreza, o crime, a estratificação social e a corrupção. As suas ideias não são radicais ou complexas. Elas não exigem uma interpretação subjectiva de sua formação. Neste modelo, a sociedade é criada como um espelho da natureza, com as variáveis pré-definidas, inerentemente.

O movimento em si não é uma construção centralizada.

Não estamos aqui para conduzir, e sim para organizar e educar.




Objectivos

Os Meios são o Fim

Pretendemos restaurar as necessidades fundamentais e a consciência ambiental da espécie revogando a maioria das ideias que temos de quem e o que realmente somos, juntamente com a ciência, a natureza e a tecnologia (em vez de religião, política e dinheiro) são a chave para o nosso crescimento pessoal, não só como seres humanos individuais, mas como civilização, estrutural e espiritualmente. As percepções centrais dessa consciência são o reconhecimento dos elementos Emergentes e Simbióticos das leis naturais e de como o alinhamento dessa compreensão como base para nossas instituições pessoais e sociais, a vida na Terra transformar-se-á em um sistema que crescerá continuamente, onde consequências negativas sociais como camadas sociais, guerras, preconceitos, elitismo e actividades criminosas serão constantemente reduzidos e, esperamos, venham a deixar de existir no comportamento humano.

Claro que, para muitos humanos, é uma possibilidade muito difícil de se considerar, uma vez que fomos condicionados pela sociedade a pensar que crime, corrupção e desonestidade são “como as coisas são”, que sempre haverá pessoas que querem abusar, ferir e tirar vantagem dos outros. A religião reforça fortemente essa propaganda, já que a mentalidade “nós e eles”, “bem e mal” promove essa falsa suposição.

A verdade é que vivemos numa sociedade que produz escassez. A consequência dessa escassez é que os humanos devem-se comportar de modo a se preservar, mesmo que isso signifique enganar e roubar para conseguirem o que querem. A nossa pesquisa concluiu que a escassez é uma das causas mais fundamentais de desvios de comportamento humano, além de levar a formas complexas de neurose. Uma análise estatística do vício em drogas, da criminalidade e da população carcerária demonstra que a pobreza e condições sociais não saudáveis são parte da experiência de vida das pessoas que adoptam tais comportamentos.

Seres humanos não são bons ou ruins... Eles são o resultado da experiência de vida que os influenciam, e estão sempre mudando, sempre em movimento. A “qualidade” de um ser humano (se existisse algo assim) está directamente relacionada a como foi criado e aos sistemas de crença aos quais ele foi condicionado.

Esse simples fato vem sendo gravemente ignorado, e hoje em dia as pessoas pensam primitivamente que competição, ganância e corrupção são elementos “embutidos” no comportamento humano, e portanto, precisamos ter prisões, polícia e consequentemente uma hierarquia de controle diferenciado para que a sociedade possa lidar com essas “tendências”. Isso é totalmente ilógico e falso.

O xis da questão é que para melhorar as coisas, você fundamentalmente precisa trabalhar nas raízes do problema. O actual sistema de “punição” usado pelas sociedades é ultrapassado, desumano e improdutivo. Quando um assassino em série é preso, a maioria das pessoas faz manifestações exigindo a morte dessa pessoa. Isso está errado. Uma sociedade realmente sã, que entende o que somos e como sistemas de valores são criados, pegaria esse indivíduo e aprenderia sobre os motivos por trás de seu comportamento violento. Essas informações passariam então por um departamento de pesquisa, que consideraria modos de evitar que factos como esse ocorressem através da educação.

É hora de pararmos de remediar. É hora de começarmos uma nova abordagem social, actualizada com os conhecimento actuais. Tristemente, a nossa sociedade é amplamente baseada em determinações e resoluções ultrapassadas e supersticiosas. É importante ressaltar que não há utopias ou conclusões. Todas as evidências indicam infinitas actualizações em todos os níveis. Por sua vez, são as nossas acções pessoais de todo dia que moldam e perpetuam os sistemas sociais que adoptamos. No entanto, paradoxalmente, são as influências do ambiente que criam as nossas perspectivas e, portanto, nossas visões de mundo. Logo, a verdadeira mudança nascerá não só do ajuste de nossas decisões e compreensões pessoais, mas também da mudança das estruturas sociais que influenciam essas decisões e compreensões.

