22.12.08

Ao lado de um grande homem está por vezes uma grande mulher: faleceu Carol Chomsky


Carol Chomsky, mulher de Noam Chomsky, e tal como este, uma importante figura na linguística, para além de se ter também destacado na área da educação, faleceu ontem em Massachusetts aos 78 anos de idade. Tornou-se conhecida sobretudo pelos estudos realizados com a aprendizagem da linguagem nas crianças.
Carol e Noam conheceram-se muito cedo, e estavam casados há 59 anos.

Segue-se o obituário publicado no New York Times


Carol Chomsky, 78, Linguist and Educator, Dies


Carol Chomsky, a linguist and education specialist whose work helped illuminate the ways in which language comes to children, died on Friday at her home in Lexington, Mass. She was 78.
The cause was cancer, her sister-in-law Judith Brown Chomsky said.


A nationally recognized authority on the acquisition of spoken and written language, Professor Chomsky was on the faculty of the Harvard Graduate School of Education from 1972 until her retirement in 1997. In retirement, she was a frequent traveling companion of her husband, the linguist and political activist Noam Chomsky, as he delivered his public lectures.
Carol Chomsky was perhaps best known for her book, “The Acquisition of Syntax in Children From 5 to 10” (M.I.T. Press), which was considered a landmark study in the field when it appeared in 1969. In it, she investigated children’s tacit, developing awareness of the grammatical structure of their native language, and their ability to use that awareness to extract meaning from increasingly complex sentences over time.


Young children, Professor Chomsky found, could distinguish no difference in meaning between superficially similar sentences like “John promised Bill to shovel the driveway” and “John told Bill to shovel the driveway” — they could not discern who did the shoveling in each case. Older children, she found, could do so automatically, without having been formally taught.

Where earlier investigators had concluded that the acquisition of syntax — the grammatical structure of sentences — is complete by the time a child is 5, Professor Chomsky demonstrated that when it came to syntactically complex constructions, at least, acquisition is far from finished at that age.
Professor Chomsky’s later research focused on children’s acquisition of the written word. In the late 1970s, she developed a technique for helping struggling readers attain greater fluency. She had the students silently read a passage while a tape recording of the passage played along. The process was repeated until the student could read the text fluently, without the tape. The technique, known as repeated reading, has been widely used in classrooms ever since.


Still later, Professor Chomsky turned her attention to educational technology, creating software that develops reading-comprehension skills.

Carol Doris Schatz was born in Philadelphia on July 1, 1930. She married Noam Chomsky, whom she had known since childhood, in 1949. In 1951, she earned a bachelor’s degree in French from the University of Pennsylvania.

In the 1960s, faced with the possibility that her husband would be jailed for his activities in opposition to the Vietnam War, Carol Chomsky resumed her education: a doctorate would be useful should she need to become the sole family breadwinner. Though that prospect did not materialize, she earned a Ph.D. in linguistics from Harvard in 1968.

Besides her husband, the Institute Professor and emeritus professor of linguistics at the Massachusetts Institute of Technology, Professor Chomsky is survived by their three children, Aviva Chomsky, a professor of Latin American history at Salem State College in Salem, Mass.; Diane Chomsky of Mexico City; and Harry Chomsky, of Albany, Calif.; a brother, J. Leonard Schatz of Burlington, Mass.; and five grandchildren.

In a 2001 interview with The Pennsylvania Gazette, the alumni magazine of the University of Pennsylvania, Carol Chomsky contrasted her brand of linguistics — practical, experimental, hands-on — with her husband’s abstract, quasi-mathematical approach:
“It’s a very different sort of ‘linguistics’ from Noam’s pursuits,” she said. “I always have to laugh when people talk about how interesting our dinner-table conversation must be since we’re in the same field.”



