30.1.08

Nos 60 anos da morte de Mahatma Gandhi

Passam hoje 60 anos que Gandhi foi assassinado pelo dogmatismo religioso e pelo fanatismo nacionalista. Aquele que levou a Índia à independência do império britânico tombava às mãos de quem desconhecia a tolerância, a convivência entre povos e o respeito mútuo que devem pautar as relações entre povos e culturas.

Para saber mais sobre Gandhi:
aqui, aqui, aqui


O dia escolar pela paz e pela não violência


Por iniciativa do educador, poeta e pacifista de Mallorca, Llorenç Vidal, assinala-se no dia em que morreu Gandhi, a 30 de Janeiro, o dia escolar pela paz e pela não-violência.. Há 60 anos Gandhi morreu, mas também há 60 anos se aprovou a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Numa altura em que assistimos ao relançamento armamentista e à desmultiplicação de exércitos e de guerras torna-se imperioso revitalizar e difundir a cultura da paz e da não-violência por todo o lado, a começar pelas escolas e pela educação dos mais jovens.


Mahatma Gandhi

Parte 1



Parte 2


Parte 3


Parte 4/


Parte 5


Pelo direito à cultura e pelo dever de cultura em Coimbra!

Ler e subscrever o documento:
http://amigosdacultura2008.blogspot.com/

130 personalidades divulgam documento a contestar a política cultural da Câmara de Coimbra



Centro e trinta cidadãos de Coimbra, ligados aos meios culturais, académicos e políticos, contestam a acção cultural da Câmara Municipal num documento que apresentado na passada quarta-feira, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV).

Intervieram na conferência de imprensa, às 11:00, no café-teatro do TAGV, José Reis (professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e ex-secretário de Estado do Ensino Superior), Manuel Portela (director do Teatro Gil Vicente) e João Maria André (encenador da
companhia Bonifrates e antigo director do mesmo teatro).

Segundo os promotores da iniciativa, o documento "Pelo direito à cultura e pelo dever de cultura!" vem na sequência de um outro, intitulado "O saneamento básico da cultura", com que um conjunto de cidadãos de Coimbra se pronunciou, em Dezembro de 2005, "sobre a importância da política cultural no desenvolvimento da cidade".

"Este é um primeiro passo para a condenação da política cultural na cidade", declarou hoje à agência Lusa o encenador João André, professor de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Nos dois últimos anos, desde que foi divulgado o anterior documento, então assinado por 60 pessoas, "a situação não só não melhorou, como em alguns aspectos agravou-se de uma forma preocupante", disse.

Em 2005, o grupo de subscritores - que desta vez, segundo João André, "se alargou a outros sectores de opinião" de Coimbra - criticou a política cultural da Câmara Municipal, designadamente os cortes orçamentais para esta área, que estariam na altura "a ser alvo de um
ataque cerrado" da autarquia.

"Recusamo-nos a pactuar, com o nosso silêncio, com a humilhação" do TAGV, Escola da Noite e "todos os agentes que têm prestado um serviço público na cidade de Coimbra" no domínio cultural, afirmou, em Dezembro de 2005, o professor universitário Carlos Reis, que subscreveu o primeiro abaixo-assinado.

João André disse hoje que o núcleo promotor do primeiro documento manteve-se, no essencial, e foi alargado para 130 nomes.

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Pelo direito à cultura e pelo dever de cultura!


Em Dezembro de 2005, um conjunto de sessenta cidadãs e cidadãos de Coimbra manifestou publicamente a sua preocupação com a forma como estava a ser conduzida a política cultural da Câmara Municipal. Num documento intitulado “O saneamento básico da cultura”, chamava-se a atenção para dois aspectos fundamentais: o corte de 60% nas verbas destinadas à cultura no orçamento para 2006 e a falta de respeito por alguns dos agentes culturais da cidade, evidenciada nas expressões com que os responsáveis autárquicos a eles se referiam e nas suas atitudes reveladoras de uma visível e ofensiva falta de cultura democrática. Alertava-se para o péssimo prenúncio que tal comportamento configurava para o seu segundo mandato que então se iniciava.