Os sistemas elitistas de poder são pouco afectados por protestos tradicionais e movimentos políticos. Devemos dar um passo além dessas “rebeliões do sistema” e trabalhar com uma ferramenta muito mais poderosa: parar de apoiar o sistema, ao mesmo tempo em que propagamos o conhecimento, a paz, a união e a compaixão. Não podemos “lutar contra o sistema”. Ódio, ira e a mentalidade de “guerra” são um modo ineficaz de obter mudança, pois eles perpetuam a mesma ferramenta que os sistemas de poder corruptos estabelecidos utilizam para manter o controle.

Distorção e Paralisia

Precisamos entender que todos os sistemas são Emergentes e estão constantemente em evolução, juntamente com a realidade de que todos nós estamos Simbioticamente conectados à natureza e uns aos outros de modo simples, porém muito profundo, levando à percepção de que nossa integridade pessoal é equivalente à do resto da sociedade. Então, perceberemos o quão distorcido e invertido é a nossa sociedade actual e como sua perpetuação é a causa maior de sua instabilidade. Por exemplo, o Sistema Monetário é há muito tempo considerado uma força positiva na nossa sociedade graças à sua alegação de que produz incentivos e progresso. Na verdade, o sistema monetário tornou-se um veículo para a divisão e o controle totalitário.

Ele é a expressão máxima do lema “Dividir e conquistar”, pois em seu núcleo estão as suposições de que (1) Devemos lutar uns com os outros para sobreviver (2) Seres humanos precisam de um “estímulo” recompensador para fazer coisas significativas.

Quanto ao Número 1 (Devemos lutar uns com os outros para sobreviver), essa característica da competição no sistema é o que produz corrupção em todos os níveis da sociedade, pois parte do “nós contra eles”. Muitos argumentam que o sistema de “livre comércio” é bom... Mas ele é corrupto nos dias de hoje, graças a políticas ruins, favorecimento, auxílios financeiros, etc. Eles supõem que se um mercado livre “puro” fosse instituído, as coisas seriam melhores. Isso é falso, pois o que você está vendo hoje é o livre mercado em funcionamento, com todas as suas desigualdades e corrupção. Não há lei que vá impedir vendas privilegiadas, conspirações, monopólios, abuso de mão-de-obra, poluição, obsolescência calculada e coisas do tipo... Isso é o que o sistema baseado em competição cria com eficiência, pois é baseado na premissa de tirar vantagem dos outros para obter lucro. Ponto final.

Precisamos começar a abandonar esses ideais opressivos e caminhar em direcção de um sistema projectado para cuidar das pessoas... Não para forçá-las a lutar por sua sobrevivência. Quanto ao Número 2 (“Seres humanos precisam de um ‘estímulo’ recompensador para fazer coisas significativas), essa é uma perspectiva triste e incrivelmente negativa do ser humano. Supor que uma pessoa precise ser “motivada estruturalmente” ou “forçada” a fazer algo é simplesmente absurdo. Lembre-se de quando você era criança e não tinha a menor ideia do que fosse dinheiro.
Você brincava, era curioso e fazia muitas coisas... Por quê? Porque você queria. No entanto, conforme o tempo passa em nosso sistema, a curiosidade e auto-motivação naturais são extirpadas das pessoas, pois elas são forçadas a se ajustar a um sistema de trabalho especializado, fragmentado, quase predefinido para poderem sobreviver. Por sua vez, isso costuma criar uma revolta interior natural nas pessoas devido à obrigação, e foi assim que separamos os momentos de “lazer” e de “trabalho”. A preguiça que aqueles que defendem o sistema monetário (por alegar que ele cria estímulo) não reconhecem. Numa sociedade verdadeira, as pessoas seguem suas inclinações naturais e trabalham para contribuir para a sociedade – não porque são “pagas” para isso, mas porque têm uma consciência maior de que colaborar com a sociedade ajuda tanto a si próprias quanto a todas as outras pessoas. Esse é o estado elevado de consciência que esperamos transmitir. A recompensa por sua contribuição para a sociedade e o bem-estar daquela sociedade... o que, por consequência, é também o seu bem-estar.

Agora, colocando as coisas em perspectiva, é importante entendermos que nosso mundo é actual e inegavelmente conduzido por um pequeno grupo de homens dominadores em altos cargos nas instituições dominantes em nossa sociedade – Negócios e Finanças. O funcionamento do governo é regido pela influência e poder das corporações e dos bancos. O elemento vital é o dinheiro, que na verdade é uma ilusão e hoje tem pouca relevância para a sociedade, servindo como meio de manipulação e desunião num tipo de organização social que gera elitismo, crime, guerras e camadas sociais.

