26.11.09

Dia sem compras (Buy Nothing Day) - lista de acções em Portugal para o próximo Sábado ( 28 de Novembro)


Lisboa - Horário da acção:
Concentração / Início da Marcha - Praça da Figueira (Baixa) - 14h
Teatro de Rua - 15h30 - Rua Augusta (cruzamento com Rua da Vitória) - 15h30 até às 16h
Final da Marcha com Teatro - 16h30 - Largo do Camões (Chiado) - 16h30 até ao pôr-do-sol
Com os grupos de percussão: Ritmos de Resistência (samba) e Nação do Bairro (maracatú)

No próximo sábado, 28 de Novembro, é celebrado o Dia Sem Compras. Durante este dia celebrado todos os anos a nível mundial, como um manifesto contra o consumismo desmedido e insustentável tão presente na maioria das sociedades, pessoas de todo o Mundo decidem não comprar nada!

É incentivada a reflexão sobre o modo de consumo na actuais sociedades capitalistas. Promove-se uma postura de consumo responsável, alertando-se a sociedade para a escassez dos recursos naturais e para a necessidade de todos nós, enquanto consumidores, termos consciência da pegada ecológica originada pela produção e transporte dos produtos que temos à nossa disposição nas superfícies comerciais. Defende-se a sustentabilidade do planeta, promovendo o consumo consciente e local, o comércio justo e a reutilização e troca de bens.

O caso do nosso país é ainda mais agudo, pois em Portugal consumimos 3 vezes mais do que o adequado para ter um planeta sustentável, disse-o publicamente o Presidente da Oikos (www.oikos.pt ) em 2007. Pensemos, por exemplo, nos pratos abastados das ementas portuguesas, na comida que se costuma deixar no prato no fim da refeição ou nas acelerações desnecessárias dos carros, que consomem combustível a mais.

Em vários pontos o GAIA (Grupo de Acção e Intervenção Ambiental) promove Acções para o Dia Sem Compras:

No Centro de Convergência do GAIA no Alentejo, nada melhor para assinalar o Dia Sem Compras que uma Feira de Trocas! No próximo Sábado acontecerá uma no Centro Social da Aldeia das Amoreiras, por isso já sabes, se não tiveres o que fazer com um montão de coisas que se estão a amontoar lá em casa, trá-las e pode ser que regresses com um montão de coisas novas!
Dia 28 às 15h, na aldeia das Amoreiras.
Mais informação em http://gaia.org.pt/node/15182

Em Lisboa o Dia Sem Compras é celebrado com uma Marcha a sair da Praça da Figueira às 14h até ao Largo Camões. Vamos passar pela Rua Augusta onde vai ser montado um Teatro de Rua, pela Rua do Carmo e Rua Almeida Garret até ao Largo do Camões onde representaremos de novo uma peça de Teatro do Oprimido. Na marcha praticipam também dois grupos de percussão: os Ritmos de Resistência (percusssão samba) e a Nação do Bairro (percussão maracatú).
Concentração / Início da Marcha – Praça da Figueira (Baixa) - 14h
Teatro de Rua – Rua Augusta (cruzamento com Rua da Vitória) – 15h30 até às 16h
Final da Marcha e Teatro de Rua – Largo do Camões (Chiado) – 16h30 até ao pôr-do-sol
Mais informação em http://gaia.org.pt/node/15181


No Porto está a ser realizado um ciclo de debates e cinema sobre consumismo e alternativas no espaço Casa da Horta. No dia sem compras um grupo de activistas estão a organizar algumas acções de sensibilização que se irão manter em segredo até o dia da acção. Para mais informação sobre o ciclo sobre consumismo e alternativas ver em: http://gaia.org.pt/node/15170

Divulga aos teus contactos!
Contamos contigo!

Convocatória internacional da Acção Climática contra a cúpula COP 15 em Copenhague


Contra a cúpula COP15 em Copenhague em Dezembro de 2009
Convocatória Internacional de Ação Climática

A catástrofe é real e a mudança climática é um dos seus vários sintomas. O slogan inevitável da COP 15, "evitar a crise climática global", é um embuste elaborado para ocultar o verdadeiro propósito da COP 15, ou seja, restaurar a legitimidade do capitalismo global, através da instituição do capitalismo “verde".

Será empregada uma nova retórica "para evitar a mudança climática" para justificar a repressão, as fronteiras fortificadas, e as suas guerras coloniais pelos recursos naturais. Vestir o Imperador com novas roupas.

A nossa resposta a esta mentira é um NÃO firme e absoluto.

