IN-DI-VI-SÍ-VEL, POEMA-POLIFONIA DE MÁRCIO ANDRÉ 20 DE ABRIL DE 2009 ÀS 21:45,
NA BIBLIOTECA MUNICIPAL DE BARCELOS
Entrada Livre
Poema-polifonia de Márcio-André para vozes, violino, penduricalhos e processamento electrónico.
Poetas Convidados: João Miguel Henriques, Bruno Santos, Karinna Gulias.
Vídeos: Paula Gaitán.
Apresentação do livro Ensaios Radioativos
Às 10:00 decorrerá na Biblioteca da Escola Secundária Alcaides de Faria - Barcelos, um
workshop de poesia sonora ministrado pelo Márcio-André
Sobre o autor
Márcio-André nasceu em 1978 no Rio de Janeiro. Formado em letras, com mestrado em poética, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é autor dos livros “Movimento Perpétuo”, de 2002, “Cazas”, de 2006, e Intradoxos, de 2007. É co-fundador, editor e ensaísta da revista de arte e literatura Confraria, produzida em parceria com o Sector de Pós-graduação em Letras da UFRJ e a editora Confraria do Vento, da qual é também coordenador editorial. Artista multimídia, desenvolve trabalho performático, no qual toca violino e recita poesia simultaneamente, com o auxílio de sons pré-gravados, projecções de imagens e códigos-fonte, árvores gerativas e plantas baixas. O aprimoramento dessa sua proposta levou-o à criação do projeto-grupo Arranjos para Assobio, de texturas poéticas e realidades experimentais, que, misturando expressão física e oral, projeções, elementos sonoros e cênicos, pesquisa novas formas de leitura da poesia. Colabora com inúmeros periódicos eletrônicos e impressos, sobretudo como tradutor, nos quais já publicou poesia de Gilles Ivain, Serge Pey, Ghérasim Luca, Mathieu Bénézet, Rafael Alberti e Hagiwara Sakutaro. Atualmente, empenha-se em trabalho sistemático de reflexão e caminhadas pelos subúrbios, a fim de consolidar o que denominou “poética das casas” — geopoética que vêm dando fruto a uma série de ensaios a respeito das habitações, dos bairros e das cidades.
Sobre o livro Ensaios Radioativos
Márcio-André reúne neste livro alguns de seus escritos, ensaios, crônicas e entrevistas publicados na internet ao longo do ano de 2008, incluindo a narrativa detalhada de seu recital de poesia na cidade fantasma de Pripyat, em Chernobyl, pelo qual ficou conhecido como poeta radioativo. Os textos debatem questões como leitura, tecnologia, identidade, a cidade e o papel do escritor, além de temas inusitados como os discos de vinil, o Google e o Pânico na TV.
Através do princípio da contaminação radioativa e de uma vivência do absurdo, o autor propõe as delimitações de uma didática livre e sugere, através de reflexões em torno da literatura e da arte, as noções de uma realidade anti-institucional, anti-moralista e anti-estetizante, em prol de uma vida permeada pela obra de arte, mas em que arte e vida só são correspondentes e possíveis se partindo de dentro delas mesmas, nunca de simulacros institucionalizados e dicotomias racionalizantes, como as tradicionais noções de subjetividade e objetividade, ficção e realidade.
Poéticos, irónicos e por vezes polêmicos, estes ensaios radioativos contaminam pela leveza e profundidade - propondo um “pensar através das coisas”.
Comentário de Boaventura Sousa Santos
Márcio-André é, pois, uma voz nova que vive intensamente a violência da cultura, desde o gregos até aos nossos dias, sempre na esperança de nada ser irreversível por nunca ter começado. (...) Este poeta explode dentro de nós com uma doçura indescritível. A sua poesia é uma das mais notáveis da sua geração.
Comentário Walter Salles
De uma originalidade e inventividade luminosas, Intradoxos é a prova de que a poesia brasileira continua a dar sinais de uma surpreendente vitalidade.Ana Cristina César se foi, mas não estamos sós. Márcio-André é uma das vozes mais brilhantes de uma nova jovem geração de artistas brasileiros.
Organização:
ZOOM, associação cultural
Vera restante porgramação para o mês de Abril: