11.1.13

Ovelhas negras: quanto mais lêem, mais negras se tornam


“I find television very educating. Every time somebody turns on the set, I go into the other room and read a book.”
Groucho Marx
 
 
“My alma mater was books, a good library.... I could spend the rest of my life reading, just satisfying my curiosity.”
Malcolm X

Ser professor é ter orgulho de ser o profissional que fará a diferença para o futuro do país


 
Não é um estudo técnico, é um programa político e uma agenda contra a economia e os portugueses
 
 
Propostas do estudo do FMI pago pelos portugueses e que, apesar dos erros, das informações erradas, desactualizadas, e das conclusões manipuladas, é considerado pelo governo PSD/CDS um «estudo muito bem feito»:
 
- mais de 100 mil desempregados
-cortes nas pensões e reformas
- cortes nos salários
- cortes na educação
- cortes na saúde
- cortes na segurança
 

Compreender a Dívida Pública ou como os bancos privados encontraram uma maneira de obter lucros garantidos



Porque é que o Banco central deixou de emprestar dinheiro ao Estado, deixando essa função nas mãos dos bancos privados?

Não será porque a dívida pública aos bancos privados está condenada a alimentar-se a ela própria, e a não parar de crescer, para garantir lucros fabulosos aos bancos por meio dos impostos pagos pelos cidadãos contribuintes?

Os bancos arranjam assim um meio garantido de se auto-financiar:

 o Estado é obrigado a financiar-se juntos dos Bancos, estes cobram-lhe os juros que lhes mais convém, podendo ser até juros agiotas, e o Estado, por sua vez, para obter receitas, cobra impostos cada vez mais elevados aos contribuintes.

No final, quem fica com a receita fiscal do Estado são os bancos.

A alienação da infância ou como as crianças são castradas da sua alegria e da sua natureza humana

 
 
Já não bastava a alienação dos trabalhadores, nem a dos consumidores, relativamente aos problemas sociais, nomeadamente a exploração e a manipulação a que são sujeitos sob a dominação do sistema capitalista.
 
Assistimos hoje à domesticação em larga escala de toda a população, a começar pelas crianças e jovens que abandonam a realidade social, e a sua própria felicidade pessoal, e rendem-se aos gadgets e à intoxicação mediática dos mass media.

O povo é quem mais ordena - convocação de uma grande mobilização popular para 2 de Março


Várias pessoas que estiveram na origem da manifestação cultural do dia 13 de outubro apelam a todos e todas para que, juntos, tomemos as ruas a 2 de março.
 
Somos todos precisos. Todos e todas: funcionários públicos e do privado, efectivas, contratados, precárias, reformados, pensionistas, estudantes e desempregadas. O Orçamento do Estado para 2013 vai ser posto em prática contra nós. Cortes, penhoras, despejos, despedimentos, dispensas são uma realidade diária, imposta à força, no país em que vivemos. Custe o que custar, dizem. Doa a quem doer, dizem. Mas sabemos que custa sempre aos mesmos, que dói sempre aos mesmos. E que os mesmos somos sempre nós.
 
2013 ainda não começou e já sabemos bem demais o que aí vem, porque a fome já se faz sentir em muitas casas, em muitas ruas, em muitas escolas. A doença e a miséria já matam, aqui e nos outros países reféns da Troika, esse governo não-eleito que continua a decidir o nosso futuro, que continua a condenar-nos os sonhos à morte, o futuro ao medo, a vida à sobrevivência. Gente que ninguém elegeu e que fala já de medidas de contingência para este mesmo Orçamento, que passarão, dizem, por novas baixas nos salários. Pela miséria nossa que lhes traz lucro a eles.
 
Depois de durante quase dois meses sentirmos na pele os efeitos deste Orçamento criminoso e imoral, a Troika regressará ao nosso país a 25 de fevereiro, para a 7ª avaliação do assalto financeiro a que este governo, ajoelhado e sem legitimidade, insiste em chamar “de resgate". Sabemos já de cor o teor das mentiras que dirão: que estamos a cumprir, que vamos no bom caminho, que tudo está como deveria estar. Mas esse caminho, o "bom" caminho no qual estamos e (se deixarmos) estaremos, será, como é hoje, o caminho para o cadafalso, o caminho da fome, da miséria, da destruição total da Constituição da República que este Governo e esta Presidência juraram defender, mas que violam constantemente, sem qualquer dúvida ou arrependimento. Já não fazem nada sequer próximo daquilo para que foram eleitos.
 
Mas nós somos cada vez mais. Somos já muita gente que se recusa a continuar calada. Já mostrámos a força da nossa voz e do nosso protesto. Em Portugal e noutros países, saímos à rua pacificamente, para dizer Basta. E o mundo inteiro ouviu e viu a nossa força. Sabíamos que essas enormes demonstrações de vontade, apesar da sua dimensão, não seriam suficientes, que a luta seria dura e longa e que teria de continuar. A força dos que nos oprimem é cega e obedece a uma rede internacional, para a qual somos apenas um nó insignificante. Mas esse nó é constituído por milhões de pessoas. Pessoas que sentem, pessoas que sofrem, mas que não deixam por isso de pensar, não deixam por isso de saber que têm de agir. Não vamos deixar que se repita a história e que acabemos entregues a regimes totalitários, reféns do ódio, da miséria, da guerra.
 
Por isso, a 2 de Março, unidos como nunca antes, com a força da revolta na voz e a solidariedade nos braços que entrelaçamos, sairemos de novo à rua, todos e todas, para dizer NÃO.
 
Apelamos a todos os cidadãos e a todas as cidadãs, com e sem partido, com e sem emprego, com e sem esperança, para que se juntem a nós. Como apelamos às organizações, aos movimentos cívicos, aos sindicatos, aos partidos políticos, às colectividades, aos grupos informais, de norte a sul, nas ilhas, no estrangeiro, para que saiam à rua e digam BASTA. Faremos de cada cidade, de cada aldeia, de cada povoação, um mar de força e gente, exigindo o fim definitivo da austeridade desumana, a queda do governo e o lançamento das bases para um novo pacto social. Sem troikas, sem políticas recessivas, sem inevitabilidades, sem despedimentos, sem sacrifícios irracionais que já todos percebemos aonde levam: à miséria total, ao fim de toda e qualquer esperança de uma vida digna, ao fim do Estado Social.
 
Usemos o tempo que nos separa desta data para construirmos um caminho, para alertarmos este, para esclarecermos aquela, sem perdermos de vista os nossos objectivos: o derrube total e inequívoco deste governo, o derrube da austeridade enquanto política que, ao contrário do que nos dizem, não funciona. Porque apenas funciona contra nós, contra o povo, contra os povos, quem quer que seja o seu intérprete - troika ou troikistas.
 
Concentremos energias e forças numa mobilização sem precedentes, sabendo que só juntos venceremos.
É preciso união.
Somos precisos - todos e todas nós.
Vamos manifestar-nos na tarde de 2 de Março!
A troika e o governo vão ouvir-nos gritar: O POVO É QUEM MAIS ORDENA!