Ver ainda:
http://news.infoshop.org/article.php?story=20081221161552160

Mande um email de protesto contra a aliança da ASAE com os partidários dos transgénicos



Se não concorda que a ASAE ponha a dirigir a comissão técnica de avaliação de risco dos transgénicos uma das pessoas que em Portugal mais defende esses mesmos transgénicos, então faça ouvir o seu protesto!


Copie o texto abaixo (pode alterar o que entender) e envie-o para os emails indicados.


Não se esqueça de pôr o seu nome e nº de BI no final da carta. Se possível, faça cópia para o email da Plataforma Transgénicos Fora (info@stopogm.net) para se registar a dimensão do protesto. E, claro, passe este email aos seus amigos e colegas, para que protestem também! O objectivo é atingir cinco mil envios até ao final de Janeiro de 2009. Todos os emails contam!


Título do email:


ASAE - Pedido de demissão da presidente da Comissão OGM


Enviar para:
gmei@mei.gov.pt, gsecsdc@mei.gov.pt, gsea@maotdr.gov.pt, sedrf@madrp.gov.pt, george@dgs.pt, correio.asae@asae.pt, mbdias@asae.pt, belem@presidencia.pt, rvieira@ps.parlamento.pt, ginestal@ps.parlamento.pt, clopes@ps.parlamento.pt, hantunes@ps.parlamento.pt, jalmeida@ps.parlamento.pt, jfao@ps.parlamento.pt, lferreira@ps.parlamento.pt, mjrodrigues@ps.parlamento.pt, antao@ps.parlamento.pt, cpoco@psd.parlamento.pt, hvelosa@psd.parlamento.pt, carloto@psd.parlamento.pt, mpalmeida@psd.parlamento.pt, nunocamarapereira@psd.parlamento.pt, hamaral@pp.parlamento.pt, francisco.lopes@ar.parlamento.pt, al@pcp.parlamento.pt

Texto:

Exmo Sr Ministro da Economia e da Inovação, Doutor Manuel Pinho
Exmo Sr Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Dr Fernando Serrasqueiro
Exmo Sr Secretário de Estado do Ambiente, Doutor Humberto Rosa
Exmo Sr Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Dr Ascenso Simões
Exmo Sr Director-Geral da Saúde, Dr Francisco George
Exmo Sr Inspector-geral da ASAE, Dr António Nunes
Exmo Sr Director Científico da ASAE, Eng Manuel Dias
Exmo Sr Consultor da Assessoria para os Assuntos Económicos e Empresariais da Presidência da República, Eng Sevinate Pinto
Exmo Sr Presidente da Comissão de Assuntos Económicos, Inovação e Desenvolvimento Regional da Assembleia da República, Dr Rui Vieira
Exmos Srs Deputados da Subcomissão de Agricultura, Florestas, Desenvolvimento Rural e Pescas da Assembleia da República (Miguel Ginestal, Carlos Lopes, Horácio Antunes, Jorge Almeida, Jorge Fão, Lúcio Ferreira, Manuel José Rodrigues, Nuno Antão, Carlos Poço, Hugo Velosa, Luís Carloto Marques, Miguel Almeida, Nuno da Câmara Pereira, Helder Amaral, Francisco Madeira Lopes, Agostinho Lopes)


Venho expressar a minha indignação pela nomeação da Doutora Margarida Oliveira para presidente da Comissão Técnica Especializada da ASAE responsável pela avaliação de risco dos alimentos transgénicos. Com efeito, e tal como detalhado no comunicado de imprensa recentemente divulgado pela Plataforma Transgénicos Fora (que reproduzo abaixo), há anos que a Doutora Margarida Oliveira se empenha pessoalmente na promoção dos transgénicos em Portugal, inclusive tomando por eles partido para além do que pode permitir o estado do conhecimento na matéria e desprezando ostensivamente o princípio de precaução inequivocamente consagrado na legislação europeia.