Ao mesmo tempo, as pessoas aprendem que ser “correcto” é o que lhes atribui valor como seres humanos. Este conceito de “correcto” está directamente ligado aos valores vigentes na sociedade. Logo, aqueles que aceitam o apoiam as visões do sistema social são considerados “normais”, enquanto aqueles que discordam são “anormais” ou “subversivos”. Seja isso o dogma de uma tradição social ou o alinhamento com uma religião mundialmente estabelecida, a base é a mesma: o Materialismo Intelectual. Quando percebemos que o conhecimento e, consequentemente, as instituições estão em constante evolução, vemos que qualquer sistema de crença que declare “saber” tudo, sem espaço para o debate, é uma perspectiva errónea. A religião, baseada na fé, é a grande agente de distorção, já que alega ter respostas definitivas sobre as origens mais complexas da humanidade, e isso simplesmente não é possível num universo emergente.

Compreendendo isso, percebemos então que as pessoas que foram condicionadas a aceitar completamente esses ensinamentos estáticos são tão perigosas quanto as Estruturas de Poder Estabelecidas, pois se tornam “guardiãs voluntárias do status quo”. Isso se aplica a todos os sistemas, principalmente ao político, ao financeiro e ao religioso. Uma vez que a identidade das pessoas se associa às doutrinas da ética de um País, Religião ou Empresa, torna-se muito difícil mudá-la, já que sua identidade está misturada às das ideologias que lhe foram impostas. Assim, eles seguem perpetuando a doutrina da instituição, simplesmente para manter sua integridade pessoal como eles a percebem. Precisamos quebrar esse ciclo, pois ele paralisa nosso crescimento não só como indivíduos, mas como sociedade.

Verdade e Transição

Uma vez que nós compreendamos que a integridade de nossa existência como pessoa está directamente relacionada à integridade da Terra, da vida e de todos os outros seres humanos, teremos então um caminho predefinido para nós. Além disso, quando percebermos que são a ciência, a tecnologia e, portanto, a criatividade humana que trazem progresso para nossas vidas, seremos capazes de reconhecer nossas verdadeiras prioridades para crescimento pessoal e social e para o progresso. Posto isso, podemos ver que a Religião, a Política e o sistema de Trabalho baseado em Dinheiro/Competição são modos desatualizados de operação social, e que agora precisam ser abordados e transcendidos. Nossa meta é um sistema social que funciona sem dinheiro ou política, ao mesmo tempo em que permite que as superstições percam terreno à medida que a educação avança. Ninguém tem o direito de dizer ao outro em que acreditar, pois nenhum ser humano tem a compreensão completa de nenhum assunto. Entretanto, se prestarmos atenção aos processos naturais da vida, podemos ver como eles se alinham à natureza e assim nosso caminho fica mais claro. Por exemplo, muitas pessoas estão preocupadas com o crescimento populacional, enquanto comentários assustadores de gente como Henry Kissinger sugerem que seja necessário algum tipo de “redução”. Porém, a pergunta principal continua sendo: o crescimento populacional é tão ruim assim? A resposta é: em uma perspectiva científica, o planeta pode aguentar muito mais pessoas se necessário, desde que haja investimentos em alta tecnologia. 70% do nosso planeta é coberto de água e cidades sobre o mar (um dos muitos projectos de Jacque Fresco) são o próximo passo. Por sua vez, a educação sobre o funcionamento da vida informará às pessoas sobre as consequências de seus interesses reprodutivos, e o crescimento populacional será reduzido naturalmente à medida que as pessoas percebam como elas estão ligadas com o planeta e com sua capacidade de sustentação.

Na verdade, o único verdadeiro “governo” que pode haver é o gerenciamento da Terra e de seus recursos. A partir daí, todas as possibilidades podem ser consideradas. Por isso, é necessária uma unificação intelectual entre os países, pois as informações mais valiosas que podemos ter como espécie são uma avaliação detalhada e completa do que temos nesse planeta. Assim como você avalia o solo e os recursos antes de plantar algo, precisamos fazer o mesmo com o planeta para otimizar aquilo que podemos fazer enquanto espécie, em termos de recursos.