Dois anos depois, as piores expectativas foram ultrapassadas. Coimbra é hoje uma cidade amarfanhada do ponto de vista cultural, que só não se tornou absolutamente insignificante a nível nacional graças à actividade que, no limiar da sobrevivência, os poucos agentes culturais que ainda restam conseguem ir desenvolvendo. A Câmara Municipal já não se limita a não apoiar devidamente a actividade cultural que aqui é feita; assume-se, pelo contrário, como um elemento dificultador e tendencialmente destruidor do potencial de criação artística que a cidade possui e que é uma das suas principais mais-valias.

O orçamento aprovado para 2008 é apenas o exemplo mais facilmente quantificável desse comportamento da autarquia. As verbas para a cultura sofreram um novo corte de 3 milhões de Euros, sendo hoje menos 80% do que em 2004. O investimento público na cultura atingiu, assim, o grau mais reduzido e insignificante. Uma cuidada análise do orçamento revela que as verbas com que este pulmão de vida e de cidadania de uma sociedade democrática e participativa deveria ser contemplado nem sequer atingem o limiar da simples manutenção. E os discursos com que os responsáveis autárquicos pretendem justificar-se, iludindo as questões e distraindo os munícipes, não passam de um mar de contradições, demonstrando um vazio total de ideias sobre o papel da cultura no desenvolvimento da cidade e no exercício da cidadania. Não há plano estratégico cultural a curto, médio e longo prazo para a cidade de Coimbra e para o seu município, não há definição de objectivos, não há definição nem quantitativa nem qualitativa de resultados a atingir, não há planificação dos recursos a mobilizar, não há definição nem de dinâmicas internas a desenvolver (sobre a cultura na cidade e no concelho), nem de dinâmicas externas a incentivar (sobre a ligação cultural de Coimbra a Portugal, à Europa e ao Mundo). Não há política de construção, de gestão e de programação de espaços culturais, quer para espectáculos de dança, música e teatro, quer para exposições de artes visuais, excepto se se considerar que a omissão e a alienação dessa capacidade de programação a entidades exteriores a Coimbra é uma forma de política. O programa e o regulamento de apoio à actividade cultural das colectividades já não é cumprido desde o ano das eleições autárquicas. Há, em contrapartida, uma asfixia dos recursos e dos agentes culturais e há um desbaratar do património constituído, numa demonstração paralisante de mediocridade e provincianismo, bem patente na falta de condições e dignidade com que é desenvolvida na Casa da Cultura uma parte significativa das suas actividades, entre o átrio das casas de banho transformado em espaço de exposições e uma garagem imunda e sucessivamente inundada a servir de entrada para um teatro-estúdio que só o esforço do grupo nele instalado consegue manter em funcionamento. As intersecções da cultura com a educação e o ensino e a política de bibliotecas, de arquivos e de promoção da leitura têm sido praticamente ignoradas em termos de planificação e algumas iniciativas avulsas não escondem a falta do investimento político nestas áreas.

Quem acredita que a Câmara Municipal fez algum esforço para ser Capital Europeia da Cultura, quando o investimento que está disposta a fazer nesta área é cada vez menor? Quem acredita que este executivo quer efectivamente instalar um novo Teatro Municipal no Convento de São Francisco, quando nem sequer consegue dar condições mínimas ao Centro de Artes Visuais e ao Teatro da Cerca de São Bernardo, recusando-se a pagar as despesas com a electricidade? Que incentivo sentirão os novos grupos e criadores (na área do teatro e da música, por exemplo) se a desastrosa gestão dos espaços municipais que existem continua a arredá-los de qualquer possibilidade, sequer, de partilharem um espaço? Que tipo de programação cultural se pode esperar, quando a Câmara deixou de ter qualquer protocolo com o TAGV, a principal sala de espectáculos da cidade e deixou cair ou abandonou os principais eventos que colocavam Coimbra na rota da cultura em Portugal?