Considero pois que não estão reunidas as condições de independência científica e credibilidade previstas no regulamento da ASAE e que a Doutora Margarida Oliveira deverá ser demitida. Também a restante composição desta Comissão deverá ser revista, já que comporta elementos com perfil semelhante e que não oferecem garantias plenas de isenção e independência. Na ausência destas medidas estará em risco a saúde de todos os consumidores portugueses no que toca à avaliação dos reais riscos dos transgénicos.

Cumprimento e aguardo,
[NOME]BI [nº]



Comunicado de imprensa

Plataforma Transgénicos Fora


Agricultura é o próximo alvo da Autoridade

A.S.A.E. DE BRAÇO DADO COM A INDÚSTRIA DOS TRANSGÉNICOS


Quando se lê o Despacho 30186-A/2008 publicado no Diário da República de 21 de Novembro*1 e se toma conhecimento da nomeação dos presidentes das Comissões Técnicas Especializadas que dão apoio ao Conselho Científico da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), não podemos deixar de ficar perplexos perante a nomeação da Doutora Margarida Oliveira, da Universidade Nova de Lisboa, para a comissão de avaliação de risco dos organismos geneticamente modificados (transgénicos).

Ora, é sobejamente conhecido que a Doutora Margarida Oliveira tem mantido, ao longo da última década, uma intensa e visível campanha pública a favor da introdução dos alimentos transgénicos em Portugal, tendo sido convidada para defender uma posição favorável à utilização desta tecnologia em vários debates sobre o tema. No entanto, segundo o Despacho em causa, espera-se dos nomeados "apoio independente" (vide preâmbulo), isto numa Autoridade que se rege "pelos princípios da independência científica, da precaução, da credibilidade."*2

Como acreditar que a Doutora Margarida Oliveira, que já foi presidente do Centro de Informação de Biotecnologia, uma estrutura financiada pela indústria*3 e que promove a sua adopção em Portugal, vai poder presidir com imparcialidade a avaliações independentes desses mesmos transgénicos?

Como acreditar que a Doutora Margarida Oliveira, que afirma publicamente sobre os transgénicos "são as plantas mais seguras que o consumidor pode consumir",*4 vai de facto dar-se ao trabalho de analisar o seu risco, o qual no seu entender não existe, ou de aplicar o princípio da precaução previsto pela ASAE, que tem vindo a advogar ser desnecessário?
Como acreditar que a Doutora Margarida Oliveira, que entende que a legislação portuguesa "exagera"*5 nas regras para o cultivo de transgénicos, se vai preocupar em considerar seriamente os requisitos nacionais e comunitários?

Como acreditar que a Doutora Margarida Oliveira leve sequer a ciência a sério, quando, ao ser confrontada com uma longa lista de artigos científicos sobre o impacto dos transgénicos publicados por diversos grupos de investigação de todo o mundo, se limita a responder, publicamente e sem qualquer justificação científica, que nada daquilo é verdade?

A ASAE, se pretende ser credível nesta matéria, tem de cumprir o que está previsto no próprio regulamento interno*6 das comissões técnicas especializadas que, no seu artigo 3º, estabelece explicitamente que os seus membros não podem ter "interesses pessoais que possam ser considerados conflituantes com a independência necessária ao exercício das suas funções." Se alguma vez houve exemplo de tal conflito de interesses, ele está patente neste caso de forma explícita e, considerarão alguns, insultuosa para o interesse público.

Se a ASAE o não fizer, cabe ao Sr Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Dr. Fernando Serrasqueiro, fazer cumprir a letra e espírito da lei que rege a Autoridade e convidar a Doutora Margarida Oliveira a sair.

______________________________________________


NOTA - A composição da restante Comissão Técnica (disponível no boletim ASAEnews nº5, em www.asae.pt ) apresenta um enviesamente igualmente inaceitável. Com efeito, a maioria dos elementos que a integram também participa em debates ou defende posições públicas de cariz político a favor da introdução dos transgénicos em Portugal.


2 - Vide http://www.asae.pt (no menu ASAE - Missão, Visão e Valores)




6 - Vide http://www.asae.pt (no menu ASAE - Conselho Científico)



Plataforma Transgénicos Fora é uma estrutura integrada por doze entidades não-governamentais da área do ambiente e agricultura (ARP, Aliança para a Defesa do Mundo Rural Português; ATTAC, Associação para a Taxação das Transacções Financeiras para a Ajuda ao Cidadão; CAMPO ABERTO, Associação de Defesa do Ambiente; CNA, Confederação Nacional da Agricultura; Colher para Semear, Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais; FAPAS, Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens; GAIA, Grupo de Acção e Intervenção Ambiental; GEOTA, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente; LPN, Liga para a Protecção da Natureza; MPI, Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente; QUERCUS, Associação Nacional de Conservação da Natureza; e SALVA, Associação de Produtores em Agricultura Biológica do Sul) e apoiada por dezenas de outras.


Para mais informações contactar info@stopogm.net ou http://www.stopogm.net

A brigada treze e os tiques marcelistas da pseudo-anarca Lurdes Rodrigues

A vassalagem revela uma atitude mental de subserviência, completamente desadequada aos tempos modernos e a uma educação e formação cívica de cidadãos activos, conscientes e reivindicativos, que é próprio das sociedades livres

A propósito da peregrinação de 13 professores ao Ministério da Educação a fim de apoiar o modelo de desempenho da função docente imposto pelo governo xuxialista, transcreve-se abaixo um texto de opinião publicado no jornal A Voz da Póvoa:

A Brigada Treze

A ministra da Educação já provou vezes sem conta que está a mais no cargo, se olharmos para o seu desempenho pelo lado do interesse dos alunos, dos professores e dos pais. Está muito bem onde está, se analisarmos a sua acção pelo lado dos que mandam num Governo que não é mais do que um sinédrio de jagunços ao serviço dos senhores do capital financeiro.

E fazemos esta distinção porque o senhor Belmiro de Azevedo, por exemplo, já manifestou o seu desacordo pela abertura dos cofres públicos aos bancos.

Os cavalheiros da indústria não vão em cantigas e também acham que distribuir dinheiro pelos bancos é um crime. E se há quem pense que os fundos que os bancos vão buscar aos especuladores financeiros mundiais, com o aval do Estado, não vão ser pagos por nós, esperem para ver, quando eles fecharem as portas e forem montar a tenda para outra freguesia.

Mas estávamos a falar da ministra da Educação. Quando já ninguém acredita nela, nem o Menino Jesus, eis que a santa senhora recebeu no seu gabinete 13 professores que lhe foram manifestar apoio à sua política. No tempo da outra senhoria, uns generais carunchosos foram prestar vassalagem ao ditador Marcelo Caetano, estava o regime a cair de podre. Nesta choldra do socialismo cavaquista o melhor que se pode arranjar é uma brigada de 13 professores para apoiar Sócrates e a sua ministra. Isto começa a ir ao fundo.

Texto retirado do
jornal Voz da Póvoa


Bab Sebta: excelente documentário de Frederico Lobo e Pedro Pinho passa hoje na RTP-2 às 23h45. A não perder


“Nós não atravessamos fronteiras, as fronteiras é que se atravessam entre nós”
Graffiti em Ceuta

“Bab Sebta” é um documentário que reúne testemunhos contados na primeira pessoa, dos milhares de africanos que rumam a Norte todos anos, caminhando quilómetros, atravessando desertos, até finalmente chegarem à fronteira com Ceuta - a “Península Fortaleza” e porta para a Europa. Este trabalho realizado por Pedro Pinho, Frederico Lobo e Luísa Homem, e apoiado desde o início pela INDE - Intercooperação e Desenvolvimento, já conta com duas exibições: em Maio no Porto, na Rede Libertaria, e em Lisboa, nos Dias do Desenvolvimento.