Naturalmente, muitos que analisarem as idéias apresentadas acima vão perguntar: “Como podemos fazer isso, considerando o sistema de valores distorcidos em vigência? Como fazemos essa transição? Essa é a pergunta mais difícil. A resposta: temos que começar de algum lugar. Há muitas coisas que podem ser feitas por uma única pessoa ou comunidade que podem começar a moldar essa visão. O passo mais importante é a educação.

Em 15 de Março de 2009 (o Dia Z, como foi chamado em 2008) haverá uma série de acções mundiais para aumentar a consciência sobre esse caminho sociológico. Nossa esperança é termos encontros regionais em tantas cidades, estados e países quanto for possível. Nós aqui do zeitgeistmovement.com vamos trabalhar para oferecer material em todas as línguas que pudermos, e faremos o possível para ajudar cada subgrupo. Nós nunca pediremos dinheiro. Estamos aqui para ajudar, pois entendemos uma verdade central que está esquecida há muito tempo: quanto mais você dá, mais você recebe.


Zeitgeist Addendum 1/12
(legendado em português)











































Zeitgeist - The Movie - 1 of 13 (Introduction)


Zeitgeist - The Movie - Part 1 of 13



Zeitgeist - The Movie - Part 2 of 13


Zeitgeist - The Movie - Part 3 of 13



Zeitgeist - The Movie - 4 of 13



Zeitgeist - The Movie - 5 of 13


Zeitgeist - The Movie - 6 of 13


ZEITGEIST Full Version - Part 7 of 13



ZEITGEIST Full Version - Part 8 of 13


ZEITGEIST – The Movie 9 of 13



Zeitgeist - The Movie- 10 of 13



Zeitgeist - The Movie- 11 of 13


Zeitgeist - The Movie- 12 of 13


Zeitgeist - The Movie- 13 of 13

Conversa e debate sobre Direito à Habitação, antecedido por filme, promovido pelo GAFFE (grupo a formiga fora da estrada) amanhã (14 de Março, às 18h)

http://blogdogaffe.blogspot.com/


14 de Março (Sábado), às 18h00
no Beco de São Luís da Pena
(entre o Coliseu e a Casa do Alentejo, à Rua Portas de Santo Antão)



Debate sobre o Direito à Habitação com Américo Baptista (Membro da Comissão de Moradores do Bairro das Amendoeiras), Armandinho (Representante dos Moradores do Bairro do Fim do Mundo), Mariana (Participante no Movimento Sem Teto da Baía)

e projecção do filme "Dia de Festa" sobre o Movimento dos Sem Teto



Direito à Habitação

Enquanto os centros das cidades têm milhares de casas vazias, existem pessoas que não têm acesso a um direito elementar – o direito a uma habitação condigna (1). A política do betão, do camartelo e da especulação imobiliária tem imperado nas nossas cidades. “Limpa-se” os pobres dos centros das cidades expulsando-os para as periferias, desenraizando-os, destroem-se as casas e constroem-se condomínios privados como podemos ver no Bairro Alto. Os centros das cidades privatizam-se, espaços como o Grémio Lisbonense e como o mercado do Bolhão no Porto e o Teatro Sousa Bastos em Coimbra são apenas alguns exemplos de espaços que deixaram de servir o interesse público devido a interesses económicos. As construtoras, as imobiliárias e os senhorios têm levado a cabo uma acção concertada de subida do custo de habitação nas cidades, com a conivência das Câmaras. Comprar uma casa ou arrendar uma casa no centro de cidades como Porto, Coimbra ou Lisboa é cada vez mais caro, obrigando milhares de famílias a viver na periferia e a fazer movimentos pendulares diários de horas de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Esta divisão funcional do território dormir numa cidade e trabalhar noutra faz com que horas de vida de milhares de pessoas sejam passadas em transportes para trás e para a frente, em vez de as pessoas diariamente terem tempo para frequentar espaços de encontro, de convívio e discussão com as pessoas do seu bairro. Milhares de pessoas sem abrigo vivem em condições desumanas nas ruas sem um apoio mínimo do Estado, sendo apenas apoiados por associações e grupos que tentam minimizar as suas condições de vida altamente precárias, mas que não resolvem o seu primeiro problema estrutural – não ter direito à habitação.