Que tipo de política cultural se pode esperar de um executivo que insiste em amesquinhar publicamente os agentes culturais da cidade, denegrindo a actividade que desenvolvem, forçando-os a assinar protocolos que ameaçam a sua própria subsistência, procurando virá-los uns contra os outros e utilizando-os para acções de auto-homenagem? Chegou-se a um ponto em que, mais do que qualquer outra prerrogativa, é respeito aquilo que se reclama: respeito pelos que se dedicam à actividade cultural neste concelho – pelo seu direito à vida, à liberdade, à capacidade de acção; respeito pelo direito à cultura de uma cidade que se quis capital cultural do país e que se diz ser cidade do conhecimento; respeito pelo dever de cultura de quem, também em nosso nome, vai tendo a responsabilidade de a governar.

Em resposta às críticas que têm sido feitas, encontramos sempre duas linhas de argumentação: a do vereador da Cultura, que nas suas crónicas semanais de crítica aos “intelectuais” insiste na mais que ultrapassada dicotomia entre “cultura popular” e “cultura de elites”, agarrado a conceitos que já só fazem sentido na sua cabeça; e a do presidente da Câmara, que reserva para si próprio o anúncio dos “grandes projectos” e o facilitismo das acusações ao “discriminador” governo central, num exercício de auto-vitimização que se tornou slogan.

É manifestamente muito pouco para seis anos de mandato. É manifestamente muito grave nos efeitos que produz sobre a dinâmica e a oferta para quem vive nesta cidade. E é sobretudo muito triste que Coimbra continue espartilhada nesta forma de encarar a actividade cultural e a criação artística e amarrada a uma tão grande incompreensão sobre o papel destas actividades no desenvolvimento das pessoas e da comunidade.

Por isso tomamos esta posição pública. Para dizer que já chega. Para mostrar que não aceitamos com naturalidade a redução sistemática das verbas destinadas à cultura. Para apelar a uma urgente inversão de rumo, antes que seja demasiado tarde e Coimbra perca em definitivo qualquer possibilidade de se afirmar como o pólo cultural de referência que, para além dos rótulos balofos e das placas de auto-estrada, pode efectivamente ser.

Coimbra, 23 de Janeiro de 2008.

Abílio Hernandez, Adérito Araújo, Adília Alarcão, Adriana Bebiano, Albano da Silva Pereira, Alexandra Teles Monteiro, Alexandre Alves Costa, Alexandre Ramires, Amílcar Cardoso, Ana Cristina Macário Lopes, Ana Pires, André Ferrão, André Granjo, António Andrade, António Arnaut, António Augusto Barros, António Dias Figueiredo, António Jorge, António José Martins, António José Silva, António Marinho Pinto, António Sousa Ribeiro, António Tavares Lopes, Augusto Monteiro Valente, Boaventura de Sousa Santos, Carlos Antunes, Carlos Ascenso André, Carlos Fiolhais, Carlos Fortuna, Carlos Madeira, Carlos Reis, Catarina Martins, Claudino Ferreira, Conceição Berardo, Cristina Janicas, Cristina Martins, David Cruz, Deolindo Pessoa, Desirée Pedro, Eliana Gersão, Elísio Estanque, Emanuel Brás, Eneida Nunes, Ernesto Jorge Costa, Eugénia Cunha, Fátima Carvalho, Fernando Catroga, Fernando Martinho, Fernando Matos Oliveira, Fernando Meireles, Fernando Taborda, Francisco Allen Gomes, Francisco Amaral, Francisco Paz, Francisco Queirós, Gonçalo Barros, Gonçalo Luciano, Helder Wasterlain, Helena Faria, Helena Freitas, Henrique Madeira, Inês Borges, Isabel Calado, Isabel Campante, Isabel Craveiro, Isabel Cristina Pires, Isabel Maria Luciano, Joana Castanho Sobral, Joana Monteiro, João Bicker, João Curto, João Figueira, João Maria André, João Mesquita, João Miguel Lameiras, João Paulo Dias, João Paulo Janicas, João Pinto Ângelo, João Ramalho Santos, João Silva, João Vaz Silva, Joaquim Gomes Canotilho, Joaquim Machado, Jorge Alarcão, Jorge Pais de Sousa, Jorge Ribeiro, José Alberto Monteiro Gabriel, José António Bandeirinha, José Augusto Ferreira da Silva, José Bernardes, José Dias, José Faria e Costa, José Manuel Costa, José Manuel Pureza, José Miguel Gonçalves, José Reis, José Vieira Lourenço, JP Simões, Lúcio Cunha, Luís Januário, Luis Lobo, Luis Martinho do Rosário, Luis Quintais, Luís Reis Torgal, Luis Sousa, Luisa Lopes, Manuel Guerra, Manuel Portela, Manuel Rocha, Manuela Cruzeiro, Margarida Mendes Silva, Margarida Paiva, Margarida Viegas, Maria Helena Caldeira Martins, Maria Irene Ramalho, Maria João Seabra, Maria Manuel Almeida, Maria Manuela Vaz de Carvalho Berardo, Mário Montenegro, Mário Nogueira, Marisa Matias, Natércia Coimbra, Nuno Patinho, Nuno Porto, Nuno Rilo, Ofélia Libório, Osvaldo Silvestre, Paula Abreu, Paulo Abrantes, Paulo Bernaschina, Paulo Corte-Real, Paulo Fonseca, Paulo Furtado, Paulo Mora, Paulo Peixoto, Pedro Dias da Silva, Pedro Hespanha, Pedro Medeiros, Pedro Rodrigues, Ricardo Seiça, Rita Marnoto, Rita Marquito, Rui Bebiano, Rui Cunha Martins, Rui Damasceno, Rui Lobo, Rui Namorado, Rui Pena Reis, Rui Valente, Serafim Duarte, Sílvia Brito, Sofia Lobo, Susana Lobo, Susana de Matos Viegas, Susana Paiva, Teresa Portugal, Teresa Santos, Tiago André, Toni Fortuna, Vasco Pinto, Vital Moreira, Vitor Torres.

Clube dos Pinguins às 3ªs feiras no bar Pinguim (R. do Belomonte 67, Porto)

"Uma colónia de seres que se une para partilhar algo mais do que a vida do dia-a-dia - as paixões que nos movem e comovem..."



Nascido há poucos anos atrás a partir da simples ideia de em vez de se andar a emprestar filmes, livros e muitas outras paixões, encontrar-mo-nos regularmente e partilhar de uma só vez com toda a gente.
O Clube dos Pinguins é isso mesmo, um clube de partilha de paixões.

Aberto a todos e com regras muito simples, reune todas as terças-feiras às 23h no Pinguim Café e, em cada sessão há uma pessoa a partilhar uma das suas paixões.

Como todos são, felizmente, diferentes, as paixões partilhadas têm sido muitas e as descobertas também. Poesia, Cinema, culinária, Pesca, Física, Bioquímica, música, restauro, etc...


A cada terça-feira a surpresa acontece!


Querem mais motivos para aparecer?

Ver também

Apresentação do livro Mágoa das Pedras de Joaquim Castro Caldas no Clube Literário do Porto ( 31 de Janeiro às 18h)


Se há algum sentido na escolha da palavra coragem para adjectivar a poesia ela aplica-se sobretudo a Joaquim Castro Caldas, homem de muitos ofícios que desde sempre e em múltiplas geografias optou por uma vida verdadeiramente livre que se confunde com as palavras que lhe assomam.