O escalar da violência no Bosque de Belniuz (às portas de Ceuta) levou Pedro Pinho e Frederico Lobo (realizadores de cinema) a Marrocos, em 2005. A viagem resultou na descoberta de uma realidade, através dos desabafos partilhados, e desta partilha emergiu a vontade de regressar.

O regresso deu origem a “Bab Sebta”, que escuta os relatos de quem vive na ténue fronteira entre o sonho e a realidade, e conta histórias sobre o seu quotidiano ilustrado por ilusões e desilusões, certezas e expectativas, amores e desamores, de ontem, de hoje, de amanhã.

A persistência de muitos, após detenções e deportações sucessivas junto às fronteiras, pela polícia Marroquina ou Espanhola, reflecte uma força de vontade inabalável. Uma força que procura sobrepor-se, à sede, à fome, aos desertos, às máfias, aos muros de arame farpado, às precárias e muitas vezes trágicas travessias marítimas.

Este projecto, co-produzido pela Gil e Miller e a Paté Filmes, venceu o Concurso de Pesquisa e Desenvolvimento do ICAM (Instituto de Cinema Audovisual e Multimedia) em 2006, bem como foi alvo do co-financiamento da Fundação Gulbenkian e da INDE – Intercooperação e Desenvolvimento, merecendo mais tarde a confiança da RTP2, que garantiu a sua exibição.

Este documentário constitui um instrumento concreto no âmbito do programa da INDE, Migrações e Desenvolvimento: a dupla oportunidade Norte-Sul, na medida em que traz à discussão pública o potencial do Migrante nos processos de Desenvolvimento, tanto no seu país de origem como no país que o acolhe, afinal como uma das frases mais marcantes deste documentário denuncia, “Nós não atravessamos fronteiras, as fronteiras atravessam-se entre nós.”

O documentário "Bab Sebta", realizado Pedro Pinho e Frederico Lobo foi distinguido com o "Marseille Esperance Prize", da 19ª edição do FIDMarseille - Festival Internacional de

Documentário de Marselha.O FIDMarseille decorreu entre os dias 2 e 7 de Julho e contou com a presença de quatro obras nacionais na sua selecção



http://www.babsebta.org/en.html




Partindo de todas as partes de África corre uma multidão de homens invisíveis preparados para atravessar continentes inteiros perseguindo uma ideia eternamente negada àqueles que vivem na periferia – a de uma vida melhor. Enfrentam desertos, máfias, sede e fome até colidir contra um muro de arame farpado ou atravessar uma trágica e precária travessia marítima – os obstáculos que os separam do seu objectivo quase mitológico – a Europa.

O nosso filme parte em contracorrente a este fluxo, dirigindo-se de Norte para Sul em busca dos migrantes que atravessam o deserto – heróis nómadas dos tempos que correm, em luta contra uma abstracção: a ideia de fronteira.

O móbil principal para fazermos este filme foi a abundância ensurdecedora de imagens falhadas sobre este tema. A quase totalidade dos trabalhos que conhecemos perde-se na ilustração factual, no tratamento das pessoas que quer filmar dentro de uma lógica humanitária e caridosa, dedica-se a reproduzir e perpetuar a sua condição de miseráveis, de desfavorecidos, de fugitivos, de clandestinos, de vítimas. Eclipsando a sua existência enquanto aventureiros, viajantes, curiosos, vendedores de fruta fartos de o ser, barbeiros, pais, filhos, amantes, sonhadores ambiciosos, desiludidos, desertores.

O desafio da rodagem foi evitar a busca jornalística das histórias dos outros, mas facilitar os meios e o tempo para que esses outros criem, desenvolvam, revolvam as histórias adormecidas que transportam em si. Histórias contadas na primeira pessoa sobre banalidades do dia-a-dia, sobre o local de partida, a família, o que aconteceu ontem, aventuras, amores perdidos, desilusões, expectativas.

Excertos do filme