Torna-se necessário alterar muito mais que os nossos hábitos em tempo de ócio para sustentar o mundo nos próximos dias. Seria muita tolice depositar as nossas esperanças justamente sobre aqueles que continuam a destruir o planeta por dinheiro.

Em Copenhague, eles vão mostrar a maneira correcta de criar um mercado que transforme a biosfera em mercadoria, e assim em poluição, despejando milhões de pessoas de suas terras para extrair os lucros da destruição do que resta do nosso planeta. Nem os governos nem as corporações sacrificarão seu crescimento para reduzir as emissões de carbono, e só vão fazer isso para criar um novo regime autoritário para si próprios.

A retórica sobre a “crise climática" e da "crise financeira" é uma manobra cínica dos
administradores do Estado para negar a crise geral da chamada civilização. A COP 15 será apenas uma tentativa para esconder a guerra que o capitalismo está avalizando contra todas as formas de vida no planeta.

Uma guerra que abarca a totalidade, incluindo os oceanos e a atmosfera.

No meio da guerra, não há tempo para falar de gestão ou de "soluções técnicas". Não se pode lutar em uma guerra alegando de que essa guerra não existe, cegos pela repressão e transformados em cúmplices ao aceitar a falsa promessa de tranqüilidade pequeno burguesa. No entanto, reconhecemos o inimigo. Fixamos uma posição. Lutar!

Só livrando-nos daqueles que dizem nos representar e derrotando a ideologia do crescimento econômico infinito, da produção industrial e de consumo, podemos assumir o controle de nossas vidas e do planeta.

É hora de declarar: atacaremos minuciosamente as estruturas que apóiam a COP 15. Irromperemos nas fileiras da sua polícia, recusaremos negociar com os governos beligerantes e os meios de comunicação que lhes são funcionais; nos negaremos a acompanhar as ONGs vendidas e todos os líderes do protesto, rechaçaremos todos os governos e todas formas de decisões governamentais, não só para deslegitimar aos atuais governos.

É a hora de dizer por que pensamos que a insurgência é necessária para começar realmente a mudar as coisas para as quais estamos tão desesperados. Através de um esforço conjunto em oposição contra os detentores do poder, podemos obter uma primeira visão global, tanto acerca
da riqueza quanto das oportunidades possíveis, quanto idéias, experiências e conceitos compartilhados por pessoas de todas as partes do mundo.

Às Brigadas Internacionais!

À Guerra Social, não caos climático!

Mais infos:
http://nevertrustacop.org/



Entre Seattle e Atenas, 10 anos de Revolta



Entre Seattle e Atenas, 10 anos de Revolta
Documentários a projectar na livraria-bar Gato Vadio no próximo dia 29 de Novembro, no Domingo à noite:

This Is What Democracy Looks Like
55 m.
Documentário independente sobre as acções de protesto em Seattle, em 1999, durante o encontro da Organização Mundial do Comércio.

DECEMBER 2008 - THE REVOLT (Grécia)
Contains 150 minutes unpublished visual material, reports and photos from the events of December 2008.

Documentário «Agostinho da Silva - um pensamento vivo» passa na livraria-bar Gato Vadio (dia 29/11 à tarde)




Agostinho da Silva - um pensamento vivo
Documentário, 80min, 2006. Portugal/Brasil
Direção: João Rodrigo Mattos
Sinopse
Marcado pelo gosto do paradoxo, pela independência e inconformismo das idéias e por invulgares dons de comunicação oral e escrita, a figura ímpar de Agostinho da Silva desenha–se num singular misto de sábio, visionário e homem comum, no qual o pensamento e a vida se indistinguem.


Gato Vadio, livraria-bar
Rua do rosário, 281 – Porto
telefone: 22 2026016

Agostinho da Silva-Um Pensamento Vivo – Trailer



"São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem."

Agostinho da Silva, in 'Cartas a um Jovem Filósofo'

Este documentário, produzido pela Alfândega Filmes, segue o percurso biográfico de Agostinho da Silva, um dos mais paradoxais pensadores portugueses do século XX.
Ao longo de 79 minutos, o realizador brasileiro João Rodrigo Mattos percorre todas as cidades e regiões por onde o filósofo português passou, entre Portugal e o Brasil.
O documentário reúne numerosos depoimentos de pessoas das esferas cultural, social e política, tais como Manoel de Oliveira, Caetano Veloso ou Mário Soares.
É uma excelente oportunidade para conhecer melhor um pensador livre e inconformado, que tem sido relegado para um plano marginal no panorama cultural português, talvez por sempre ter andado à margem do convencional.