Que tenha a forma de livro é esta a regra do jogo. Deste e de outros que distribuía em locais de uma verdadeira deriva experimental que o autor, felino, frequenta. Como ele diz, «escrevo à mão a quem se debruça ainda nas líricas impressas como as árvores curvadas sobre os lagos de água da chuva, marcando o livro com indisciplina, a quem ainda chira atinta, raízes e barro, a quem usa o romantismo para aliviar o tremor dos homens...».

O Clube Literário do Porto fica na
Rua Nova da Alfândega, 22 4050-430 PORTO
Telefone 222 089 228

Joaquim Castro Caldas é um poeta de acção: além de se ser declamador e actor, percorre as escolas do país para animar as aulas com a novidade das palavras.
Lisboeta de nascença, este poeta de 50 anos veio parar ao Porto para fazer uma pequena revolução no espectro das tertúlias de poesia
Na cidade do Porto, no Pinguim Café, o poeta Joaquim Castro Caldas, aproveitou a maré do filme "Clube dos Poetas Mortos" para iniciar em 1990 as suas "2as feiras líricas", encontros informais em que fundamentalmente se lia poesia mas também se faziamm performances e outras maluqueiras´.

Manifestação dos "milionários oprimidos" junto à sede do BCP (1 de Fevereiro às 13h na Rua Augusta, Lisboa)


MOMO - Movimento dos milionários oprimidos

Manifestação no dia 1 de Fevereiro, às 13h, Rua Augusta, Lisboa junto à sede do BCP

Traz o teu melhor fato escuro e gravata
( não vão os senhores do BCP pensar que tu trabalhas)



Quem acumula merece melhor
São negócio sujos, mas sempre foi assim!


Queres ir a Bora-Bora?
O teu Porsche já tem dois anos e queres um novo?
O Jacuzzi da tua mansão não funciona?

Faz como o Paulo Teixeira Pinto!
Ganha 2 milhões de contos ,e ainda 7 mil contos por mês. este é o mínimo para começar uma velhice condigna aos 47 anos!
Vem falar com o BCP!


Os recentes apelos, completamente irresponsáveis e despropositados, ao cumprimento da lei e à perseguição dos milionários e seus serventuários constituem um inaceitável ataque à economia de mercado e uma séria ameaça à acumulação capitalista em Portugal

Portugal, excepto nos anos ditatoriais de 1974 e 1975 em que tivemos que fugir, sempre foi um bom exemplo de liberdade e um paraíso para os ricos, os especuladores e os acumuladores capitalistas.

Além disso Portugal sempre gozou da fama de ser um paraíso fiscal. O controlo social da actividade dos milionários seria uma regressão civilizacional: um país que não admite a manutenção dos privilégios dos milionários e dos capitalistas, que não permite a livre acumulação das grandes fortunas, é um país condenado.

Aparece e vem dizer BASTA!
Colocamos Portugal no último lugar da Europa
Colocamos Portugal no grupo dos países com maiores desigualdades sociais!


Depois de toda esta obra feita, exigimos respeito!
Quem explora e lucra, merece continuar assim!
Queremos liberdade para continuar a explorar e lucrar!




Os 5 maiores bancos lucraram mais de 2.000 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2007, mais 13% que em igual período de 2006. Lucraram cerca de 8 milhões de euros por dia. O Banco Espírito Santo foi o que mais cresceu, com um aumento de cerca de 60%.Um dos factores que explica o aumento dos lucros dos bancos tem que ver com a subida em 11,8% das comissões cobradas aos clientes.

Denúncia das negociatas entre a hierarquia do Estado e os grandes grupos económicos

Marinho Pinto, o bastonário da Ordem dos Advogados disse hoje que se “fazem negócios de milhões com o Estado”, cujo objecto são bens do património público, “quase sempre com o mesmo restrito conjunto de pessoas e grupos económicos privilegiados”.