No Brasil o problema da habitação é mais grave. Milhões de pessoas organizam-se em movimentos fortes com grande impacto na sociedade brasileira. Movimentos como o dos quilombolas, o dos indigenas, o dos sem terra e o dos sem tecto pôem em causa de diferentes formas a propriedade privada. O Movimento dos Sem Tecto no Brasil ocupa prédios que se encontram vazios para tentar resolver o problema da carência habitacional de milhares de famílias. Lutam pelo direito à habitação, levando a cabo uma luta com as mais diversas instâncias políticas, chegando muitas vezes a confrontos com a polícia para defender as casas ocupadas, que, provisoriamente, vão resolvendo o problema da falta de habitação das pessoas até serem expulsos e obrigados a ocuparem outro prédio. O movimento já conseguiu legalizar muitas das ocupações efectuadas.

Através da projecção do filme “É dia de festa” de Toni Venturi e de Pablo Georgieff e do debate Direito à Habitação, o GAFFE (Grupo A Formiga Fora da Estrada) pretende dar um novo impulso à discussão em torno do tema da habitação e procurar novos possíveis caminhos que urgem traçar no que toca à luta pela habitação em Portugal.

Simpósio Identidades Sociais e Diferenciação no ISCTE (20 e 21 de Março) organizado pelo centro em rede de investigação em antropologia (CRIA)

clicar por cima da imagem para ampliar e ler em detalhe

Organização - CRIA (centro em rede de investigação em antropologia)

O Centro em Rede de Investigação em Antropologia é uma unidade de investigação inter-institucional vocacionada para a investigação em antropologia social e cultural.
Em termos funcionais o CRIA está dividido em quarto pólos institucionais, localizados em quarto instituições de ensino superior (ISCTE, FCSH-UNL, FCT-UC, UM). Cada pólo desenvolve de forma autónoma as suas actividades promovendo também actividades conjuntas com outras unidades de investigação e ensino/formação. Os interesses científicos dos investigadores que compõem esta nova unidade de I&D serão agregados em quatro linhas temáticas:

1. “Identidades Sociais e Diferenciação/Social Identities and Differentiation”;
2. “Práticas e Políticas da Cultura/Culture: Practices, Politics, Displays“
3.“Migrações, Etnicidade e Cidadania / Migrations, Ethnicity, Citizenship”;
4.“Poder, Saberes, Mediações/Power, Knowledge, Mediations”.

As linhas de investigação permitem agregar e cruzar os interesses dos investigadores distribuídos pelos quatro pólos institucionais. Assim, promove-se o diálogo e a cooperação entre grupos e entre pólos de forma a criar uma plataforma multi-vocal que permita, por um lado, contribuir para o avanço do conhecimento em cada uma das quatro linhas temáticas e, por outro lado, promover o avanço do conhecimento na antropologia social e cultural de forma alargada.
A Antropologia Portuguesa tem participado de forma activa na revitalização e reorientação estratégica da antropologia internacional, contribuindo para o crescimento exponencial de actividades baseadas em relações institucionais existentes em território nacional, bem como para a cooperação inter-académica a nível internacional (que têm ocorrido sobretudo com instituições congéneres nos EUA, na Europa e no Brasil). Com base nestas relações institucionais pré-existentes, os investigadores que constituem o CRIA pretendem criar uma rede científica capaz de maximizar recursos e capacidades que estavam dispersas e conferir-lhes uma maior profundidade científica a nível teórico, metodológico e temático.
Durante os próximos anos a actividade do CRIA terá como principal objectivo promover o avanço e a internacionalização da Antropologia Portuguesa. Para que este objectivo se possa concretizar definimos como eixos de acção os seguintes:
a) Desenvolvimento de projectos de pesquisa teórica e aplicada;
b) Organização de eventos que promovam o debate científico e a difusão da pesquisa (congressos, seminários e conferências);
c) Edição de publicações científicas que permitam a difusão dos resultados de projectos de investigação a nível nacional e internacional;
d) Organização de cursos e de actividades relacionadas com a formação pós-graduada;
e) Encorajamento da colaboração internacional em rede, no desenvolvimento de projectos e grupos de investigação e de promoção científica;
f) Reforço das relações de cooperação com instituições congéneres, nacionais e internacionais;
g) Acolher estudantes do ensino superior, licenciados e investigadores de pós-graduação nas suas actividades de investigação e contribuir para a sua integração na comunidade científica.

O CRIA pretende ser a principal plataforma em Portugal dedicada à Antropologia Social e Cultural, liderando as actividades de investigação nesta área de estudos, estando organizado de forma a optimizar recursos materiais e intelectuais, e a promover novas oportunidades de pesquisa tanto a nível nacional como internacional.