Agostinho da Silva (Porto, 13 de Fevereiro de 1906 — Lisboa, 3 de Abril de 1994), foi um filósofo, poeta e ensaísta português. O seu pensamento combina elementos de panteísmo, milenarismo e ética da renúncia, afirmando a Liberdade como a mais importante qualidade do ser humano. Agostinho da Silva pode ser considerado um filósofo prático e empenhado através da sua vida e obra, na mudança da sociedade.
George Agostinho Baptista da Silva nasceu no Porto em 1906, tendo-se ainda nesse ano mudado para Barca D'Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), onde viveu até aos seus 6 anos, regressando depois ao Porto, onde inicia os estudos na Escola Primária de São Nicolau em 1912, ingressando em 1914 na Escola Industrial Mouzinho da Silveira e completando os estudos secundários no Liceu Rodrigues de Freitas, de 1916 a 1924.

Dono de um percurso académico notável, de 1924 a 1928, cursou Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, tendo concluído a licenciatura com 20 valores. Após concluir a licenciatura, começa a escrever para a revista Seara Nova, colaboração que manteve até 1938.

Em 1929, com apenas 23 anos, defende a sua dissertação de doutoramento a que dá o nome de “O Sentido Histórico das Civilizações Clássicas”, doutorando-se “com louvor”.

Em 1931 parte como bolseiro para Paris, onde estuda na Sorbonne e no Collège de France. Após o seu regresso em 1933, leciona no ensino secundário em Aveiro até ao ano de 1935, altura em que é demitido do ensino oficial por se recusar a assinar a Lei Cabral, que obrigava todos os funcionários públicos a declararem por escrito que não participavam em organizações secretas (e como tal subversivas). No mesmo ano, consegue uma bolsa do Ministério das Relações Exteriores de Espanha e vai estudar para o Centro de Estudos Históricos de Madrid. Em 1936 regressa a Portugal devido à iminência da Guerra Civil Espanhola.

Cria o Núcleo Pedagógico Antero de Quental em 1939, e em 1940 publica Iniciação: cadernos de informação cultural. É preso pela polícia política em 1943, abandonando o país no ano seguinte (1944) em direcção à América do Sul, passando pelo Brasil, Uruguai e Argentina, no seguimento da sua oposição ao Estado Novo, na altura conduzido por Salazar.

Em 1947 instala-se definitivamente no Brasil, onde viveu até 1969. Em 1948, começa a trabalhar no Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro, estudando entomologia, e ensinando simultaneamente na Faculdade Fluminense de Filosofia. Colabora com Jaime Cortesão na pesquisa sobre Alexandre de Gusmão. De 1952 a 1954, ensina na Universidade Federal da Paraíba (em João Pessoa (Paraíba)) e também em Pernambuco.

Em 1954, novamente com Jaime Cortesão, ajuda a organizar a Exposição do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo. É um dos fundadores da Universidade de Santa Catarina, cria o Centro de Estudos Afro-Orientais, e ensina Filosofia do Teatro na Universidade Federal da Bahia, tornando-se em 1961 assessor para a política externa do presidente Jânio Quadros. Participou na criação da Universidade de Brasília e do seu Centro de Estudos Portugueses no ano de 1962 e, dois anos mais tarde, cria a Casa Paulo Dias Adorno em Cachoeira e idealiza o Museu do Atlântico Sul em Salvador.

Regressa a Portugal em 1969, após a doença de Salazar e a sua substituição por Marcello Caetano, que deu origem a alguma abertura política e cultural do regime. Desde aí continuou a escrever e a leccionar em diversas universidades portuguesas, dirigindo o Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade Técnica de Lisboa, e no papel de consultor do Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, (actual Instituto Camões).

Em 1990, a RTP1 emitiu uma série de treze entrevistas com o professor Agostinho da Silva, denominadas Conversas Vadias. Uma outra entrevista, até ao momento não publicada, conduzida por António Escudeiro e chamada Agostinho por si próprio, fala sobre a sua devoção ao Espírito Santo.

Faleceu no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, no ano de 1994.

Um documentário sobre o próprio, intitulado Agostinho da Silva: um pensamento vivo, foi realizado por João Rodrigues Mattos, e lançado pela Alfândega Filmes, in 2004.

Agostinho Da Silva é referenciado como um dos principais intelectuais portugueses do século XX. Da sua extensa bibliografia, destacam-se o livro Sete cartas a um jovem filósofo, publicado em 1945.

Lançamento do livro Boomerang de Pedro Eiras na livraria-bar Gato Vadio ( dia 28 de Nov. às 22h.)