“Muitas pessoas que actuam em nome do Estado e cuja principal função seria acautelar os interesses públicos acabam mais tarde por trabalhar para as empresas ou grupos que beneficiaram com esses negócios”, afirmou António Marinho Pinto no discurso de abertura do Ano Judicial, que decorreu no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa.


Na mesma linha das polémicas declarações proferidas sexta-feira e que levaram o procurador-geral da República a abrir um inquérito, o bastonário insistiu que “há pessoas que acumularam grandes patrimónios pessoais no exercício de funções públicas ou em simultâneo com actividades privadas, sem que nunca se soubesse a verdadeira origem do enriquecimento”.


No entender de Marinho Pinto, todos estes factos provocam “um sentimento generalizado na sociedade portuguesa de que o sistema judicial é forte e severo com os fracos, e fraco, muito fraco e permissivo com os fortes”.


Utilizando o exemplo das cadeias, onde a esmagadora maioria dos reclusos não tem recursos, o bastonário apresenta como contraponto “uma criminalidade de colarinho branco que se pratica quase impunemente na sociedade portuguesa”.


Fonte: jornal Público

Crónica de Manuel Antónia Pina sobre o que se vai passando em Portugal ou… como só não vê quem não quer ver

Crónica de Manuel António Pina, publicada no Jornal de Notícias de 29 de Janeiro de 2008

Revelou o "Sol" que uma sociedade "off shore" comprou, em 7 de Dezembro passado (quando já eram conhecidas por alguns "happy few" bem colocados as conclusões do LNEC sobre Alcochete), uma herdade na zona onde vai ser construído o novo aeroporto por 250 milhões de euros (6,52 euros o m2).

Imagine-se quanto passou a valer o terreno quando, um mês depois, o Governo divulgou a escolha, que, pelos vistos, os sócios da tal "off shore" (que, como os encapuzados que financiaram o estudo da CIP, são anónimos) já conheciam. Evidentemente que nunca haverá, no caso, prova de coisa nenhuma, muito menos de tráfico de influências.

O bastonário deve, pois, calar-se sobre o assunto, já que, não podendo ordenar escutas, realizar buscas, interrogar suspeitos ou inquirir testemunhas, não terá "provas" para apresentar. Também o ex-vice-presidente da Câmara do Porto, Paulo Morais, não tinha "provas". Nem o general Garcia dos Santos, que denunciou a corrupção na JAE, onde, apesar de uma auditoria ter revelado que "voaram" 108 milhões de contos, nunca se descobriram "provas" contra ninguém.

Hoje, em Portugal, só aparecem "provas" quando um Silva qualquer furta uma pasta de dentes num supermercado. As leis penais e processuais penais aprovadas pela AR encarregam-se disso.

Evocação da revolta do 3 de Fevereiro de 1927 no Porto contra a ditadura fascista

A 3 de Fevereiro de 1927 eclodia no Porto uma revolta militar de cariz repúblicano -participado por sectores civis armados -anarco-sindicalistas da antiga CGT, grupos anarquistas, comunistas e outros - contra o regime saído do "28 de Maio", de 1926.
A cidade do Porto, cercada pelas tropas do governo, começou a ser bombardeada do lado de Gaia. Sob a ameaça de bombardeamento ainda mais intenso, pesado, com obuses, esboçaram-se duas posições: uma, a dos chefes políticos e militares republicanos (o chamado "reviralho"), de RENDIÇÃO; outra, a dos sectores civis, sobretudo dos libertários e dos comunistas, de um ATAQUE à baioneta contra as baterias governamentais da Serra do Pilar (Gaia)que invertesse a situação -até porque o movimento estava a ser secundado em Lisboa.
A pretexto de que "isso seria um banho de sangue", os chefes republicanos do Porto decretaram a rendição...

