( canto dos partisanos - resistentes anti-fascistas italianos - na II Guerra Mundial durante a ditadura de Mussolini)
Una mattina mi son svegliato
O bella ciao, bella ciao, bella ciao ciao ciao
Una mattina mi son svegliato
e~ho trovato l’invasor.
Oh partigiano, portami via
O bella ciao, …
Oh partigiano, portami via
che mi sento di morir
E se io moio da partigiano
O bella ciao, …
E se io moio da partigiano
Tu mi devi seppellir
E seppellire lassu~in montagna
O bella ciao, …
E seppellire lassu~in montagna
Sotto l’ombra di~un bel fior.
E tutti quelli che passerano
O bella ciao, …
E tutti quelli che passerano
Te diranno: che bel fior.
E quest’è~il fiore del partigiano
O bella ciao, …
E questo’il fiore del partigiano
Morto per la libertà
Tradução:
Numa manhã me levantei
E o invasor encontrei
Ó partisano leva-me
Que me sinto a morrer
E se eu morrer, partisano
Deves enterrar-me
Enterrar-me lá no alto, no cimo da montanha
Sob a sombra de uma bela flor
E todos os que por lá passarem
Te dirão: que bela flor
É a flor do partisano
Que morreu pela liberdade
6.12.05
330 desempregados todos os dias em Portugal
Ao contrário da tendência europeia, o desemprego em Portugal continua a crescer, pelo menos até 2007. Dados do Instituto Nacional de Estatística revelam uma subida de meio ponto percentual face ao segundo trimestre, situando-se nos 7,7 por cento. O que significa que o desemprego evoluiu, de Julho a Setembro, ao ritmo médio de 330 novos desempregados por dia.
"Prevê-se que a UE crie seis milhões de novos postos de trabalho entre 2005 e 2007." A perspectiva, radiosa, consta das previsões de Outono da Comissão Europeia e estriba-se na expectativa de um bom comportamento económico do espaço comunitário, que espera crescer 1,5 por cento este ano, 2,1 por cento em 2006 e 2,4 por cento em 2007.
Postas as coisas neste pé, Portugal parece fazer parte de outro universo. O desemprego está a crescer "sustentadamente" desde 2002 e, pelo menos até 2007, deverá subir ainda mais, ao arrepio da tendência europeia. A taxa do terceiro trimestre deste ano (2005) divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) deu um salto de meio ponto percentual face ao segundo trimestre, situando-se nos 7,7 por cento, a que corresponderão cerca de 430 mil desempregados, o que significa que o desemprego evoluiu, de Julho a Setembro, ao ritmo médio de 330 novos desempregados por dia (o chamado "desemprego registado", que contempla as inscrições nos centros de emprego do continente e regiões autónomas, ascendia em 31 de Outubro a 484.730 indivíduos.
Também nas previsões de crescimento, a economia portuguesa contraria a UE, devendo continuar até 2007 a crescer abaixo da média europeia, perfazendo um total de seis anos de empobrecimento face aos parceiros da União. Enfim, Portugal deixou, decididamente, de ser o "bom aluno" dos anos noventa, com a economia a crescer acima da média europeia e com baixas taxas de desemprego, para se constituir, no novo século, como o "patinho feio" e um dos fardos com que a União tem de carregar.
Correspondência entre Tolstoi e Gandhi
«Um exame(…) teve lugar, na primavera passada, numa das instituições femininas de Moscovo.O professor (…) e depois o padre presente interrogaram as raparigas sobre os Mandamentos, nomeadamente o sexto. Depois de qualquer resposta correcta a propósito deste último ( «Não matarás»), o padre fazia às vezes uma outra pergunta: o assassinato é sempre, em todas e quaisquer circunstâncias, proibido pela lei de Deus? E as pobres raparigas instruídas na mentira pelos mestres, deviam responder e respondiam assim: « Nem sempre. O assassinato é permitido na guerra e também para castigar os criminosos.» No entanto, uma delas, (…) respondeu peremptoriamente, muito comovida e corando: «O assassinato é sempre proibido, tanto pelo antigo Testamento como por Cristo; e não é só o assassinato, mas todo o mal cometido contra o próximo.» Foi então que o padre teve de se calar, porque a rapariga saíra vencedora.
( Tolstoi para Gandhi a 7 de Setembro de 1910)
«Permita-me que lhe chame a atenção para os acontecimentos que têm ocorrido no Transval, na África do Sul, de há três anos para cá.
Há nesse país uma colónia de indianos ingleses que forma uma população de cerca de treze mil habitantes. As leis privam de certos direitos esses hindus que trabalham há vários anos no Transval: preconceitos tenazes contra os homens de cor e mesmo contra os asiáticos, devidos, em relação a estes últimos, ao jogo da concorrência comercial.
Surgiram conflitos que atingiram o ponto culminante quando há três anos foi votada uma lei que atingia especialmente os trabalhadores vindos da Ásia (…) A submissão a tal lei, não podia estar de acordo, segundo penso, com o espírito da verdadeira religião. Alguns dos meus amigos e eu próprio acreditamos ainda completamente na doutrina da não-resistência ao mal.(…)Os indianos britânicos, a quem explicámos cabalmente a situação seguiram o nosso conselho de não se submeterem à legislação. (…) Cerca de duas mil e quinhentas pessoas deixaram-se prender, algumas já cinco vezes, em nome da sua consciência.»
(Gandhi para Tolstoi, a 1 de Outubro de 1909)
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