Lançamento do livro Boomerang, de pedro eiras.
Apresentação por joão miguel teixeira lopes, com pedro eiras e antónio preto.
Livro da Colecção o rato da europa, das edições pé de mosca.
na livraria gato vadio,
rua do rosário, 281, no porto.
Sábado, 28 de novembro, às 22 h.

boomerang. 27 postais. sobre a europa ou os seus fantasmas. poderia ter sido um livro mas afinal é um trânsito. ir e vir. escrita sobre a escrita sobre a escrita. recuo histórico. e depois sobre o presente: desafiar a miopia. aceleração do tempo. 27 vezes, menos uma, porque há sempre o imponderável. ensaios postais crónicas relatórios de leitura. acordos e desacordos. para desmontar perder dispersar.

Pedro eiras
nasceu em 1975. é professor de literatura portuguesa na faculdade de letras da universidade do porto. Desde 2001, publicou livros de ficção (anais de pena ventosa, estiletes, os três desejos de octávio c.), teatro (antes dos lagartos, passagem, um forte cheiro a maçã, recitativo dos livros do deserto, as sombras, um punhado de terra), poesia (arrastar tinta) e ensaio (esquecer fausto, a moral do vento, a lenta volúpia de cair). com esquecer fausto, ganhou o prémio PEN clube português de ensaio em 2006. tem peças de teatro encenadas e publicadas em diversos países: portugal, frança, grécia, eslováquia, roménia, brasil.

apresentação da colecção o rato da europa
direcção de antónio preto

o rato da europa apresenta-se como uma colecção de textos inéditos, onde se pretende desenvolver, através dos mais variados géneros, ângulos de abordagem, pontos de vista e subterfúgios, uma reflexão alargada, não só sobre o lugar de portugal na europa como, também, sobre a relação de portugal com a europa. se o primeiro problema que se coloca é, desde logo, o de tentar perceber se as duas coisas são ou não a mesma coisa, se este confronto é ou não uma antinomia, outras questões, que daqui decorrem, passarão forçosamente pela aferição das taxas de câmbio entre representações, pela afinação da balança comercial das identidades, pela identificação do que continua a ser contrabando, pela revisão das fronteiras de um horizonte europeu que se define por aquilo que propõe ou que se funda naquilo que rejeita. é, pois, urgente saber se chamamos europa a um acordo de boa vizinhança, que nos permite ir a bruxelas pedir um raminho de salsa para a tortilha, se a europa é um diálogo, uma abertura, uma construção colectiva, se é a europa um projecto político comunitário ou um conjunto de normas sanitárias e de directrizes para a calibragem de maçãs, se a europa das cruzadas é, hoje, pátria de cavaleiros que se batem pela democracia ou terra de vilões dispostos a tudo pilhar em nome da mesma democracia, se o velho continente se transformou ou não num shopping vigiado, onde os cidadãos se confundem com os consumidores, ou se europa é, afinal, o nome do arame farpado que estendemos ao longo do mediterrâneo.
na era das low cost, numa altura em que já ninguém vai comprar caramelos a espanha, desafiámos alguns escritores a partilharem connosco as suas ideias e inquietações. feitas as malas, a viagem inicia-se com boomerang, de pedro eiras: um conjunto de 27 textos sobre as representações da europa na literatura portuguesa do século XIX até ao presente.
a próxima paragem aparecerá muito em breve.

antónio preto
emigrado há três anos em frança, onde realiza um doutoramento em letras, artes e cinema (na universidade paris 7) sobre a adaptação cinematográfica de textos literários em manoel de oliveira, publicou recentemente manoel de oliveira: o cinema inventado à letra, 11.º volume da colecção arte contemporânea público serralves. paralelamente, tem publicado crítica e ensaio em diversos jornais, revistas e catálogos em portugal, frança e brasil, participado em inúmeros colóquios, conferências e seminários, programado mostras de cinema mais ou menos clandestinas, como a reposição – o cinema em trás-os-montes (2007), e colaborado em projectos performativos, como a récita-atentando a carbonária (2008), com ana deus e joão sousa cardoso. é um dos mais assíduos clientes da cinemateca francesa e da piscine des amiraux.


http://oratodaeuropa.blogspot.com/
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A Cooperativa Pé de Mosca surge como plataforma cultural e social que, através do Design, das Artes Gráficas e da Formação se propõe criar projectos singulares e revestidos de uma forte dimensão social e pública. Assim, a Pé de Mosca privilegia o desenvolvimento de objectos de Design inclusivos e participativos, a colaboração com criadores de outras áreas de actuação e uma relação estreita entre o lado material e imaterial do Design.