O que se seguiu foi a repressão violentíssima da revolta -com fuzilamentos sumários e deportações para as prisões em África - que naturalmente se abateu sobretudo sobre os sectores civís armados.

Assinalando os 81 anos destes episódios -que constituíram a primeira grande acção de resistência contra a ditadura saída do 28 de Maio - e no sentido de não deixar branquear a MEMÓRIA HISTÓRICA SOCIAL (e a LIBERTÁRIA tampouco), a Terra Viva!AES através de duas das suas iniciativas, a "OFICINA DE HISTÓRIA VIVA" e o "Círculo de Estudos Sociais Libertários", vai levar a efeito as seguintes acções:


-sábado 2 de Fevereiro, 15 h. Praça de Batalha

Recriação histórica da "Trincheira da Morte" e percurso a pé da "Trilha do 3 de Fevereiro" (entre a Rua 31 de Janeiro e as Fontaínhas) com canções e trajes e adereços dessa época e distribuição de informação à população sobre os acontecimentos históricos.


-sexta 7 de Fevereiro, 21 h.na Terra Viva!AES (R.Caldeireiros, 213, à Cordoaria)

Sessão de Informação/debate "O 3 de Fevereiro de 1927:um primeiro "25 de Abril" falhado ou outra coisa?..."
Inclui audição do registo de depoimento de um participante, o anarco-sindicalista Manuel Reis (falecido em 2000).

Conta-se para estas duas actividades com o apoio e participação de
outros colectivos libertários bem como do Núcleo do Porto do
Movimento Cívico "NÃO APAGUEM A MEMÓRIA"

Em defesa dos residentes do bairro do fim do mundo ( em Cascais), vamos todos escrever ao Capucho!

APELO: VAMOS TODOS ESCREVER AO CAPUCHO!

No passado dia 22 de Janeiro a câmara de Cascais, ajudada pela policia de choque, demoliu 12 casas. Estão previstas mais demolições em Fevereiro.

As mulheres e os homens solteiros ou que vivem longe da sua família não têm direito a nada.

Para as mulheres, trabalhadoras das limpezas, foi lhes dito que iam ser alojadas por alguns dias numa pensão e que tinham de ir procurar depois um sitio para morar.
Para os homens, trabalhadores da construção civil, que vivem durante a semana no sitio das obras, disseram-lhes que tinham-se que desenrascar…
Cortaram a luz e a água em alguns sítios do bairro.
A proposta do Prohabita apresentada pelas técnicas do PER é brincar com a cara dos moradores, vistas as exigências absurdas na documentação exigida para se candidatar ao programa.
A Câmara de Cascais passou por cima dos moradores e simplesmente não os atente para uma nova reunião.

Mais 11 casas serão demolidas em Fevereiro, porque as obras do “Centro Paroquial Património dos Pobres” não podem atrasar! Que Igreja é esta que, para construir um parque social, expulsa as pessoas das suas casas.

Os moradores das Marianas e do Fim do Mundo estão a lutar.


Enviem uma carta de protesto à Câmara com suas denuncias e perguntas


A câmara vai ter que responder


Contactos da Câmara de Cascais:
gab.municipe@cm-cascais.pt


Fax Presidente da Câmara de Cascais
Sr. António Capucho: 00351 2148-31228



PARA CONSTRUIR UMA IGREJA MANDAM AS PESSOAS PARA A RUA!

Contra as demolições sem realojamento

A CÂMARA DE CASCAIS CONTINUA A DEMOLIR AS CASAS NO BAIRRO DO FIM DO MUNDO.

OS MORADORES SAO DESALOJADOS à FORCA.
NÃO TEM ALTERNATIVA DE HABITAÇÃO.

AS RENDAS SAO CARAS, OS SALÁRIOS BAIXOS
ENQUANTO A ESPECULAÇÃO ESTA A SER
APROVEITADA PELOS GRUPOS IMOBILIÁRIOS.


TRABALHAMOS PARA CONSTRUIR PORTUGAL
E DESTROEM AS NOSSAS CASAS.


CAPUCHO, VIVES NUMA MANSÃO
E DEITAS AS NOSSAS CASAS NO CHÃO!


Juntos na luta.




Direito à habitação
Habitação para todos

Estudantes do Secundário organizam-se contra o novo modelo de gestão escolar e os directores nas escolas (encontro dia 9 de Fevereiro)

Directores, não queremos NÃO Senhor!


Não ao novo modelo de Gestão Escolar!


Naquilo que consideramos ser um dos Maiores atentados ao Ensino Verdadeiramente Público e democrático, o Governo Socialista vem depois de sucessivas medidas de destruição da Escola Publica apresenta-nos agora um novo modelo de Gestão das Escolas.

Modelo este que na opinião dos Estudantes do Ensino Básico e Secundária tem como unico objectivo acabar com a Escola Democrática e participativa que hoje temos,um modelo que pretende instalar nas escolas a figura Autoritária do Senhor Director com poderes quase elimitados, que pretende afastar os professores da gestão das escolas, reduzir a participação dos Estudantes e restante Comunidade Educativa. Pretende acabar com os Conselhos Pedagógicos democraticos pois é esse mesmo Senhor Director que indica os seus menbros e é ao mesmo tempo seu presidente, acaba com as Assembleias de Escola e cria um Super Orgão a que chamam de Conselho Geral, onde não é permitida a prensença maioritaria de professores, onde nós Estudantes somos uma minoria e onde se chama a participar nesse orgão a dita "Comunidade Local" que não é eleita mas sim coptada (muito provavelmente um qualquer empresário amigo do Senhor Director...). Nós Estudantes do Ensino Básico e Secundário achamos que uma escola não é uma empresa, achamos que à frente da Escola devem estar professores e não Gestores, achamos que numa Escola deve reinar a política do tolerância e da participação e não a polícita do que QUERO, POSSO E MANDO, a politica do Senhor Director!

Por tudo isto estamos a organizar para o proximo dia 9 de Fevereiro um Encontro de Estudantes, Activistas e Dirigentes do Ensino Básico e Secundário (Associações de Estudantes, Representantes dos Estudante nas Assembleias de Escola e Concelho Pedagogico, delegados, Subdelegados e estudantes em geral) pelas 14h30 na Escola Secundária de Camilo castelo Branco em Carnaxide.


Pretendemos neste encontro descutir este Modelo de Gestão e lançar uma grande campanha nacional de recolha de 7.500 assinaturas de colegas de todo o país e outras formas de LUTA contra este Modelo, para as entregarmos depois a Senhora Ministra da Educação exigindo a não promologação deste diploma e a consequente aplicação deste Modelo!

-Chefes e Directores, Não queremos não Senhor!

-Em Defesa da Escola Pública e da Democracia Participativa!

-Contra Esta Ministra e Este Governo e as suas práticas autoritárias!


www.directoresnao.blogspot.com



O encontro realiza-se no dia 9 de Fevereiro pelas 14h30 na Escola Secundária de Camilo Castelo Branco em Carnaxide

O encontro destina-se a estudantes, activistas e dirigentes associativos do Ensino Básico e Secundário

O encontro tem como objectivo discutir o novo modelo de Gestão Escolar, posição dos estudantes face a ele, postura a adoptar pelos representantes dos estudantes nos orgãos de gestão da escola, formas de LUTA contra este modelo de gestão



Contactos:

• Luis Baptista ( Representante dos Estudantes no Concelho Pedagógico da Esclola Secundária de Camilo Castelo Branco ) - 961633317

• Tiago Flôr ( eleito na Assembleia de escola da Secundária de Camilo Castelo Branco) - 931133624

• Sofia Mouga ( Estudante da Escola Secundária de Linda-a-Velha ) - 919163284